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VIDA DE

CORPO
E
VIDA EM
ALIANÇA
Introdução

Há entre os cristãos modernos uma grande confusão sobre que tipo de


relacionamento há entre eles e Deus.
Muitas pessoas acreditam que não passam de simples servos de Deus, e com
isso correm o risco de serem lançados em trevas por não haverem feito o que
deveriam ter feito para o seu Senhor. Trabalham debaixo de uma forte pressão
a fim de agradar Aquele perante o qual hão de dar conta de tudo quanto
fizeram, sendo que o trabalho que realizam deixa de ser uma honra, um prazer
e passa a representar um fardo.
Há também aqueles que, julgando-se filhos, e crentes que Deus já fez tudo por
eles não precisam fazer mais nada. Alegam que o sacrifício de Jesus os isenta
de qualquer ato que possa representar um sacrifício, Nada lhes é exigido.
Entendem errada a Graça de Deus. Esquecem que deve haver um equilíbrio
para balizar seu comportamento.
Em meio a tudo isso, ocorre uma discrepância no entendimento sobre o tipo de
relacionamento existente entre os que se julgam filhos e/ou servos e Deus.
É exatamente nesse ponto que um erro gravíssimo é detectado.
A igreja de um modo geral nutre a idéia de uma Aliança com Seu Pai celestial.
Claro que humanamente falando não há honra maior que essa: Uma Aliança
com o Deus Todo Poderoso, que veio a se tornar seu Pai!
É claro que nada na imaginação humana poderia se tornar tão forte quanto
esse tipo de relacionamento, já que não se trata de um relacionamento com
qualquer pessoa, mas com Deus.
O interessante de tudo isso é que, de uma maneira inconsciente (e esse
aspecto de inconsciência assume um teor negativo, embora que a maior parte
em que usarei esse termo estará destinado a um sentido positivo), eu falo
inconsciente porque não poderia ser de outra forma, os cristãos chamam a
Deus de seu Pai, de quem tomam o nome e ainda assumem a idéia de ser
corpo de Cristo. Devo admitir e concordar plenamente que estão certíssimos,
mas na prática o que vemos é uma relação baseada somente em teoria sem o
poder das declarações que teimam por fazer sobre si e Deus.
É precisamente sobre isso que vamos falar nessas páginas: Vida de Corpo ou
Vida de Aliança?
Sim, precisamos saber que tipo de relacionamento temos com Deus. Se há, e
quais os deveres e privilégios que cercam essa relação. O que tudo isso pode
traduzir, de acordo com o nosso entendimento sobre o assunto.
Não podemos falar sobre esse importante negócio sem estudar as Alianças de
Deus com o homem em outras eras. É preciso verificar Suas palavras e
promessas. Ver o cumprimento de tais promessas, bem como algumas
prerrogativas sobre o caráter e a natureza dessas promessas e a quem elas se
destinavam.
Bem, suponho que esse seria um assunto um tanto quanto exaustivo não fora
a natureza de sua importância e a certeza de que ele promete uma
atratividade toda especial a todos os leitores, embora aparente uma
complexidade, que na verdade não existe.
Acredito que a curiosidade de qualquer um que ler as primeiras páginas será
amplamente aguçada, mas o mérito é todo das Escrituras Sagradas, haja vista
tudo quanto discorro por essas páginas serem frutos unicamente da mente de
Deus.
O presente material traz em seu bojo amplas citações das sagradas Escrituras,
procurando desafiar a mente dos leitores e sua argúcia a serem como os
cristãos de Beréia, que sabem analisar o que ouvem e lêem, a fim de se
tornarem capazes de pensar por si mesmos, e não mais aceitar que alguém
pense por eles.
A Bíblia é o nosso Livro. Ela, tão somente ela tem a verdade de Deus sobre
todas as coisas.
É possível que eu me torne alvo de crítica, sem querer ser presunçoso ou
falso-pretensioso, pensando de mim mesmo acima do que devo pensar. Digo
isso porque conheço, em parte, o público para o qual estou me dirigindo. Sei o
quanto ele é exigente, mas sofro o risco de ser aceito ou incompreendido. Faço
isso com o fim de colher algum fruto, que é o crescimento de cada leitor que
faz parte do Corpo de Cristo. Vale a pena qualquer uma das hipóteses.
Convido você a mergulhar com o coração aberto e a avançar para o que Deus
tem de melhor para os que sabem que tipo de relação desfrutam com Ele.
Faço um desafio no Senhor a que você se torne um daqueles, dos quais o
mundo se tornou indigno por causa do sofrimento do Senhor, sabendo que a
Aliança consumada por Jesus na cruz, e que nos assegurou eterna salvação,
por meio da redenção no seu sangue, foi o meio pelo qual, Deus nos introduziu
no corpo de Cristo, ou seja, fez corpo para Si.

Em Jesus,

Amarildo Costa
UM RESUMO SOBRE AS ALIANÇAS BÍBLICAS

Definição dos termos


Aliança pode ser entendida como um pacto ou um concerto assumido entre
duas ou mais pessoas, comprometendo a vida de um, ou de ambos em favor
do outro.
Alguns entendem Aliança como sendo um contrato ou um acordo. Penso,
porém que tais palavras não traduzem a verdade sobre o que Deus estava
fazendo.
Há na Bíblia a idéia de dois tipos de Alianças, ou seja, como ela pode ser
acordada, e são eles: condicional e incondicional.
Numa Aliança condicional há a exigência em que as partes envolvidas na
Aliança cumpram os termos do acordo esboçado na Aliança.
Na Aliança Incondicional, o interessado se sente obrigado a favorecer a outra
parte sem que esta lhe esteja obrigada a alguma exigência.
Independente de ser ou não condicional, a Aliança não isentava os termos,
implícitos ou explícitos, que balizariam seu comportamento ou atitude no
desfrute ou prejuízo de seus benefícios.
Em uma Aliança condicional os benefícios são decorrentes do comportamento
de quem a promessa fora feita.
Na Aliança incondicional, o favorecido desfruta dos benefícios independente de
seu mérito, sem que, no entanto, lhe isente de uma correspondência à
promessa. O beneficiado assume responsabilidade de crer e zelar pelo
benefício, sob o risco de que seu bem seja roubado, retardado ou transferido
para outra ocasião.

As Alianças
É possível detectar 05 (cinco) Alianças na Bíblia, dentre as quais, duas se
destacam como mais importantes que as outras três e são elas: Aliança
Abraâmica e Nova Aliança.
Vale observar, ainda, a existência de uma Aliança em que sua natureza é
universal, ou seja, inclui toda a humanidade, Aliança Noética.
Essa Aliança precisa ser vista nesse perfil, haja vista a humanidade ser
caracterizada nessa época, como uma só raça representada em Noé e sua
família.
As Alianças bíblicas são conhecidas ou denominadas como:
1. Noética
2. Abraâmica
3. Palestínica
4. Davínica
5. Nova Aliança
Não podemos fechar os olhos sem que percebamos que essas Alianças
prevêem um plano futuro, principalmente as que foram feitas com Abraão (Gn
12:1-3), com o povo de Israel (Ez 16:60) com Davi (II Sm 7:10-16) e a Nova
Aliança (Jr 31:31 – 40).
A Aliança Abraâmica se constitui a base de todas as outras Alianças de Deus
com Israel bem como do cumprimento das promessas feitas àquele povo.
A Nova Aliança é o cumprimento e extensão de todas as promessas feitas a
Abraão, consumadas em Jesus.

Com exceção da Aliança Noética, todas as Alianças são Alianças que prevêem
exatamente o que dizem, por isso, literais. A Palavra de Deus caracteriza tais
Alianças como eternas e estão baseadas na Promessa de Deus, por isso
também dispensa o mérito dos Aliançados (Gn17: 7; Ez 16:60; 2 Sm 23:5; Is
61:8). Em Is 24:5 lemos que Israel transgrediu a Lei de Deus, mudou o seu
estatuto e quebrou a Aliança Eterna.
Israel foi desleal com Deus e isso forçou o Senhor a por em prática o que
podemos chamar de Plano B.
Esse Plano é exatamente o que conhecemos como Nova Aliança. Jeremias
traduz com suas palavras que seria um concerto eterno em que o povo não
mais se desviaria do Senhor e o temor de Deus viria para o coração deles. Um
concerto que jamais seria esquecido (Is 50:5), e eterno por estar firmado no
Sangue de Jesus, o sangue da Eterna Aliança (Hb 13:20).

A Quem Pertence As Alianças


Paulo parece pôr um contraste no entendimento que muitos têm àcerca de
Aliança em Romanos 9: 3-5, quando fala que a adoção de filhos, a glória, as
Alianças, a lei o culto, as promessas, os pais e Cristo “segundo a carne”
pertencem aos seus irmãos segundo a carne (judeus).
Escrevendo aos efésios, Paulo declara que já não somos estranhos às Alianças
(Ef 2:12). É importante que atentemos para o fato de que ele não nos coloca
num plano de Aliança. Ele não nos está dizendo que elas nos pertencem,
apenas no coloca a par de que não somos mais estranhos a elas.
Essa questão é válida para o entendimento já que ele se refere às Alianças e
não a Aliança. A ênfase se faz necessária já que esse versículo se tornou ponto
de apoio para quem defende o plano de Aliança para igreja, assegurando de
que estamos na Nova Aliança.
Precisamos atentar para as palavras de Paulo, pois ele se refere às Alianças,
isso inclui todas as Alianças do Antigo testamento, e isso nos exclui, já que
não somos o povo de Deus do Antigo Testamento.

AS ALIANÇAS BÍBLICAS
Estaremos fazendo uma abordagem de forma panorâmica das Alianças
bíblicas, e também apresentando algumas outras ocorrências bíblicas,
consideradas por muitos estudiosos e doutores cristãos como Alianças bíblicas.
As Alianças para muitos estudiosos e ensinadores somam um total de sete,
para outros somam oito e ainda outros somam um total de nove Alianças e são
denominadas na seguinte composição, para atender qualquer um dos casos
acima citado:
1. Aliança Edênica
2. Aliança Adâmica
3. Aliança Noética
4. Aliança Abraâmica
5. Aliança Palestínica
6. Aliança Mosaica
7. Aliança Davínica
8. Nova Aliança
9. Aliança Eterna ou Eterna Aliança
Em qualquer um dos casos de segmento sobre as Alianças, as alistadas
preenchem cada uma das tendências aliancistas.
Passaremos agora a tratar de cada uma dessas Alianças, tanto dentro de sua
visão bíblica, bem como dentro do que temos ouvido dos seguidores da
doutrina aliancista.

A ALIANÇA ABRAÄMICA
Toda a Bíblia está recheada de assuntos sobre a Aliança Abraâmica. Essa
Aliança se constitui a base de todas as promessas de Deus para a Abraão e sua
descendência, bem como compromete o plano de Deus para alcançar todos os
povos da terra.
Baseado nessa Aliança encontramos propostas de Deus para a humanidade,
definida em vários níveis de ação, e que ficaram estabelecidas em forma de
doutrinas, tanto escatológica quanto soteriológica.
Um exemplo de doutrina soteriológica é vista na promessa de abençoar todas
as famílias da terra. A promessa dizia respeito a um descendente de Abraão, a
saber, Cristo.
Um outro exemplo, agora para respaldar o aspecto escatológico, é facilmente
percebido na promessa da posse da terra de Canaã pelos israelitas. A terra foi
dada em possessão eterna.
Apesar dessa promessa haver sido feita, nós sabemos que Israel ainda não
alcançou a totalidade dessa promessa.
Israel quebrou a Aliança e não pode tornar real o que Deus dissera para eles.

A promessa está estabelecida


O escritor da carta aos hebreus declara que ainda resta um repouso para o
povo de Deus (judeus), mas acrescenta que os que crêem (igreja) já entraram
no descanso de Deus.
Ainda resta um repouso. Isso fala de algo que ainda não se cumpriu. Fala de
uma promessa que aponta para o futuro.
A promessa ficou paralisada temporariamente, mas o plano ficou estabelecido
por um novo e vivo caminho aberto por meio do Sangue de Jesus.
O Sangue de Jesus trabalha eficazmente em duas direções: Aliança (para com
Israel) e redenção (para com a Igreja), o Corpo de Cristo.
Quando Jesus disse que Deus não é Deus de mortos, em se tratando de
Abraão e seus descendentes mais próximos (Isaque e Jacó), ele acrescenta
que Deus é Deus de vivos, e essa declaração nos obriga a crer que a promessa
está de fato ligada ao futuro, pois levanta a esperança que eles embora
estivessem mortos iriam ressuscitar.
Essa promessa implícita nos assegura de uma bendita esperança, a qual todos
nós somos por ela consolados, que é a ressurreição dos vivos e mortos.
Apalavra de Deus nos dar certeza que o povo de Israel ainda passará por um
processo de salvação em massa. Aparentemente tudo levaria a crer que esse
povo seria exterminado não fora a promessa de Deus.
Os vários ataques sofridos intentavam a destruição de sua memória e, agora, a
Bíblia deixa claro que passarão por um ataque jamais visto em toda a sua
história, mas há uma promessa de Nova Aliança, e como poderia se cumprir
sem a preservação da raça?
Essa promessa tem por fundamento a garantia de preservação do povo judeu
e isso, mais uma vez, nos propõe uma segurança quanto ao futuro.
A Nova Aliança é o cumprimento da promessa. Ela é a fecundação da semente
que fora plantada em forma de Alianças.
Na cruz, a semente foi fecundada, mas seus frutos só serão saboreados após a
ressurreição da nação judaica, quando da segunda vinda de Jesus.

Três níveis de ação das promessas da Aliança Abraâmica (Gn 12:1-3)


1. Desfrute para o próprio Abraão (Gn 12:2; 17:6)
• Ele ter um grande nome.
• Ser pai de uma nação com quem a Aliança seria perpetuada.
• Tornar-se uma grande bênção.
• Tornar-se cabeça de reinos e nações.
2. Desfrute para a sua descendência (Gn 12:2; 13:16; 15:5; 17:7,8)
• Uma descendência tão inumerável que não se podia contar.
• Perpetuidade das promessas na descendência.
• Posse perpetua da terra prometida. Hoje a terra é ocupada pelos
muçulmanos, mas Deus cumprirá o que disse.
3. Aos gentios (Gn 12:3)
• Na descendência de Abraão todos seriam abençoados.
• Temos aqui a promessa de salvação para todos.
• Em Cristo todos são uma bênção.
• Uma posição em que, quem nela se encontra, torna-se participante
e ministro das bênçãos da promessa.
• Uma promessa que se tornou realidade vital na vida de quem se
uniu a Jesus.
• A promessa se estende, já como fato, para o Corpo de Cristo, a
igreja, e cada crente individualmente, por estar unido aquele que
cumpriu as exigências da Aliança e a consumou.

Uma Correspondência Necessária


Abraão era procedente de uma raiz pagã. Era idólatra antes de ouvir Deus pela
primeira vez (Js 24:2).
Ele não era acostumado a ouvir seus deuses em Ur dos Caldeus. Agora
recebera a ordem de deixar sua terra com seus deuses e familiares e partir
para um lugar desconhecido (Hb 11:8).
Ele precisava seguir alguns passos antes da Aliança ser implementada que
implicava em DEIXAR.
Abraão saiu e foi para Harã, mas nada recebeu ali (Hb 11:31). Somente após a
morte de seu pai (Terá), foi que ele seguiu Deus em seu plano divino (Gn
12:4).
Deus cumpriria sua promessa a Abraão independente do que ele fizesse, mas o
estabelecimento da Aliança exigia uma obediência inicial.
A obediência nada tinha a ver com o lado de Deus, mas para Abraão que
começaria a ser ensinado a andar em fé verdadeira e servir um Deus
verdadeiro.

A Cerimônia da Aliança (Gn 15)


Abraão era um caldeu, e é exatamente dentro de seus costumes caldeus que
Deus celebra a Sua Aliança.
O Senhor diz para que ele traga animais e reparta-os ao meio e que ponha
suas partes em lados opostos.
Aves de rapinas vieram e sobrevoavam por sobre os animais mortos e Abraão
as enxotava.
Na ocasião densas trevas cercaram o lugar e surge um fogaréu e uma tocha de
fogo andando por entre os animais repartidos.
Abraão deveria ser chamado para caminhar por entre as partes dos animais
repartidas e postas defronte uma para as outras.
Abraão sabia o que estava comprometido naquela cerimônia e o que ela
significava.
Assim como os animais que lhe representavam, ele morreria caso, ao celebrar
a cerimônia de Aliança, não cumprisse as exigências apresentadas.
O sangue do transgressor seria derramado como foi derramado o sangue dos
animais que lhes unia na Aliança.
Abraão é deixado de fora na Cerimônia de Aliança
Em vez de ser chamado para fazer parte da cerimônia, Abraão cai em profundo
sono, enquanto o fogaréu e a tocha de fogo caminhavam por entre os animais.
O fogaréu representava a figura de Deus que, como Pai, mais tarde enviaria o
filho, figurado nessa cerimônia na tocha de fogo.
O filho sempre esteve com o Pai, mas agora seria manifestado em carne.
O Filho que sempre esteve com o Pai é conhecido nas Escrituras como o Verbo
Vivo, ou seja, a Palavra. Na verdade era um propósito: Emanuel.
O Filho sempre esteve no seio do Pai.
Antes de tudo isso acontecer, num tempo em que a Palavra chama de
Princípio, o propósito já estava em realidade no seio do Pai.
O propósito se tornou uma pessoa (Adão). Essa pessoa caiu do propósito,
então o propósito se tornou uma promessa (Gn 3). A promessa se tornou
carne, Jesus. E o propósito foi mais uma vez estabelecido.
O propósito é Deus no homem. Jesus era Deus no homem (Emanuel).
Jesus é verdadeiramente Deus. Ele já o era antes de encarnar.
Nele habitou corporalmente toda a plenitude da divindade.
Jesus recebeu a unção sem medida. Ele a teve como ninguém.
Todos os profetas da Antiga Aliança. Todos que tiveram contato com a Palavra.
Sim, todos a quem a Palavra veio, foram chamados de deuses. E eles o eram.
Pois a Palavra é Deus (João 1).
Moisés era Deus na carne dele. E foi assim que o Senhor o considerou. Ele
tinha a Palavra, e ninguém A teve mais que ele, até que veio Jesus.
Jesus viveu intensamente a Palavra, então, mais que qualquer um, Ele era
Deus em carne.
Foi com Jesus que Deus estabeleceu a Aliança, e todos os que aceitassem o
testemunho de Deus na vida Dele, entraria no plano da Aliança que Deus havia
previsto para os últimos dias por meio dos profetas.
Ali estava o fogaréu e a tocha de fogo caminhando por entre os animais. A
figura de Deus e a figura de Seu filho que se manifestaria para derramar seu
Sangue em favor do homem.
O Sangue seria derramado. Jesus sofreria o castigo para trazer paz a
humanidade. Ele aceitou a punição que nos era devida.
Abraão e sua descendência não conseguiria cumprir sua parte no acordo, como
na verdade, podemos comprovar as vezes que seus descendentes quebraram
sua parte no acordo.
Deus em sua bondade, e sendo sabedor da incapacidade do homem em
cumprir sua parte na Aliança, mesmo sabendo que Abraão era um homem de
fé, mas em virtude de o gênero humano estar corrompido pelo pecado, não
tinha como condenar o pecado na carne, por isso Deus se antecipa e deixa
Abraão de fora da cerimônia, e o abençoa sem nada lhe exigir.
O descendente de Abraão que ainda ia se manifestar em carne estava
representado ali naquela tocha de fogo e garantindo que a promessa seria
cumprida, uma vez que Abraão não sofreria o risco de quebrar a Aliança.
Abraão não teve que ser obediente para ser abençoado, ele só teve de crer.
Nem sempre a benção está condicionada à obediência.
Jesus disse que Deus abençoa maus e bons. Disse que Ele manda seu sol
sobre maus e bons e faz chover sobre justos e injustos. isso é uma prova
contundente de que nem sempre a benção está condicionada à obediência.
Abraão não foi abençoado por causa da circuncisão, como muitos pensam. A
circuncisão só veio muitos anos após a Aliança haver sido estabelecida. A
promessa já havia sido feita.
Abraão e sua descendência se tornaram povo de Deus pela Aliança e a
circuncisão era apenas sinal dessa possessão. A circuncisão era um pacto de
possessão.
A Aliança é confirmada. O Senhor faz de Abraão um herdeiro e o abençoa por
meio de Faraó (Gn 12:17-20). Abraão contempla toda a extensão de sua
herança (Gn 13:14-17). Ele recebe a promessa de um filho (Gn 15: 1-21), e
gera por meio de Agar, a escrava, seu primeiro filho, Ismael.
A circuncisão é implantada como um pacto (Gn 17:9-14)
Sabemos que a bênção exige fé. Foi isso que justificou Abraão, ele creu na
promessa agindo de conformidade com o que Deus falara. A obediência dele foi
um ato de fé. Mas é isso exatamente o que a fé é: um ato.
O ato (fé) de Abraão fê-lo detentor das promessas.
Esaú desprezou a promessa, por isso foi excluído da bênção, e por mais que
tenha chorado, não encontrou lugar de arrependimento. Não havia mais
nenhuma bênção para ele.
Ele não foi excluído por desobedecer algum ponto da conduta moral, mas
porque duvidou da capacidade de Deus em abençoá-lo e desprezou a
promessa (Gn 25:27-34).
Uma promessa destinada ao povo judeu (Gn 17:19)
Há muita confusão nessa questão de promessas, bênçãos e milagres. Há
canções lindíssimas que falam sobre isso, mas tudo isso está muito
equivocado.
Uns cantam que as bençãos correrão atrás dos crentes, outros cantam a Nova
Aliança e ainda outros cantam que o Meu Milagre Vai Chegar.
A verdade é que benção não tem que correr atrás do crente, pelo contrario, ele
é ministrante delas. O crente não vive à espera de um milagre, ele tem que
crer para produzi-lo. Não devemos viver pautados em promessas de Deus para
nós, porque tantas quantas são as promessas de Deus, elas já têm o sim e o
amém, por nosso intermédio. Ele já deu o sim e amém em todas as suas
promessas para os que estão em Cristo Jesus, mas Ele disse que ela
acontecerão por meio de nós, por nosso intermédio. Isso indica que a realidade
dessas promessas é de nossa inteira responsabilidade.
A única promessa que a igreja aguarda é o seu arrebatamento e, depois disso,
todos os fatos escatológicos em vista nas Escrituras.
A promessa ganhou uma posição de destino futuro
A descendência de Abraão teve a oportunidade de ver cumprida todas as
promessas para a sua vida, caso houvessem recebido a Jesus mas, ao
desprezá-Lo, adiaram todo o plano que Deus tinha prometido para eles por
meio do descendente prometido a Abraão, em quem todos seriam abençoados.
Com a rejeição do Messias, a única parte da promessa que pode ser cumprida
foi a de serem abençoadas todas as famílias da terra. Fato esse possível na
aceitação Daquele que os judeus rejeitaram e que ao aceitá-Lo, qualquer um
recebeu o poder de se tornar filho de Deus, por haver crido em Seu nome.
No descendente de Abraão, Deus formou a sua Igreja. A promessa dizia
respeito a formação de um corpo para o Espírito de Deus, só que ninguém
sabia disso. Era mistério.
A descendência de Abraão
Há, pelo menos, dois tipos de descendência de Abraão, a natural, de quem são
as Alianças, que receberam a palavra em primeiro lugar. Receberam a lei e as
promessas.
Há também a descendência espiritual, e, é exatamente aqui que fecha a
questão de ser cumprida a promessa de serem abençoadas todas as famílias
da terra, em seu descendente que é Cristo.
Paulo em Gl 3:6-9 dá uma compreensão do significado dessa descendência e
em Gl 3:28 ele declara que o fato de estar em Cristo, torna os gentios
descendentes de Abraão.
O versículo 29 declara que nos tornamos descendentes e herdeiros como dizia
a promessa.
Devemos atentar para o fato de que já nos tornamos herdeiros conforme a
promessa.
Alguns estudiosos defendem uma terceira descendência dentro da
descendência natural. Essa seleção é encontrada naqueles israelitas que se
mantiveram fiéis aos pactos, perpetuaram as promessas, guardaram o
mandamento... mas, não quero ultrapassar desses dois tipos já mencionados.
Igreja e Israel – dois povos distintos (Rm 11)
Muita gente pensa que a Igreja é o Novo Israel de Deus. É verdade que a
Bíblia fala de um novo Israel, mas em nada se refere à Igreja. O novo Israel é
o Israel restaurado.
Muitos pensam que a Igreja substituiu Israel como povo. O que aconteceu, e
muitos não atentaram, é que a Igreja foi acrescentada a Cristo, e não Abraão.
Nos tornamos descendentes de Abraão por estarmos em seu descendente
segundo a carne, que é Cristo (Gl 3:29).
A Aliança (que se destina para os judeus) é um plano separado do plano de
Igreja e, como a Igreja não se torna o Novo Israel, também não se constitui o
povo da Aliança.
Se a igreja houvesse tomado o lugar de Israel, se ela fosse o novo Israel de
Deus, não haveria um plano de restauração para Israel objetivando o
cumprimento das promessas inclusas na Aliança que lhe fora prometida. A
Igreja é quem cumpriria essa parte do plano.

A esperança de Israel difere da Esperança da Igreja


Paulo é quem mais deixa evidente a esperança tanto para a Igreja, quanto
para Israel. Ainda resta um repouso para o povo de Israel, mas a Igreja já
entrou no descanso de Deus pela fé na Palavra. Israel será salvo, mas a Igreja
já está em Cristo.
A rejeição de Israel é temporária (Rm 11:1 e 2). Paulo fala de um
remanescente eleito segundo a graça (Rm11: 2-5).
Israel transgrediu, e isso abriu a porta para os gentios por um outro plano de
ação. Os gentios foram enriquecidos com o abatimento dos judeus, passando a
formar a Igreja (Rm 11:10-12).
O caminho de volta de todo homem para Deus é Cristo, mas o Senhor
conduziria todos a Cristo por meio dos judeus, caso eles não O houvessem
rejeitado. Um ministério de reconciliação para o mundo que seria exercido por
eles.
Temos agora uma fantástica realidade: O mundo todo foi reconciliado com
Deus na ocasião do abatimento dos judeus (v 15).
O natural deu lugar ao zambujeiro (Rm 11.17). Zambujeiro em Abraão, e não
em Deus.
Os judeus foram quebrados por causa de sua própria incredulidade e, com
isso, por meio do novo e vivo caminho que Deus nos abriu por meio do Sangue
de Jesus, fomos unidos a Deus.
Alcançamos a misericórdia de Deus e entramos em sua maravilhosa graça. O
Sangue da Aliança nos redimiu.
Na verdade chegamos ao propósito de Deus de forma direta, por meio da
redenção que há em seu sangue.
Podemos dizer que pelo caminho da Aliança passamos para a vida de corpo.
Isso não é uma coisa tão fácil de se aceitar se for considerado o fato de que o
que Deus sempre intentou foi um corpo pra Ele e não apenas uma Aliança.
Veremos esse assunto mais bem detalhado em pontos que ainda abordaremos
nesse trabalho, e é claro que precisamos que cada leitor tenha o coração
aberto para poder entender o que me proponho esclarecer concernente ao que
já está revelado sobre a vida de corpo.

Igreja e Aliança
Não podemos confundir a idéia de ser Corpo com a idéia de estar na Aliança.
Jesus foi fiel a Aliança. Ele cumpriu a Antiga Aliança. O cumprimento da
Aliança por Jesus confere aos judeus o direito de desfrutá-la, embora que não
agora.
Quanto à promessa a Abraão referente às demais famílias da terra, elas foram
dadas a Cristo para ser o seu corpo.
Os gentios não tinham parte na Aliança, mas ao se unir a Jesus, receberam o
poder de se tornarem filhos de Deus, portanto, Corpo de Cristo.
È preciso entender que quem crer em Jesus não passa pela Aliança, entra
diretamente no Corpo de Cristo.
Como Corpo de Cristo, na verdade, o próprio Cristo na terra, a Igreja não só
desfruta, mas também dispensa as bênçãos que estão Nele.
A Igreja é o canal por onde as bênçãos fluem, por isso não vive correndo atrás
delas, ou desejando que elas corram atrás de si.
O único pensamento que a Igreja deve ter com relação às bênçãos é o de
ministrá-las, pois quanto a si, ela já as vive e as desfruta inconscientemente.
Paulo disse que devemos ser considerados ministros de Cristo e despenseiros
dos mistérios de Deus (1 Co 4:1).
Ora ser ministro de Cristo é ser seu mordomo. É administrar o que lhe
pertence.
É dessa forma que o mundo deve nos considerar, e como consideraria se não
visse nada sendo ministrado do que Cristo ministrou?
Ser despenseiro é receber uma posição de confiança (Rm 9:17). Em outra
tradução encontramos: despenseiros das multificências de Cristo.
Estamos relacionados à Aliança porque somos Cristo na terra. Ministramos os
recursos da Nova Aliança já no tempo presente, embora que ela só passe a
entrar em operação durante o milênio, por isso Paulo disse que somos
ministros de um novo pacto (2 Co 3:6). Porque já antecipamos os benefícios
destinados ao milênio.
Vivemos em conformidade à Nova aliança, mas isso não é o mesmo que estar
na aliança.
Ministramos o sucesso, a prosperidade e a vida que será manifesta na Nova
Aliança agora mesmo no tempo presente, porque somos o que Cristo foi aqui
na terra.
Trazemos a cura e os milagres da Nova Vida em nós.
A vida do Espírito de Deus em nós faz com que levemos vida aonde formos.
As bênçãos da Nova Aliança são realmente ministradas agora sobre a Igreja e
o mundo, sabendo que a Igreja não deveria precisar receber ministrações
desses benefícios, senão desfruta-los com parte de sua herança em Jesus, já
que Deus nos fez idôneos a participar da herança dos santos na luz.
A fé veio e nos tornou maduros à parte que nos cabe da herança.
É claro que nem tudo que está destinado ao milênio pode ser ministrado agora,
em virtude da situação em que o povo de Israel, povo da Aliança Abraâmica se
encontra, e também porque o coração do povo ainda não estar pronto para
receber o que lhe fora destinado por Deus.
Deus fez uma promessa aos judeus que ele não tem como cumpri-la agora.
Sua promessa viria por meio de um descendente.

Paulo se reporta a promessa relacionada a um descendente que é


Cristo
É de um descendente que a Palavra fala, e não de muitos (Gl 3:16).
A promessa foi feita a Abraão e a seu descendente.
Quem está em Cristo se torna Seu ministro, e quem administra desfruta sem
se dar conta que o faz, só flui e vive a realidade inconscientemente.
Paulo diz que Deus fez dos dois povos, Judeus e Gentios, um só povo,
portanto, não devemos pensar que a Igreja é Israel.
Ele formou o novo homem em Jesus. Jesus é a Nova Criação de Deus. Ele é a
Realidade da Nova Criação. Quem Nele está, se torna a Nova Criação de Deus,
com as realidade da vida Dele.
A Igreja se constitui a Nova Criação de Deus e não o Novo Israel.
Novo homem sugere nova criação ou novo povo, e Jesus deixou isso claro em
Mateus 21:43, quando fala de um reino que foi dado a outro povo.

O reino que foi tirado


Os judeus tinham o direito legal por promessa sobre o reino, mas fizeram
pouco caso desse privilégio.
Paulo declara que a promessa feita a Abraão dizia respeito ao Espírito. A vida
de Deus que seria dada mais uma vez ao homem. A vida que reina.
Jesus falou que os judeus perderiam essa promessa de ter o reino, para um
outro povo.
Fica claro que o Senhor estava se referindo ao reino do Espírito. Um reino que
se toma posse dele por fé.
Primeiro se é regenerado pela Palavra. Nascido dela e passa a viver dela e por
ela.
Os judeus perderam a oportunidade de reinar em vida, quando rejeitaram a
verdadeira vida que Jesus lhes trouxera.
Ele era a Palavra viva de Deus, mas eles deixaram de lado a vida que reina.
Era necessário renascer no espírito. Era preciso receber a vida que Ele trazia
para se poder ver o reino (João 3:3).
Os judeus esperavam um reino aparente, mas não estavam dispostos a
recebe-lo da forma legal que Deus tinha para eles.
Satanás entrou no mundo de forma ilegal. Ele conseguiu fazer com que Adão
recebesse sua palavra, então seu reino foi instalado na terra. Agora Jesus traz
o poder de destruir as obras do diabo e os judeus o desprezam.
Eles queriam ver o poder, mas estavam cegos e só viram fraqueza. Eles
esperavam ver. Queriam o que é aparente, e o reino não é aparente: não é
comida nem bebida. Por isso perderam o direito de ver o reino se manifestar
em sua forma física.
A Palavra declara que todos os que O receberam tiveram da parte de Deus o
poder de se tornarem Seus filhos (João 1:12).
Esses receberam o poder da vida do reino. Receberam o Espírito.
O reino foi tirado para ser dado a um povo que lhe produza os respectivos
frutos. Que frutos? Ora, os frutos do Reino. Da vida poderosa em Deus. Uma
vida vivida no poder de Deus. Uma vida transfigurada, manifestando Deus aos
homens.

Deus não esquece a sua Aliança


A formação desse novo povo não cancelou o plano de Aliança, pois logo que
termine o período da Igreja na terra, Deus se volta com seu plano para com
Israel.
A Aliança Abraâmica será fielmente cumprida após o arrebatamento da Igreja.
Tudo quanto Deus disse que faria a Abraão, ele cumprirá.
Deus foi impedido de cumprir o que prometera por causa da incredulidade do
povo da Aliança.
Uma promessa precisa de crentes para traze-la à existência.
Há alguns pontos da Palavra dada a Abraão que ainda não se cumpriram
porque Israel não guardou a Aliança (Hb 8:8,9).
Com relação a terra que lhe seria dada, Abraão não possuiu nem mesmo o
tamanho de um pé da terra (At 7:5). Mesmo os patriarcas morreram sem
obter as promessas.
Sabemos que há muitos pontos em que essa promessa pode ser direcionada,
mas o ponto central é o Espírito Santo.
É maravilhoso que tenhamos recebido o Espírito. Infelizmente os filhos de
Abraão não receberam o que lhes fora prometido, mas a Igreja é o Corpo de
Cristo, tendo, portanto, o mesmo Espírito que Ele.
Cristo como descendente de Abraão, recebeu a promessa, como afirma Pedro
Atos 2:33, e após haver recebido derramou sobre os crente em Jerusalém.
Uma promessa que diz respeito a todos quantos o Senhor chamar, como bem
afirmou Pedro (At 2:39). Há uma manifestação desse Espírito conhecida na
Bíblia como batismo.
Joel 2 é cumprido no Corpo do Senhor Jesus, abrindo porta para se cumprir em
todos que se unirem a Ele.
Todos que estão em Cristo receberam do mesmo Espírito.
O crente é ramo da videira, isso o faz participante da natureza divina. Tem o
Espírito, possui a vida e a natureza do Pai.
As Alianças pertencem a Israel, mas a Igreja é o Corpo de Cristo. Jesus é a
videira verdadeira. Ele não é uma figura. Ele é a Realidade e nós estamos
Nele, no verdadeiro. Não em sombras.
A Aliança chegaria a se constituir uma figura, não fora o plano de Aliança que
Deus ainda tem para cumprir com a descendência Abraâmica, mas é um tipo
de relação muito aquém do desejado por Deus, a se cumprir na vida da Igreja.

Deus é de fato nosso Pai


É fato que Abraão ganhou o privilégio de ser a Oliveira. Paulo diz que fomos
enxertados na Oliveira, mas o ponto principal de tudo isso é que, além de
participarmos da Oliveira, somos parte da videira. Não enxertados, mas ramos
naturais em Jesus.
Estamos relacionados à Aliança por havermos crido em Jesus, nos tornando
descendentes de Abraão, enxertados na Oliveira, com quem a Aliança foi
firmada.
O Espírito, como promessa ao povo da Aliança, ainda não foi dado, por isso o
povo da promessa ainda não O tem, mas, o outro povo a quem Jesus se
referiu, ou seja, a igreja, já O tem, não por causa de sua ligação a Abraão,
mas por causa de sua ligação a Jesus, a Videira, de quem recebeu o Espírito,
após Ele haver recebido do Pai.
Joel fala do Espírito que será derramado sobre toda a carne (Cap 2).
Durante o reino milenar de Cristo, o Espírito poderá vim sobre toda a carne.
Durante o período das alianças anteriores, o Espírito vinha sobre alguns, mas
na Nova Aliança, ele estará sobre todos os que desfrutarem da promessa do
milênio.
O espírito estará sobre eles, mas, a Igreja O tem em si.
O espírito está com e na Igreja.
Quando Deus fala de derramar do Seu Espírito, Ele está falando de derramar
de Si mesmo. Isso fala de Ele vim para dentro, e isso já aconteceu.
Deus veio e mostrou que estava ali.
Deus já estar por dentro. O que nos falta é deixarmos se manifestar o que já
temos.
A promessa cumpre um propósito: Emanuel> Deus no Homem. Isso nos abre
os olhos para muitas coisas que a Palavra declara.
Não precisamos interpretar a Palavra. Ela se auto-interpreta. Ou melhor, nós a
encarnamos e Deus nos interpreta.
A Aliança está estabelecida e Deus a cumprirá à descendência de Abraão na
carne, mas quanto à Igreja, bem, isso realmente é outra história.
História que já começamos a trabalhar suas verdades, e cremos que
conseguiremos, em Deus, completar o que iniciamos. Isso faz parte do que
cremos ser também a conclusão do que o Senhor mesmo começou, e que é
poderoso para completar.
Como nos propomos, estaremos trabalhando biblicamente, cada uma das
Alianças de Deus com o homem de forma panorâmica.
Temos tratado até aqui fatos sobre a Aliança feita com Abraão, agora
trataremos de uma Aliança que nada mais é que uma extensão da Aliança
Abraâmica, a Aliança Palestínica.
A Aliança Palestínica
O tabernáculo construído serviu para que Deus habitasse no meio do povo
durante a jornada no deserto, mas foram 40 longos anos devido a
incredulidade, mas, enfim, o povo entra na terra prometida.
Por três vezes o povo disse que faria o que Deus dissera, mas em cada uma de
suas promessas, o povo falhou com Ele (Ex 19:8; Ex 24:3; Ex 24:7).
Mais uma vez, sob o comando de Josué, o povo renova sua Aliança com Deus
(Josué 24:14-28).
A Aliança que está sendo renovada aqui é a mesma que foi estabelecida com a
nova geração de Israel, a quem Deus prometeu introduzir na terra, no lugar de
seus pais porque aqueles foram incrédulos (Dt 29 e 30) o que pode ser
constatado em Nm 13 e 14.
A Aliança é estabelecida com a nova geração.
Moisés faz seu terceiro discurso nos capítulos 29 e 30, onde é estabelecida a
Aliança Palestínica.
O povo de Israel havia sido ensinado a amar a Deus integralmente (Dt 6:5).
Os termos dessa Aliança encontram-se no capítulo 28 de Deuteronônimo.
As bênçãos para a obediência seriam proferidas sobre o monte Gerizim; e as
maldições para a desobediência, sobre o monte Ebal (Dt 27:11-13).
Há quem viva se enganando, dizendo que não há nenhum mal em pecar, acho
que seria melhor verificar melhor o que a Palavra fala sobre isso (Dt 29:19).
Sei que não há maldição hereditária para quem está em Cristo, mas ainda
assim é possível um filho de Deus trilhar por uma estrada de maldições.
No Livro de Dt 28:1-14 fala das bênçãos para o povo que andasse na Aliança e
Dt 28:15-68 fala das maldições para quem as descumprisse.
É claro que não é preciso ninguém mais andar em maldições, porque Jesus se
fez maldição por nós (Gl 3:13).
Não somos malditos, Jesus nos fez benditos Nele. Ele cumpriu todas as
exigências da lei.
Jesus consumou tudo – cumpriu a lei. Sua morte cumpriu a exigência do
salário do pecado., mas Deus não pode impedir um filho seu andar em
maldição se ele assim o decidir.

A obediência à palavra faria com que a descendência fosse abençoada


Isso nos faz refletir que nossos filhos são nosso espelho. Veremos nossa
prosperidade na vida de nossos filhos.
Nossa vida será refletida neles. É neles que veremos se temos andado em uma
vida de retidão. Veremos se temos atendidos as ordens de Deus quanto a
criação deles.
Verdadeiramente, a nossa bênção e prosperidade será vista na vida de nossos
filhos.
Devemos, no entanto, lembrar que não somos daqueles que vibram porque as
bênçãos irão correr atrás de nós.
É óbvio que ainda corremos o risco de termos ou não o nosso caminho afetado
pela bênção de Deus, mas isso é uma escolha nossa. Depende de andarmos ou
não no caminho que devemos andar.
Isso não deve se constituir um problema para nós, pois tudo que devemos
fazer é fortaleça-nos no Senhor (Dunamis). Seja um dominador. Lembre-se
que o poder não vem de você, vem do Senhor.
A Aliança Abraâmica tinha um propósito eterno que seria perpetuado por meio
de sua descendência (de Abraão) até a plenitude dos tempos (Gl 4:1), quando
o herdeiro prometido, Cristo, validaria por meio de Seu próprio Sangue, tudo
que na Antiga Aliança se constituía apenas promessa.
A fé nas promessas facultava aos que criam e faziam parte da Aliança,
desfrutarem das primícias de tudo o que a Aliança garantia.
Já sabemos que Israel passou 430 anos em cativeiro egípcio, até que Deus
levanta um príncipe para dar continuidade ao seu plano de Aliança. Moisés é
esse príncipe.
Ele é chamado para libertar Israel das mãos de Faraó e conduzi-lo à terra da
promessa (Ex 3).
40 anos sob duras provas e providências divina no deserto foram necessários,
a fim de introduzir na terra um povo preparado, embora saibamos que a
incredulidade foi a causa de todo esse transtorno.
No capítulo 34 nos deparamos com um triste fato: Israel está às portas de
Canaã e, Moisés, o grande líder que conduziu o povo em muitas vitórias e
batalhas sob muitas operações milagrosas desde a saída do Egito, não podia
continuar com eles.
Moisés tem que morrer e, Josué continuaria a partir dali.
A situação é aparentemente desastrosa e prometia um grande choque para o
povo.
Imaginem ter que perder um homem experiente que ganhara o respeito de
todos, em uma troca aparentemente injusta por um jovem sem muita
experiência, embora fosse um bom capitão de guerra!
Isso é no mínimo absurdo. Mas tinha que ser assim, e Deus seria com Josué do
mesmo jeito que fora com Moisés.
Isso deveria ser o bastante pra qualquer um, pois a vitória estava com quem
Deus estivesse (Dt 34:9).

Deus estava empenhado com sua Palavra.


Não havia porque o povo temer uma vez que Deus havia feito uma promessa.
Eles podiam descansar sob a Palavra de Deus que dissera: Darei à tua
descendência essa terra (Gn 12:7).
O povo estava diante da promessa ainda em poder de outros povos que, com
certeza, não estavam dispostos a lhes entregar de mão beijada.
Israel teria que expulsar os moradores da terra, e isso não iria ser uma tarefa
tão fácil.
Deus havia lhes dado, mas eles tinham que desapropriar aqueles que
chegaram ali primeiro.
Nenhuma esperança podia ser vista do ponto de vista humano que lhes
encorajassem a seguir o plano. Nada havia que os inspirasse, mas eles ainda
tinham Deus com eles.
Ter a Palavra de Deus é o mesmo que ter Ele próprio.
Moisés já não estava mais com eles, e tudo que tinham era a Lei que lhes fora
dada debaixo de um Ministério que exigia o mérito.
Estavam com tudo que se pode ter para perderem a fé. A situação não era
nada favorável para se crer.
Aquele momento era apropriado para descrerem da promessa, então Deus
vem e faz algo novo. Ele estende a promessa feita a Abraão a toda Nação.
O povo podia agora reacender suas esperanças e firmar-se nas promessas que
fora dada a Abraão.
Esse algo novo de Deus ficou conhecido como Aliança Palestínica, devido
estender as promessas feitas ao patriarca, a todo o povo.
A Aliança Palestínica decide a posse da terra em favor de Israel e também o
desfrute das bênçãos prometidas a Abraão, para se cumprirem na terra que se
apropriaram.
Pontos Importantes da Aliança Palestínica
Nada os excluiria da Aliança. A promessa foi bastante para crerem e terem
suas esperanças reacendidas.
Deus lhes havia dado a Palavra de que a terra seria sua e isso era bastante.
Deus falara e pronto.
A promessa estava àcima da Lei. Estavam debaixo da Lei, mas a Lei não tinha
poder para invalidar a Promessa (Gl 3:17).
Ela era uma confirmação e extensão da Aliança feita com Abraão.
Deus se revela como um Deus que guarda a Aliança. Nada O impedira de
cumprir o que dissera.
A infidelidade do povo traria pesares, mas não invalidaria a promessa.

Pontos Reflexivos da Aliança Palestina (Dt 30:1-10)


A Aliança Palestínica era uma Aliança com aparentes elementos de Aliança
condicional, mas isso não prejudicava o seu caráter de Aliança incondicional, já
que não altera o plano de Deus a despeito de requerer o fator tempo para sua
concretização.
Se essa Aliança fosse condicional ela teria sido anulada, levando em
consideração a infidelidade do povo.
Sabemos pela Palavra que a infidelidade do povo causaria sua dispersão, mas
há uma promessa de reintegração e restauração em um tempo por vir.
De acordo com essa Aliança, o Messias rejeitado pelo povo retornará e será
recebido, resultando na conversão de Israel.
Israel não mais sofrerá a vergonha por parte de seus inimigos. O povo
desfrutará a plenitude da promessa depois de restabelecido.
Deus prometeu-lhes a terra. A verdade é que Deus já lhes deu, mas eles ainda
não receberam conforme a promessa.
Quando essa promessa for cumprida integralmente, Israel terá a terra
plenamente, e não mais dividida com ninguém.
O povo receberá um novo coração da parte de Deus. Um coração disposto à
obediência para desfrutar tudo quanto Deus prometeu dar a descendência de
Abraão.
Uma Síntese Sobre a Aceitação – Decadência e Redenção de Israel (Ez
16:1-2)
O povo de Israel foi amado por Deus quando ainda era um bebe (vv 1-7), e
Deus se uniu a eles como um homem se une a uma mulher pelo casamento
(vv 8-14), mas o povo se comporta como uma esposa adúltera (vv 15-34).
Os vv 35 a 50 nos revela que há um julgamento inevitável que lhes aguarda
em decorrência de sua infidelidade, mas podemos vislumbrar uma restauração
baseada numa promessa feita por Deus.
Temos certeza que a Palavra de Deus se cumprirá independente da fidelidade
de Israel (vv 60-62).
Resumo
Haverá uma conversão massificada na nação judaica, após a dispersão sob o
anticristo. Cada judeu será trazido à sua terra em um reajuntamento
incompreensível à inteligência humana.
Os inimigos de Israel serão julgados à sua vista. Eles verão a derrota deles.
O Senhor preparará uma mesa perante eles na presença de seus
inimigos.
Eles verão sendo cumprido tudo o que está comprometido na Aliança de Deus
com Abraão e estendida a eles.
Os profetas previram esses dias e falaram sobre eles, o que gerou uma forte
expectativa no coração deles e do povo sobre o que viria.
Realmente Deus anuncia o fim desde o começo.

A Aliança Davínica
A Palavra de Deus fala amplamente dessa Aliança que fora firmada entre o
Senhor e Davi.
De acordo com II Samuel 7:16, a casa e o reino de Davi foram firmados pelo
Senhor, e esse reino não tem fim.
Israel, antes do reinado de Davi, manifestou em sua vida um desprezo muito
grande pelas demais nações, sem considerar a chamada que lhes aguardava
no plano de salvação das demais gentes, chegando a desejar a destruição
deles.
Um exemplo bem patente pode ser visto em Jonas. Esse profeta odiava os
ninivitas e desejou a sua destruição.
Mas a história não para no ódio dos judeus pelos gentios. Invejaram e
ambicionaram seu modo de vida e até desejaram ter sobre si um sistema de
governo semelhante aos deles, desejando um homem governando em lugar de
Deus (I Rs 8: 5,7), o resultado foi a escolha de Saul, que teimou em seguir o
seu próprio caminho e não o de Deus, trazendo ele mesmo sobre si, a sua
destituição.
Com a destituição de Saul o caminho estava aberto para que Deus levantasse
um homem segundo o Seu coração.
Deus havia prometido a vinda do redentor (Gn 3:15; 12:3), e Davi seria
rebento de onde o Messias procederia. Quando o nascimento de Jesus foi
anunciado os detalhes asseguravam que Ele seria descendente de Davi sob o
qual o reino de Davi seria estabelecido (Mt 1:1).
João declara que Jesus é aquele que tem a chave de Davi (Ap 3:7). É mais que
óbvio que isso fala de autoridade, governo, domínio e tudo o mais que uma
chave de Rei pode representar.
É fato consumado, todas as promessas da Aliança Abraâmica repousavam
sobre a Aliança Palestínica, mas agora podemos perceber um aspecto de
Aliança em que Deus honra um homem de confiança. Davi era esse homem e
de acordo com Jr 33:22-26, a Aliança goza do mesmo nível da Aliança feita
com Abraão.
Podemos ver o quanto Deus foi conclusivo em Suas palavras: Rejeitarei a
descendência de Jacó e de Davi meu servo?
Há aqui uma reafirmação da promessa a Abraão e sua linhagem tomando um
novo rumo: Davi e sua descendência especificamente.
Não houve um direcionamento bilateral, mas uma maximização da Aliança. Em
Davi a Aliança se estendeu e ficou fortalecida.
Um dilema no coração de Davi
Chegamos a um ponto dramático da vida de Davi. O rei e profeta estava triste
porque o lugar da habitação da presença de Deus era uma simples tenda,
enquanto que ele mesmo morava em uma suntuosa casa.
A Arca era abrigada por uma tenda coberta com peles de animais sem
proteção lateral. Foi então que Davi planejou construir uma casa para Deus,
mas o Senhor não lhe permitiu realizar esse sonho. Seu filho, Salomão,
executaria essa construção.
A Palavra profética sobre a construção do templo tinha sentido ambíguo: O
descendente de Davi, Salomão, construiria o templo físico (temporário) para
Deus, ou seja, para a Arca e, o descendente de Davi, Jesus, construiria o
templo espiritual (a Igreja) para Deus.
A Igreja é a verdadeira morada de Deus, pois Ele não habita em construções
feitas por mãos humanas.
Foi precisamente isso que o Senhor disse a Davi: Que casa me edificareis?
Não, decididamente nada pode conter Deus.
Sua presença estava representada na Arca, e isso era o máximo que uma
Aliança podia requisitar.
A despeito dessa fragilidade da Aliança, ela ainda reunia em si poder para
viabilizar a vontade de Deus aos homens em um tempo em que Deus não
podia se derramar completamente neles.
A Aliança oferecia o máximo que Deus podia oferecer em um plano perfeito
para o momento, mas que não traduzia a vontade perfeita de Deus em
plenitude, considerando o que Ele tinha em mente.
Comprometimento de Deus com Davi na Aliança (2 Sm 7:12-16)
1. O reino de Davi seria firmado por meio de seu sucessor;
2. Seu filho construiria um lugar para a habitação da presença de Deus,
representada na Arca;
3. O reino seria perpetuado em seu filho;
4. O trono não seria ocupado por alguém que não fosse um descendente de
Davi;
Em Salomão Deus deu Sua palavra de confirmação sobre a perpetuação do
reino de Davi, mas somente em Jesus tal promessa será de fato consumada.
A Palavra de Deus testemunha a confirmação da Aliança Davínica (Sl 89: 3,4;
34-36).
O Tipo, O Caráter, e A Natureza da Aliança Davínica, e como ela foi
estabelecida
A Aliança Davínica é literal em seu caráter e eterna em sua natureza. ela é
incondicional e foi estabelecida a partir de uma promessa de Deus feita a Davi.
Deus deu Sua Palavra a Davi que passou a ser o fundamento de todo o agir de
Deus para com Davi.
Davi viveu em um tempo em que a Lei estava em operação, mas a promessa
estava acima da Lei.
Qualquer desobediência acarretava em castigo, mas não destruía o que estava
estabelecido na Aliança.
O mérito não era levado em conta para validar a Aliança.
Essa Aliança prevê um plano futuro e se firma no propósito eterno de Deus.
Uma Aliança firmada na fidelidade de Deus, em que as promessas feitas a
Abraão continuam mantidas.
Não podemos pensar que essa Aliança diz respeito a outro povo senão ao de
Davi, e no mais Deus está empenhado nela com juramento (Sl 132:11), mas
Deus não admite a incredulidade às Suas palavras. Ele é incisivo (Sl 89:34).
A duvida não pode resistir diante dos fatos da Palavra de Deus.
A fé é um ato, enquanto que a Palavra de Deus é um fato.
A Palavra de Deus é um argumento contra qualquer fato da razão humana que
se levanta contra o conhecimento de Deus (Palavra).
Davi era convicto de sua posição de Aliança. Ele sabia o que era estar
Aliançado com Deus.
Foi baseado nessa convicção que ele enfrentou o gigante Golias. Ele sabia que
estava envolvido em um compromisso de fé. Uma convicção de fatos não
vistos. Ele era um homem de Aliança.

Previsões futuras relacionadas a Aliança Davínica


1. A nação judaica será preservada para o retorno do Messias.
2. O retorno e organização nacional dos judeus.
3. A segunda Vinda de Jesus para governar sobre o trono de Davi.
4. A perpetuação do reino de Davi prometido ao seu descendente que é
Cristo.
A Palavra de Deus assegura que Jesus virá e destruirá o poder gentílico.
Ele destruirá a besta e o falso profeta. Virá para julgar as nações, ressuscitar
os santos do Antigo Testamento, os santos da grande tribulação, dar um novo
coração ao remanescente judeu, implantar o Milênio, fazer a Nova Aliança com
a casa de Israel e a casa de Judá entrar em operação conforme a promessa,
celebrar a Ceia das bodas com Israel no Reino, fazer cumprir a promessa de
que as nações andarão à Sua luz e fazer valer o aspecto da profecia que diz
que o tabernáculo do Senhor estará entre eles.
O que mais poderia ser dito acerca dessas coisas? Creio que muito, mas os
assuntos que se seguem são complementares, a despeito de sucintos.

Introdução À Nova Aliança


Temos trabalhado até agora, a idéia de que Jesus consumou tudo o que a Lei
prescrevia, para poder implantar a Nova Aliança, a despeito dela ainda não
haver entrado em operação.
Essa Aliança foi realizada por meio de Jesus em favor dos judeus. Nada diz
respeito à Igreja, pois essa é o Corpo de Cristo.
A Igreja ministra e desfruta os benefícios da Nova Aliança, cooperando com
Deus em Seu plano de implantação de sua vontade na terra.
O crente vive as realidades de filho de Deus. Individualmente ele é membro do
Corpo de Cristo no espírito. Coletivamente, a Igreja é templo do Espírito. Ser
Corpo de Cristo ou templo de Deus dá no mesmo.
Sabemos que foi na cruz que Jesus derramou Seu Sangue para fazer valer a
Aliança que fora pré-figurada em Gn 15, quando ele veio em uma
manifestação antecipada, a fim de confirmar as promessas de Deus à
descendência de Abraão.
O Sangue derramado na cruz, ao mesmo tempo em que firmava a Aliança,
servia também como vida a todo aquele que aceitasse o sacrifício em seu favor
em redenção, passando a se unir a ele, e se tornando um só espírito com o
Senhor.
Dessa forma o Sangue de Jesus tem duplo propósito: Aliança e Redenção.
Os judeus serão salvos tendo por base a Aliança firmada no Sangue e a Igreja
é salva tendo por base a redenção pelo Sangue de Jesus. Ambos os povos
estão fundamentados no Sangue. Há redenção em dois níveis: Aliança e Corpo.
Apesar da redenção oferecida e consumada no nível de Aliança para Israel,
eles nunca passarão do nível de Aliança para o nível de Corpo. Nunca serão um
só espírito com o Senhor e sua ressurreição será após a Grande tribulação.
Sua ressurreição lhe garante apropriar-se dos benefícios comprometidos na
Aliança, mas ao rejeitarem Jesus, desprezaram também o privilegio de serem
um com Ele no espírito.
Tudo o que os judeus serão é povo de Deus, Nação Santa. Terão a Deus como
o Seu Deus e serão o Seu povo, mas não serão a morada de Deus no espírito.
Na igreja, Jesus uniu judeus e gentios. A parede da separação fora derrubada.
A inimizade fora desfeita.
Ambos os povos foram nivelados para que, crendo, formem o Novo Homem
criado em verdadeira justiça e santidade para serem conforme a maneira de
Deus ser.
A Nova Aliança
A promessa de um novo coração ao povo judeu já era algo conhecido há
muito, o que só seria possível por meio de um arrependimento em massa.
Havia necessidade de redenção, os pecados tinham que ser remidos. A
remissão era necessária, mas ela não podia vir a efeito sem derramamento de
sangue, conforme descreve o livro de Hebreus. Era necessário um sacrifício
para que a remissão se tornasse realidade.
Debaixo da Lei, como viviam, os israelitas apresentavam uma vítima para
substitui-los em sacrifício, e seus pecados eram cobertos, por assim dizer, mas
não eram purificados, já que o sangue de animais não podia purificar pecado,
visto não ser a imagem exata do que deveria ser purificado (Hb 10).
Era necessário um sacrifício eficaz e João viu essa necessidade sendo suprida
em Jesus.
Ele disse ao avistar o Senhor: eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do
mundo (João 1:29).
É importante notar que Ele não veio para tirar o pecado dos judeus, mas do
mundo todo. Essa verdade é confirmada em 1 João 2:2.
Estamos nos referindo a um Sangue que é a base da Aliança com o povo
judeu, mas é também a propiciação pelos pecados do mundo todo.
O Sangue se tornou favorável a toda humanidade dando lhe posição no Corpo.
Essa era a vontade perfeita do Pai: Corpo, e não Aliança, e o Sangue é a base
de toda a aceitação.
A vida do Corpo está no Sangue (presumo que você entenderá que isso tem
duplo aspecto).
A igreja como Corpo de Cristo fundamenta sua vida e poder no Sangue Dele,
mas esse Sangue também abriu um Novo e Vivo caminho ao Santo dos
Santos.
Pelo Sangue os judeus podem entrar na presença de Deus, mas a Igreja não
só estar, como também tem em si Sua presença como seu Corpo.
Pelo Sangue de Jesus um novo e vivo caminho foi aberto e a Aliança dá direito
de acesso, mas o Corpo é de Cristo.
Foi baseado na Aliança que Deus prometeu dar um novo coração ao povo
judeu. Uma promessa exclusiva para aquele povo. Eles teriam um coração
disposto à obediência.
A Nova Aliança não era a realidade, ou a vontade de Deus em plenitude, mas
com certeza se constituía uma plenitude no plano de Alianças.
A realidade de Deus era o Corpo que Deus tinha em mente formar, figurado
nas instituições e ministério mosaico. Aquele ministério era a figura do
verdadeiro.
Jesus é o verdadeiro. A igreja está no verdadeiro. Ela é o Corpo, a verdade de
Deus.

A promessa da Nova Aliança


Esta registrado em Jeremias 31:31-34, que Deus fez uma promessa de Nova
Aliança.
Ele diz que faria Nova Aliança com as casas de Israel e Judá.
Não seria uma Aliança conforme fora feita com seus antepassados após a
libertação das mãos de Faraó.
Os Israelitas haviam anulado a Aliança por causa de sua infidelidade.
Não podemos confundir Aliança com Testamento. Na verdade, a Aliança deu
lugar ao Testamento.
A Igreja se relaciona com Deus com base no Novo Testamento, ao mesmo
tempo em que ela mesma se constitui o próprio Novo Testamento, por isso
cumpre em si todas as palavras da vida.
Ela ministra todos os recursos da Nova Aliança por que é ministro dela, ou
seja, ministra o que há nela, não para si, mas aos que não fazem parte do
Corpo e comunica entre si, aos desinformados que fazem parte do Corpo, a
vida que lhes supre em tudo.
Na Nova Aliança, os judeus, que é o povo a quem Deus fez a promessa, esta
garantido a doação de um novo coração. Um coração disposto a obediência.
Eles não estarão mais enquadrados nas palavras de Amós que diz que não
podem andar juntos com Deus, pois agora estão de acordo.
Nessa Aliança todos terão conhecimento de Deus, sem que seja necessário que
um irmão ensine a outro irmão.
Hoje, a Igreja já tem conhecimento de Deus sem que seja necessário que
alguém lhe ensine, porque ela é o Seu Corpo, o que lhe falta é iluminação,
coisa que somente o conhecimento da Palavra pode prover sob a unção do
Espírito, por isso ainda é necessário que haja ensino – Suprimento de uns aos
outros, mesmo pertencendo ao Corpo.
Há uma justa cooperação de juntas e medulas sendo manifestada aqui.
Quando a Nova Aliança entrar em operação conforme a promessa, as
iniqüidades não mais serão. O perdão dos pecados realizados na cruz em favor
da Aliança cumprirá seu ponto Máximo.
DECLARACOES COMPLEMENTARES
1. A promessa da plenitude do Espírito Santo em Joel 2:28 e Ez
36:27, se cumprirá literalmente.
2. Precisamos entender que a promessa do derramar o Espírito já foi
realizada quando Deus se derramou para dentro de Jesus. Essa
promessa deu continuidade na vida da Igreja que é o Corpo de Cristo,
depositório da Unção. Mas sua plenitude só será possível durante os dias
da Nova Aliança, já que ela pretende alcançar toda a carne.
3. As bênçãos de Deus serão de tal forma que ninguém dará conta, dada a
abundância que será manifesta, como nunca fora vista antes (Ez 34:22-
27).
4. De acordo com Ez 37:26, O Senhor estará presente plenamente.
5. Há uma promessa de reedificação do templo (Ez 37:28).
6. Paz sem medida, indicando ausência de guerra de qualquer tipo (Ez
37:26).
7. As armas de guerra serão transformada em instrumento de trabalho (Is
2:4).
8. Haverá um comando da parte de Deus com relação as forças da natureza
de forma que todos gozarão de total segurança (Os 2:18).
A NOVA ALIANCA JÁ FOI CELEBRADA.
Quando Jesus veio, Ele veio primeiramente para aqueles a quem a promessa
foi dada e, por haver nascido deles, são chamados os que eram Seus (Jo
1:11,12), mas ao desprezá-Lo, àqueles a quem a Bíblia chama de Seus,
desprezaram o melhor de Deus para a vida deles. Desprezaram a vida de
Deus, a Unção presente.
Jesus foi desprezado, mas não desfez o que estava proposto, apenas trabalhou
de outra forma o que já estava estabelecido.
Ele implantou a Nova Aliança e estabeleceu um Corpo, a fim de que
continuasse seu plano de redenção enquanto a Aliança não entra em vigor.
Jesus comeu a Páscoa com aqueles que representavam os seus em numero
de 12 pessoas que foram os primeiros discípulos, e instituiu uma celebração
que relembra o que Ele fez, ou seja, a redenção.
Naquela noite o Senhor deixou certo a vida em Corpo para a Igreja, que entrou
em vigor após a Sua ressurreição e a vida em Aliança que entra em operação
após a conversão dos judeus, quando da Segunda Vinda do Senhor.
Os judeus desprezaram a Jesus, e com isso desprezaram a verdade de Deus
para eles, a verdade sobre si mesmos, e agora vão ter que andar na Aliança, o
que é uma bênção, mas não é o melhor de Deus, não é Sua vontade perfeita.
Andar em Aliança é andar no imperfeito, se compararmos ao que Deus tinha
em mente para eles, que na verdade é o mesmo que Ele tem para nós.
A Nova Aliança é o cumprimento total das promessas de Deus aos judeus, não
sendo possível ser estabelecida antes por causa da incredulidade, e ela foi
estabelecida para ser um pacto eterno (Hb 13:20).
A promessa garante que todo o povo de Israel habitará sua terra e que haverá
um só Rei, e não haverá divisão entre eles (Ez 37:21 e 22) e adorarão a um só
Deus (Ez 37:23).
Os judeus serão reconhecidos como povo de Deus, propriedade de possessão
particular.
Ser povo do Senhor é uma particularidade especial dos judeus (Is 61:9). Eles
estarão no lugar do cumprimento da promessa e da bênção.

Continua ...

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