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Rotter e Mischel: Teoria da Aprendizagem Sociocognitiva © Viséo geral da Teoria da Aprendizagem Sociocognitiva Biografia de Julian Rotter ntroducio @ Teoria da Aprendizagem Social de Rotter © Previsiio de Comportamentos Especificos Comportamento Potencial Expecativa Valor de Reforgamento Situapo Pscoligicn Pérmula de Previsfo Bésica & Previstio de Comportamentos Gerais xpectativas Nevessdades érmula de Proviso Geral Controle Intero e Externo de Reforgamento scala de Confianga Interpessoal © Comportamento Desadaptado © Psicoterapia “Mudanga de Objetivos liminago de Baixas Expectativas > Introducio a Teoria da Personaliaade de ‘Mischel <> Biografia de Waiter Mischet © Histérico do sistema de Personatidade Cognitive-Afetivo Paradoxo de Consisténcia Inter Pes. Situagio ‘© Sistema de Personalidade Cognitivo-Afetivo Prevsto do Comportamento Voriveis de Situago Unidades Cogntiv-Afeivas ¢ ¢ wralzadas ter © Pesquisa Relacionada Locus de Control, Depressio eS Inter Pessoa-Stuagio ‘© Critica @ Teoria da Aprendizagem Sociocognitiva © Conceito de Humanidade © Termos e Conceitos Essenciais 499 500 Parte ¥_— Terie de Apendizasem Qual op¢o de cada item methor representa suas opin alternativa a ou b. 41. a Asorte€a principal razdo do sucesso das pessoas As pessoas fazom sua propria sorte 2. a. Uma maneira de fazer car uma tempestade € planejar um piquerique oy algum evento 20 ar live. b. PaciBeschimticos nao tém nada que ver com os desejos da pessoas 3. a. As notas dos alunos sto, em grande pate, resultados do caso. 8 2s? Marque a 4s notas dos alunos sao, em grande parte, resultados de trabalho érduo, AS pessoas nao tém nenhum controle sabre grandes indéstrias que poluem o ambiente. b. As pessoas podem trabalhar juntas para impedir que grandes indstias despejem xo no ambiente. 5. a. A popularidade entre alunos do ensino médio se deve, principalmente, a coisas que esto fora de seu controle, como boa aparéncia, b. A popularidade entre alunos do ensino médio se deve, principalmente, aos esforsos dos préprios alunos. 6. a. Ferimentos provenientes de acidentes com automéveis do podem ser evitados. Tudo tem sua hora, b, Usar cinto de seguranga, ter carros com alt-bag e dirigit dentro do limite de velocidade s20 maneiras comprovadas de reduir ferimentos provenien- tes de acidentes com automoveis Essesitens sdo parecidos com aqueles usados por Julian Rotter para desenvolver sua scala de Controle Interno-Externo, normalmente chamada lcus da escala de contiole Discutiremos esse instrumento popular de medigéo na seq8o de controle de reforcamento {interno ¢ externo e ofereceremos uma analise do significado dessesitens Visao Geral da Teoria da Aprendizagem Sociocognitiva ‘As teoras da aprendizagem socioegntva de Jian Rote € Walter Miscel Bassam, cade ua dels no presiosto de que foes cogivas ajudam a molda a mn come 2 petons reagem a fognsambenas. Ambes os tevcosspresentam objoges 8 expic. 60 de Skinner, que afrna que ocomportamento€mokade por reframe ints 6, contri, suger que a expectatinar de una pessoa sobre os events fies es Prins determinants do desempento. Rote afcma que ocompertamentohumano é mais bem peevsto por meio de uma compresnsto da itera das pessoas com seus ambintessignifentnes, Rett, Um interasionit,acreita qu nom o ambiente nem oinvid sao completamente ep siveis pelo comportamento, Peo contro ama que a coms, hstia passa 28 xpecttves de fur ds psoas oa chavs para previo de comportamento, Neste onto, ele diverge de Skinner (Captulo 15), que aceditava que otefrga so origina basicament do ambient ‘teria sociocogntva de Mic! tem muito em comum com ato socicognc tva de Bandra e coma tora de aprenzagem soil de Rater Asim como Bandra ¢ Rote, Mschl area qu fates cognitivos, com expects, preepgde subjelvas, CCaptao 17 Roster e Misch: Tea a Apeendiagen Socacognitiva valores, objetivos e padres pessoais t&m papéis importantes na formagdo da personali- dade. Suas contribuigdes para a teoria da personalidade foram desenvolvidas com base em pesquisas sobre atraso de gratificaglo, em pesquisas a respeto da consisténcia ou inconsisténcia da personalidade e, atualmente, em um trabalho com Yuichi Shoda sobre 0 desenvolvimento de um sistema de personalidade afetivo-cognitivo, Biografia de Julian Rotter Julian B. Rotter, autor da escala de léeus de controle, nasceu no Brooklyn, Nova York, EUA, em 22 de outubro de 1916, teeciro e mais velho filho de um casal de imigrantes judeus. Rotter (1993) lembrava que se identticava com a deserigio de Adler de umn eagula “brigio” e muito competitivo, Embora seus pais seguissem os costumes e a religito ju- daca, nfo eram muito religiosos. Rotter, (1993) descreveu a condigdo sociocconmica de ‘sua familia como “confortivel, de classe média, até a Grande Depressfo, quando meu pai perdeu seu negécio de venda de artigos de papelaria no atacado, e nos tornamos parte das :massas de desempregados por dois anos” (p. 273-274). A recessto eriou em Rotter uma preocupagao permanente com a injustiga social eo ensinou a importincia dos efeitos das condigies situacionais no comportamento human, Durante os anos escolares, foi um leitor vido. Até0 segundo ano do ensino médio, {i tinha Tido quase todos os livros de fice da biblioteca plblica do baizro. Quando isso realmente ocorreu, procurou as prateleiras de psicologia, nas quais encontrou os livros A Ciéncia da Natureza Humana (1921), de Adler, Psicopatologia da Vida Cotidiana (1901/1960), de Freud, © A Mente Fhunana (1920) de Karl Menninger. Ficow particular- ‘mente impressionado com Adler ¢ Freud ¢ logo retornou 8 bibliotece a procura de ovtras de suas obras (Rotter, 1982, 1993) Quando entrou na faculdade, o Brooklyn College, j& estava muito interessado em psicologia, mas escolheu cursar quimica porque parecia uma formago que the traria mais ‘oportunidades de emprego durante a depressio econdmica da década de 1930, No terceiro ‘ano da faculdade, soube que Adler era professor de psicologia médica da Faculdade de Medicina de Long Island. Assistiu as palestras médicas de Adler © a muitas de suas de- rmonstragies cliicas. Mais tarde, conheceu Adler pessoalmente ¢ este o convidou para participar das encontros da Sociedade de Psicologia Individual (Rotter, 1993). ‘Quando Rotter se formou no Brooklyn College, em 1937, tinha mais eréditos de Psicologia do que de quimica. Entrou, entfo, para a escola de pés-graduagio em psicolo- isla da Universidade de fowa ¢ recebeu seu diploma de mestrado em 1938. Completou um estigio de psicologia clinica no Hospital Estadual de Worcester, om Massachusetts, onde conheceu sua futura esposa, Clara Barnes. Em 1941, Rotter tornou-se Ph.D. em psicologia clinica pela Universidade de Indiana esse mesmo ano, Rotter aceitou o cargo de psicélogo clinico no Hospital Estadual ‘de Norwich, em Connecticut, suas atribuigSes incluiam o treinamento de estagirios @ as- sistentes da Universidade de Connecticut da Universidade Wesleyan. Com 0 advento da Segunda Guerra Mundial, foi recrutado para o exéreito e exerceu, por mais de trés anos, ‘© cargo de psicdlogo do exéreito. Depois da guerra, Rotter retornow & Norwich por um breve periodo, mas logo foi trabalhar na Universidade Estadual de Ohio. Lé, atraiu inimeros estudantes de pés- ‘graduagio de destaque, entre eles, Walter Mischel, Por mais de uma década, Rotter e George Kelly veja 0 Capitulo 18) reinaram como os dois membros dominantes do departamento de psicologia da universidade. No entanto, Rotter estava aborrecido com os efitos politicos do Macartismo em Ohio e, em 1963, assumiu o cargo de diretor do Programa de Treinamento sor S02 Parte Tess de Apeodizagen CClinico da Universidade de Connecticut, Continuou no eazgo até 1987, quando se aposene tou como professor emérito, Rotter e sua esposa Clara (que morreu em 1986) tiveram dois filhos, ume mening, Jean, ¢ um menino, Richard, que faleceu em 1995, Entre as publicagtes mais importantes de Rotter esto: Aprendizagem Social ¢ Psico- logia Clinica (1954); Psicologia Cliniea (1964); Apicagdes de uma Teoria da Aprendizagem Social da Personalidade, com J. E. Chance ¢ E. J. Phares (1972); Personalidade, com D, I. Hochreich (1975); O Desenvolvimento ea Aplicagdo da Teoria dla Aprendizagem Social Artis Selecionados (1982); A Lacuna das Sentengas Incompletas de Rotter (Rotter, 1966); ea Escala ce Confianga Interpessoal (Rotter, 1967). Rotter foi presidente da Eastern Psychologicel Association e das divistes de Psi. ccologia Social ¢ da Personalidade e de Psicologia Clinica da American Psychological Association (APA). Também trabalhou durante dois mandates no Conselho de Educagio ¢ Treinamento da APA. Em 1988, recebeu o prestigioso Prémio Distinguished Scientific Contribution da APA. No ano seguinte, recebeu o Prémio Distinguished Contribution to Clinical Training, atribuido pelo Council of Univertity Directirs of Clinical Psychology Introducao a Teoria da Aprendizagem Social de Rotter ‘A teoria da aprendizagem social se baseia em cinco hipdteses bisicas. Primeiro, ela pre- sume que os seres humanos interagem com seus ambientessignificativos (Rotter, 1982). reagto das pessoas aestimulos ambientais depende do significado ou da importincia que atribuem a um evento, Reforgamentos nfo dependem somente de estimulos externos, mias recebem significados dados pela capacidade cognitive do individu, Da mesma maneira, caracteristieas pessoais, como necessidades ou tragos, no podem, sozinhas, eausar um comportamento. Em vez disso, Rotter acredita que o comportamento humano surge da interagdo entre fatores ambientas ¢ pessoais, ‘Um segundo pressuposto da teoria de Rotter & que a personalidad humana é apren- dida, Assim, conclui-se que a personalidade nfo & definida ou determinada em nenhuma idade particular do desenvolvimento, mas pode ser alterada ou modificada enguanto as pessoas forem capazes de aprender. Embora nosso aciimulo de experiéncias anteriores 8 certa estabilidade & nossa personalidade, somos sempre receptivos a mudangas por meio de novas experiéncias. Aprendemos com as experiéncias do passado. Embora elas fo sejam completamente constantes, sto matizadas por experincias intermedirias que safetam nossas perceppdes presente. © terceiro pressuposto da teoria da aprendizagem social & que a personalidade tem wma unidade bésica, o que significa que as personalidades das pessoas tem relativa estabilidade. Os individuos aprendem a avaliar novas experigneias com base em reforga- rmentos prévios. Essa avaliaglo relativamente consistente leva a uma maior estabilidade © ‘unidade da personalidade © quarto pressuposto de Rotter é que a motivagéo é guiada por objetivo. Fle rejeta 1 nogiio de que as pessoas sejam motivadas principalmente a reduzira tensio e buscar 0 prazer,¢ insiste que a melhor explicagdo para 0 comportamento humano esté nas expec- tativas das pessoas de que seus comportamentos as levem em diregio a seus bjetivos. Por exemplo, a maioria dos estudantes universitévios tem o objetivo de se formar ¢ est dlisposta a tolerarestresse,tensio e trabalho uo para conseguir aleangar esse objetivo. [Em vez de reduzir a tensio, a perspectiva de virios anos difieis de aulas ne faculdade promete aumenté-ta Captao 17 Rotere Mise: Teo Aprendiagem Sosceognina| Tudo o mais permanecendo constante, as pessoas so reforgadas mais fortemente por comportamentos que as levam em diregHo aos objetivos provisos. Essa afirmago se fefere A lel empirica do efeito de Rotter, que define reforgamento como qualquer aso, condigdo ou evento que afeta o movimento de um individuo em diregio a um objetivo ‘(Rotter e Hochreich, 1975, p. 95), ‘0 quinto pressuposto de Rotter é que as pessoas so capaces de prever eventos. Mais 10 que isso, usam sua percep¢d0 de movimento em diregto ao evento previsto como um critgrio de avaliagio dos reforgadores. Partindo desses cinco pressupostos gerais, Rotter ‘construit um teoria da personalidade que tenta prever 0 comportamento humano, Fo | Previsdo de Comportamentos Especificos ‘Uma vez quea preocupagio principal de Rotter 6. previsio do comportamento humeno, ele sugeriu quatro variveis que precisam ser analisadas a fim de se fazer previsbes exatas em qualquer situagio especifica, Essas variveis sia comportamento potencial, expectativas, valor de reforgamento esituagdo psicol6gica. O comportamento potencial se refere & pro- ‘—babilidade de que um comportamento espectfico ocorra em uma determinada situagto; ~ expectativa & a expectativa de ume pessoa por ser reforeada; valor de reforgamento & a __preferéncia de uma pessoa por um determinado reforgamento;e situagdo psicoldgica se relate a0 complexo padeto de dicas que a pessoa percebe durante um periodo especifico. ‘Comportamento Potencial Em termos gerais, comportamento poteneial (CP) &a possibilidade de uma resposta de- terminada ocorrer em tempo e espago especificos. Varios comportamentos potenciais com forgas variadas existem em qualquer situago psicol6gica. Por exemplo, enquanto Megan caminha até um restaurante, ela tem varios comportamentos potenciais. Pade passar sem ver 0 restaurante; ignoré-lo propositalmente; parar para comer; pensar em parar para ‘comer, mas seguir em frente; examinar o prédio e seu interior, considerando compré-o;, ‘ou parar, entrar e roubar o caixa. Para Megan, nessa situagEo, 0 potencial de alguns desses ‘comportamentos se aproximaria de zero, alguns seriam muito provaveis e outros estariam enire esses dois extremos. Como uma pessoa pade prever quais comportamentos so mais ‘ou menos proviveis de ocorrer? 0 comportamento potencial em qualquer situagdo & fangao tanto da expectativa ‘quanto do valor de reforcamento, Se desejéssemos saber a probabilidade de Megan roubar © caixa em ver de comprar 0 restaurante ou parar para comer, por exemplo, poderlamos ‘manter a expectativa constante e variar o valor de reforgamento, Se cada um desses com= Portamentos potenciais tivesse uma expectativa de reforgamento de 70%, poderlamos fazer uma previsto da probabilidade relativa de ocorténcia apenas tendo por base o valor de reforgamento de cada um. Se o comportamento de render o eaixa tiver um valor posi tivo de reforgamento maior do que pedir um prato ou comprar o restaurante, eno, aquele ser o comportamento com maior potencial de ocorréacia, A segunda abordagem para a previsio ¢ manter @ valor de reforgamento constante € variar a expectativa. Se o total de reforgamentos de cada eomportamento possivel fiver ‘© mesmo valor, © comportamento com maior expectativa de reforgamento tem maior probabilidede de ocorrer. Mais especificamente, se os reforgamentos de roubar um caixa lV Teorns de Apredizagson ‘comprar 0 negécio ou pedir ojantarforem igualmente valorizads, a ago que tiver maioe probabilidade de produzir um reforgamento terd 0 comportamento potencial mais alto, Rotter emprega uma definigto ampla de comportamento, que se refere @ qualquer resposta, implicita ou explicta, que pode ser observada ou medida direta ov indireta- mente. Este conceito abrangente permite que Rotter inclus como comportamento cons. tructos hipotéticos, como generalizagto, resolugto de problemas, pensamento,anilise,¢ ‘assim por diante, Expectativa [Expeetativa() se rfere 4 expectativa de uma pessoa de que algum reforgamento espect fico, ou conjunto de reforgamentos,ocora em um determinadasituasdo, A probabilidade to € determinada peo histérico de reforgamentos do individu, como defendia Skinner, mas controlada pela pessoa de modo subjetvo. O histérieo claro, 6 um dos fatores conti. bouintes, mas pensumentos irealistas, expecativas baseadas em ila de informagoe fan. tasias também conribuem, desde que a pessoa acredite sinceramente que uma refrgainenta, specific ou canjunt de reforgamentos,condicioa(n) umn rexposta determinada As expectativas podem ser geras ou espocficas. Expectativas generalizadas (EG) sto aprendidas de experinciasprévas com uma cert resposta ou respostas similares = baseiam na renga de que alguns comportamentos sero aeompanhados de reforgamentos positives. Por exemplo, estudantes universitdrios que trbalharam duro anteriormente ¢ foram refongados por nots alts tro uma expectaiva genealizada de recoripensas futuras ese exfrgardo bastante em diversas situagBes académicas. Expectativas especificas sto designadas como £”(E linha. Em qualquer siuasto, 4 expectatva de um reforgamento expecta & deteriinada por uma combinagdo de ex. pectativa especiice (Ee expectativa generlizada (EG), Por exemplo, um aluno pode ter uma expectatva geal de que um trabalho acadtmica de dterminado nivel seia recom pensado com boas nota, mas pode acreditar que o mesmo esforg aplicado a uma aula de franeds no tenha nenhuma recompensa ‘A expectatva de sucesso total & uma Fungo tanto da expectativa genealizada quanto da expectativa espectica. A expectativa total determina parcalmente«quantiade de esfrgo que as pessoas apicario para seguir seus objetivs. Uma pessoa com baixa expectativa total de sucesso na obtengo de umn emprego de prestigiotlvez no disputars 2 vag. Jd uma pessoa com alta expectativa de sucesso i se esforar bastante pesistr quando tiver de enfentarobstiulos para aleangar obetivos que parecem possveis Valor de Reforcamento Outra varivel na formula de previsio ¢ 0 valor de reforgamento (VR), que é a preferéncia que a pessoa atribui a qualquer reforgamento quando as probabilidades de ocorréncia de indimeros reforgamentos diferentes sio todas iguais 0 valor de reforgamento pode ser ilusrado pele interaglo de uma mulher com ‘uma maquina de venda aulomética que contém varias possibilidades de escolha, todas ‘de mesmo valor. A mulher se aproxima da méquina com a possibilidade © a disposiglo de ‘pagar USS 0,75 por uma guloseima. A miquina esté em perfeitas condigdes, entdo hi ums probabilidade de 100% de que a ado da mulher seja seguida de algur tipo de reforga- mento. Assim, suas expectativas de reforgamento para o chocolat, o salgadinho de milho, batata-frta,« pipoca, as totilhas ou o doce so todas iguais. Sua agio, isto é, 0 botio Jo17 Rotere Mischa: Teoria da Aprenzgem Sosie ogni ‘que ela aperta, & determinada pelo valor de reforgamento de cada guloseima, Quando as expectativas ‘mantidas constantes, © com= portamento € moldado pela preferéncia da pessoa porrefor ‘amentos especificos, ou seja, pelo valor de reforgamento, Na Imaioria das situagGes, sem di Vida, as expectativas no sio ‘guais ea previsto é mais dif cil, porque tanto a expectativa quanto 0 valor de reforgamento podem mudar, 0 que determina 0 valor de reforeamento de qualquer evento, condigio ou ago? Pri Smo a comarca vt mn ode ind vviduo contribui para o valor positive ow negative de wm evento. Rotter nomeia essa percepeio reforgamento interno eo distingue de refor= ‘gamento extern, que se refere a eventos, condigBes ou agdes as quais & sociedade ou cultura do individuo atribui valor. Reforgamentos internos e externos podem estar em harmonia ou em discrepiincia entre si. Por exemplo, se voeé gostar de filmes populares — ou seja, os mesmos filmes que a maioria das pessoas gosta — seus reforgamentos in- {erno e externo para assistir ess tipo de filme esto em sintonia, Contudo, se seu gosto para filmes for contrrio ao dos seus amigos, enlao seus reforeamentos interno e externo slo discrepantes. ‘Outro fator que colabora com o valor de reforgamento é x nevessidade do individuo, Geralmente, 6 valor de um reforgamento especifico tende a aumentar & medida que a ne- cessidade que ele satisfiz cresce. Uma erianga famintaatribui um valor maior a um prato de sopa do que uma crianga com fome moderada. (Esta questo € discutida de forma mais, aprofundada neste mesmo capitulo, na segao intitulada Necessidades) Reforgamentos também so valorizados de acordo com as conseqUéncias esperadas de reorgamentos futuros, Roter ncredita que as pessoas sejum capazes de usar a cognigho para prever a seqléncia de eventos que leva a um objetivo futuro e que esse objetivo final contribui para o valor de reforgamento de cada evento da seqliéncia. Os reforgamentos raramente ocorrem independentemente de reforgamentos futuros relacionados, mas € pro- vvel ue ocorram em sequeneias reforgamento-reforgamento, is quais Rotter (1982) se refere como agrupamentos de reforgamento, Os humanos so movidos por objetivos; eles prevéem que atingrio um objetivo se agirem de um determinado modo, Todo © mais coastante, os objetivos com maior valor e reforgamento so 8 mais desejéveis, Somente o desejo, no entanto, néo é suficiente 0s Date Toora de Apreniagem ‘pata prever um comportamento. O potencial de qualquer comportamento & uma Fungo da ‘expectativa, do valor de reforgamento e da situagdo psicolbgica. Situagaio Psicolégica ‘A quarta varivel na frmula de previsio & a situagio psieolbgica (9) definida como parte do mundo interno e externo a qual a pessoa reage. Nio & sindnimo de estimulo externa, apesar de eventos fisicos serem, geralmente, importantes para a situagdo psicobgice (0 comportamento ndo resulta de eventos ambientais nem de tragos pessoas; ele se origina da interagdo da pessoa com seu ambiente significativo. Se o estimulo fisico de- terminasse, sozinho, 0 comportamento, dois individvos reagiriam exatamente da mesma smaneira a estimulos idénticas. Se 0s tragos pessoais fossem os iinieos responsiveis pelo ‘comportamento, a pessoa se comportaria sempre de maneira consistete e caracteristica, mesmo frente a eventos diferentes. Como nenhuma dessas condig6es € vilda, algo que nilo seja nem o ambiente ou os tragos pessoais, deve moldar o comportamento. A teoria dda aprendizagem social de Rotter teoriza que a interaglo entre a pessoa e o ambiente & um {ator crucial para a definigdo do comportamento, A situagao psicolégica é “um conjunto complexo de dicas que agem sobre um in- dividvo por um intervalo de tempo especifico” (Rotter, 1982, p. 318). As pessoas nto se ‘comportam em um vacuo; ao contrétio, elas respondem a dicas em seus ambientes como slo percebidos. Essas dicas servem para determinar certas expectativas de seqténcias de comportamento-reforgamento, assim como de seqdéncias reforgamento-reforgamento (0 periodo de duragio das dicas pode variar de momentineo a duradouro. Sendo assim, 4 situagio psicoligica nfo é limiteda pelo tempo. O estado civil de uma pessoa, por ‘exemplo, pode ser relativamente constante por um longo intervalo de éempo, enquanto & situagao psicolbgica enfrentada por um motorsta que perde o controle e derrapa em uma cesirada coberta de gelo pode ser extremamente curta, A situago psicolbgica deve ser ‘considerada, untamente com as expectativas eo valor de reforgamento, na determinagio da probabilidade de uma resposta especitica, Formula de Previsio Basica ‘Como meio hipotético de prever comportamentos especificos, Rotter propés uma férmula biésica que inclui as quatro vacidveis da previsto. A formula representa um meio ideal ce ndo-pritico de previsio, ¢ nenhum valor preciso pode ser empregado nela. Considere 6 caso de Le Jan, uma estudante universitéria com grande aptido académica que esti assistindo a uma aula magante ¢ longa de um de seus professores. Para a dica interna de {édio e a dica externa de ver seus colegas de classe dormindo, qual & a probabilidade de que La Juan reaja descansando a cabesa sobre a mesa na tentativa de dormir? A situagio psico- ligiea sozinha no pode ser responsebilizada pelo seu comportamento, mas interage com & cexpectativa de reforgamento ¢ com o valor do reforgamento de dormir naquela determinade jtuaglo, O comportamento potencial de La Juan pode ser estimado pela formula bisica de Rotter (1982, p. 302) para a previsto de um comportamento guiado por um objetivo: CPs sr “fbx rs + PR, 9) ‘A formula ¢ lida da seguinte manera: 0 potencial de um comportamento x ocorrer na sitia- «fio Jem relagio ao reforgamentoa 6 uma fungio da expectativa de que o comportament0 Saja seguido pelo reorgamento ana situagio 1 ¢0 valor do reforgamento a na stuagdo / Capa? Rotere Misce: Teoria Aprendizagem Sovisopiivs Aplicada a0 nosso exemplo, a formula sugere que a probabilidade (comportamento potencial ou CP) de que La. Juan descanse a cabesa sobre a cateira (comportamento 3) fem uma aula magante € chats com outros alunos dormindo (a situagio psicolégica ou s,) 0 objetivo de dormir (eforgamento ou r.) & uma Fungo da sua expectativa de que tal comportamento (E.) seja seguido pelo ato de dormir (7) nessa determinads situagdo de aula (6), mais uma medida de quanto ela deseja dormir (valor de reforgamento ou VR.) nessa situagao especfica (9). Uma vez que uma medigao exata de cada uma dessas varide veis pode estar fora do aleance do estudo cientiico do comportamento humano, Rotter propds uma estratégia para a previsio de comportementos gers, Previsao de Comportamentos Gerais Para prever comportamentos gerais, observamos David, que trabalha ha 18 anos na loja de hardware do Sr, Hoffman. David foi informado que, devido perda de um nepécio, 0 Sr. Hoffman tera que despedir alguns funciondrios e que David pode perder 0 emprego. ‘Como podemios prever o comportamento subseqlente de David? Seri que ele vai implorar 20 Sr. Hoffman que 0 deixe continuar na empresa? Seri que vai ter um ataque de violencia contra a Ioja ou contra o Sr. Hoffman? Sera que vai deslocer sua raiva e agir de forma agressiva com sua esposa ou filhos? Seri que vai comegat a beber em demasiae se tornar apitico quanto a procurar um novo emprego? Sera que vai comegar a procurar outro em- prego de forma imediata e construtiva? Expectativas Generalizadas 14 que a maioria dos comportamentos possiveis de David & nova para ee, como pode- tos prever sun attude? Neste ponto, 08 concetos de generalizago © de expectativa seneralizada entram na teria de Rotter. Se, no passado, David tiver sido normalmente recompensedo por comportamentos que aumentaram seu satus social, 56 hi uma pe- quena probablidade de que ele implore ao Se. Hoftinan por um emprego, pos tal apo 6 contra ao aumento de status social. Por outro lado, se suas tentativas prévias de comportamentosresponsiveis¢ independentestiverem sido, de forma geral,reforgadas € se ele tverliberdade de movimento — iso 6, a oportunidad de se eandidatar a outro emprego — entto, presumindo que el precise trabalhar, hi uma grande probabilidade de aque se candidate a outro emprogo ou, eno, se comporte de maneira independente. Essa previsto, embora ndo ti especifica quanto a que prev « probabilidade de a estudante mniversitiria dormir na aulachata, é mais itil em situagBes nas quai 0 controle rigoroso das variveis pertinentes no & possvel. A previsto da reagio de Davida provével perda do emprego é uma questo de saber como ele v8 as opgdes dispoiveis eo estado de suas necessidades suas, Necessidades Rotter (1982) define necessidades como qualquer comportamento ou conjunto de com- pportamentos que as pessoas considerem como motivadoras de um objetivo. Necessidades flo sto estados de privagio ou excitaglo, mas indicadores da diregao do comportamento. A diferenga entre necessidades e objetivos & apenss semantica. Quando o faco est no ambiente, Rotter fala de objetivos; quando esta na pessoa, ele fala de necessidades. © conceito de necessidades permite previstes mais generalizadas do que aquelas permitidas pelas quatro variveis especificas da férmula de previsto basica. Geralmente, 507 Parte V__Teoias de Apendizagen 1 teoria da personslidade ida com previsdes amplas do comportamento humano. Por exemplo, uma pessoa com uma forte necessidade de dominagéo irs, normalmente,tentar conquistar @ posigdo de poder na maioria de suas relagées interpessoais, assim como em virias outrasstuagdes. Em situagBes especificas, enetanto, uma pessoa dominante pode se comportar de maneira nfo-dominante e até submissa, A formula de previsdo bisiea permite previsdes especificas, com 0 pressuposto, & claro, de que todas as informagies relevantes ‘estejam disponiveis. Fa formula mais apropriada para experimentos controlados em labo- ratério, mas & inadequada para a previsio de comportamentos cotdianos. Por essa razio, Rotter introduziu o conccito de necessidades ¢ sua respectiva formula de prevsdo geral Categorias das Necessidades Rotter ¢ Hochreich (1975) classificaram seis eategorias amplas de necessidades. Cada categoria representava um grupo de comportamentos funcionalmente relacionadas, isto 6, comportamentos que levam ao mesmo reforgamento ou a reforgamentos similares. Por «exempl, as pessoas podem satsfazer suas necessidades do reconhecimento em vias situagdes © por muitas pessoas diferentes. Assim, podem receberreforgamentos por um ‘grupo de comportamentos funcionalmente relacionados, todos satisfazendo suas neves- sidades de reconhecimento. A lista abaixo nfo ¢ defnitiva, mas representa a maioria das necessidades humanas importantes. Reconhecimento-Status A necessidade de ser reconhecido pelos outros e de atingir certo status aos olhos de outros & uma necessidade forte para & maioria das pessoas. © clu a necessidad de se sobressair nas cosas que pessoa con- sidera importantes, por exemplo: escola, esportes, profisto, hobbies © aparéncia fii Também ineui a necessidade de status socioevondmico e prestgio pessoal. Jogar bridge um exemplo de necessidade de reconhecimento-stats reconhecimento-stanus Domirio necessidade de controlar 6 comportamento dos outros é chamads dominio, ssa necessidade inclui qualquer grupo de comportamentos direcionades & obtengdo de poder sobre as vidas de amigos, familia, colegas, superiores e subordinados. Convencer ‘0s amigos a aceitar suas idgias é um exemplo especifico de dominio, Independencia Ea necessidade de se livrar do dominio dos outros. Inclui comport ‘mentos que tém o abjetivo de obter liberdade para tomar decisbes, confiar em si mesmio & ating objetivos sem a ajuda dos outros, Recusar ajuda para consertat uma bicicleta pode

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