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CORPO
E
VIDA EM
ALIANÇA
Introdução
Em Jesus,
Amarildo Costa
UM RESUMO SOBRE AS ALIANÇAS BÍBLICAS
As Alianças
É possível detectar 05 (cinco) Alianças na Bíblia, dentre as quais, duas se
destacam como mais importantes que as outras três e são elas: Aliança
Abraâmica e Nova Aliança.
Vale observar, ainda, a existência de uma Aliança em que sua natureza é
universal, ou seja, inclui toda a humanidade, Aliança Noética.
Essa Aliança precisa ser vista nesse perfil, haja vista a humanidade ser
caracterizada nessa época, como uma só raça representada em Noé e sua
família.
As Alianças bíblicas são conhecidas ou denominadas como:
1. Noética
2. Abraâmica
3. Palestínica
4. Davínica
5. Nova Aliança
Não podemos fechar os olhos sem que percebamos que essas Alianças
prevêem um plano futuro, principalmente as que foram feitas com Abraão (Gn
12:1-3), com o povo de Israel (Ez 16:60) com Davi (II Sm 7:10-16) e a Nova
Aliança (Jr 31:31 – 40).
A Aliança Abraâmica se constitui a base de todas as outras Alianças de Deus
com Israel bem como do cumprimento das promessas feitas àquele povo.
A Nova Aliança é o cumprimento e extensão de todas as promessas feitas a
Abraão, consumadas em Jesus.
Com exceção da Aliança Noética, todas as Alianças são Alianças que prevêem
exatamente o que dizem, por isso, literais. A Palavra de Deus caracteriza tais
Alianças como eternas e estão baseadas na Promessa de Deus, por isso
também dispensa o mérito dos Aliançados (Gn17: 7; Ez 16:60; 2 Sm 23:5; Is
61:8). Em Is 24:5 lemos que Israel transgrediu a Lei de Deus, mudou o seu
estatuto e quebrou a Aliança Eterna.
Israel foi desleal com Deus e isso forçou o Senhor a por em prática o que
podemos chamar de Plano B.
Esse Plano é exatamente o que conhecemos como Nova Aliança. Jeremias
traduz com suas palavras que seria um concerto eterno em que o povo não
mais se desviaria do Senhor e o temor de Deus viria para o coração deles. Um
concerto que jamais seria esquecido (Is 50:5), e eterno por estar firmado no
Sangue de Jesus, o sangue da Eterna Aliança (Hb 13:20).
AS ALIANÇAS BÍBLICAS
Estaremos fazendo uma abordagem de forma panorâmica das Alianças
bíblicas, e também apresentando algumas outras ocorrências bíblicas,
consideradas por muitos estudiosos e doutores cristãos como Alianças bíblicas.
As Alianças para muitos estudiosos e ensinadores somam um total de sete,
para outros somam oito e ainda outros somam um total de nove Alianças e são
denominadas na seguinte composição, para atender qualquer um dos casos
acima citado:
1. Aliança Edênica
2. Aliança Adâmica
3. Aliança Noética
4. Aliança Abraâmica
5. Aliança Palestínica
6. Aliança Mosaica
7. Aliança Davínica
8. Nova Aliança
9. Aliança Eterna ou Eterna Aliança
Em qualquer um dos casos de segmento sobre as Alianças, as alistadas
preenchem cada uma das tendências aliancistas.
Passaremos agora a tratar de cada uma dessas Alianças, tanto dentro de sua
visão bíblica, bem como dentro do que temos ouvido dos seguidores da
doutrina aliancista.
A ALIANÇA ABRAÄMICA
Toda a Bíblia está recheada de assuntos sobre a Aliança Abraâmica. Essa
Aliança se constitui a base de todas as promessas de Deus para a Abraão e sua
descendência, bem como compromete o plano de Deus para alcançar todos os
povos da terra.
Baseado nessa Aliança encontramos propostas de Deus para a humanidade,
definida em vários níveis de ação, e que ficaram estabelecidas em forma de
doutrinas, tanto escatológica quanto soteriológica.
Um exemplo de doutrina soteriológica é vista na promessa de abençoar todas
as famílias da terra. A promessa dizia respeito a um descendente de Abraão, a
saber, Cristo.
Um outro exemplo, agora para respaldar o aspecto escatológico, é facilmente
percebido na promessa da posse da terra de Canaã pelos israelitas. A terra foi
dada em possessão eterna.
Apesar dessa promessa haver sido feita, nós sabemos que Israel ainda não
alcançou a totalidade dessa promessa.
Israel quebrou a Aliança e não pode tornar real o que Deus dissera para eles.
Igreja e Aliança
Não podemos confundir a idéia de ser Corpo com a idéia de estar na Aliança.
Jesus foi fiel a Aliança. Ele cumpriu a Antiga Aliança. O cumprimento da
Aliança por Jesus confere aos judeus o direito de desfrutá-la, embora que não
agora.
Quanto à promessa a Abraão referente às demais famílias da terra, elas foram
dadas a Cristo para ser o seu corpo.
Os gentios não tinham parte na Aliança, mas ao se unir a Jesus, receberam o
poder de se tornarem filhos de Deus, portanto, Corpo de Cristo.
È preciso entender que quem crer em Jesus não passa pela Aliança, entra
diretamente no Corpo de Cristo.
Como Corpo de Cristo, na verdade, o próprio Cristo na terra, a Igreja não só
desfruta, mas também dispensa as bênçãos que estão Nele.
A Igreja é o canal por onde as bênçãos fluem, por isso não vive correndo atrás
delas, ou desejando que elas corram atrás de si.
O único pensamento que a Igreja deve ter com relação às bênçãos é o de
ministrá-las, pois quanto a si, ela já as vive e as desfruta inconscientemente.
Paulo disse que devemos ser considerados ministros de Cristo e despenseiros
dos mistérios de Deus (1 Co 4:1).
Ora ser ministro de Cristo é ser seu mordomo. É administrar o que lhe
pertence.
É dessa forma que o mundo deve nos considerar, e como consideraria se não
visse nada sendo ministrado do que Cristo ministrou?
Ser despenseiro é receber uma posição de confiança (Rm 9:17). Em outra
tradução encontramos: despenseiros das multificências de Cristo.
Estamos relacionados à Aliança porque somos Cristo na terra. Ministramos os
recursos da Nova Aliança já no tempo presente, embora que ela só passe a
entrar em operação durante o milênio, por isso Paulo disse que somos
ministros de um novo pacto (2 Co 3:6). Porque já antecipamos os benefícios
destinados ao milênio.
Vivemos em conformidade à Nova aliança, mas isso não é o mesmo que estar
na aliança.
Ministramos o sucesso, a prosperidade e a vida que será manifesta na Nova
Aliança agora mesmo no tempo presente, porque somos o que Cristo foi aqui
na terra.
Trazemos a cura e os milagres da Nova Vida em nós.
A vida do Espírito de Deus em nós faz com que levemos vida aonde formos.
As bênçãos da Nova Aliança são realmente ministradas agora sobre a Igreja e
o mundo, sabendo que a Igreja não deveria precisar receber ministrações
desses benefícios, senão desfruta-los com parte de sua herança em Jesus, já
que Deus nos fez idôneos a participar da herança dos santos na luz.
A fé veio e nos tornou maduros à parte que nos cabe da herança.
É claro que nem tudo que está destinado ao milênio pode ser ministrado agora,
em virtude da situação em que o povo de Israel, povo da Aliança Abraâmica se
encontra, e também porque o coração do povo ainda não estar pronto para
receber o que lhe fora destinado por Deus.
Deus fez uma promessa aos judeus que ele não tem como cumpri-la agora.
Sua promessa viria por meio de um descendente.
A Aliança Davínica
A Palavra de Deus fala amplamente dessa Aliança que fora firmada entre o
Senhor e Davi.
De acordo com II Samuel 7:16, a casa e o reino de Davi foram firmados pelo
Senhor, e esse reino não tem fim.
Israel, antes do reinado de Davi, manifestou em sua vida um desprezo muito
grande pelas demais nações, sem considerar a chamada que lhes aguardava
no plano de salvação das demais gentes, chegando a desejar a destruição
deles.
Um exemplo bem patente pode ser visto em Jonas. Esse profeta odiava os
ninivitas e desejou a sua destruição.
Mas a história não para no ódio dos judeus pelos gentios. Invejaram e
ambicionaram seu modo de vida e até desejaram ter sobre si um sistema de
governo semelhante aos deles, desejando um homem governando em lugar de
Deus (I Rs 8: 5,7), o resultado foi a escolha de Saul, que teimou em seguir o
seu próprio caminho e não o de Deus, trazendo ele mesmo sobre si, a sua
destituição.
Com a destituição de Saul o caminho estava aberto para que Deus levantasse
um homem segundo o Seu coração.
Deus havia prometido a vinda do redentor (Gn 3:15; 12:3), e Davi seria
rebento de onde o Messias procederia. Quando o nascimento de Jesus foi
anunciado os detalhes asseguravam que Ele seria descendente de Davi sob o
qual o reino de Davi seria estabelecido (Mt 1:1).
João declara que Jesus é aquele que tem a chave de Davi (Ap 3:7). É mais que
óbvio que isso fala de autoridade, governo, domínio e tudo o mais que uma
chave de Rei pode representar.
É fato consumado, todas as promessas da Aliança Abraâmica repousavam
sobre a Aliança Palestínica, mas agora podemos perceber um aspecto de
Aliança em que Deus honra um homem de confiança. Davi era esse homem e
de acordo com Jr 33:22-26, a Aliança goza do mesmo nível da Aliança feita
com Abraão.
Podemos ver o quanto Deus foi conclusivo em Suas palavras: Rejeitarei a
descendência de Jacó e de Davi meu servo?
Há aqui uma reafirmação da promessa a Abraão e sua linhagem tomando um
novo rumo: Davi e sua descendência especificamente.
Não houve um direcionamento bilateral, mas uma maximização da Aliança. Em
Davi a Aliança se estendeu e ficou fortalecida.
Um dilema no coração de Davi
Chegamos a um ponto dramático da vida de Davi. O rei e profeta estava triste
porque o lugar da habitação da presença de Deus era uma simples tenda,
enquanto que ele mesmo morava em uma suntuosa casa.
A Arca era abrigada por uma tenda coberta com peles de animais sem
proteção lateral. Foi então que Davi planejou construir uma casa para Deus,
mas o Senhor não lhe permitiu realizar esse sonho. Seu filho, Salomão,
executaria essa construção.
A Palavra profética sobre a construção do templo tinha sentido ambíguo: O
descendente de Davi, Salomão, construiria o templo físico (temporário) para
Deus, ou seja, para a Arca e, o descendente de Davi, Jesus, construiria o
templo espiritual (a Igreja) para Deus.
A Igreja é a verdadeira morada de Deus, pois Ele não habita em construções
feitas por mãos humanas.
Foi precisamente isso que o Senhor disse a Davi: Que casa me edificareis?
Não, decididamente nada pode conter Deus.
Sua presença estava representada na Arca, e isso era o máximo que uma
Aliança podia requisitar.
A despeito dessa fragilidade da Aliança, ela ainda reunia em si poder para
viabilizar a vontade de Deus aos homens em um tempo em que Deus não
podia se derramar completamente neles.
A Aliança oferecia o máximo que Deus podia oferecer em um plano perfeito
para o momento, mas que não traduzia a vontade perfeita de Deus em
plenitude, considerando o que Ele tinha em mente.
Comprometimento de Deus com Davi na Aliança (2 Sm 7:12-16)
1. O reino de Davi seria firmado por meio de seu sucessor;
2. Seu filho construiria um lugar para a habitação da presença de Deus,
representada na Arca;
3. O reino seria perpetuado em seu filho;
4. O trono não seria ocupado por alguém que não fosse um descendente de
Davi;
Em Salomão Deus deu Sua palavra de confirmação sobre a perpetuação do
reino de Davi, mas somente em Jesus tal promessa será de fato consumada.
A Palavra de Deus testemunha a confirmação da Aliança Davínica (Sl 89: 3,4;
34-36).
O Tipo, O Caráter, e A Natureza da Aliança Davínica, e como ela foi
estabelecida
A Aliança Davínica é literal em seu caráter e eterna em sua natureza. ela é
incondicional e foi estabelecida a partir de uma promessa de Deus feita a Davi.
Deus deu Sua Palavra a Davi que passou a ser o fundamento de todo o agir de
Deus para com Davi.
Davi viveu em um tempo em que a Lei estava em operação, mas a promessa
estava acima da Lei.
Qualquer desobediência acarretava em castigo, mas não destruía o que estava
estabelecido na Aliança.
O mérito não era levado em conta para validar a Aliança.
Essa Aliança prevê um plano futuro e se firma no propósito eterno de Deus.
Uma Aliança firmada na fidelidade de Deus, em que as promessas feitas a
Abraão continuam mantidas.
Não podemos pensar que essa Aliança diz respeito a outro povo senão ao de
Davi, e no mais Deus está empenhado nela com juramento (Sl 132:11), mas
Deus não admite a incredulidade às Suas palavras. Ele é incisivo (Sl 89:34).
A duvida não pode resistir diante dos fatos da Palavra de Deus.
A fé é um ato, enquanto que a Palavra de Deus é um fato.
A Palavra de Deus é um argumento contra qualquer fato da razão humana que
se levanta contra o conhecimento de Deus (Palavra).
Davi era convicto de sua posição de Aliança. Ele sabia o que era estar
Aliançado com Deus.
Foi baseado nessa convicção que ele enfrentou o gigante Golias. Ele sabia que
estava envolvido em um compromisso de fé. Uma convicção de fatos não
vistos. Ele era um homem de Aliança.
Continua ...