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fev trae Horaop 126071, 1201 PESQUISA Apis mellifica inibe a degranulacao dos bas6filos humanos* Bernard Poitevin! Resumo, Esta tradlucdo do artigo do Dr. Bernard Poitevin, mé- dico homeopata e pesquisador. publicada na revista ‘Journal de LHoméopathie” em abril de 1991, nos dé a oportunidade de esclarecer alguns pontos da pes- quisa em Homeopatia. principalmente no que diz res- peito 2 alergia. eem patticular nas experiéncias sobre a inibicao da degranulacao dos basofilos com Apis mel- lifica, nas diluigdes entre 15CH e 20CH. ‘odia 21 de fevereiro de 1991, os resumos da "Académie des Sciences” publicou uma nota intitulada: "A agitac3o de solugdes al- tamente diluidas nao induzem atividade bio- ogica especttica’ artigo assinado por trés biologistas: Jacques Beneviste e Elisabeth Davenas do inserm U 200, Beatrice Cornillet do Centro Regional de transfusio sanguinea de Rennes; dois estatisticos do Inserm U 200 — Beatrice Ducot e Alfred Spira’ e por mim mesmo”. Os secretatios perpétuos da “Académie” esclarecem que esta nota € publicada como direlto de resposta a uma nota precedente da “Académie des Sciences’ as sinada pelo quimico Jean Jacques, o qual sugeria, em abril de 1990, que os tesultacios observados com as altas diluicOes no teste de degranulacaia dos basciilos ‘eram provavelimente devidos a uma reagao de oxiredu- o do azul de toluidina e 0 oxigénio do ar® Realmente, os resultados apresentados no artigo de 28 de fevereiro sdo aqueles correspondentes a avalia- ‘cdo proposta pelo Diretor Geral do Inserm ao Inserm U 200, em julho de 1989. Esta avaliagao tinha objetivo de retomar, através de um controle estatistico muito rigotoso, os trabalhos publicacos em julhode 1988 na + Tradugio de “Le Recherche en Homéopsthie"— ani 1991 'iretor da Pesquisa Redator Chefe da Revista “Homéopathie Francaise’ ‘radugdo do Dr. Francisco José de Freltas — Membro Titular do Jnsstuta Hohnemannian do Presi, Professor ce Teepe Homeopatica da Unversidade do Rio de laneio — UNFRIO. revista “Nature”, que geraram a polémica sobre a" Me- méria da Agua’ Nesta mesma ocasio propus retomar os trabalhos, que desde 1983 eu mesmo me encarregava no Inserm U 200, sobre a inibico da degranulagao do baséfilo por Apis melifica, publicados em 19865) ¢ 19881", jac- ques Beneviste e Alfred Spira aceitaram refazer esta avaliacdo. Era Gtil que estes trabalhos efetuados numa légica homeopatica de “regulacao” de um fendmeno iolbgico jd induzido pudessem ser refeites, pois eles jé tinham dado resultados positives. Estes trabalhos acabados em janeiro de 1990 foram, realizados anteriormente & nota publicada por Jean Jac- ques. e permite responder aos argumentos utilizar dos pelo quimico, que n3o tém nenhum fundamento pois o corante nao foi submetido 4 agitagao. Mas é im- portante observar, que os trabalhos realizados no In- serm U 200 em 1989 foram efetuados no quadro de uma resposta cientitica essencial devido a polémica que foi levantada logo apés a publicacao da “Nature” em 1988, permitindo responder, ainda mais, anota de Jean Jacques Neste artigo, eu gostaria de esclarecer estes resuk tados, insistindo naqueles que séo de origem homeo- patica, Na preocupacao de melhor informar, eu diferencia- ria — uma explicagao sobre o teste e o método; — a exposicao dos resultados obtidos pela ativacdo com as altas dinamizacdes de anticorpos: — cefeito de Apis mellfica sobre a inibicdo do fend- meno; — uma discussao sobre o interesse desses modelos biolégicos para Homeopatia e de um modo mais, geral, sobre o espirito destes trabalhos. Metacromasia dos bas6filos Sem entrar de forma alguma nos detalhes bioqui- micos € ttil (para a compreensao dos resultados) lem- vita Sr de Homeosata vol tn? 21901 68 brar que o teste de "degranulacao” dos basétfilosin vi tro. efetuado no microscopio dtico. nao avalia uma real degranulacao. Ele permite apreciar a perda da capa- cidade dos bas6filos se colorirem na presenga de um corante, como o azul de toluidina utilizado neste teste pelo Inserm U 200, Esta acromasia dos basdfilos cor- responde as modificaces da carga elétrica na super- ficie do baséfilo e se diferencia da liberacao dos me- diadores como a histamina contida nos granulos dos baséfilos. Para este teste, as diluigdes foram fabricadasde duas maneiras diferentes: — para oestudo da ativacao da acromasia, as diluicGes de ant-soro de cabra anti-gG humana e ant-IgF hu- mana cde agua foram feitas de 10 em 10 até o Log 30 (30D) num tampao de Tyrode-Hepes, este com a ajuda de um automato programavel (Gilson) que produz uma forte agitacao entre cada diluicao por cinco injegSes de um grande excesso de ar — para 0 estudo da inibigao por Apis melifca. a gran- de maioria das experiéncias foi realizada com di- JuigGes preparadas conforme o métado hahnemarr niano pelo Laboratorio Boiron-LHE Somente as Ul timas experiéncias foram feitas com diluigdes pre- paradas com 0 aut6mato. Estas diluigdes foram pre- paradas na 4gua € no num tampao, sendo a tlti- ma diluigao feita com cloreto de s6dio. Além do mais, o procedimento foi totalmente reali- zado em duplo-cego: — os pesquisadores da Unidade 292 procediam a co- dagem dos tubos e a analise estatistica — as duas laboratoristas do Inserm U 200 efetuavam as diluigdes que davam & B. Ducot, estatistica. eem seguida realizavam a contagem dos baséfilos a ce- go; isto € necessario, pois € um método de leitura 6tica onde a subjetividade do experimentador po- de interferir. Efeito ativador das altas diluigdes de anticorpos O eleito das diluigdes D20 a D30 dos dois anticor- pos eda 4gua fol avaliado em 45 experiéncias. Somente 18 foram retidas sob oscritérios definidos em comum pelos biologistas e estatisticos: — ntimero de baséfilos suficientes superior a 35 por lote de contagem: — auséncia de degranulagao em presenga do calcio: — porcentagem de acromasia superior a 40% na pre- senga de concentrag6es ponderdveis de anticorpos antilgE. ‘As experiéncias foram declaradas positivas segun- do os critérios previamente definidos pelos estatisti- cos que foram sete para anti-IgE, uma paraa antilgG. € zero para agua. [700 eva Basinie de Horna 82 181 Existe uma diferenca significativa entre a média do numero de bas6filos incubados com a anti-IgE e com aantilgG (7,9: écarttipo 8,8: p inferior a 0,01 confor- me 0 teste de Student ou de Wilcoxon). Modulacao da acromasia por Apis mellifica Oefeitode Apis mellfica 15 20CH foi avaliado.com- parativamente ao solvente 20CH sobre células incuba das 30 minutos com produtos tendo ativagao pela anti- IgE em forte concentrago, Em 38 experiéncias feitas 19 foram retidas sob critérios previamente definidos: — acromasia devido a antilgE contida entre 40.€ 60%; — auséncia de sensibilidade das células ao calcio. Nestas 19 experiéncias, 10 foram consideradas co- mo positivas pelos estatisticos. onde o critério de po- sitividade era uma inibicao de degranulacao superior 430% no minimo de duas para cada sets diluigdes tes- tadas Nestas 10 experiéncias seis foram realizadas por uma das experimentadoras e quatro pela outra, Nas outras nove experiéncias restantes, uma inibiggo supe- rior a 30% foi observada em cinco casos na presenca de uma das seis divisdes testadas, portantonai foram consideradas como positivas. ‘Aacao de cada diluicao isolada fot também avalia- da pelos estatisticos, sendo que sobre seis diluigoes testadas —4 entre elas, 15CH. 16CH, ITCH, 20CH, exer- ccem uma inibicdo significativa na soma das experién- cias realizadas. estas em relacao 20 solvente. Discussao ‘Com um método rigoroso e estatisticamente con- trolado, os resultados confirmam: — por um lado queles publicados na revista "Natu- re" em 1988, mas sugerem uma nuance: queoefeito ativacior das altas diluigdes de anti-gE. 56 € obser- vado em certos sangues, as caracteristicas biol6g- cas destes sangues que apresentam uma resposta positivanao s20 conhecida, Outro pontoimportante 6 que a experiéncia deve ser feita por biologistas que estejam muito habituados ao teste, pois 0s re- sultados positivos da ativacéo foram essencialmente abservados por uma pesquisadora experimentada que efetua estas contagens ha muito tempo. Este ponto foi comentado por J. Beneviste no artigo en- viado a revista “Nature” no inicio do ano de 1990 que foi acusado por raz6es que 0 jornal "Le Mon- de” qualificou-as de “Oiseuses"0 ~ por outro lado, os resultados ja publicados duas ve- 2e8 sobre O efeito inibidor de Apis mellfica na de- granulagao dos basofilos seja induzida por alérge- nos diferentes do veneno do himendptero. seja in- duzida por um anti-soro anti-lgE. E importante destacar que duas outras equipes tam- bém observaram estes resultaclos da inibiggo da de- granulacao pelo Apis mellifica — Jean Sainte-Laudy e Philippe Belon que em 1982 apresentaram, em ur Congresso Internacional so- bre alergia, os resultados demonstrando o efeitoini- bidor de Apis sobre a degranulacao dos basétilos do veneno do himendptero. Contrariamente as ex: periéncias que nés realizamos no Inserm U 200, eles utilizaram o idéntico (veneno de himendptero) endo ‘osemelhante (écaros ou anti-gB}. As experiéncias que iniciei com Michael Aubin no Inserm U 200so- bre Apis foram feitas conforme o principio da se- melhanca A equipedo Pr. Charpin em Marselha que observou 08 resultados da inibigao nas experiencias realizadas em [987 a pedido da Academia de Medicina. Este fa- toencontra-se assinalado no excelente livro de Michael de Pracontali cuja leitura é indispensdvel a todos aqueles que querem compreender os "Mistérios da Memaria da Agua” além de um ilusério jogo media- tista. Comentarios pessoais Eu os exclufda discussao pois trate-se do ponto de vista de um biologista e homeopata que introduziu a experimentagao da Homeopatia no Inserm U 200. que trabalhou durante 10 anos de 1980a 1990 especialmen- te sobre Apis melitica Noquediz respeeito a ativacdo pelo anticorpo anti- IgE. o debate € principalmente de orciem biolégica. Mi chel de Pracontal assinala no seu livro (pag, 159) que aativacao direta ndo possi a principio nenhum efeito terapéutico e nenhuma conseqliéncia em Homeopatia. Realmente ela se inclui numa Iogica biol6gica onde é pesquisaco 0 efeito direto de substancias biologicamen- te ativas com diluicdes onde nao ha mais presenca mo- lecular teoricamente Devido aos resultacios observaclos, me parece que a ativagao das altas diluigées de anti- IgE somente se produz em certos sangues “patolOgi cos’ € que isto no € uma regra geral. Imagine o que produziria no nosso organismo se os anticorpos anti IgE diluidos iniciassem uma reacdo alérgica como aque- la De qualquer maneira eunao penso que este modelo seja perfeltamente adaptado a avaliacao da atividade dasaltas diluigdes dos medicamentos de uso homeo- patico, mesmo que biologicamente seja interessante © modelo de inibicdo pelo Apis me parece mais adaptaclo a esta pesquisa e eu retomnaria voluntariamen- te a expressao, ja citada, “Apis magnifica’. Apis tem uma agao reproduzivel neste modelo bio- égico de inibicao da degranulacao sobre a qual. con- tinuase trabalhando em diluigdes de histamina os dou- tores Sainte-Laudy e Belon. ‘Regularizar uma atividade biologica iniciada por um agente de agao semelhante. se insere simplesmente 1a ldgica homeopética ‘Além dos fatos cientificos, eu concluiria sobre 0 es- pfrito destes trabalhos. ‘Naminha opinia.o essencial é que eles contribuam apesar das polémicas mediatistas ou comerciais, a0 de- senvolvimento desta farmacologia ao mesmo tempo tradicional e nova que é a Homeopatia. Este espirito pade-se encontrar em varias linhas de pensamento, das quais citarei duas: — em 1984 na Semana Homeopatica de Paris expressa Por Michel Aubin e por mim mesmo: “A pesquisa em Homeopatia; saber ser original sem ser mar- ginal’®) — em 1986, quando tive a oportunidade de receber oprémio Denis G. da Fondation de France das maos de Jean-Marie Pelt pelos trabalhos de Apis e os es- tudos de Belladonna e Ferrum phosphoricum: este prémio tem 0 “objetivo de ajudar aqueles que tra- ‘balham no campo da ciéncia e na natureza com uma visdo espiritual do homem € o respeito da vida’ Eu espero realmente que 0 espirito deste trabalho permanega Referéncias ‘|. BENVENISTE], DAVENAS E. DUCOTE SPIRA A Laglation de Stu ‘dons Havtement Diuées incu pas Active Biologique Speciique C.& ‘Aca Pats 32, Seni I pp 461-466, 1991, #2-JACOUES J— La" Mernore deleau : Romarques sure tes: Uiisé, CR Acad Sei Pars T 310. Sérle I, 1437-1439, 1990 © 3. POTTEVIN 8 AUBIN M, BENVENISTE J— Approo che Quantitative de fer dApis melitica sur ia Dégranulaton des Baso- ‘hls Humainsia vero. innovation ex Technologie en Bologie et Méicine 1986, 7,668. #& POITEVIN, DAVENAS |. BENVENISTE | — 9 vio rmunslogieal degranulation cf human basophils smoslatd by lung hist mine and Apis melitica_Britsh Journal of clinical Pharmacology. 25 ‘439-444, 198, «5. NOUCHIF —Le Monde, 2ars [991 ©, DePRACON- TALM—LesMysteresde a Memoirede eau La Decouvertep. 185.1990 #7. "Ape magndica”-Le|oural del Hornéopathie 2.1988 # 8. DEFRANCE | Le Quotiden du Mdedn, (984, #9. DUMONCEAU A — Lhomeopa thie Démonte son Aion surLllegiet Livlammaton, Entree avec le Dr B Poitevin Le Quotidien du Mesiesn, 3586, 1966 vista Batra do Hornepata vol nt 21991 171

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