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HISTÓRIA DA INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO NO BRASIL

Angela Schinkovicz
Vanessa Caster Taubinger
Pedagogia
Universidade Estadual do Centro Oeste – Unicentro

Introdução
A história da informática educativa no Brasil teve início na década de 70, cujo
objetivo era construir uma base para garantir que as atividades de informática se
desenvolvessem plenamente e consequentemente beneficiassem o desenvolvimento social,
político, tecnológico e econômico. Isso se deve ao pleno desenvolvimento das indústrias para
a qual era necessário a formação de uma mão-de-obra qualificada para dar continuidade ao
crescimento econômico. As instituições escolares também começaram a ter um papel
importante nesse processo. “Adequar a escola a este novo modelo tinha como justificativa a
compreensão de que a escola poderia dar a sua contribuição ao modelo econômico em curso,
por meio da formação de uma mão-de-obra qualificada e ao mesmo tempo ser um agente de
equalização social por intermédio de uma melhor distribuição de renda” (OLIVEIRA, 1997,
P.10)
Nesse sentido, esse trabalho pretende apontar os principais eventos que
proporcionaram o surgimento e a evolução da informatização da sociedade destacando como
esse processo ocorreu na educação no Brasil.

Informática e educação: antecedentes históricos


As primeiras iniciativas sobre o uso de computadores na educação brasileira
aconteceram: na UFRJ considerada pioneira, pois em 1966 o computador já era utilizado no
Departamento de Cálculo e em 1973 auxiliando o professor para o ensino e avaliação em
Química. Na UFGS, também em 1973 na área de desenvolvimento de software educativo
(SISCAI). E em 1975 na UNICAMP, onde um grupo de pesquisadores, coordenados pelo
Prof. Ubiratan D'Ambrósio, escreveram um documento visando a introdução de computadores
nas escolas de 2º Grau, financiado pelo acordo MEC/BIRD. E no mesmo ano iniciou-se a
cooperação técnica que existe até hoje, com o MIT, onde foi criado um grupo interdisciplinar
de especialistas das áreas de computação, linguística e psicologia educacional, dando origem
às primeiras investigações sobre a utilização de um software (LOGO) no auxilio da
aprendizagem, que mais tarde seria também implantado na UFGS.
Nesse período, a Secretaria Especial de Informática - SEI, vinha realizando pesquisas
para saber qual a melhor forma de aplicar a informática na educação. Para auxiliar a SEI, foi
formada uma equipe que contava com representantes de vários setores – SEI, MEC, CNPq e
FINEP, que ficou responsável de planejar as primeiras ações.
Foi realizado o I Seminário Nacional de Informática na Educação na Universidade de
Brasília, de 25 a 27 de agosto de 1981. Desse seminário surgiram várias recomendações.
Dentre elas destacam-se:

...importância de que as atividades de informática na educação fossem balizadas por valores culturais,
sócio-políticos e pedagógicos da realidade brasileira, bem como a necessidade do prevalecimento da
questão pedagógica sobre as questões tecnológicas no planejamento de ações, o computador foi
reconhecido com um meio de ampliação das funções do professor e jamais como forma de substituí-lo.
(...) surgiu a primeira idéia de implantação de projetos-piloto em universidades, cujas investigações
ocorreriam em caráter experimental e deveriam servir de subsídios à uma futura Política Nacional de
Informatização da Educação. (...) projeto EDUCOM, teve suas origens a partir desse fórum.
(MORAES, 1997, P. 3)

Para melhor reforçar as ações na área e coletar novos subsídios para os projetos-piloto,
o MEC, a SEI e o CNPq, promoveram em agosto de 1982, na Universidade Federal da Bahia,
o II Seminário Nacional de Informática na Educação com recomendações importantes:

...a necessidade de que a presença do computador na escola fosse marcada como um recurso auxiliar
ao processo educacional e jamais como um fim de si mesmo. (...) recomendou-se ainda que suas
aplicações não deveriam se restringir ao 2º Grau (...) acentuando a necessidade do caráter
interdisciplinar que deveria existir nas equipes dos centros-pilotos... (MORAES, 1997, P. 3)

Em dezembro de 1981, foi divulgado o documento “Subsídios para a Implantação do


Programa Nacional de informática na Educação”, que foi o primeiro modelo de
funcionamento de um futuro sistema de informática na educação.

Esse documento destacava a necessidade de combinação adequada dos fatores de produção em


educação, de forma a viabilizar um sistema de ensino realmente adequado às necessidades e realidades
regionais, com flexibilidade suficiente para o atendimento às situações específicas, ao aumento da
efetividade na processo de ensino-aprendizagem, à elaboração de uma programação participativa a
partira dos interesses de usuário. Acreditava-se que desta forma estaria sendo garantido o impacto
motivacional do programa e o emprego de metodologias inovadoras capazes de melhorar a qualidade
da educação brasileira. Esse documento propunha a ampliação e acumulação de conhecimento na área
mediante a realização de pesquisas para a capacitação nacional, o desenvolvimento de software
educativos balizados por valores culturais, sócio´políticos e pedagógicos da realidade brasileira, e a
formação de recursos humanos de alto nível. (MORAES, 1997, P. 4)

Para pôr em prática a proposta, foi sugerida a criação de uma Comissão Oficial e uma
Comissão Executiva, formadas por representantes da SEI, CNPq e FINEP, que seriam
orientadas pelo MEC. E em janeiro de 1983 foi criada a Comissão Especial nº 11/83, que
tinha a função básica de orientar a utilização das tecnologias no ensino-aprendizagem e
acompanhar o seu desenvolvimento geral.
Em março de 1983, foi apresentado o Projeto EDUCOM (Educação com
Computadores). “...que consistia em uma primeira ação oficial, concreta, de levar
computadores às escolas públicas brasileiras (...) Seu objetivo principal foi estimular o
desenvolvimento da pesquisa multidisciplinar voltada para a aplicação das tecnologias de
informática no processo ensino-aprendizagem.” (OLIVEIRA, 1997, P.34)
No ano seguinte, em 3 de outubro de 1984, 5 universidades firmaram convênio com o
MEC (Universidades Federais do Rio Grande do Sul, Pernambuco, Minas Gerais, Rio de
Janeiro e Estadual de Campinas) para sediar os centros pilotos, onde seriam desenvolvidas
pesquisas na área, e esses centros também ficariam responsáveis por disseminar o uso da
informática na educação.
Em fevereiro de 1986, após a criação do Comitê Assessor de Informática na Educação
– CAIE/MEC, iniciou-se uma nova fase. Em abril do mesmo ano, o Comitê recomendou o
Programa de Ação Imediata em Informática na Educação de 1º e 2º graus, objetivando:

Gerar subsídios que contribuíssem para o estabelecimento de uma Política Nacional de Informática na
Educação de 1º e 2º graus; Desenvolver uma infra-estrutura de suporte junto às secretarias de educação;
Estimular e disseminar as aplicações da utilização da Informática Educativa junto aos sistemas estaduais
e municipais de ensino; Estimular a capacitação de recursos humanos para o trabalho com Informática
Educativa; Avaliar a validade racional e econômica da Informática Educativa, de acordo com os
objetivos da educação brasileira. (OLIVEIRA, 1997, P.43)

Em maio de 1987 o MEC assumiu a condução das ações da informática na educação e


também do Projeto EDUCOM. Então, com o apoio revigorado, foi lançado o 1º Concurso
Nacional de Software Educativo e a implementação do Projeto Formar, através de de dois
cursos de especialização em informática na educação na UNICAMP, em 1987 e 1989, com o
objetivo de capacitar os professores.
Após a formação, os professores tiveram que projetar e implantar, junto a secretaria da
educação, um Centro de Informática Educativa – CIEd, com o objetivo de de auxiliar alunos e
professores de 1º e2º graus e também de educação especial.
Após todas essas iniciativas ficou estabelecida uma sólida base para a criação de um
Programa Nacional de Informática Educativa – PRONINFE, que tinha por finalidade
“desenvolver a informática educativa no Brasil através de projetos e atividades articulados e
convergentes, apoiados em fundamentação pedagógica sólida e atualizada, de modo a
assegurar a unidade política, técnica e científica imprescindível ao êxito dos esforços e
investimentos.” (MORAES, 1997, P. )
Assim, esse programa tinha como objetivo também apoiar a criação de uma estrutura
de núcleos distribuídos em todo o país. O PRONINFE fundamentava-se na necessidade de
colaboração entre as três esferas do poder público.
Em 1990 o Ministério da Educação aprovou o primeiro plano de Ação Integrada –
PLANINFE, que assim como o PRONINFE considerava muito importante forte programa de
professores.

Conclusões
Apesar das várias dificuldades encontradas no decorrer da realização dos projetos, os
dados demonstram que muita coisa foi concretizada no país. As pesquisas realizadas pelo
projeto EDUCOM foram de vital importância, permitindo assim o surgimento do projeto
FORMAR e possibilitando a implantação de vários CIEds, sub centros e laboratórios
existentes atualmente no país. Toda essa contribuição do passado é que possibilitam hoje um
novo projeto, ainda em desenvolvimento, o PROINFO, que possui metas ambiciosas, desde
1997.
Com esse trabalho pudemos perceber como é recente a utilização da informática como
ferramenta na educação, e da importância que essa utilização teve e tem para o
desenvolvimento do nosso país. Por isso, é necessário desenvolver e investir cada vez mais
em projetos para informatizar a nossa sociedade, disponibilizando essa ferramenta de estudo,
de trabalho não apenas para as classes dominantes, mas sim para todos.

Referências
MEC/SEED/PROINFO. História da Informática Educativa no Brasil. Online. Disponível em
http://edutec.net/Texto/Alia/PROINFO/edprlist.htm<>. Acessado em 06 abr. 2010.

MORAES, Maria Candida. Informática Educativa no Brasil: uma história vivida, algumas
lições aprendidas. Online. Disponível em
<http://edutec.net/Textos/Alia/MISC/edmcand1.htm>. Acessado em 16 mar. 2010.

OLIVEIRA, Ramon de. Informática Educativa: dos planos e discursos à sala de aula.
Campinas, SP: Papirus, 1997.

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