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CENTRO DE HUMANIDADES
CURSO DE CINCIAS SOCIAIS
ANTROPOLOGIA II
Professor Dr. Joo Tadeu de Antrade
Aluna: Lohayne Gomes de Lima
Resenha
Texto: EVANS-PRITCHARD, Edward E. A dana in Ritual e Performance: 4 estudos
clssicos / organizao Maria Laura Cavalcanti. 1. Ed. Rio de Janeiro, 2004, p. 21-38.
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em uma roda, crculo externo ao dos homens que danam sem sair do lugar. Homens e
mulheres nunca danam juntos. Mesmo que haja muito amor livre (o que no ocorre
abertamente ou de forma provocativa), h uma completa diviso dos sexos. Os jovens,
vidos por se exibirem aos olhos das garotas, executam um pas seul em direo ao
tambor de couro. A influencia do ritmo tem um efeito mais compulsivo nas crianas
pequenas, que correm e pulam como e por onde querem.
Os membros governantes jamais tomam parte na dana, que consideram uma
perda de prestgio, mesmo assim h sempre um filho de chefe presente que tem poder de
deciso em disputas e querelas. Contudo, a liderana dos chefes estranha estrutura da
dana, que possui sua prpria liderana para organizar a atividade: o lider das canes
(baiango). A dana da certeja zande um assunto bem disciplonado, ressalta Evans-
Pritchard. O lder possuidor da magia certa tem habilidade na composio de canes e
no canto. Essa magia pode ser oferecida a seus seguidores. O motivo seria o desejo de
aumentar a prpria reputao pelo patrocnio de um espetculo pblico e atrair
aprendizes (suali). No obstante, h perigos disruptivos (canes difamatrias,
indiscries sexuais, embriaguez, competio) que so amplamente superados por
regulaes e pelo princpio da liderana.
Em geral, cerca de seiscentas pessoas participam da dana, elevando o penoso
trabalho de preparo da festa e as cansativas obrigaes condio de cerimnia digna e
provendo o reconhecimento social ao cumprimento de um dever sagrado para com os
mortos. Todos os participantes tm entre si laos de sangue ou laos sociais e vivem
prximos residencialmente.
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