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Este resumo descreve um livro sobre violência nas escolas e os desafios para a psicologia da educação. O livro discute a violência no ambiente escolar tanto teoricamente quanto na prática, abordando prevenção e intervenção. A primeira seção analisa a relação entre sociedade, cultura e escola, enquanto a segunda seção discute formas de criar escolas sem violência.
Este resumo descreve um livro sobre violência nas escolas e os desafios para a psicologia da educação. O livro discute a violência no ambiente escolar tanto teoricamente quanto na prática, abordando prevenção e intervenção. A primeira seção analisa a relação entre sociedade, cultura e escola, enquanto a segunda seção discute formas de criar escolas sem violência.
Este resumo descreve um livro sobre violência nas escolas e os desafios para a psicologia da educação. O livro discute a violência no ambiente escolar tanto teoricamente quanto na prática, abordando prevenção e intervenção. A primeira seção analisa a relação entre sociedade, cultura e escola, enquanto a segunda seção discute formas de criar escolas sem violência.
desafios contemporneos psicologia da educao Autoras: Fraulein Vidigal de Paula e Denise DAurea-Tardeli (orgs.) Editora: Universidade Metodista de So Paulo
por Lucian da Silva Barros
O livro Violncia na escola e da escola: desafios contemporneos psicologia da
educao traz como temtica central a violncia nos espaos educativos e busca elucidar aspectos tanto tericos quanto prticos que permeiam a questo. , sem dvida, uma literatura essencial queles que almejam compreender: primeiro, a escola enquanto instituio social em sua totalidade; segundo, o fenmeno da violncia ocorrida nos espaos escolares, esta cada vez mais crescente nas ltimas dcadas; e ainda pensar em estratgias de preveno e interveno para as situaes enfrentadas no cotidiano de cada escola. J em seu ttulo, o livro se mostra intrigante. A diferenciao feita entre uma violncia na escola e outra da escola faz suscitar um grande debate acer- ca de que tipos de violncia estamos nos referindo e seus efeitos nos modos como alunos, professores, e toda a escola se relacionam na construo de um ambiente propcio para a aprendizagem e o desenvolvimento. Por violncia na escola, possvel pensar em uma violncia no pertencen- te, necessariamente, ao ambiente escolar, mas que sendo trazida por diversos agentes, concretiza-se neste espao que no o seu original. , portanto, uma violncia da sociedade que, ultrapassando os muros da escola, ali se instala, fugindo ao controle e perpetuando-se. J a violncia da escola, caracteriza-se por um modo estrutural de ao violenta pertencente prpria escola a escola em si mesma, enquanto aparelho do Estado, que se torna violenta e muitas vezes, aversiva aos alunos e aos diferentes agentes que dela fazem parte. Partindo de diferentes concepes tericas, tanto do mbito da psicologia, da sociologia e da educao, os autores vo construindo suas reflexes a res- peito do tema, sem perder de vista a centralidade da proposta, que discutir a
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violncia no espao escolar enquanto processo e fenmeno dinmico, multifa- cetado e de diversas determinaes, que atinge direta ou indiretamente a todas as instncias da sociedade. O livro divide-se em duas grandes sees, a saber: a primeira, Sociedade, Cultura e Escola: Desafios e Formas de Resistncia Violncia, e a segunda, Para Uma Escola Sem Violncia: Desafios e Contribuies da Psicologia da Educao. Destaca- damente a primeira seo apresenta em seus captulos aspectos mais tericos a respeito da problemtica, promovendo ao leitor uma importante reflexo e apresentando alguns conceitos bsicos, porm necessrios a uma anlise mais aprofundada do tema. J a segunda seo apresenta discusses sobre aspectos prticos da questo, estes ligados preveno e interveno, tendo como obje- tivo levar o leitor, seno a uma resoluo completa dos problemas enfrentados (sendo isto impossvel), mas possibilidade de pensar mecanismos que mini- mizem os impactos da violncia no espao escolar sobre desenvolvimento de crianas e adolescentes. A primeira seo do livro composta por quatro captulos, os quais abor- dam a temtica da violncia sob diversos enfoques. Chama a ateno o modo como os autores discutem a relao entre sociedade, cultura e escola, que tende sempre a particularizar os processos de produo da violncia e as manifes- taes de resistncia perante os mecanismos de normatizao institucionais homogeneizantes e repressores. O primeiro captulo, intitulado O impacto da violncia na educao escolar: de- safios que se abrem sociedade contempornea, de autoria de Sheila Daniela Medeiros dos Santos, que tem como pressupostos as teorias de Vigotski, Marx e Engels, busca fazer uma reviso a respeito da temtica da violncia, abordando no s sua configurao atual, mas principalmente apresentando as formas e roupa- gens que assumiu ao longo dos tempos. Busca na Filosofia, em autores como Durkheim e Hanna Arendt, as respostas para algumas indagaes ainda pouco exploradas, mas que se fazem necessrias, uma vez que a escola se configura como um espao de reproduo para as prticas existentes na sociedade de forma geral, e em particular para a violncia. Para a autora, as condies econ- micas, sociais, polticas e culturais de determinada sociedade em dado momento histrico esto intimamente ligadas produo e reproduo da violncia, des- tacando ainda ser a educao uma das armas mais eficazes no combate a esta. O segundo captulo, intitulado Sociedade e escola: produo e resistncia vio- lncia, de autoria de Lineu N. Kohatsu e Marian A. L. Dias, pretende fazer uma articulao da violncia existente no ambiente escolar com aquela presente di- retamente na sociedade. Os autores propem uma discusso sobre os sentidos atribudos violncia na sala de aula e a importncia da escola e das relaes
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estabelecidas no espao escolar para a formao da identidade. Abordando tericos como Horkheimer e Adorno, ambos da Escola de Frankfurt, como tambm Freud, os autores atentam para o carter ambguo da escola, destacando o modo como muitas vezes as estruturas educacionais perdem o sentido da formao do humano, tornando-se espaos homogeneizantes e de massifica- o, que privam o indivduo de seu desenvolvimento particular. Sendo, como muito bem ressaltam, que o objetivo ltimo da escola seria o de coletivamente preservar no indivduo a sua capacidade de diferenciar-se do outro a partir de formas comuns de expresso de si. Partindo de uma perspectiva psicanaltica, ancorada nas ideias de Freud e Lacan, o terceiro captulo, intitulado Violncia escolar e o declnio da funo paterna na contemporaneidade, de autoria de Elizabeth dos Reis Sanada, possibilita uma compreenso profunda dos fatores inconscientes existentes na produo e reproduo da violncia, bem como busca situar a violncia como um advento da contemporaneidade ligado ao declnio da funo paterna nos tempos atuais. Trazendo suas reflexes para o contexto educacional, a autora destaca que a violncia um ponto que demarca o declnio da educao e por consequncia o declnio da autoridade da escola, fatos que se tornam geradores de diversos conflitos. A autora ainda discute os aspectos simblicos existentes na relao professor-aluno, ressaltando a necessidade de suportar a tenso entre o antigo e os novos modelos de relao e a construo conjunta de formas mais har- moniosa de dilogo e interao. O captulo que fecha a primeira seo do livro de autoria de Ricardo Casco e tem como ttulo Autoridade, formao e violncia no interior dos estabeleci- mentos escolares. Nele, o autor aborda a violncia na escola sob um enfoque da sociologia e da filosofia, promovendo uma discusso sobre as instituies que atuam na formao humana, em destaque a famlia e a escola, e suas transfor- maes ao longo das dcadas. O autor fala ainda da formao profissional dos professores e da presso a qual estes esto expostos no seu dia a dia. Por mais normativo que possa ser seu trabalho, permeado por regras e burocracias, o professor no deixa nunca de lidar com seres humanos dotados de uma indivi- dualidade que lhes prpria. A escola nesse momento agiria de forma violenta contra os alunos, uma vez que pretende adapt-los de forma homognea aos modos de vida da sociedade vigente, sem proporcionar-lhes a reflexo e crtica adequadas para tal. A segunda seo do livro composta por cinco captulos. Nela, os autores discutem o panorama das pesquisas sobre violncia na escola, apresentam ain- da uma anlise dos sentidos, das formas e dos fatores envolvidos na violncia escolar e as contribuies da Psicologia para superar o ciclo desta. Destaque
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para o ltimo captulo, que apresenta uma sntese das principais ideias desen- volvidas em toda a obra. O captulo que abre esta segunda parte do livro intitula-se Os sentidos da violncia escolar, de autoria de Alessandra Pimentel. A autora comea a sua explanao apresentando fragmentos do cotidiano de uma escola que convive diariamente com diversas manifestaes de violncia e nos leva a pensar na complexidade das relaes escolares, no sendo estas uma mera repetio daquilo que ocorre na sociedade. Apresenta ainda uma experincia desenvol- vida desde 2000 pela UNESCO, em cidades como Rio de Janeiro e Recife, intitulada Programa Abrindo Espaos, a qual busca construir uma cultura de paz no ambiente educativo, enfatizando temas como a solidariedade, a justia e a autonomia. A autora destaca que essas experincias tendem a tornarem-se parmetros de polticas pblicas voltadas para o combate violncia escolar. O sexto captulo da obra, intitulado A violncia no ambiente escolar: contribuies e desafios psicologia, escrito por Soraia Ansara e Giseli Paim Costa, apresenta uma importante discusso a respeito da escola enquanto instituio social, sendo esta considerada muitas vezes a extenso da casa de alguns alunos. As autoras abordam os diferentes modos como cada aluno transita e se expressa no espao escolar, sendo que as manifestaes violentas podem ser entendidas como formas de resistncia permanente violao dos direitos humanos que sofrem crianas e jovens em seu dia a dia. Para a autora, no combate violn- cia escolar, somos desafiados a buscar alternativas que resgatem os vnculos entre alunos e escola, possibilitando assim a ressignificao da escola como um espao democrtico de respeito s diferenas e de construo de prticas pedaggicas que incluam de fato as demandas e necessidades dos alunos e que estejam a servio destes. Escrito por Denise DAurea-Tardeli e intitulado Aprender a conviver: a vio- lncia no ambiente escolar, o stimo captulo dedica-se a pensar em estratgias que auxiliem no combate violncia no espao escolar. A autora nos leva a refletir sobre os diversos aspectos constituintes da sociedade atual e ainda os valores por ela pregados. Dando nfase aos conflitos, e como a resoluo destes pode servir de espao para a construo de novos valores e sentidos, a autora atribui papel especial afetividade no cultivo das relaes interpessoais, principalmente na escola. Para ela, a escola o local para a aceitao das diferenas e para o exerccio da convivncia, sendo o professor uma das peas principais neste processo, no devendo nunca ser deixado de lado sua necessidade de formao contnua e o cuidado que deve ter consigo mesmo enquanto ser humano. O oitavo captulo, que tem por ttulo Para uma escola sem violncia: desvelando os ns de uma complexa rede, foi escrito por Fraulein Vidigal de Paula e aborda
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os diversos planos nos quais a violncia ocorre no ambiente escolar. A autora busca explicar alguns fatores que contribuem para o aumento dos atos violentos, dando destaque ocorrncia cada vez maior do bullying e ao aparecimento de sua verso mais atual, o ciberbullying, que nada mais que um tipo de violn- cia praticado pela internet, em sua maioria por meio de redes sociais, muito comum hoje em dia entre jovens. No desafio de buscar a construo de uma escola sem violncia, a autora destaca a necessidade de se quebrar o ciclo ao qual estamos expostos, em destaque aos existentes em sala de aula, no qual o professor responda de modo no violento ao aluno, para que esse tenha outros modelos de resoluo de conflitos. O ltimo captulo do livro, intitulado Olhares sobre a violncia e a escola: sntese e perspectivas, de autoria de Maria Isabel da Silva Leme, apresenta um panorama geral de toda a obra, discutindo os principais aspectos constantes nos diversos captulos e promovendo uma importante interlocuo entre todos os autores. Ao fazer isso, a autora no busca encerrar o tema, mas propiciar uma reflexo ainda mais profunda, dialogada e contextualizada, na qual todos os pontos de vista apresentados conversam entre si e apresentam subsdios para a reflexo e atuao. A autora faz ainda contribuies suas ao tema, apontando sempre a complexidade da questo e possveis encaminhamentos de enfrentamento e resoluo. Para os que desejam compreender melhor o livro, iniciar pelo ltimo captulo pode se revelar muito proveitoso, j que este se torna um guia muito completo a respeito de tudo que apresentado. Ao final, fica sem dvida a certeza de que a construo de uma escola sem violncia, na qual alunos, professores e demais funcionrios possam conviver em harmonia e de forma pacfica, um exerccio dirio e de responsabilidade de todos. Seja por meio de polticas pblicas ou projetos de interveno realizados em cada escola ou at mesmo aes mais individualizadas feitas com alunos em situaes especficas, o que no se pode negar o papel de toda a comunidade escolar no combate e enfrentamento das situaes de violncia, tendo sempre em vista tornar o espao escolar um local propcio para a criatividade, a es- pontaneidade, o interesse, a curiosidade... e acima de tudo, o desenvolvimento pleno e saudvel de todos os alunos.
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CASTORINA, J.A Et ALI. Piaget - Vigostsky - Novas Contribuições para o Debate, SP, Ed Ática, 1990. CAPÍTULO I - O DEBATE PIAGET-VYGOTSKY - A BUSCA DE UM CRITÉRIO PARA SUA AVALIAÇÃO
Debatendo estratégias de abordagem do conceito de iberismo através da análise das obras-clássicas do mexicano Samuel Ramos e do brasileiro Sérgio Buarque de Holanda: El perfil del hombre y la cultura en México (1934) – Raízes do Brasil (1936).