Pressionado pelo 'centro', Temer reavalia tucano para

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GUSTAVO URIBE MARINA DIAS VALDO CRUZ DE BRASLIA

12/08/2016

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Com a ameaa dos partidos do chamado centro em retaliar a reforma previdenciria, o presidente Michel
Temer reavalia a indicao de Antonio Imbassahy (PSDB-BA) para a Secretaria de Governo.
A reao negativa de PSD, PP, PR e PTB levou o presidente a deixar para a prxima semana o anncio do
ministro que ocupar a vaga de Geddel Vieira Lima, que deixou o posto no ms passado.
Em meio piora das crises poltica e econmica, Temer quer fazer um aceno ao PSDB, o principal fiador de sua
administrao, e atender exigncia dos tucanos de ter maior espao na elaborao de polticas pblicas,
garantindo apoio ao seu governo.
O nome de Imbassahy tem a simpatia do presidente e foi fechado no incio da semana com a cpula do PSDB,
incluindo Acio Neves e Fernando Henrique Cardoso. A ideia inicial era que a pasta ganhasse maior peso
poltico, com atribuies em reas como assuntos federativos e movimentos sociais.
Com receio da reao na base aliada, o presidente pediu cautela e ordenou que o Palcio do Planalto no
confirmasse oficialmente a informao, que ganhou publicidade nesta quinta-feira (8). A estratgia aguardar o
final de semana e ganhar tempo para convencer os demais partidos a aceitar o tucano.
As primeiras reclamaes indicao, no entanto, foram maiores do que o esperado pelo peemedebista. O
centro, que tambm reivindica o posto, ameaa travar a reforma da Previdncia, uma das principais bandeiras
da equipe econmica de Henrique Meirelles, caso Imbassahy seja nomeado como o novo articulador poltico.
O lder do PTB, Jovair Arantes (GO), classificou a escolha como "amadorismo". "Toda ao provoca uma
reao. Isso no bom e o governo sabe disso", afirmou.
Os parlamentares do centro reclamaram ainda que no haviam sido avisados por Temer. "Pelo compromisso
que o presidente tem com o dilogo, ele informaria sua base", disse Rogrio Rosso (PSD-DF).
Para tentar contornar a crise, Temer se reuniu nesta quinta-feira (8) no Planalto com lderes do centro. Eles,
porm, ainda resistem.
O presidente, ento, marcou uma conversa com Acio na semana que vem para discutir o aumento do espao
dos tucanos em seu governo.
Com o imbrglio, o PSDB voltou a pleitear o comando do Ministrio do Planejamento, o que no tem o respaldo
de Meirelles. O ministro no quer interferncias polticas na conduo da economia.

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