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Sensacao, percepcao e atencao eee Pope plrand ses euros sao st Mace toser Sess anor nna ‘corer vb ini cs (ex Eereabem um premio Be reset or GAZZANIGA @ HEATHERTON, Erebus, na ha Ross, na Antartica, € todos 0s 257 passageiros e membros da tripulaggo morreram, Varios fatores contribuiram para o desaste (© computador de véo da aeronave fora incortetamente programado, de modo que 6 avido estava bastante fora do curso. Além disso, 0 piloto descera abaixo da altitude minima permitida para 0 vo. Mas esses fatores nao explicam por que @ tripulagdo do aviso néo percebeu o vuledo de mais de 3.600 metros de altura surgindo diante deles até momentos antes do impacto. (Os psicdlogos que testemunharam na comissdo de inquerito ofereceram uma cexplicagio possvel, apesar de surpreendente — 0s pilotos viram 0 que esperavan ver. Um dos rscos exclusivos da aviagao na Antartica é o “branco total", em que o céu eo terreno coberto de neve parecem se fundir, e 0s pilotos nao conseguem distinguir 0 ch3o ou o horizonte. Os plotos acreditavam estar a centenas de ‘quilémetros de distancia, voando sobre a Ross ce Shelf, de forma que nao esperavam que houvesse montanhas prSximas 8 sua rota de voo. Os psiclogos argumentaram que as poucas deixas visuals disponiveis aos plotos eram suficientemente consistentes com 0 que eles esperavam ver para que suas expectatvas fossem confirmadas. Uma vez que nao parecia haver perigo, os plotos decdiram — fatalmente — reduzir a altitude para dar aos passageiros uma visd0 melhor da espetacular paisagem da Antartica, A combinacéo de um ambiente visual incomumente escasso com as crengas dos piles conspitou para enganar seus sistemas visuals para que vissem 0 que nao estava la ~ € deixassem de ver a montanha que estava Para perceber o mundo, dependemos de informacdes fornecidas por nossos 619805 dos sentidos — nossos olhos, owidos, pee, narz e lingua. Cada um desses rgios € sensivel a diferentes estimuls fsicos, e cada um contrbui com informagées diferentes. No final das contas, a nossa representacéo perceptiva do ambiente é limitada pelos estimulos aos quais somos sensives e pelos limites dos 'noss0s sistemas sensoriais a0 responder a esses estimulos, O estudo da sensacao € da percepcéo, 0 nosso foco neste capitulo, é o estudo desses sistemas e de como 2s informagGes que eles fornecem so utiizadas para criar uma representagao mental do mundo externo. E 1m 28 de noverbro de 1979, 0 vo 901 da Air New Zealand caiu no Monte eee (s cientstaspsicoldgicos geralmentedividem a manera peta qual percebemas 0 mundo em duas fasesdistintas: sensagio e percepgo. © estudo da sensagio focaliza como os nossos drgos dos sentidosrespondem a esimulos exteros ze, sons, et.) e como esas respostassBotransmitidas 20 cérebro. A percepeo se refere ao processamentoadcional dos snas sensorias no cérebro, que resulta em uma representa intra dos estimulos. Pr exemplo, uma luz verde emiteftons que sio detectados nos olhos por neurbniosespecilizados, que transmitem sinais para océrebro (sensa- 0). 0 cétebro process esessinais neuras, e oobservador pena, “ESS luz verde” (percepeéo} 1982 1987 ‘Aspects evs de ascent da isso ‘wor dinteprat dos pocepdo ser ton | compton Suid ar | pects “oe Treoman nr sn ter bicnemeogata on, | tren apace do pereplo Frage Geta roped cue | revando a tergen ‘Gane encore eiSemsperenierpecom | cmpwacol an eteida | aarti papel do eno SSrcompuenaseren ters” | peep ea prem soe. Srepesene ae ce CIENCIA PSICOLOGICA Novamente, como vimos no Capitulo 1, existem muito niveis de explicaglo para os processospsico- logios.Alguns dos fenémenos de sensago e percepcio sio mais bem compreendidos no nivel isio- ‘pico. Outros fendmenos, especialmente de percepcio, néo podem ser explicados nesses termos smecanicstase precisa ser entendds no nivel psicolgico — pelo menos por enquanto. ‘0s cientstaspscoligicosobservam que a manera pela qual pereebemos um estimulo depende de estarmos ou nio prestando atencio a ee. O estudo da atngofocaliza como as expectativas podem inluencar a percepio e como os recursos prceptivos do cérebro so slocados para diferen- tes aspects do ambient perceptio, QUAL E A MELHOR MANEIRA DE COMPREEENDER A SENSACAO E A PERCEPCAO? A sensagio ea percepioligam os mundos Fico epsioligico. A pesquisa sobre esses process se ‘riginou da necessidadeflosifica de entender anatureza do conhecimento humano e foi a primera forms de investigaciopsicoligic sistematica O objetivo era determinar como sabemos o que sabernos sobre os vrios estimulos de nosso ambiente. A pergunta-chave neses anos todos tem sido: ns nasce- ‘os com conhecimento do mundo ou aprendems o que sabemos por meio da experincia? s defensores do empirsmo (do grego emperia, “experincia”)afirmam que todo o conhec ‘mento humano precisa ser adquirdo por meio dos sentidos. filésoo britnico do séulo XVI John Locke concebia a mente como uma tébula rasa, um quadro em branco no qual 0 conbecimento é ‘escrito em resultado da experiénca, Uma visio alterativa ao empirsmo & 0 natvsmo, segundo o qual pelo menos certo conhec- smento ¢ inato — uma idéia que remonta a Pato, ou até mais antiga. O filsofoalemao do século XVII Immanuel Kant propés que as nossasexperiéncia fornecem inpu sensorial que ¢ firado por ctegorias ments inatas preexistentes, como espaco e tempo, que orgaizam a iformagées. ‘cstudo da percep fi um campo de batalha para o debate entre o empirismo eo natvismo. Mas infeliamente para os defensores dos séculos XVII e XVII dessas ideas, sno séclo XX fram possveis experimentos definitivos para tentar solucionar esse debate. Embora ainda existam per- {guntas sobre a extensio em que a percepsdo¢ aprendida ou insta, est caro que plo menos certs ‘apacidades perceptiva estio pesentes no nascimento,apesa dea experiéncia ser neces para que se desenvolva a percepcio normal, Discutremos mais detalhadamente o desenvolvimento dos sistemas pereptivos no Capitulo 11. Os estimulos precisam ser codificados para serem compreendidos pelo cérebro Como a informagio sobre o mundo chega ao cérebro? Conforme voé aprendeu no Capitulo 3, cérebro sé compreende os impulsos eléios das descargas neuras. A maneia pela qual 0 nosos gos sensorais traduzem as propriedades fsicas de um estimulo em impulsosneuras se chama coticago sensorial. Diferentes aspects do ambiente fisico so codiicads por diferentes impulsos neuras. Asim, uma luz verde do semfro serdcodiicada pelos neurGnis na retina do ol; quan doa mio toca em uma frigidera quente, outros neurons snalizam dot. Lembre que os receptores so neunios especalizados nos drs dos sentidos, que passam impulsos para neurénis conecto- ‘es quando recebem algum tipo de estimulago sia ou quimica, Ese process é chamado de trans dugdo. Depois da transducdo nos receptores, os neuriniosconectres nos 6gios os sentdos trans item infrmagGes para o creo na forma de impulsos neurais. A maioria ds informagies sensoias ‘ai primeiro para otdlamo, uma estrutura no meio do cérebro. Os neurnis conectores do télamo levam entéo a informacio até o cértex, onde o cérebro interpreta os impulsosneurais que chegarn ‘como visio, cheiro, som, toque ou sabor Trtaremos das questes de como o cérebro interpreta esses impulsos quando dscutirmos a percepco, mas adiante neste capitulo. A Tabla 5.1 lista os estimu- dos, os receptors e os caminhos de cada drgio dos sentidos. As sensagées slo compostas de pedagos de informacio que so codifcados quando os estimulos sio transduzidos em impulss nervsos. cdificaco sensorial pode ser dividida em duas categoria: quanttaivae qualtaia. A codifiagéo de fatores quantitaivs, como intensidae, briho e altura, sgeralmenteé indicada pela fregitncia da descarga neural. Quanto maior a freqiéncia da descarga, 147 1s snaissensorais que resultam fem uma representacao interna do estimulo. ‘transdugéo_Um processo polo qual 0s receptores Sensoriais, ‘Produzem impulsos neurais {quando recebem estimulagso fisca ou quimica, 148 GAZZANIGA © HEATHERTON TABELA 5.1. Estimulos, receptores e caminhos de cada sentido ere ‘Autigao Visio Teto Paladar ato ce (Ondas de som (Ondes de uz Presséo sobre a pele potencialmente prejudicas Moléculas dssobidas em fluid na ngua Molécuas dsshides oe eta ehas aus ciadas senses & Neva avo presséo na célea do oud interno (eta nervo cariano) Bastonetes e cones senses Nero éptico (Segundo nero cariano} 8 lz na retina do oho Terinas senses de Nevo tigemeo (quintonervo cariano) euros do tata na pele do tato acim do pescoga Neros cespintls do tato sues. ‘Grande variedade de estimulos Terminas sensive's de neurtios Nero tigre (quntonervo craniano) da dorna pele © em outs tes a dor acim do pescogo. Neros espinhais a dor hues. CAhlas do paadar em Forges de neros facil, botées qustatérios lssofaingeoe vago (stim, ra ngua nono e décino nen crananos) Termina’s sensves de Neno afatrio euros ofatros (primero ner carano) fem fudo nas membranes rmucosas do narie ‘as membraras mucosas ‘mais brilhante ou alt é 0 estimulo, 0 riimero de neutnios aconadas pelo estimulo também conti- Dui para a coificago quanttativa, pos os estimulos mais intensos tendem a reerutar mais neuré- ios ‘Embora a codificago sensorial quantitatva sea til para certasdimensbes de uma sensacio, cla é menos itl para outras, como cor ou sabor. Para esas tres, océebro depende da cdificagio sensorial qualtativa. A codifcagéo qualitatva é possvel porque diferentes receptors sensoias respondem a diferentes qualidades de um estimul. A forma mais simples de codificacio sensorial ‘qualitativa seria ter um tpo de receptor dedicado a cada esimulo possvel. Asin, por exemplo, podria haver uma classe de reeptores visuais que respondessem apenas & luz vermelha, outa classe que respondesse apenas uz rox, e assim por diane. Obviamente, para que iso fosseestri- tamente verdadero, teria de haver um nimero imenso de diferentes recetores para cada modalida- de sensorial Na maiora dos sistemas sensoiais — com a pssivel exceco da ofaco (0 sentido do chiro) —, os receptors fornecem 0 que & chamao de codfiago grossa, em que as qualidades sensriis slo coificadas apenas por uns poucos reeptores, cada um dos quas responde a uma ampla gama de estimulos. O percept final pode ser computado comparando-se a atvdade por meio de toda a variedade de receptores Psicofisica: relacionando estimulos e respostas ( eforc cence para compreender a sensaio a percepcdo comegou realmente na Alema- na do sécalo XIX, levando a uma sxe de rinciposcumulatvos que orentam os pesqusadores até 10s dias de hoje. Gustav Theodor Fechner (1801-1887), um Fsico, interessou-se pela relacdo entre os estimulos fsics as respostas de nossos sistemas perceptivos. Fechner tentou desenvolver equaces ‘que relacionasem a experiéncia perceptive & intensidade dos estimulos fisios le cunhou o termo paicfkca para descrever esse empreendimento ¢ desenvolveu a maioria dos seus primetos méo- os, muitos dos quas ainda so uilizados atualmente. Fechner comesou a explorago da psiofisica considerando os limiares, a mensoraio Fisica de quanta estimulago os érgios sensorais precisam para que a estimulacioseja detective ares sensoriais Fechner definiu olimiar absoluto como a intensidade minima de est _mulago que precisa ocorrer para que possamos experiencia uma sensagéo, Por exemplo, o limiar CIENCIA PSICOLOGICA absoluto da audio ¢ o som mais leve que uma pessoa consegueescutar. Quo ato uma pessoa que ‘std na sal a lado precise sussurar para que possamos oul? Ness cso, limiar absolut dos ‘stimulos audtivos seria osussuro mais baixo que conseguimos esata. Como voc logo verd, 05 limiaresabsolutos podem variarconsderavelmente de pessoa para pessoa e até para a mesma pes- soa, dependendo das circunstncias em que so medidos (a Tabela 5.2 lista alguns estimulos mini- ‘os aproximmados para vriossentidos) O limiar de diferena (ox limiar diferencia) & a dierenca apens perceptive (DAP) entre ois estimalos ~a quantidade minima de mudanga necessria para deectarmos uma difeenga. Se ‘um amigo est assstindo a um programa de televisio enquanto voc® est endo, eo programa passa para um comercial que tem um volume mais alto, voc8taiver erga os olhos do lv, percebendo que alguna coisa mudou. A mudanca minima de volume necesséria para voeé conseguir perceber uma Aiferenca seria olimiar de diferenca, Grande parte do trabalho da psicofsca tem focalizado a mensuracio de limites de diferenga em eondigGes experimentais diferentes. Varios psicofisios propuseram “eis”, ou equacées, para descrever a relagdo entre mucangas na intensidade do estimuloe as correspondents mudangas na experiénia perceptual dessesestimos Lei de Weber Em 1834, 0 pscofisio alemio Emst Weber fez a observagio aparentemente simples de qu é mais cl detectar uma pequena difeenca entre dois pesos lees do que entre dois pesos pesados, egue uma carta de 30 gramas e outa de 60 gramas, e voce perceberd a diferenca facimente. Mas pegue um pacote de dis qulose meio e outro pesando 30 gramas mais ea diferen- «a serd dificil de discemiz. Weber descobriu que o limiar de diferenga para um estimulo é uma ‘roporgao constante de suaintensidade, A lei de Weber se expressa na férmula avi=k em que “k” & uma constant, conhecida como a fragao de Weber; “I” & a intensdade do estimulo padrio; “AI” é DAP para oestimulo Pra pesos, olimiar de diferenge & tpicamente 2% do peso do padrdo.Voot,provavelmente, ¢capaz de discriminar entre 100 gramas e 102 gramas (uma dife renga de 2) e ente 1.000 gramas e 1.020 gramas. O importante na determinao do limiar de diferenca ¢ a dferenca em porcentagem entre os dois pesos, ndo o tamanko absoluto da diferenca ‘Uma regra semelhante vale para outras sensacies, tas como altura, tom eluminosdade, embora os valores de porcentagem variem (veja a Tabela $.3) Para a altura, & neessdria uma dferenea de 15%; para otom, apenas 0,3%;e para a luminosdade, 1%, Lei de Fechner Fechner estabeleceu ums relagéo mais ampla entre a sensagio ea intensdade de um estimulo ao combinar@ lei de Weber com a ousada suposgio de que cada DAP representa uma etapa igual na magnitude psioldgica de uma sensaco. A lei de Fechner se expressanaférmula S=klogl em que ‘S” a magnitude da experigncia senséri,*k”¢ uma constante e I” € a intensidade fisica do estimulo. © que isso significa & que a forga da experiéncia sensorial aumenta conforme o logaritmo TABELA 5.2 Estimulo minimo aproximado para cada sentido mn Visio ‘A chara de uma vela wists a 48 quldmetios em uma noite escura, sem nave auicéo (0 tquetaque de um regio a sis metros em condgies de slrco Paladar Una coher de chi de aicar em dois gales de gua ato Uma gota de perfume difundida no vlume total dese alas Tato ‘asa de uma moscacando na sua bachecha de uma dita de un centinetro ‘minima de estimulagso que precisa ocorrer para que ‘possamos experienciar uma sensacio. limiar de diferenca {quantidade minima de mudanca necessria para detectarmos uma dlferenca entre intensidades de estimulos. 150 TABELA 5.3. As fracoes de Weber para os sentidos oe Caen eee Pats Freqiénca de som 003 Intensdade de som 015 Intensdade de uz 001 Concentrago de odor 007 CConcentrago de sabor 0.20 Intensdade de pressso 0,14 GAZZANIGA © HEATHERTON da intensidade do estimulo. A lei de Fechner indica que, quando as intesidades do estimulo séo alta, grandes aumentos na intesidade fsca so registrados como mudangas muito menores nas sensacdes experiencadas. Considere uma limpada com uma chave de ts posigies, Cada posigéo da chave aumenta a watagem na mesma quantidade(digamos, 30-6090 watts), mas a diferenca entre 30 e 60 watts parece muito maior do que entre 60 ¢ 90. Embora a intensidade da luz ica aumente em duas medidas iguais, a maior luminosdade da sala ap6s a primeira etapa faz com que a segunda etapa pareca ter um impacto bem menor Lei da poténcia de Stevens A lei de Fechner é um construct trio. O proprio Fechner achava que ela no poderia ser testada dietamene, pois duvidava que as pessoas pudessem relat confavelmente mudangas na magnitude de uma sensaco Foi sé na década de 1950 que o psicofsco americano 5. Stevens desenvolveu uma téeica em que pedia a sjets que aibulssem niimeros as sensaies de diferentes magnitues. Ao fazer isso, ele descobri que as pesoaseram notaelmemte consstentes nos nimeros atribuios e dscobru também quea le de logaritmo de Fechner nem sempre cra vida. Em ver dis, ele props que uma fungo de poténia descreve a relacioenteaintensidade do esimulo ea intensidade da sensgio. Alida potncia de Stevens se expessanaférmula s=kP ‘em que S” éa magnitude elatada de uma experéncia sensorial, i” uma constante,“T&oestim lovpadrao e “p" é um expoente que varia de acordo com a modaldade sensorial, de forma que diferentes expoentes si obtids para cada sentido. Hoje, lei da poréncia de Stevens & a equacio aceita para descreverarelaco entre a intensdade real ea itensidade percebida de um estimulo Teoria da deteccio de sinal Imagine que voc! esténo porto do aeroportoesperando wma velha amiga que voeé nao vé hd anos. Conforme as pessoas saem pelo porto, vocéesquadrnna a ltd esperandoreconhec-a. A passagem do tempo complica a tarefa— sua amiga certamente estard um pouco diferente da iltma vez em que voot a vit. Levando iso em conta, voc! examina cada pessoa cuidadosamente. A maiora das pessoas ¢failmente descarada — so velhas demas, do sexo errado,altas demais. Mas algumas pessoas compartlham com ela algumas caracteristicas suficlente para poderem sera sua amiga, pelo menos & primeira vista. A sua tarefa€ concise alguma dels é realmente a sua amiga ou se aquele sentimentoinicial de reconhecimento € apenas um alarmefalso, Sua exatiddo pode ser inluenciada por indmeros fatores,ineuindo quanto tempo fax que vot ndo vé sua amiga se voce estécansada/o, quanta pessoas saa daquele avo, Em ‘utras paavras,emibora oestimulo (sua amiga) seja o mesmo, a efciécia com que voct vai detec lo pode mudar dependendo da situacio Segundo a teora da detecco de sinal, exstem quatro varidveisertcas na detecgdo de um cetimulo: sina, esposta ru eis de resposta. Essas duasikimas vardvesefletem a ambighdade {nerente da sruago sinal-deteego. 0 conceito de ruido oi ntroduzid para explcaroefito vari vel que um estimulo pode ter sobre os sistemas sensorias. Os estimulos esto sempre competindo com um fundo mutévl de outros eventos percepivs e psicogicos, de modo que sua saliénia nem sempre seré a mesma. No nosso exemplo do aeropoto, voc est tentando detectar um sinal — sua ‘amiga — em um rudo de fundo continuamentevarével — centenas de passageiros desembarcando, (0 vies de resposta vara de acordo com quantas evdéncias sio necessrias para o observador antes {que ele dé a resposta. Em algumas circunstncias, um observadorterd um forte ves contra dar uma respostae precisard de muitasevincias de que o sina esté presente, Em outras condigGes, 0 mes mo observador precisara apenas de uma pequens quantidade de evidéncias. or exemplo, se vocé fosse um/a radiologista examinando um scan CAT para sinis de um tumor cerebral tale fsse ‘extracauteloso/a antes de aceitaralguma anormalidade como um sna (i, 6 tumor), pois sua respos ta poderialevar a uma neurociurgadrdsticae perigosa. Entetanto, se voce estvesseexaminando uma imagem de rio X em busca de snais de um osso quebrad, tale estvese muito mais incline do/aa fazer um diagnéstico positv, pois otratamento — apesar de desconfotivel — nao poe em riso a vda do paciente. A Figura 5.1 iustra como ovis pode ifluenciar as rspostas a um estilo ambiguo. Na teora da detecgo de snal, qualquer julgamento pode ter um de quatro resultados (um julgamento é um evento em que um sinal pode — ow néo — estar presente). Se o sinalesiver presente eo observador detect-o,o resultado & um aero. O fracasso em detectar um sinal verde GENCIA PSICOLOGICA os 7 (b) Respostas dos que () Respostas dos que a a) Resposta dada “otam sim" ota nso" ‘adaptagio sensorial Quando a aoe Cas ple sensibildade do observador a um ‘estimulo diminui com 0 passar do tempo. 4 Ugado | Aen Lgado | 809% Ugado [aaa é | 3 Ses Alame Releg#o Des Des & ged fas coreta gad “1% SM gag 8% | SH i) FIGURA 5.1 Matizs de deisdo pare a teoia de deecc de sna. Hi quatro resultados posses ‘quando se pergunta 3 um partcipantesealguma coisa aconteceu durante um jlgamento (mata). As pessoas cyjo vis € relataro ial tendem a datas respostas da mati b; quando owes €o de negar a ‘corénca do sna, a passa tend a responder de acrdo com as porcentagens da mati dro se chama err. Se o observador “deectar”erroneamente um estimulo que néo estava ld, 0 resultado ¢ um alarme als. Finalmente, seo estimulo nfo for apresentado eo obseradornegart Io visto, o resultado & uma rej corer. Os teres da detecio de snalsalintam qu a sens | lidade do observador ao estimulo s6 pode ser calculada comparando-se 0 indice de acertos com 0 i indice de alrmes falsos — corigindo, asim, qualquer vigs que o observador poderiatazer para a situacdo de testagem Adaptacao sensorial A sua resposta ao estimulo muda com o passar do tempo. Imagine que voc! esti estudando na biblioteca quando o trabalho comeca subitamente em uma obra no terreno | 420 lado, Quando o equipamento¢ liga, o som parece especialmente alto e perurbador.Depois de | alguns minutes, todavia, vo? quase ndo nota o barulo; ele parece sumir em um segundo plano, Esse € um exemplo do que os pesquisadoes chamam de adaptaglo sensorial. Os pesqusadores perceberam que a sensibildade dos observadoes diminui com o passar do tempo. Se um estilo for apresentado continuament, as reposts dos sistemas sensoriais que o detecam tender a dim rauir no decorrer do tempo. Igualment, se um estimulo for apresentado repetidamente, a resposta sensorial tender a diminuit com exposgiesreptidas. Uma manera de pensar sobre iso conside rar que os sistemas sensoriais esto sintonizados para detectar mudangas no ambiente. Quando algum aspecto do ambiente muda, ¢ importante para nds sermos capazes de detecar iss; nio€ tio importante continua respondendo a um estimulo que nao muda. Observe que quando um estimulo continuo ira, normalmente também existe uma grande respsta. Seo barulho da obra paar suit ‘mente, voc provavelmenteperceber sito silncio. Como vocéveré mas adiante neste capitulo, 0s pesquisadores muitas vezes tram vantagem da adaptacio sensorial para exploar a natueza dos sistemas sensors i ‘Qual é a melhor maneira de compreender a sensagio e a percepsio? | 0 estude da sensagao focaliza como os nosss Gres dos sentidos transduzem informagSes de estimulosexternos em impulsos neural. A coxficago sensorial de ftores quantitatvos, como intersidade, luminosidade e atu, ‘depende da frequéncia da descarga neural edo numero de clulas que descarregam enquanto fatoresqualtativos como cor tom so couiicados de aordo com 0 padr3o de ativas0 por meio de uma serie de fbr. O Seservolvimento de métodos psoas no seculo XIX dey inc as tentativs de quentica de que mania os ‘stimulesafetam as sersogoes epercepbes.Pscocosdasios como Weber, Fechner e Stevens deservolveramn ‘ermulas pare medi quantidade de mudoncanecessria no estimulo para crit mudanga na percepys0 Jo Bartcpante, Ate o desenvolvimento da teoria da detecao de sina, os pscoisios 50 se preocupavam com | {stimulos erespostas. Os teoriaos da detecsdo de inal reconheceram gue vaiéves humana, como MotWaglo€ ‘stado de alert, também contriouem para a percepg30. oa GAZZANIGA © HEATHERTON QUAIS SAO OS PROCESSOS SENSORIAIS DOS Tmvwessogeou a | NOSSOS SENTIDOS PRIMARIOS? [parte de tr do globo ocular. A Fetina contém os fotoreceptores i ‘que transduzem a luz em snais neuras. i acomodagio Um processo pelo i {ual 0s misculos mudam a forma {do crstalino, afinando-o para focar ‘bjetosclstantes ou engrossando-o pata focar objetos préximos. Perceber um estimulo se divide em trés pats, Primero, um estinulofisco invade os recepto re de um érgio dos sentidos. Segundo, uma resposta fisoligica no érgio do sentido transduz a cenergia do estimulo em um cédigoelérico— um impulso neural — que é caregado para océrebro. Finalmente, ese céigo & processado no cérebro, rsultando em uma experiencia psicolgica: percepeio de imagem visual, som, gosto ou cheiro. Tradicionalmente, as primeiras duas partes slo consideradas sensaco, enquanto a tercira€ percepeo. Para introduzir a sensagio, nésprimeiro | cexaminaremos os reeptores, a transducio €a cdificaco de cada sentido ‘Ao pesquisar a sensacio, os investigadores geralmente se aprofundam na fisologa ds iste i ‘mas visual, auditvo,olfatério, do paladar e do tat: olhos, ouvidos, nara, lingua pele. Nesta sec, nds revisaremos como os estimulossio detectados eenviados ao cétebro em cada um dos | cinco sentids primatios, que siofreqientemente subdivididos em duas categorias:sentidos de distnciaesenidos de proxinidade. Os trés semtidos de distinca soa visio, a audigio eo oat. i ‘és ndo precisamos estar em contatodireto com os estilo para vé-los, owios ou cheiré-o. | (s sentidos de proximidade, o tato o paladat, requerem contato direto com os estimlos para que ocora a sensi. Na visdo, 0 olho detecta ondas de luz | I Se oconhecimento é adquirido por meio dos sents, entio a visio é, de longe, a nossa fonte de conhecimento mas importante. Considere quanto do que sabernos vem daquilo que enxergames. Sera que esse lugar & seguro ou perigoso? Essa pessoa parece amistosa ou hostl? ANE as nossas mmetforas para o conhecimento eo entendimento gealmente so visuas: “estou vendo”, “a resposta esta clara, “esse pono estd obscuro para mim”. Nao surpreende, ent, que a maior parte dos | studs centifios da sensago e da percep fcalize (por assim dizer) a visio. As véria maneiras pela quas os cents estudam a sensacioe a percepgo so disctidas em "Aravessando os ives de anise: Evidéncias convergentes no estudo da percep’ (s pscilogos se referem ao estimuloexterno coma estinulo distal & energia do estimalo ‘que €transduida pelos érgdos dos sentidos como estimulo proximal ‘istal”e “proximal” sign ficam,respctvamente, “distant” e“proximo”). Na percepeio,oeétebro utiliza a informagéo do ! cstimulo proximal para construir uma representagao do estimulo distal. Na visio, o estimulo pro- imal io as ondas de luz. Alguns estimuls dstais emitem luz (stelas, liad, fogo), masa taioria dos objetos que vemos refltem luz (cadeiras, pessoas, grama, e assim por diate). 0 process visual comesa quando luz é transdurida em impusos elétrics por fotor- receptors nos olhos. ‘0 ol humano trabalha como uma cémera, focalizando a uz para formar uma imagem na retin (Figura 5.2). A luz passa primeio através da men, o revestimento eterno transpaente do oo, Ras de luz entra so diriids para intrioe plo erslino, que foaliza alu para formar uma imagem ra retina, a superficie interna da parte posterior do globo ocular. A pula, um pequeno ofco na frente do ol, contra ou se data para aerar a quacidade de uz que entra nooo. Ai, um mis- culo opao ecru, control o tama d pupil ed aos lhos a sua co. Ards da iis, os misculos mudam a forma do crisalino — afinando-o para foar objets distantes¢ engrosando- para fear objets primes. Iso &chamado de acomodagio. 0 cis lin ea cimea trabalham juntos para coletar focalzar os ris de uz refletides pelos objets ejuntam o aos para formar uma imagem invertida do objeto na retina Bastonetes e cones A retina tem dos tips de células receptoras: bastonetes € cones, assim chamados em virude de suas formas distntvas. Os bastonets respon: dem em niveis extremamente baitos de luminagaoe sto primariamenteresponsévels pela visio notura; eles ndo suportam a visio para cores e no sio bons em resolver FIGURA 5.2 O obo. A comes & uma camads | protetora transparente que cobre o cistalno, que focaliza imagens na supertcie da retina, Como acontece em ua ‘era, 3magem na rena fia de cabera para bate. Os receporesna retina eniam iformaces pra ctx

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