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Fev bas Women 2 ¢8, 1882 HISTORIA A conquista da terapéutica pelos infinitesimais ‘Umberto Auletta! enhores: Posto aqui, em sentinela, nesta guarita, 4 or- dem da respettavel Congregacao desta Esco- Ja, ser querer perturbar osilencioagradavel dos bem acamados, permitam que lentamente e aos poUCOS euvosdé oalerta. que & vida das vigilancias. Enesta funcao ardua mas fagueira, escolhido no se- tor reduzido dosadversos da terapéutica oficial, contré- rio mas nao rival, careco de, sem ostentagao e sem co- vardia, dar fé poradvertencias,@ "bela companhia” dos petigos das inspiracGes convenientesa gl6riada terap@ tica, azo tinica da flamula igada firmemente nos c: trafortes desta praca. E para que nao sofram as consci clas, nose desalentem as impaciéncias, nem se estimule aepiderme cetinosa dos sensitivos attifha da tribuna se- £4 possivelmente breve, suficiente e amparada no con- senso de nomes que a cultura aceita e venera, Nemsempre ostrinadosdo cantor se ouvirdo apete- cidos: a um ou outro tributo 8 malicia das concepgoes, se dard perddo na asticia da exposicao. Aosapaixonados legiondrios da medicina, fecunda- thes € a terra em tais semelhantes, para que se assom- trem com a maravilhal Embora consagrado por uns 30 anosde trabalho con- ttnuo. sempre honradamenteno amago da doutrina Hah- nemanniana, sem quedas nem equivocos desdobrando sem sincopes todo o meu programa na clinica ou nos hospitais-colméias enriquecidas onde existem as resis- téncias-cavaleiro irreduzivel do credo que perpétuo te- nhoamado, havendo de falar aqui.entredoutoresepa- ironunciamento deabertura dos Cursos da Escola de Medicina e Cirurgia do Insituto Hahnemanniano do Bras Publicado na Revista de Homeopatiaano 320° 2 1937 margovabriL "Tanscito para 0 portugues atualzado — Dra, Fatima Christina Machado Cardosa, Médica Homopata da Santa Casacda Misericrdia do Rio de Janeiro Membro Titular do Insituto Hanemanniano do Bras 4.5 Revs Basra de Homeopatia ol. 2n? 11902 racestimulodeestudantes ulgo-me quite para falar em favor de Hahnemann com os prés de antagénicos valo- res, proclamantes da verdade! E porque, se “Todos os caminhos vao 8 Roma’ é pre~ iso, porém, definilos e expo-los para que se firmem ‘quais as substanclas a empregar no tratamento das doengas’ — definicao esta, vulgar da terapéutica, capaz sozinha de erguer para o infinito as discussdes intrépi- dase de valor “da constituigao da matéria” o que fez di- zeroeminente professor Henrijean, de Liége, lembran- do Spinoza: “As coisas finitas so modos da substancia infinita’! Aconstituicao da matéria — formidavel quesito que por demais ranscendente reataedesata umadas mais sélidas quest6es sobre a qual se assenta hoje, mais do que nunca, o rumo da terapéutica! Jndo é mais “a quimica atémica’ tio famosa nas aqui- ices que Ihe cresceram em torn, e que se julgava pe- looésis farto na caminhada, ser o Ultimo termo cobiga- do. Ascrescentesdescobertas perturbando asingeleza desse sonho, esmerilham mais uma vez a complicadis- sima confecco do tomo e instituiram sem detencao, umanova ‘constituigao subatomica’, ondeo atomonao eramais ‘a titima parte divisivel da matéria’.explicados todos 0s fatos pela “nova fisica-quimica subatOmica. mo- lecular ou micelar” emcorrelacdo com umanova “Fisio- Jogia” aonde a cétula nao era também maiso “elemen- to primitivo essencial e caracteristico do ser vivo"! Aeessas modificagSes mucleares de fisico-quimica, se alonga em seguimento forcadamente, uma nova "Biolo- gia em progressos taise tao afincados que deles se obr- garam animosamente a “medicina e a terapéutica” cu- jasconsequéncias detém em admiragio oespfrito inqu- ridordos cientistas estupefatos. como o do incomparé- vel mestre de Liege — 0 afamado professor Henrijean, nas suas licSes sobre “a constituigéo da matéria ea te- rapéutica moderna’ na Faculdade Médica de Toulouse. Depois que o “atomo’ sob métodas rigorosos e vé- rios, foi contado, medido e pesado em tados os seus componentes, coubea ‘célula’ softer idénticosreparos, A Fisico-quimica demonstrou, diz Henrijean, que a molécula grama de todos os corpos contém 680 sext- Ides de moléculas (68 x 10°) ¢ que 0 dtomo, como a molécula, € constituido por partes menores, separadas umas das outras, como os étomos na molécula, e dota- dos de um movimento intenso’ Ea vida da metéria, em impressionante aconchego com os fendmenos do “ser vivo’, cujos elementos celu- lares estudados constitucionalmente, induzem ao reco- nhecimento de relacdes rec6nditas entre a morfologia, aquimica ea fisica Jéseesbocam aqui, Senhores, osprincipios vitoriosos da Hahnemannologianastrés fases das suas leis princ pais. — Semelhantes — como indicacao. — Infinitésimos — como agao. — Dinamismo —como efeito; nas bases da doutrinae naeficdcia da terapeutica, como é meu intuito vosde- monstrar agora 0 “triunfo da infinitesimalidade’, sob 08 auspicios generosos dos veneraveis valores da coutrina oposta Quando a ciéncia demonstrou — continua Henrijean —que 0 tomo podia, por processos diversos, se disso- ciar em elementos infinitamente pequenos (elétrons), portadores de uma carga elétrica definida, elementos constituintes 4 propria unidade elétrica (140 sextilioné simo de Coulomb), compreendeu-se.entao,oquantode energias desconhecidas, até aqui mal procuradas, pode- ria encontrar nestas descobertas,a sua explicacao’. “Dissecado 0 étomo, dissecava-se a célula. que néo sendo mais assim a ‘caracteristica da vida, o seu contexto complicado se exprimia por fenémenos intimos, miste- riosos e perturbadore “A nocao da vida nao se mostrava mais ligada & for- ma como se acreditava até entao:acitologia no consi- deroumaisacélula como lhe haviam exposto osantigos métodos deandlise e sim como estado vivente em fun- Go, tal qual o elétron em acao no tomo’. “Eo protoplasma—base lisicada vida (Huxley) —sur- giuento como um todo complicado, composto de um grande ntimero de partes diversas reagindo uma sobre asoutrase dotados cada qual depropriedadesparticu- lares que as tornem sensiveis aos agentes diversos'’ “Seria o protoplasma, um complexo coloidal homo- ‘géneo formado de das fases nao misturavels, 0 que é uma noco nova intimamente ligada aos dominios no- ‘vosda constituicdo da matéria e esses doismeios das o&- lulasdo organismo vivo seriam: 1°) Um, oticamente va- cuo, “ocitoplasma’ (em gréosde coldides aproximados quendio dispersam aluz), no qualsedistinguem os li tes sob a forma de graos e filamentos, 2°) Uma cama- da periférica mais densa ou "membrana’, que se forma pela reacao doscoldidescelulares sobreo meio ambien- te “Esse novo estado da matéria (coloidal) da ao ser vi- vo propriedades particulares, especiais, em equilibrio particular que pode ser modificado pelosestados suba- t6micos, atémicos, moleculares ou coloidais. da matéria coma qual se contagia: substancias estranhas, toxicas, pat6genas, medicamentose formas diversasda energia “Donde resulta que osestados do equilfbrio coloidal caracteristicos da Vida, da satide e das doencas podem ser modificados pelas causas, substancias e energiasdi- versas inerentes aos estados da matéria, determinando nosseres vivos, modificagGes variadas, sem que se possa sempre achar ou isolar a causa, e dai, aimediata conse- giiéncia: a modificagdo das nogSes antigas sobre o"TS- xicoea intoxicagao’, tomando va, em certos casos, apro- cura das toxinas patogenas, aonde os estudos patologi- cossedemonstram, pela simples modificacao do "equi Iibrio coloidal”, sob a agao de uma causa fisicaoude cer- tos agentes coloidais’ Antes de prosseguir, fiele reverente & magnitude de fatos tdo impressionantes ¢ tio extraordinarios, permi- tamsenhores, que eume revolte por um momento con- trac meuesforcado "silencio calmo” e alegre. admiran- do ainda uma vez nos teoreras maravilhosos da Dou- trina de Hahnemann coma precedéncia estonteante de ‘quase dois séculos!! A absoluta certeza de suas leis, asua ‘orientago rigorosamente cientifica e a grande, bendita excelente conquista queela deu e dé saciadamente 8 humanidade. dispensadas evangelicamente’ Tuto et jo- cunde’, pelos abnegados apdstolos que a serve, Emelhor e mais brilhante demonstracao da “infin- tesimalidade e do dinamismo” nao se faria, sob os aus- Picios dourados das maiores descobertas no campo bioldgico, se mais, muito mais ainda eu vos tenho par ra dizer, protegido bravamente pelos sabios cultivado- resda ciéncia, adversos totalmente causa Hahneman- niana No organismoou fora dele, prossegueo erudito Pro- fessor Henrijean: entre os estados definidos da maté- Tia (Ifquidos, s6lidos e gasosos) e também para os es- tados coloidais (moléculas, atomos ¢ micela) ha os in- termediarios que podem criar condicées de equilfbrio muito especiais suscetiveis principalmente de dar aos remédios, agGes diferentes, e ao organismo, reaces proprias e exclusivas a esses estados particulares da matéria Nos processos energéticos do organismoe nos de seu crescimento, pode existir o que se chama “equili- briometaestavel" ouseja, uma mistura critica de liquido e eletrolitos (emulssides) que sao formas intermedia Rui Brain ge Homeceato vol 2? 11992 08 rias de grande importancia, pois certas substancias po- dem assim passar muitas vezes despercebidas pelas reacGes particulares que determinam ( 0 que se da comas solucdes quando os corpos dissolvidos se dis- sociam em fons simples e compostos, ficando as suas propriedacies quimicas e fisicas muito mais ativas € completamente mudadas ou mascaradas} ‘AS formas intermediarias das substancias destina- das a agir sobre o organismo podem ter uma impor- tancia considerdvel na patogenia e tratamento dos “es- tados diatésicos" ou na marcha de certas fungoes f- siol6gicas Oestudo do estado coloidal da matéria é deimpor- tancia capital do ponto de vista fisiolgico, patologi- co e terapéutico. Das pesquisas feitas sobre as propriedades das membranas coloidais e sobre o potencial das superft: Ces limites, novos horizontes se abriram cheios de pro- ‘messas cujos frutos $6 devem ser possiveis se obser- vvados nao em seus resultados, mas no seu envolvimen- to. como que foi visto nas experiéncias com a mem- brana do ovo fecundado e nas da vacinagéo dos co- baios (por fricco sobre a pele) com culturas do car- biinculo e ainda com a vacinagao disentérica local. Informes esses preciosissimos, pela maneira mag- nifica como os infinitésimos (sob as regras da Farma- codinamica Homeopatica) agem € reagem no trata- mento das doencas.declaradamente especificos ou "in- dividualizados” nos diversos graus de “potencializacao cdinamica’, uma das mais encantadoras falta de aptidao dos inexperientes homeopatas, nos labios vermelhos, e inchados da risada de alguns “gros bonnets’, anta- gonistas teimosos ¢ irritados. De que a aco dosinfinitésimos 6 evidente, comple- ta, tinica e dindmica na cura das doencas, isto é sob a forma de energia, nada melhor do que nos recordar aqui em'largos tracos © que a pena dourada do qui- mico brasileiro dos mais esforcados, estudioso e cul- to como pouces, trabalhador infatigavel e honrado, amante da sua profissdo e veiculador do mais alto am- bito entre os farmacélogos, o Dr. Orlando Rangel. tra- ouem outubro de 1930 e foi lido na Associagao Bra- Sileira de Farmacéuticos pelo seu presidente, o Dr. Pau- lo Seabra, que reafirmou com forca admirével as suas primitivas e clarividentes assercdes de 1917, na Aca- demia de Medicina do Rio de janeiro E assim que, apds se referir & aco maléfica do tra- tamento intensivo da fills pelos agentes em voga (mer- rio, arsénio e bismuto), citando os trabalhos de Henri Langer do Instituto Path do Hospital Wirchow do Mei- rovosky e especialmente de Guerich do Hospital Ge- ral de Hamburgo, cuja estatistica de 23.179 necropsias, se verificou a cifra de 80% de organopatias viscerais advindas da medicacao supracitada, defende ele vigo- (2 Resta Sabla de Homsopetia vol 2? 11882 rosamente 0 valor das doses infinitesimais, rebatendo com superioridade, entre outros, a Sezary, do Hospi- tal Sao Luiz — Paris que julga estas insuficientes e pe- rigosas. E diz entao, referindo-se ainda a Antonio Peyri (Re- vista Siniatrica N° 11 e 12 — 1930, pag. 121 e seguin- tes), altas doses incompativeis com a vida humana e que sao entretanto bem capazes de dar lugar a uma ‘cura apenas aparente_ clinica e humoral. com provaveis manifestacoes ulterlores, sob a forma de lesGes visce- rais graves. constatadas apés o tratamento regular e in- tensivo por doses consideradas suficientes durante um ano (Sezary). Doses pequenas (0,45 a 0,60) s4o consideradas in- suficientes por Sezary, realmente incapazes de destruir Os espiroquetas, ou seja, como: parasiticidas diretas, mas capazes ou suficientes o bastante para prejudicar adefesa natural, alaténcia e os fenmenos de imuni- dade que deveriam ativar ao invés de destruir ou per- turbar e especialmente de impedir a acao dos fermen- tos diastasicos (Revista Siniatrica N° 11 e 12 — 1930, pag. 122) Eno entanto, em respeito ao Prof. Rosenthal de Ber- lim, que conta sobre © admirével poder curative do merctrio na sifilis "Toujours debout’, e que ganha no- vamente terreno na terapéutica, autor rejubilando-se diz: “Este fato de que nao se podia jamais duvidar € cada passo verificado quando o mesmo éemprega- do principalmente em pequenissimas doses, como sio os eletrocoldides, medicamentos estes que podem ainda ser considerados energéticos e por isso mesmo, no valem na acao terapéutica, como produtos quimi- cosdefinidos, em funcao das doses infinitesimalmen- te pequenas bem podem ser consideradas como quan tidadles de energia em ‘estado cinético’ e portanto.com todo a seu dinamismo em agao. Para o orgasmo do meu orgulho de Hahnemannia- no em aco, desculpavel e compreensivel nas dispu- tas cavalhelrescas dos torneios cientificos, bastaria pa- rar aqui e reproduzir somente as 13 deducdes do gran- dioso Orlando Rangel, se duas ou mais referencias nao merecessem de mim uma transcrigo especial. Eassim: "Coma forma eletrocoloidal que representa progresso, por isso retine & acéo propria do metal ou- tras qualidades inerentes ao seu estado fisico particu- lar, maior difusdo e rapidez de absorgéo (envolveu a terapia antiluética), que consegue com doses minimas ‘o maximo efeito sem os maleficios das doses maiores que so por assim dizer “estado de equilibrio das infi- nitamente pequenas’. Paul Blum, da Faculdade de Strasburgo (Novembro de 1927) sintetizou os fundamentos da Terapéutica mo- dema: “A terapéutica coloidal jé deu suas provas e € chamada para revolucionar a terapéutica. Com- preende-se melhor o mecanismo de acao das doses infinitesimais e também a razao pela qual nao se deve forcar a natureza com as doses macicas de medicamen- tos Osmaiores efeitos s4o obtidos frequentemente pe- Jos medicamentos que se aproximam mais do estado coloidal’ O papel do médico € seguir a "Natura Medicatrix” para aperfeicoar suas defesas ou as restaurar quando a doenca as coloca defeituosa. Eum erro terapéutico violentar a natureza com uma medicacao inoportuna que ira perturbar suas funcoes, de defesa e de reequilibrio, quando uma experiéncia milenar fixou suas modalidades” “O bom pratico seré aquele que. por sua vez, se adapte a este conceito da “arte de curar” e que tudo faca para a credibilidade e progresso da ciencia, nao se opondo as leis imutaveis que governam a matéria viva’: Maravilhosas estas palavras e muito honestas, es- critas por maos alopaticas mas geradas em cérebros. disciplinados incontestavelmente & centelha divina das Leis de Hahnemann, cuja verdade se eterniza, se de- senvolve e se depara sempre que o raciocinio das cién- cias médicas venha servir para melhorar e aperfeicoar. E para que ainda mais se exalte Hahnemann, conti- nuaremos com 0 nosso ilustre da Farmacia Brasileira ‘A analogia de afinidade. afirma Henrijean. entre o ve- neno sifilitico € 0 mercdrio, € a causa da agao favora- vel exercida por este iltimo nos tecidos quandoem pe- quenissimas doses’. Sea dose for muito forte, a ado do veneno talvez se junte a do virus e assim pode-se explicar porque é ineficaz ou impotente omerciirio em certos casos de sifilis grave, nos quais 0 agente pato- génico atua répido e energicamente sobre a vitalida- de dos elementos em que o remédio deve influir. Verificada a afinidade entre o veneno sifiltico e 0 merciirio, e conhecidos como sao hoje os fendmenos de absorcao preferencial, vé-se bem porque omerct- rio coloidal e o bismuto podem realmente beneficiar no tratamento da sifilis. Sendo aabsorcao mais seletiva entre o coloidal de Hg ou Bie a toxina (que também € coloidal) dos espi- roquetas. do que entre esta e 0 protoplasma, 0 colai- dal metdlico injetado deslocar das micelas dos teci- dos, a toxina em qualquer carga elétrica, formando um complexo agora inécuo para 0 organismo e que € eli- minado pelos emunct6rios naturais ou se destruiré por oxidagao através os fons dos metais, Sea carga for positiva, a toxina seré absorvida pela micela coloidal com maior ou merior intensidade, con- forme possibilidade de uma absoredo simples ou ele- tiva: se negativa, absorverd os fons metélicos, ficando neutralizada, aliés, esta absorcdo no mecanismo da oxi- dado segue as regras desta, o metabolismo das va- lencias, isto €, das cargas elétricas agindo sobre enzi- mas que sao também micelas eletrizadas Eagora, paranao perder de todoas lembrancas fe- tas aqui a Hahnemann que serr os métodos atuais da Biologia, determinou tao categorica e ilustremente fa- tos e teorias tao miraculosas! Repito-as em sintese — Semelhanca— Afinidade entre o mercirio ea siti lis — Dinamizacao— A ionizacao eas cargas positivas.e negativas, determinando todos os fendmenos de absorcdo e de oxidagao {metabolismo das valén- cias) — Infinitesimalidade — A eletracoloidoterapia, os fe- némenos de absorcao pela superficie ou de fixa- 40, fundamento de catalise e que evita as lesdes repardveis ou nao. dosnticieos celulares por suaal- teracdo nas proporcGes do oxigénio. — Individualizacaio medicamentosa — A aco seleti- va e carga positiva elétrica para a cura e em carga negativa para a neutralizacdo. Alias, fatos estes bem ligados ainda 4 famosa dina- mizacao dos teimosos homeopatas na tagarelice indis- creta de adversérios vaidosos! ‘Adiante, senhores, e sempre ao lado do magnifico trabalho de Orlando Rangel, consciéncia de cientista honesto e produtivo e agora em confirmagao brilhan- te de uma das regras de Hahnemann: “acao de inter- poténcia” de certos medicamentos para ativarem na marcha das doencas, os efeitos do remédio e a cura Retomando o assunto, diz Orlando Rangel: acentua- mos agora, que no tratamento geral da sfllis, parece haver a necessidade do emprego intercalado do en- xolre, que aliés, um integrante das moléculas protéi ‘case que pode muito bem atuar, favorecendo ou con- correndo para a formacdo dos peréxidos, logo, € a coenzima redutora, como o ferro ligado ao azoto €a ‘enzima respiratoria. Desde 1888, j4 havia sido assinalado por Rey- Pailhade, em interessantes trabalhos, o papel do enxo- fre como agente oxidorredutore atribuido ao chama- do "philothion” papel importante na respiracao como vvetor de hidrogenio” capaz de dar lugar nos tecidos vivos i formacao de hidrogénio sulfurado, estudos es- tes que levaram ao canhecimento demonstrado expe- rimentalmente que as oxidacGes biol6gicas podem ter lugar na auséncia do oxigenio do ar Efetivamente. como assinala René Fabre. em suas in- vestigacdes sobre o "glutathion” —"Rey-Pailhade ob- serva que os tecidos que produzem mais hidrogénio sulfurado so precisamente aqueles que consomem mais oxigénio livre, como se existisse uma relaco en- tre estes dois fendmenos' ‘A propésito, também em importante nota sobre a Rete Basa de Homeoptia vel Dn? 117 “Bioquimica do enxofre” (Revista Siniatrica N° 3 € 4. margo e abril de 1930), do mesmo modo opina 0 se- hor Prof. Oscar de Souza. a saber: “O estuudo do glutathion permitiu o conhecimento perfeito do papel do enxofre como principal catalisa- dor nos fendmenos fntimos da respiracao. Se incon- testavelmente foi ReyPailhade quem primeiro teve o mérito de estabelecer o papel do enxofre como agen ‘te oxirredutor, quando dos seus estudos sobre o meta- bolismo do levedo da cerveia, verificou que este tinha a propriedade de transformar o enxofre em hidrogé- nio sulfurado e que igualmente muitos tecidos gozam da propriedade de hidrogenar o enxofre, sendo levar doa admitir a existéncia nos tecidos de um vetor de hidrogénio— 0 "philothion” de grande significado na respiracdo tissular. s6 depois dos estudos de Hoplin. apartirde 1921, sobre o glutation. é que a questdoen- trou em sua fase verdadeiramente cientifica e fecun- da, tanto em conseqiiéncias tecricas como em resu tados praticos. E pelo critério da carencia do enxofre, como subs- trato quimiotr6fico dos reumatismos crénicos, devido aosestudosde A. Robin e Maillard, que se interpreta- 20 0s resultados terapéuticos desse metaldidenodo- minio da dermatologia, em que ele, ora atende asne- cessidades troficas como agente primordial de integra- ‘cao. ora desempenha papel importante na qualidade Ge catalisador mobilizando ativamente 0 oxigénionas reagdes quimicas do metabolismo. "Temos como certo que o enxotte associado ao mer- cario no tratamento da sfflis nao é um simples adju- vante, facilitando a absorgao do metal ouestabelecen- doa sua tolerdncia, sendo que é um verdadeito cola- borador do agente especifico, tomando parte ativa nas reacOes tissulares de quedependem, assim, arecons- tituic&io org&nica como a imunizacao. Oestudo do Dr. Franz Pollak “Novos pontos de vis- tana terapéutica da lues’assistente da Clinica Psiqu trica da Universidade Alema de Praga, que baseouse nos trabalhos experimentais de Meyer-Bisch sobre a taxa de enxofre no sangue circulante e no Iiquido ce- falorraquidiano dos individuos normais e dos acome- tidos de afeccdes neurol6gicas. foi levado, entdo. a in- troduzir a sulfoterapia na metalues. E assim, atribuindo papel preponderante sobre metabolismo no sentido amplo da palavra, acredita que oenxofre, gracas a essa afinidade, éum antiluético de ‘aco intensiva o que confirma o antigo conhecimento ‘empirico das aguas sulfurosas. As relacées entre alues 87 vite Gresiosn de Homogpeta vl 2a? 11982 easafeccdes metaluéticas parecem ser um problema que depende mais da natureza constitucional do or- fganismo infectado que do virus infectante, cabendo 20 metabolismo. papel importante na constituicéo como relagao de causa cerebral endocrina ‘Que extraordinaria adivinhac3o essa de Hahne- mann, que criando uma Doutrina Médica, ditava-The Leis to exatas e de tal poder, embora absolutamente novas e inacessiveis aos seus contemporaneos, que sO hoje — aevi spatium — a ciéncia dos principes da me- dicina e dos grandes mesires de Biologia, as afixam no cartaz luminoso de seus "buildings-houses’ com uma tunica diferenga que é aliés a alma do neg6cio. e esta 6a mudanga dos nomes nas sinonimias gloriosas!! "Assim os remédios "policrestos' e “constitucionais se chamam agora “doadores e imunizantes’. (Os “interpolentes e intervalados” vivem hoje como “dessensibilizantes, oxidantes e redutores’ "A patogenesia homeopstica do remédio que sit croniza admiravelmente a “individualizacao terapéu- fica’ a mais nobre conquista de Hahnemann, $6 nao € to perfeita entre os monarcas da antiterapia. por- {que Ihes faltam os testes humanos que racionalizam completamente os experimentos dos simileterapeutas, Se tivesse mais tempo e se pudesse ter a certeza do potencial de resistencia de cada um dos senhores que me ouve pleno exercicio desta quimica de raciocinio ede fatos, certamente vos daria mais produtos dina- mizados da grande colheita que agora vai pelo mun- do, gracas 4 semente seletiva da Homeopatia, que pelas maos de todos, mesmo nas dos adversos, destruido- res ou quase isto, tém feito medrar e render no terre- no fartamente cultivado das terras Hahnemannianas! © tempo, porém, corre, a paciéncia auditiva esgo- ta, aatencao dorme e talvez mesmo a pregulca ea in- quietude atrapalhem o fraco orador desta palestral ‘Mas ao que nao me posso furtar é relembrar 6 que ‘em 1922 sob a capula do Instituto Hahnemanniano, ajustando a prioridade de fatos até entaéo novissimos 2slels é hé muito tempo utlizadas da Homeopatia, rei vindiquei com justica as prerrogativas excelentes e for- midéveis das mais altas concepgdes da medicinal Recordando o que escrevera nos Anais de Homeo- ppatia N° 10, novembro e dezembro de 1922, sobre as “Razoes legitimas do ‘Hahnemannismo’, rendo-me mais uma vez a Hahnemann, a homenagem sincera da mi- nha felicidade, alias sempre comprovada, nos precel- tosinteligentes do espirito que se agita, que vive, que produz e que educa.

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