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O ontem, o hoje, o amanhã...

A História discute a temporalidade das


experiências humanas, que são mediatizadas pelas
relações sociais. Esse discutir estabelece um
diálogo entre o presente e o passado, e organiza
as memórias, definidas a partir de múltiplas
práticas ou construções.

Dessa forma, o conhecimento histórico se


constitui numa opção interpretativa que os
seres humanos fazem de suas experiências,
visando a compreensão das práticas coletivas em
sua dinâmica de transformação ou continuidade.

Com o estudo da História não devemos recuperar a


experiência e a vivência dos agentes históricos em
épocas passadas, mas recuperar as suas diversas
representações. Essas representações não se
fazem com neutralidade, mas a partir do
posicionamento político do historiador no presente.
No dizer de Walter Benjamin, “irrecuperável é cada
imagem do passado que se dirige ao presente,
sem que esse presente se sinta visado por ela.”
Portanto, não é o passado, por si mesmo, que
coloca questões, que dá lições ao presente, mas o
presente que coloca seus questionamentos frente
ao passado.

Essa relação entre passado e presente estabelece-


se de modo dinâmico, de tal forma que a memória
histórica é constantemente refeita, ou seja, o
conhecimento histórico é historicamente produzido.

O conhecimento histórico não está restrito ao


espaço escolar. Ele se expressa também
cotidianamente em outros lugares, instituições e
veículos — sindicatos, imprensa, cinema, literatura
etc. Isso não pode ser ignorado pela escola, que
como quadro institucionalizado para discussão,
produção e elaboração do saber, deve incorporar
essas diferentes vivências e leituras, e trabalhar
sobre elas.

BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas: Magia e


técnica, arte e política. São Paulo, Editora
Brasiliense, 4 ª edição, pag. 224.Secretaria
Municipal de Educação, Prefeitura do Município de
São Paulo. Movimento de reorientação curricular –
História – visão da área 6/7 Documento 5

Extraído de:
http://www.nea.fe.usp.br/site/FB_Historia/MostraD
etalhe.asp?IdInf=272 em 18/02/2009
História: para que serve?

A História é a história do homem, não de um


só homem, mas de toda humanidade. Esta
história é construída a partir de nossa vivência, ou
seja, ela é fruto das nossas ações diárias e não de
algo sonhado ou idealizado. Portanto, fazemos
parte dela e nela desempenhamos um papel.

Ao pensar em História podemos dizer que ela


tem dois sentidos, sendo eles: a história
vivida e a compreensão desta história vivida.
Pois, construímos a História todos os dias através
dos nossos atos e ações, bem como temos a
necessidade de entendê-los, isto é, compreender
como eles refletem em nossas vidas. Estudar a
História então, significa dizer entre outras coisas,
que buscamos entender as condições de nossa
realidade.

Portanto, ao estudar acontecimentos como as


manifestações populares do processo de Diretas
Já, onde o povo exigia o direito de eleger os seus
governantes e a retirada de Fernando Collor do
poder por acusações de corrupção e má
administração pública, significa dizer que, estamos
em busca da compreensão deste momento e como
ele reflete em nosso tempo presente. Pois, pensar
em História exige não só uma compreensão do
passado, mas também buscar respostas para o
presente. Por fim, podemos dizer então, que a
História é tanto aquilo que aconteceu quanto o
estudo destes acontecimentos.

Outro ponto importante a se considerar é a


presença do historiador, pois se todos nós
construímos a História diariamente, para que
serve o historiador? Este serve em primeiro
lugar para fornecer elementos que ajudem a
sociedade a compreender o seu papel nesta
história vivida, ou seja, é a presença deste
profissional que nos permite entender através de
suas análises o nosso passado e as dúvidas que
temos em nosso presente. Portanto, podemos
dizer que o historiador é um profissional capaz de
nos auxiliar na relação que nós temos entre o
passado e o presente, afim de uma compreensão
ampla de nosso papel na sociedade.

Um ponto-chave para se compreender a


História reside na transformação, pois a
humanidade em toda a sua trajetória sempre
esteve em constante transformação. Isto não quer
dizer que somos melhores ou piores que os nossos
antepassados, mas que nos encontramos em
diferentes situações. Pois, vivemos em um mundo
onde as relações entre homem e a natureza são
muito diferentes daquela vivida pelos nossos
antepassados mais remotos. Assim como a relação
que temos atualmente com a tecnologia que nos
diferencia e muito distinta daquela que os homens
das cavernas ou dos colonizadores do Brasil
conheciam. Portanto, ao pensar em História
devemos ter em conta as relações que o homem
tem com os seus pares, ou seja, com a sociedade,
mas também com a natureza e com a tecnologia e
as transformações que estas (relações) sofreram
ao longo do tempo.

Cabe, portanto, ao historiador ou ao professor de


história trazer estes elementos para os debate afim
de que juntos todos nós possamos compreender e
discutir as nossas relações no tempo e no espaço.

Ao falar do ensino de história devemos ter em


conta que boa parte da produção historiográfica,
isto é, de livros de história, não contempla a
totalidade das pessoas que foram envolvidas nos
mais variados acontecimentos, ou seja, geralmente
a história que nos é contada é a história do
vencedor. História esta, que apenas consagra
alguns nomes como D. Pedro I, Getúlio Vargas
entre outros e se esquece da participação do povo
e de sua luta em prol de melhores condições. Pois,
ao entrar em contato com a história do vencedor
temos somente um lado da história, sendo o outro
silenciado. Isto pode ser percebido não só nos
livros de história, mas também em outros
exemplos, como a ausência de monumentos que
representem o povo e suas lutas por um mundo
melhor.

Concluindo, a História não é algo estático, ou


seja, algo parado. Na verdade, está em
constante movimento, e é a compreensão
deste movimento que nos permite mudar a
nossa relação de subalternos perante a uma
elite dominante. Portanto, a história, ou melhor,
o entendimento dela no auxilia na busca de um
mundo melhor e, por consequência, liberto da
dominação do homem pelo próprio homem.

Extraído de:
http://www.nea.fe.usp.br/site/FB_Historia/MostraD
etalhe.asp?IdInf=272 em 18/02/2009

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