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A nutrição para ovinos

A produção ovina tem demonstrado substancial crescimento nos últimos anos,


conseguindo englobar em seus números uma considerável fatia do mercado produtivo, no
entanto, ainda pequena se analisarmos o potencial que esta categoria possui.

Com o aumento da produção, faz-se necessário o aumento do ritmo de crescimento


destes animais, refletido no ganho de peso melhorado por meio de sua conversão alimentar.
Para que consigam atingir tais níveis que garantam esta produção é importante que os níveis
nutricionais sejam atendidos, tendo em vista a qualidade do alimento, a sua quantidade
associada ao limitado consumo desta espécie, bem como suas restrições digestivas. Desta
forma, o potencial genético dos animais é explorado ao máximo, garantindo a produção
esperada.

Não menos importante que os níveis nutricionais está a sua associação aos fatores
econômicos, visto que a alimentação é o mais oneroso dos custos de produção animal, sendo
extremamente importante formular dietas de maneira que estes dois fatores estejam agregados
e equilibrados, promovendo um satisfatório custo benefício.

Quando pensamos em produção animal, necessitamos primeiramente compreender o


que iremos produzir, para que possamos escolher os animais – ou a raça – que demonstrem
melhor adaptabilidade, ou seja, maior desempenho genético produtivo para tal característica,
seja esta carne, leite ou ainda produção de lã. Posteriormente, necessitamos trabalhar a parte
nutricional destes animais.

Os ovinos possuem uma característica funcional importante que é degradar alimentos


compostos por quantidades elevadas de fibra, o que permite formular dietas com as mais
diversas fontes de volumosos associados ou não a concentrado. Entre as mais utilizadas
existe, ainda, uma grande variedade de forragens que podem ser pastejadas durante período
de verão, tais como Pangola, Coast-Cross, Pensacola, Estrela Africana, Tifton e ainda
algumas variedades de Panicum maximum, como Mombaça, Aruana, Tanzânia. No entanto, é
extremamente importante manter um manejo sincronizado entre a qualidade e a quantidade de
forragem ofertada aos animais, visto que as plantas têm seus depósitos de lignina mais
acentuados com o transcorrer de seu crescimento vegetativo. Com isso, os níveis nutricionais
da planta decrescem consideravelmente e, em conseqüência, a sua digestibilidade. Em regiões
onde os invernos atingem temperaturas baixas, o cultivo de aveia, azevén e alguns tipos de
trevos podem ser uma boa alternativa quando conjugados ou mesmo individualmente, pois
estas plantas possuem parâmetros nutricionais excelentes para tal estação do ano.

Em consórcio com o pastoreio pode, ainda, ser fornecido um suplemento na forma de


concentrado, o qual complementará o déficit nutricional causado pelo consumo somente da
forragem, proporcionando um aporte suficiente para que os níveis produtivos desejados sejam
alcançados. Desta forma, é imprescindível o conhecimento dos níveis nutricionais da forragem.

Os principais níveis a serem analisados nesta relação volumosos: concentrado são


proteína, energia, vitaminas e minerais, de maneira que todos sejam atendidos suficientemente
evitando desperdício em função da não absorção, devido ao excesso dos mesmos. Com o
aumento da produção de grãos, diversas fontes de matéria-prima estão disponíveis no
mercado para a confecção de concentrados, tais como milho, farelo de soja, farelo de trigo,
farelo de arroz, farelo de girassol, polpa cítrica, caroço de algodão, entre outras tantas. É
extremamente importante salientar que ao trabalharmos com resíduos da agroindústria, torna-
se inevitável o conhecimento dos valores nutricionais dos mesmos para que a formulação da
dieta proceda de maneira correta. A suplementação pode promover, além dos ganhos
individuais, o aumento da carga animal, melhorando o rendimento de ganho de peso por área
através da saciedade provocada pelo consumo do concentrado e do maior tempo de
permanência destes animais nas proximidades do cocho.

Quando trabalhamos com alimentação animal, precisamos ter a consciência de que


quanto maior a variedade de matéria-prima tivermos à disposição, mais simples será de
consorciamos o balanço nutricional da dieta, os ganhos efetivos dos animais e a rentabilidade
do sistema de produção.

Rafael Henrique Sachet é zootecnista, mestre em Produção Animal e Analista Técnico


da Nuvital Nutrientes.

Fonte: http://www.portaldoagronegocio.com.br/

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