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Universidade Aberta
Julho de 2010
RESUMO
A Web 2.0 surgiu numa altura em que parte da sociedade estava distraída a aprender a
trabalhar com a Web anterior. Boa parte da população, incluindo académicos e decisores
políticos, não se apercebeu logo desta revolução. Felizmente estavam lançadas, no mundo e
na escola, bases para a utilização massiva da Web 1.0. Por outro lado, muitos jovens
estudantes utilizam, no dia a dia, serviços da Web 2.0. Neste paper vou intuir que o impacto
da Web 2.0 na aprendizagem pode, se bem aproveitado, construir o terceiro e quarto pilares
INTRODUÇÃO
Com o fim do milénio, o mundo preparou-se para a sociedade em rede e iniciou previsões
para o ensino no início do século XXI. Estas previsões foram baseadas nas metodologias
quem tinha conhecimentos técnicos para o fazer e boa parte da informação disponibilizada
pelos não profissionais tinha má qualidade gráfica e logo pouco apelativa ao olhar do
Por coincidência com os primeiros anos do novo milénio surgiram ferramentas que
permitiram dar voz a cada um dos indivíduos ligados à rede e com elas apareceu a Web 2.0.
O ANO DE 1996
Em 1996, foi publicado para a UNESCO, um relatório sobre a Educação para o século XXI:
da qual fez parte o antigo ministro de educação português, Roberto Carneiro, que escreveu no
Este relatório foi o resultado de três anos de reflexão pelo que terá recebido directa ou
indirectamente influência dos pensamentos que foram publicados nessa altura e claro terá
Dois anos antes da publicação deste relatório ou um ano depois do início da discussão, em
1994, Pierre Lévy publica o livro "L'intelligence collective. Pour une anthropologie du
cyberespace" publicado em Português com o título "A inteligência colectiva: para uma
o livro "Changing Teachers Changing Times" que aborda a temática do trabalho e da cultura
dos professores na idade pós-moderna, publicado em língua portuguesa com o título "Os
1996 foi também o ano em que Manuel Castells publicou o livro "The Rise Of The Network
Society" publicado em Português com o título "A Sociedade Em Rede" (4) onde o autor
Um ano depois de se tornar público o relatório "Educação para o século XXI", Lévy publica o
livro "Cyberculture", publicado em português com o nome "Cibercultura" (5) onde escreve
sobre a forma como a sociedade interage numa cultura cada vez mais digital e em rede.
Em termos económicos, Castells (4 p. 126) afirma que, entre 1983 e 1995, "o PIB mundial
crescia cerca de 3.4% e o volume das exportações mundiais subia cerca de 6%" enquanto
emergia uma economia global assente na rede. Estávamos portanto longe da crise que se
Internet (6) e que "By 1996 usage of the word Internet had become commonplace" (7).
Podemos dizer então que foi, por volta de 1996, que se iniciou a expansão pública da Internet.
No entanto, ainda estávamos longe dos serviços da Web 2.0 termo atribuído por Tim O'Reilly
em 2004 (8).
Este relatório (1 p. 77) aponta para quatro pilares que deveriam sustentar a educação:
para poder agir sobre o meio envolvente; aprender a viver juntos, a fim de participar e
cooperar com os outros em todas as actividades humanas; finalmente aprender a ser, via
comissão, não.
Mas, em regra geral ensino formal orienta-se, essencialmente, se não exclusivamente, para o aprender a
conhecer, e, em menor escala, para o aprender fazer. As outras duas aprendizagens dependem, a maior
parte das vezes, de circunstâncias aleatórias quando não são tidas, de algum modo, como
prolongamento natural das duas primeiras. (1 p. 78)
sobre a forma como cada comunidade competia com as outras. Surgiram os relatórios PISA
que mostram que a aprendizagem não se faz de modo igual entre todos os países
Parece existir algumas contradições quando se pretende, por um lado, competir em rankings
de educação formados por vários países e, por outro lado, quando os currículos e condições de
aprendizagem são tão díspares entre eles. É norma falar em percentagens do PIB gastas em
educação e é claro que alguns países gastam mais em percentagem que outros. No entanto,
não se deveriam comparar os valores gastos em educação por percentagem de PIB, pois uma
elevada percentagem de PIB num país com um baixo produto per capita geralmente é um
valor muito inferior ao obtido com uma pequena percentagem num país com maior PIB. Ou
seja, não existe igualdade entre o real valor atribuído à educação nos diferentes estados/países.
O relatório (1) aponta para uma uniformização das aprendizagens sem esquecer as
especificidades culturais de cada região, mas, por outro lado, parece que cada país continua a
rumar para seu lado, na tentativa que os seus cidadãos estejam melhor preparados que os
outros para assumir a liderança nos processos produtivos e económicos. Num momento em
que se fecham empresas por todo o lado, e em que a competição é forte, assistimos
Todos podemos constatar que, desde há alguns anos, se estão a formar nas nossas escolas
alunos para o desemprego. Se o mundo de trabalho não precisa de mais especialistas numa
determinada área, então porque a nossa sociedade os continua a produzir? Cada novo aluno
formado para o desemprego empobrece o país, uma vez que o jovem, a família e o estado
investem neste estudante tempo e recursos. Quem lucra com isso? Este jovem será mais um a
quem vai ser proposto um salário reduzido e não irá provavelmente trabalhar/criar/contribuir
para o que estava vocacionado. A instabilidade social provocada por estes novos
desempregados está à vista de todos. Muitos jovens com formação superior estão a fazer
Os jovens têm consciência do lugar que a sociedade lhes reserva para o futuro e verificam que
o sacrifício de cumprir com as obrigações escolares não garante, no futuro, um emprego e que
Do ponto de vista do aluno, para que serve a escola? No vídeo do antropólogo Michael
Wesch, “A Vision of Students Today” (9), uma estudante questiona o porquê de ter de
ler/estudar tudo se apenas 26% do que lhe é indicado será relevante para a vida futura?
Alguns pais vêem a escola como um depósito de jovens, lugar onde são deixados os miúdos
enquanto os pais trabalham. No jornal Público de 04.02.2009 surgiu uma notícia em que a
Confap (Confederação das Associações de Pais) propunha que as escolas estivessem abertas
protestar com o que vai contra as suas convicções. Então o que é que os faz ir à escola?
Num poema referenciado como sendo do educador brasileiro Paulo Freire a escola aparece
como "o lugar onde se faz amigos" e é composta por "gente (...) que se alegra, se reconhece,
se estima". Por isso, não será de estranhar que os jovens vão para a escola para sociabilizar,
A WEB 2.0
Não estava previsto o aparecimento da Web 2.0. Com o aumento exponencial do número de
código aberto, começaram a surgir novos serviços ligados à Internet que criaram e continuam
A Web 2.0 veio permitir que cada um possa publicar o que quiser na Internet sem ter
conhecimentos técnicos, permite também aos cidadãos participar em discussões criticas sobre
A emergência da Web 2.0, ou Read/Write Web, é algo que vai muito para além do mero domínio
tecnológico: ela é, mais do que uma revolução tecnológica, uma revolução social e cultural, estendendo-
se a todas as áreas da sociedade. Em poucos anos, a Web 2.0 mudou radicalmente a forma como as
pessoas utilizam a Internet e interagem com os outros, com a informação e com o conhecimento. De
consumidores de conteúdos e informação, estes novos cidadãos digitais passaram também a ser
produtores de informação, criando conteúdos que partilham e que passam a fazer parte do corpus de
informação e de conhecimento disponíveis na Web , tomando para si o controlo de muitos processos e
espaços tradicionalmente dominados por corporações e instituições. (11 p. 5)
Se no passado o aluno frequentava a escola, porque era ali que se encontrava a sabedoria e o
espírito crítico dos mestres, hoje a sabedoria da escola está disponível na ponta do rato e o
espírito crítico está acessível em fóruns e blogues. Michael Wesch propõe no vídeo "The
Machine is (Changing) Us: YouTube and the Politics of Authenticity" (12) que se deve levar
para a sala de aula os novos serviços proporcionados pela Web 2.0; o que faz sentido, porque
é com essas ferramentas que a sociedade está trabalhando e é uma linguagem comum aos
O facto da Web 2.0 ter surgido sem aviso prévio, apanhou a comunidade educativa
desprevenida. Neste momento existem estudos sobre elearning e da forma como este foi
influenciado pela Web 2.0. Estes estudos estão relacionados com o facto de terem surgido no
Universidade Aberta, cita trabalhos de George Siemens publicados entre 2003 e 2006.
Em termos sumários, esta teoria visava responder às novas necessidades dos aprendentes do século XXI
e às novas realidades introduzidas pelo desenvolvimento tecnológico e as transformações económicas,
sociais e culturais (Siemens, 12-12-2004). O Behaviorismo, o Cognitivismo ou o Construtivismo, as três
teorias da aprendizagem mais frequentemente utilizadas no desenho de ambientes instrucionais,
segundo Siemens (op. cit.), pertencem a um tempo em que a aprendizagem não beneficiava do
tremendo impacto da tecnologia, como acontece actualmente. Assim, não têm em conta os actuais
ambientes sociais subjacentes ao processo de aprendizagem, nem outros aspectos muito relevantes,
como sejam a mobilidade profissional ao longo da vida, a importância da aprendizagem informal, a
grande variedade de formas e meios de aprendizagem – através de comunidades de práticas, redes
pessoais ou tarefas ligadas ao desempenho de uma profissão, desenvolvendo-se continuamente ao longo
da vida. (11 p. 106)
São precisos novos estudos para utilizar na escola presencial. Claro que não se devem
abandonar os estudos anteriores, mas a maioria dos livros a que acedi, mesmo os mais
A desmotivação que alguns alunos apresentam na escola e o discurso que esta transmite ao
aluno e que se afasta do seu mundo de interesses, leva alguns alunos a não querer estar na sala
de aula. No entanto, se o aluno não quer aprender na tradicional sala de aula, talvez possa
aprender fora dela. Desde há alguns anos que está "tudo" na Net, incluindo os livros, os
A escola não poderá desaparecer, pois para além do estado precisar controlar os currículos, as
A possibilidade do estudante aprender fora da tradicional sala de aula, parece estar a ganhar
adeptos entre os nossos decisores políticos. Algumas escolas em Portugal estão a ser
remodeladas e a empresa Parque Escolar, responsável por essa modificação está a preparar
novos espaços dentro da escola, veja um excerto de uma notícia publicada no jornal Público
em 7/6/2010:
Uma escola descentrada da sala de aula, em que os alunos se espalham por espaços informais, com os
seus computadores portáteis, cruzando-se com os professores na biblioteca e discutindo projectos - é
esta a visão que a Parque Escolar tem para o ensino em Portugal (...)
Num modelo muito inspirado em experiências de países como a Finlândia ou a Holanda, a Parque
Escolar propõe uma escola com espaços mais informais (13)
Durante anos os professores aprenderam a sua profissão com os seus mestres e orientadores,
pouco a pouco foram integrando as tecnologias que existiam. No entanto, a maioria dos
professores e decisores políticos não conviveu enquanto jovem num ambiente Web e muito
menos num ambiente da Web 2.0 (que tem cerca de 6 anos). Por isso, a escola não está
preparada para lidar com novas práticas educativas e continua agarrada aos currículos que
espaços informais, que conhecem metodologias que incorporem a Web 2.0 e que estejam
como sendo informais, então talvez a escola consiga acompanhar a linguagem dos estudantes
informatização das salas de aula e os programas e.escola e e.escolinha que visam levar aos
estudantes e através destes às famílias computadores com ligação à Internet. Para o programa
PC que está presente em mais de 30 países (15). A informatização das escolas é global.
Estão criadas condições para as escolas ficarem ligas à rede, para que os estudantes adiram
desde os primeiros anos de escolaridade às ferramentas da Web 2.0. Por isso, está em marcha
Em 2006, foi realizado um projecto de criação de um wiki "O lugar onde moro é assim" com
Vivemos uma época em que os avanços tecnológicos e o acesso à informação são muito rápidos. Os
jovens de hoje estão cada vez mais atualizados, informados e interessados nos avanços das tecnologias.
A escola não pode ficar à margem dessa realidade, repetindo modelos tradicionais de transmissão de
conhecimento. É necessário que o professor seja o mediador no processo de construção de
conhecimento, instigando a pesquisa e a troca de idéias entre professor-aluno e aluno-aluno. Nesse
contexto, a Internet é uma excelente ferramenta que pode tornar o processo educacional mais dinâmico
e eficaz, possibilitando ao aluno traçar seu próprio caminho de aprendizagem através da interação com
outros estudantes separados geograficamente. (16)
ferramenta utilizada foi um wiki que apareceu apenas com a Web 2.0 pelo que não seria
"Uma das escolas mais avançadas do mundo é portuguesa" esta frase foi manchete em vários
jornais, por exemplo, em Fevereiro de 2010 a revista Visão dedica um artigo a este tema:
Terminado o dia de escola, João anda com a mãe no campo a cuidar da horta.
- Olha João! - diz a sua mãe. - Um ninho de melros aqui no ervilhal.
Entusiasmado, o rapaz corre desenfreadamente até casa para ir buscar o Magalhães. Liga o pequeno
portátil ainda antes de sair do quarto e desabelha, de novo, em grande velocidade, para junto da mãe.
Pelo caminho, a câmara, sempre em sobressalto, filma-lhe o rosto e vai deixando antever pedaços do
sinuoso percurso. Riachos, poças de água, algumas pedras, silvas. A arfar, João chega, finalmente, à
plantação de ervilhas. Com uma das mãos afasta, cuidadosamente, os pés das plantas e mostra o ninho.
Perfeito. Vêem-se, até, dois pequenos ovos esverdeados. O último plano do filme-mudo é o rosto feliz
do rapaz, com o boné de pala para o lado.
(...)
Foi com exemplos como este, de João, cujo filme está disponível no YouTube, que a EB1 de Várzea de
Abrunhais conquistou a atenção da Microsoft e recebeu, em fins de 2009, um prémio que a coloca entre
as escolas tecnologicamente mais inovadoras do mundo. É, desde então, a única em Portugal e uma das
31 em todo o planeta.
(...)
Foi, precisamente, com o blogue que a janela da pequena escola de Várzea de Abrunhais se abriu ao
mundo. (17)
Este é outro exemplo de um projecto apenas possível graças à utilização da Web 2.0. Começa
George Siemens escreve em 2009 que todos temos algo a aprender com o que cada um
I’ve gained much from being a transparent learner. Over the last nine years – on blogs, wikis, and
recently Twitter – I’ve expressed half-formed ideas and received the benefit of constructive (and critical
feedback). I generally focus on what I’ve gained, but I suspect readers of my sites and articles have
gained something from the experience as well. Putting ideas out for discussion contrasts with formal
“reach a conclusion and publish” model.
(...)
Watching others learn is an act of learning. When someone decides to share their thoughts and ideas in a
transparent manner, they become a teacher to those who are observing.
(...)
The varying cognitive architecture of those who are new to a subject and those with significant
experience provides support to the value of peer-to-peer learning. A student who has just started
blogging can likely relate better to someone who is still only considering blogging. when we make our
learning transparent, we become teachers. Even if we are new to a field and don’t have the confidence
to dialogue with experts, we can still provide important learning opportunities to others. (18)
Com o impacto da Web 2.0 na aprendizagem informal está facilitada a criação e divulgação
num dos motores de evolução da própria Web 2.0 e já se comenta a possibilidade de em breve
CONCLUSÃO
O relatório "Educação: um tesouro a descobrir" (1) aponta que o ensino formal não tem em
conta os pilares aprender a viver juntos "a fim de participar e cooperar com os outros em
todas as actividades humanas" (1 p. 77) e aprender a ser que "deve contribuir para o
estético, responsabilidade pessoal, espiritualidade" (1 p. 85). Este pilar depende dos outros três
(1 p. 77) pelo que se o ensino formal não desenvolve o pilar aprender a viver juntos não poderá
A Web 2.0, por permitir que cada um publique os seus trabalhos e opiniões e participe em
discussões a nível global e por permitir aos alunos criarem trabalhos colaborativos e
cooperativos com qualquer um da rede, vem ao encontro das recomendações do relatório (1)
que afirma que os cidadãos devem Aprender a conviver - viver juntos "desenvolvendo a
Em suma, a Web 2.0 veio interligar as aprendizagens formal e informal e contribuir para
sustentação dos quatro pilares que, segundo as ideias de 1996, suportam a construção da
sociedade em rede.
Será que estes pilares estão a ser implementados no ensino? Assim que for disseminada a
2. Lévy, Pierre. A inteligência colectiva: para uma antropologia do ciberespaço. Lisboa : Instituto Piaget, 1997.
ISBN 978-972-8407-02-5.
3. Hargraves, Andy. Os professores em tempos de mudança. Amadora : McGraw-Hill de Portugal, L.da, 1998.
ISBN: 972-773-009-4.
4. Castells, Manuel. A socieade em rede. Lisboa : Fundação Caloutre Gulbenkian, 2007, 3ª edição. ISBN 978-
972-31-0984-9.
9. Wesch, Michael. A Vision of Students Today . video no youtube. [acedido em: 10 de 7 de 2010]. Disponível
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10. Faria, Natália. Pais querem escolas do 1.º ciclo abertas doze horas por dia e dizem que ME já deu luz verde.
www.publico.pt. [acedido em: 10 de 7 de 2010]. Disponível em:
http://www.publico.pt/Educa%C3%A7%C3%A3o/pais-querem-escolas-do-1%C2%BA-ciclo-abertas-doze-
horas-por-dia-e-dizem-que-me-ja-deu-luz-verde_1358774.
11. Mota, José. Da Web 2.0 ao e-Learning 2.0: Aprender na Rede. Dissertação de Mestrado, Universidade
Aberta. 6 de 2009.[acedido em: 10 de 7 de 2010]. Disponível em: http://repositorioaberto.univ-
ab.pt/bitstream/10400.2/1381/1/web20_e-learning20_aprender_na_rede.pdf.
12. Wesch, Michael. The Machine is (Changing) Us: YouTube and the Politics of Authenticity. video no
youtube. [acedido em: 10 de 7 de 2010]. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=09gR6VPVrpw.
13. Coelho, Alexandra Prado. As novas escolas querem mudar o ensino em Portugal. www.publico.pt. [acedido
em: 10 de 7 de 2010]. Disponível em: http://www.publico.pt/Cultura/as-novas-escolas-querem-mudar-o-ensino-
em-portugal_1440839.
16. dos Santos, Gládis Leal. Projeto O Lugar onde Moro. [acedido em: 10 de 7 de 2010]. Disponível em:
http://saladeaula.wikispaces.com/Projeto+O+Lugar+onde+Moro.
17. Campos, Mario David. Uma das escolas mais avançadas do mundo é portuguesa. visão.pt. [acedido em: 10
de 7 de 2010]. Disponível em: http://aeiou.visao.pt/uma-das-escolas-mais-avancadas-do-mundo-e-
portuguesa=f547669.