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OBS: Os vendedores mudam os objetos a serem vendidos. A cada transio Os vendem com outro
nome. Ex.: Olha a bala de um real, quando na verdade ele est segurando um cabide.
ABERTURA
CENA UM: Comea a msica classica.Os vendedores aparecem na cena. Enquanto acontece a cena
dos vendedores Trs personagens levantam, um de cada vez da platia e vo em direo ao palco.
Ao longo do caminho eles comeam a tirar a roupa e sentam-se na cadeira, h um foco de luz sobre
eles. Eles interpretam movimentos repetitivos de comer, trabalhar, escovar os dentes e etc.
Personagem 1 comea a recitar uma poesia.
TEXTOS ATOR 1:
sociedade me soca
sociedade me mete
sociedade me fode
sociedade insocivel
sociedade me cerca
sociedade me estupra
sociedade irrespirvel
TEXTOS ATOR 2:
segunda feira ressaca moral
tera feira inferno astral
quarta feira metade normal
quinta feira quero soltar
sexta feira vou me arrumar
sbado jogo fogo no andar
domingo sou imorral
TEXTOS ATOR 3:
que porra as ruas azuis
que porra a luzes anis
que porra quando o juiz
que porra que porra
ou
Minha lngua
estranha
fala a tua fala torta
essa tua lngua morta
come
minha boca
come
come
ATOR 2 (mulher interprando banho d' chuva) Maquiagem faz referencia chuva, como se estivese
molahada pela chuva
[AUDIO CHUVA]
Cai em gota
transborda minh'alma
sou flor de terra rida
nunca vi tamanha
chuva
nunca vi gua
estive seca
morta
empedrada
agora tranbordo
me transmuto em
gua
sou solta
sou lquida
no caibo
sou mulher
tranmutvel
Audios: trs sons de tiro seguidos, os atores caem, um a um e so retirados do palco pelos
vendedores.
vendedores carregam o corpo para trs da coxia.
Os atores nus saem, aos poucos, da catarse, desmontando a fotografia viva e recitam o manifesto a
seguir enquanto os outros dois personagens acendem as velas:
FIM DA PEA POR QUE NO SOU OBRIGADA A FAZER UMA PEA QUE DURE PARA
SEMPRE!