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LA LATINA INC.
O QUÊ: uma empresa dedicada à integração latinoamericana através da cultura
ESPECIALIDADES: cinema e literatura
ONDE: São Paulo, Brasil
SOBRE: MAPEAMOS AS NARRATIVAS CONTEMPORÂNEAS DA AMÉRICA LATINA, COM A MISSÃO DE
CONTRIBUIR PARA A CIRCULAÇÃO DE FILMES E LIVROS NA REGIÃO.
SAIBA: Quem são os cineastas e escritores mais ativos e interessantes na América Latina hoje?
Entre em contato!
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Dia 10
maio 2011
BAFICI: tendências, estéticas e rumos do atual
cinema latinoamericano
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content/uploads/2011/05/cine_latino.jpg)
Os convidados do debate: Monika, Julio e Federico
Aconteceu em meio às atividades do último BAFICI, mas o debate sobre cinema latinoamericano realizado dia 7 de
abril em Buenos Aires levantou aspectos relevantes (e que merecem ser mencionados) sobre o panorama atual das
nossas cinematografias – chegando, inclusive, a abordar características estéticas dos filmes realizados na região e indo
um pouco além de encontros parecidos.
Estavam presentes os diretores Federico Veiroj (http://www.lalatina.com.br/wp/cartagenae%E2%80%9Clavida
util%E2%80%9D) , uruguaio, realizador de “La vida útil”, e Julio Hernández Cordón
(http://www.lalatina.com.br/wp/entrevistajuliohernandezcordondiretorde%E2%80%9Clasmarimbasdel
http://www.lalatina.com.br/wp/baficitendenciasesteticaserumosdoatualcinemalatinoamericano/ 1/5
20/02/2017 BAFICI: tendências, estéticas e rumos do atual cinema latinoamericano » Lalatina Blog sobre cinema latinoamericano
infierno%E2%80%9D) , guatemalteco, diretor de “Las marimbas del infierno”, junto à diretora do Festival de Cartagena e
fundadora da Cinema Tropical, a colombiana Monika Wagenberg – que por seu envolvimento já de muitos anos com o
cinema latinoamericano, vem observando e identificando os rumos da maioria dos filmes latinos.
Em suas exposições, rápidas porém interessantes, os três abordaram temaschave para a discussão dos rumos e
impactos do cinema local, que o La Latina – presente no evento – destaca abaixo.
O CINEMA LATINO VIVE UM ‘BOOM’ – Monika Wagenberg
“O cinema latino vive um momento de renascimento e de boom criativo. Há renovação, diversidade e evolução
constante. Antes não acontecia, mas atualmente os filmes se mantém em circuitos de ‘art house’ nos Estados Unidos,
por exemplo”.
O ‘BOOM’ TEM RAZÃO DE SER – Monika Wagenberg
Essa evolução não vem do nada. “Dez anos depois da criação da lei de cinema na Argentina, há processos muito
parecidos [ao crescimento do cinema argentino na última década] em outros países, como a Colômbia. O boom,
portanto, vem das leis de cinema, mas também da digitalização dos processos de produção e do surgimento de escolas
especializadas e, por exemplo, de fundos internacionais que fomentam coproduções”.
TENDÊNCIAS ATUAIS – Monika Wagenberg
“Destaco algumas características recorrentes, que podem caracterizar as atuais tendências do cinema da região. Há
uma ruptura com o passado e com o cinema militante dos anos 60 e 70, uma reação contra o cinema alegórico dos
anos 80, um compromisso com o presente e com temas locais, uma abordagem contemplativa, de características do
diaadia e espaços interiores, filmes de sentimentos e de famílias desajustadas, um olhar sobre o mundo doméstico e o
universo feminino. E, muito importante, se dissolve frequentemente a linha entre ficção e documentário”.
CARACTERÍSTICAS ESTÉTICAS – Monika Wagenberg
“De uma maneira geral, vejo um maior trabalho de câmera, mais movimento, mistura de atores e nãoatores, diálogos
cotidianos e orçamentos mínimos”
CADÊ AS MULHERES? – Monika Wagenberg
“Apenas 3% dos cineastas são mulheres. Esse número muda drasticamente na Argentina, onde há muitas mulheres
dedicadas à direção”.
O CINEMA DA GUATEMALA – Julio Hernández Cordón
“Em geral, tentam fotocopiar as fórmulas de Hollywood, mas obviamente lhes vai muito mal, porque os orçamentos são
sempre baixos”.
“Em 2012, foram produzidos 12 filmes na Guatemala. Na maioria dos casos, os orçamentos variam entre 5 e 70 mil
dólares, e os temas são locais, o que torna improvável que essas produções saiam do país”.
ESCASSEZ TRAZ LIBERDADE – Julio Hernández Cordón
“Se tudo está tão contra os cineastas e há mil pretextos para não fazer cinema, a única vantagem é que posso fazer o
que quiser. Tenho liberdade total. Se o público não vai ver os filmes e se eu não estou vivendo de fazêlos, pelo menos
posso respeitar meus próprios gostos”.
CINEMA CENTROAMERICANO – Julio Hernández Cordón
“O cinema centroamericano quer fazer dinheiro e por isso se inspira no cinema de fórmula”.
RECORDE DE FILMES URUGUAIOS NO BAFICI – Federico Veiroj
“Acho que a principal razão dos filmes estarem aparecendo tem a ver a nossa lei de cinema, criada há poucos anos,
mas vigente desde então”.
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20/02/2017 BAFICI: tendências, estéticas e rumos do atual cinema latinoamericano » Lalatina Blog sobre cinema latinoamericano
URUGUAI COM ARGENTINA – Federico Veiroj
“Há um intercâmbio técnico e artístico entre os dois países e, portanto, uma naturalidade na hora de coproduzir”.
(NÃO) ACONTECEU NO URUGUAI – Federico Veiroj
“O que nos diferencia é que não se deu aqui esse fenômeno visto em outros países que jovens de 20 e poucos anos
saíram pra fazer seus filmes com as suas câmeras digitais e seu grupo de amigos. Temos muitos realizadores
uruguaios com mais de 30 fazendo seus primeiros filmes. Filmes como ‘La vida útil’ tem certa estética de curta
metragem, típica dos jovens que já não somos. Isso faz com que, em geral, cada filme uruguaio lance sua própria
fórmula”.
A QUESTÃO DA FÓRMULA – Federico Veiroj
Na América Latina, “não estamos descobrindo novas fórmulas de fazer cinema, mas novos autores. Aproveitando,
inclusive, o interesse que existe no mundo atualmente pelo que é latinoamericano”.
A IMPORTÂNCIA DOS FESTIVAIS – Monika Wagenberg
“Estamos assistindo a festivais se tornando não só novas vias de distribuição, como coprodutores dos filmes”.
Postado por Camila (http://www.lalatina.com.br/wp/author/admin/) às 15:12h
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