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05/05/08

Direito das obrigações (arts. 233 a 420)


Situações híbridas (direitos reais e pessoais):
• Obrigações “propter rem”: zelar pela área comum do condomínio.
• Ônus reais: pagar o IPTU, porque é proprietário de um bem.

Conceito
Obrigação é a relação jurídica de caráter transitório estabelecida entre devedor e credor
e cujo objetivo consiste numa prestação pessoal econômica, positiva ou negativa, devida
pelo primeiro ao segundo, garantindo-lhe o adimplemento através de seu patrimônio
(Washington).

Objeto da obrigação
Pode ser uma conduta positiva (dar, fazer), ou negativa (não fazer).

19/05/08

Direitos pessoais de natureza patrimonial.

Objetos
• Conduta positiva:
o Obrigação de dar:
 Coisa certa: bem certo e determinado (infungível). Não sendo
possível sua entrega, apura-se a culpa, e resolve-se a obrigação
em perdas e danos. Não havendo culpa (caso fortuito ou força
maior), a obrigação resolve-se simplesmente. Há uma ressalva:
quando o devedor está em mora;
 Coisa incerta: o bem é infungível, ou seja, pode ser trocado por
outro de mesma espécie, qualidade e quantidade. Antes da
escolha, o devedor não pode alegar caso fortuito ou força maior
pela perda da coisa.
o Obrigação de fazer:
 Natureza infungível: leva em conta as habilidades daquele que a
irá prestar, logo, trata-se de obrigação personalíssima. Em caso
de negativa na realização da obrigação, esta resolve-se em perdas
e danos.
 Natureza fungível: que não leva em conta as aptidões da pessoa.
Em caso de não cumprimento, ou o credor a cumpre, ou um
terceiro o faz, em ambos os casos pagando multa a que se refere o
artigo 461, do CPC (astrente).
• Conduta negativa:
o Obrigação de não fazer: abster-se, omissão. O devedor está
inadimplente quando pratica o ato o qual não deveria praticar. Se o
praticou sem culpa, extingui-se a obrigação. Se o fez com intenção,
porém, pode o credor exigir o desfazimento da coisa, ou pode desfazer
ele mesmo às custas do devedor. Se o desfazimento não for possível,
quando houve culpa do devedor, este responde pelo prejuízo (perdas e
danos).

Modo de execução
Obrigações alternativas/cumulativas (art. 252 e ss., Código Civil): há duas
prestações com objetos distintos. Se é cumulativa, deve-se cumprir ambas; se é
alternativa, deve-se cumprir apenas uma. Neste caso, a escolha fica a cargo do devedor.
Se uma das prestações se torna inexeqüível, cumpre-se a outra (art. 253, CC).
Se as duas se tornam inexeqüíveis, dependerá de quem for a escolha do bem (detalhe:
todas as perdas de que se trata neste tópico ocorreram por culpa do devedor):
• Se era do devedor, paga-se o valor da última coisa que se perdeu, mais perdas e
danos (art. 254, CC);
• Se a escolha cabe ao credor, ele escolhe o valor de uma das coisas para receber,
mais perdas e danos. Se só uma coisa se perdeu, ele pode optar pelo recebimento
da subsistente, ou pelo valor da que se perdeu, mais perdas e danos.
Obs: não havendo culpa do devedor, a obrigação simplesmente se extingue.

26/05/08

Modo de execução
Quanto à divisibilidade da coisa (art. 258, CC):
• Divisível: é aquela cuja a prestação é suscetível de cumprimento parcial, sem
prejuízo de sua substância e de seu valor (trata-se de divisibilidade econômica).
• Indivisível: só pode ser cumprida por inteiro, caso contrário, sua substância e
seu valor são perdidos.
Essa questão é válida quando existe pluralidade de devedores e/ou credores (art. 257,
CC).

Solidariedade
A obrigação solidária pode:
• Ativa (credores): qualquer um deles pode cobrar a dívida;
• Passiva (devedores): todos respondem pela dívida toda.
Pluralidade subjetiva de sujeitos (credores e devedores), que se soma unidade objetiva
(que todos respondem pelo cumprimento da prestação).
Não há presunção de solidariedade. Ou ela resulta de lei, ou consta no contrato.
A defesa pode ser:
• Comum a todos: beneficia a todos (ex.: prescrição da dívida);
• Pessoal: só é útil para mim (ex.: vício na assinatura do contrato).
O direito de regresso é o direito que o devedor que pagou sozinho a dívida tem de
cobrar dos demais parte do que foi pago, de modo a deixar as parcelas entre os credores
iguais. Na ação de regresso, a solidariedade acaba, e o devedor que pagou a dívida deve
exigir dos demais partes iguais.
Quando há fiadores, e um deles salda a dívida, apenas o devedor principal responde na
ação de regresso.

02/06/08

Transmissão das obrigações


Cessão de crédito (art. 286 e seguintes, CC): ceder o crédito para outrem.
Todo crédito pode ser cedido? Não (aqueles em que as partes convencionaram; que a
própria lei veda; a própria natureza não permite). Art. 286, 1ª parte, CC.
Gratuito ou oneroso: cabem as duas formas. Se o crédito cedido é menor que o
original, diz-se ser onerosa a cessão.
• Pro soluto (regra, art. 296, CC)): não fica responsável pela liquidação (se o
devedor não pagar, problema do cessionário);
• Pro solvendo: o cedente fica co-responsável pela dívida.
Eficácia: a cessão de crédito só tem eficácia quando o devedor for notificado.

Assunção de dívida (art. 299 e seguintes, CC): é uma “cessão de débito”, ou seja,
transfere a dívida. Há a necessidade do consentimento expresso do credor, que por sua
vez não é obrigado a aceitar.
Modos de realização:
• Expromissão: a assunção de dívida é realizada entre o credor e o novo devedor.
A figura do antigo devedor não faz parte da negociação
• Delegação: devedor transfere débito a terceiro com a anuência do credor.
Garantias especiais: são extintas com a assunção da dívida, exceto com o consenso do
devedor. Art. 300, CC.

16/06/08

Do adimplemento e extinção das obrigações


Meio direto
Pagamento;
O que se deve observar para o pagamento eficaz:
1. De quem deve pagar;
2. Daqueles a quem se deve pagar;
3. Do objeto do pagamento e sua prova;
4. Do lugar do pagamento;
5. Do tempo do pagamento.

(1 a 3, aula anterior)

4. Do lugar do pagamento (art. 327 e ss, CC)


• Dívida quesível: “buscar”. Domicílio do devedor. Se nada constar no contrato,
vale este;
• Dívida portable: “levar”. Domicílio do credor ou lugar por ele indicado.
E quando o objeto é a entrega de um imóvel, ou a prestação de obrigação relativa a um
imóvel? O CC diz que é aquele (local) onde estiver localizado o imóvel (art. 328, CC).
A importância é para a fixação da mora, podendo ser tanto do credor, quanto do
devedor.

5. Do tempo do pagamento (331 e ss, CC)


Vencimento da obrigação, salvo aquelas obrigações condicionais. Cumpre-se na data do
implemento da condição (art. 332, CC).

Meios indiretos de extinção (art. 334 e ss, CC)


Pagamento em consignação. Dá-se via depósito judicial ou bancário (art. 334, CC).
Ocorre nas hipóteses previstas no art. 335, CC.
• Depósito bancário (art. 890, § 1º, CPC): deposita-se a quantia devida, e avisa
o credor via carta, assinando prazo de 10 (dez) dias para a manifestação da
recusa.
• Depósito judicial (art. 893, CPC).

Pagamento com sub-rogação (art. 346 e ss, CC)


É a modalidade de pagamento que se dá quando terceira pessoa cumpre o dever jurídico
assumido pelo devedor, transferindo-se a esta todos direitos e garantias anteriormente
pertencentes ao devedor.
Obs.: sub-rogação de pessoas, não real (de bens).
A sub-rogação pode ser:
• Legal (art. 346, CC);
• Convencional (art. 347, CC).

Imputação do pagamento (art. 352 e ss, CC)


É um direito conferido ao devedor de várias prestações, devidas ao mesmo credor, de
escolher qual dos débitos satisfazer em primeiro lugar.
Requisitos:
• Existência de vários débitos com a mesma natureza;
• Líquidos e vencidos;
• Identidade de sujeitos;
• Que a prestação oferecida seja suficiente para extinguir uma das dívidas.

Dação em pagamento
É a forma de liberação do devedor que com o consentimento do credor, entrega coisa
diversa daquela originalmente pactuada.
Pressuposto fundamental: consentimento do credor.

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