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Aprendizado contínuo, mente jovem.

Durante a semana, ela estuda na Uniaraxá, trabalha como voluntária


prestando serviços sociais, vai à academia, viaja com grupo de amigos e ainda
sobra fôlego para festas nos fins-de-semana. Sim, Joana D’arc é jovem, nos
seus, agora, 63 anos!
Assim como Joana D’arc, outros jovens da terceira idade de Araxá estão
em pleno vapor, exercitando a mente e o corpo, e tendo uma vida ativa. Nada de
ficar em casa, fazendo tricô!
Ao se aposentarem, muitos homens e mulheres tendem a ter uma vida
pacata e não exercitam mais a mente ou o corpo. As consequências podem ser
uma vida mais restrita, mais solitária e com menos auto-estima. Porém, existem
formas de trabalhar a qualidade de vida, melhorando a saúde mental e corporal
na terceira idade: dormir bem, se alimentar apropriadamente e fazer exercícios
são algumas delas. Entretando, assim como o corpo, a mente deve ser
estimulada.
De acordo com o website Idade Ativa, uma das reclamações da terceira
idade é o esquecimento. Uma mente sadia na velhice está vinculada a hábitos
saudáveis na juventude. O esquecimento, porém, não é uma característica
exclusiva da terceira idade. O esquecimento acontece em qualquer idade. Aliás,
o envelhecimento começa muito antes da terceira idade: depois dos 25 anos,
perdemos 2% de nossas células cerebrais a cada década, isto é, envelhecemos.
O cérebro ainda é, em grande parte, um mistério para pesquisadores,
mas uma das coisas que se sabe é que o cérebro continua a aprender durante
toda a vida. Estudos têm mostrado que exercitar a mente ajuda a mantê-la
saudável, da mesma forma que atividades físicas ajudam a manter o corpo
saudável. As pessoas mais velhas que exercitam o cérebro lendo ou fazendo
palavras cruzadas, por exemplo, podem manter a boa memória por muito mais
tempo e até evitar o surgimento precoce de certas doenças como demência e
Alzheimer.
Uma das maneiras de continuar mantendo a mente jovem é aprender um
outro idioma. Um artigo publicado em janeiro de 2007 no New Scientist, uma
revista científica, revela que pessoas que falam duas línguas mantêm uma
mente saudável, sem esquecimento, por muito mais tempo do que pessoas que
falam uma só língua. É que o esforço extra em usar outra língua aumenta o
suprimento de sangue no cérebro e ajuda a manter saudáveis as conexões dos
nervos, de acordo como os cientistas do artigo.
Aprender uma língua na terceira idade é também objeto de estudo da
lingüística aplicada. Na Universidade Federal de Uberlândia, por exemplo, são
oferecidos cursos de inglês para a terceira idade. As aulas já foram objeto de
pesquisa e tese de mestrado. Os alunos e alunas da terceira idade sentem que
os reflexos mentais se tornam mais rápidos e se sentem mais confiantes.
Aprender um outro idioma é descobrir outra cultura, outro modo de pensar, é
entrar em contato com tradições e costumes diferentes. O mundo se expande,
se enriquece.
Com a ajuda de programas específicos para a terceira idade, como a
Unisenior da Uniaraxá, a terceira idade tem tido oportunidade de desenvolver
seu potencial, não só na parte física e mental, mas também psicológica e social.
Este processo contínuo de estar sempre aprendendo resulta em uma mente
mais jovem e em membros mais ativas em nossa sociedade.

Denise Osborne é mestranda em Lingüística Aplicada no Teachers College


Columbia University (Nova York) e professora de português como língua
estrangeira. dmdcame@yahoo.com

Artigo originalmente publicado pelo Jornal Clarim (Minas Gerais, Brasil):

Osborne, D. (2008, June 20). Aprendizado contínuo, mente jovem. Clarim, Ano
13, n. 623, p. A2.

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