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sem remdio.
A actualidade defende valores precpuos do direito nacional, no se compreenderia que
o juiz fosse autorizado a pr em xeque a justia do DIP em nome de concepes j
abandonadas e peremptas; como incompreensvel seria que no estivesse na sua mo
faz-lo se a situao em apreo, incua ao tempo da sua constituio, se encontra agora,
ordenamento do foro.
Ser contrria aos princpios da ordem pblica do Estado portugus o reconhecimento
de um divrcio estrangeiro mesmo que os cnjuges sejam estrangeiros no momento da
sentena, uma vez que o casamento tenha sido celebrado segundo o regime da
Concordara entre Portugal e a Santa S. Para o Supremo a entrada em vigor da
Concordata de 1940 veio introduzir na OPI um novo princpio, a indissolubilidade do
casamento catlico. Esta NANI incorporou o texto da Concordata no sistema jurdico
portugus presumindo a renncia ao divrcio dos nubentes, assim a OPI apresenta
labilidade e impreciso.
lei do foro da situao que adviria da aplicao da lei estrangeira dos factos da causa.
Exige-se que entra a factualidade sub judice e o ordenamento do foro interceda um
nexo suficientemente forte para justificar a no aplicao da norma estrangeira em
princpio aplicvel. A relao em causa estranha comunidade local podendo a
deciso abalar os seus alicerces e a gravidade de divergncia entre a norma estrangeira e
o direito nacional reputada necessria para justificar a interveno da OPI variaria na
razo inversa da intensidade do nexo apurado entre a relao em causa e o ordenamento
jurdico do foro.
A excepo de ordem pblica intervm quando se tratar, quer da criao do Estado do
foro, atravs de sentena constitutiva de uma relao jurdica; quer do reconhecimento
de uma relao j criada no mesmo Estado. No intervm em regra quando a relao
tiver sido constituda no estrangeiro (teoria do efeito atenuado da interveno da
clusula de ordem pblica).
que nenhum outro fundamento admitido pela lei estrangeira fora invocado.
Desejvel que se resolva o problema no quadro da lei designada como competente.
22/2 CC: na hiptese de lacuna s se recorre lei portuguesa se na legislao
estrangeira competente se no encontrarem normas apropriadas, se a partir dessa
legislao no conseguir descobrir-se uma soluo que seja adequada ao caso, uma
soluo que no se aparte muito do que a ordem pblica forou a recusar, ou que de
toda a maneira dela se afaste menos do que a resultante do princpios de direito
portugus.