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Resenha
Conexo Letras
de suas obras no tradutor automtico e analisa-as. Comenta os erros e os problemas que
surgem atravs da traduo feita pelo Babylon e dedica-se a pensar o que falta ferramenta
de traduo para que consiga realizar uma traduo satisfatria.
A partir disso, Eco dedica-se a explicar e a defender que traduzir, na sua viso,
no nada mais do que dizer quase a mesma coisa em outra lngua. Parte ento para a
discusso das implicaes de se dizer sempre quase a mesma coisa, mas nunca a mesma
coisa em uma traduo.
Assim, ao longo de toda obra defende a noo de traduo como negociao.
Traduzir sempre cortar ou acrescentar alguma coisa a partir de um texto o original.
E a negociao sempre sobre esses cortes a serem feitos e o que pode compens-los,
equivalendo-os, mesmo que no totalmente.
Ao comentar as tradues, e principalmente as tradues de suas prprias obras,
diferentemente do que a maioria dos autores faz, compreensivo e talvez at complacente
com os tradutores de suas obras. Ao detectar elementos que poderiam ser considerados
como erros da traduo, como os que o Altavista havia feito ao traduzir suas frases, tenta
identificar e entender o processo que levou o tradutor quela traduo.
Em suma, Eco apresenta a sua viso sobre o que a traduo e sobre os limites da
atividade do tradutor e mostra-se otimista em relao prtica da traduo por aceitar os
limites da atividade e entender os elementos envolvidos em todas as etapas do processo
de traduo de uma obra.
O ttulo da obra de Eco remete lio mais importa: uma traduo nunca ser mais
do que quase a mesma coisa, ou seja, sempre, uma outra coisa, um outro texto.
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