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1) Os portugueses iniciaram a conquista da Amazônia no início do século XVII, fundando a cidade de Belém em 1616 para estabelecer controle sobre o território e expulsar invasores estrangeiros.
2) Expedições portuguesas partiram de Belém para explorar e mapear a região, como a de Pedro Teixeira em 1637 que navegou o rio Amazonas em sua extensão.
3) Ao longo de quatro séculos, a exploração causou perda da identidade original dos povos da
1) Os portugueses iniciaram a conquista da Amazônia no início do século XVII, fundando a cidade de Belém em 1616 para estabelecer controle sobre o território e expulsar invasores estrangeiros.
2) Expedições portuguesas partiram de Belém para explorar e mapear a região, como a de Pedro Teixeira em 1637 que navegou o rio Amazonas em sua extensão.
3) Ao longo de quatro séculos, a exploração causou perda da identidade original dos povos da
1) Os portugueses iniciaram a conquista da Amazônia no início do século XVII, fundando a cidade de Belém em 1616 para estabelecer controle sobre o território e expulsar invasores estrangeiros.
2) Expedições portuguesas partiram de Belém para explorar e mapear a região, como a de Pedro Teixeira em 1637 que navegou o rio Amazonas em sua extensão.
3) Ao longo de quatro séculos, a exploração causou perda da identidade original dos povos da
Em fins do sculo XV, Portugal e Espanha, com o apoio da Igreja
Catlica, acordaram pelo tratado de Tordesilhas a diviso das terras por descobrir, onde atualmente se situam a frica e as Amricas. Pelo combinado, grande parte do que se conhece hoje por Amaznia E realmente foram esses que tomaram a dianteira no reconhecimento da Regio. A Francisco de Orellana, navegador espanhol, credita-se o descobrimento do grande rio, por ele navegado, desde a nascente, a sua foz, nos anos de 1540 e 1541. As narrativas fantasiosas do escrivo de bordo, Frei Gaspar de Carvajal, narrando existncia de mulheres guerreiras nas margens do grande rio, a Amazonas, so responsveis pelo nome que hoje o identifica. Seguiram-se outras expedies espanholas com finalidade exploratria, at que franceses tentassem, no norte do Brasil, estabelecer a Frana Equinocial. O primeiro europeu a pisar as terras amaznicas, foi o espanhol Vicente Pizon (em janeiro de 1500), que percorreu a foz do Amazonas, conheceu a ilha de Maraj e surpreendeu-se em ver que se tratava de uma das regies mais intensamente povoadas do mundo ento conhecido. Ficou admirado vendo a pororoca (fenmeno natural que fez com que mudasse o curso de navegao) e maravilhado com as guas doces do mais extenso e mais volumoso rio do mundo que foi chamado por ele de Mar Dulce. Foi bem acolhido pelos ndios da regio. Mas, apesar de fantstica, sua viagem marca o primeiro choque cultural e o primeiro ato de violncia contra os povos da Amaznia: Pizon aprisiona ndios e os leva consigo para vender como escravos na Europa. Com a chegada de Cabral em 1500 a coroa portuguesa expandia seu domnio na nova Terra, fazendo Salvador como um centro, onde as expedies patim para as ndias e para o sul at o Rio da Prata, isto faz com que a conquista da Amaznia retarde, pois os espanhis seus donos, de acordo com o Tratado de Tordesilhas no deram muita importncia ao territrio amaznico.
Os Fortes e Misses
Com a unio da coroas Espanholas e Portuguesas, os espanhis
fazem o reconhecimento da rea com Francisco de Orellana e Pizon, como tambm Pedro de Ursa e Lopes de Aguirre, mas no tem a pretenso de povoar, abrindo precedentes para invasores como franceses, holandeses, irlandeses e ingleses, que fazem contato com os nativos e mantm boas relaes e fundam fortificaes por toda a Amaznia. FORTE DO CASTELO BELM - PA Esse fato fez com que a Coroa Portuguesa tomasse uma medida para conter a presena de estrangeiros que s poderia ser feita, atravs de uma ocupao militar que tivesse a funo de expulsar os invasores e construir fortificaes para guardar o territrio, designou oficiais como Jernimo de Albuquerque, Diogo de Campos e Francisco Caldeira de Castelo Branco, que partiu para a Amaznia, no incio do sculo XVII, onde expulsou os franceses de So Luis, Maranho e fundou o Forte do Prespio em dezembro de 1615 e a cidade de Belm em 1616 no Par, que marca o incio FORTE DO CASTELO BELM - PA da ocupao portuguesa a Amaznia e a construo de outros fortes ao longo do rio Amazonas, Gurupi, Pauxis (bidos), Tapajs (Santarm) e So Jos do Rio Negro (Manaus). Essas misses tiveram um apoio importante dos religiosos como os Jesutas, Carmelitas e Franciscanos que tinham a funo de catequizar e melhorar o relacionamento do indgena com os portugueses.
A importncia de Belm para a explorao.
A fundao de Belm foi de vital importncia para os portugueses,
pois dali partiu suas principais expedies com o intuito de conquistar o territrio amaznico, alm de estar em uma posio estratgica, situada bem na foz do Amazonas principal porta de entrada para explorao do territrio. Em 1637, o Capito Pedro Teixeira, a frente de uma expedio cujo efetivo chegava a cerca de 2.500 pessoas, lanou-se para Oeste, contra a correnteza, pela calha do rio Amazonas, com a finalidade de reconhecer e explorar a regio e colocar marcos de ocupao portuguesa, at aonde pudesse chegar. E assim foi feito. Valendo-se do conhecimento e da adaptao selva de muitos ndios que compunham a tripulao, levou sua misso at Quito, na Amrica Espanhola. A expedio durou cerca de 2 anos, constitui feito memorvel e de suma importncia para o reconhecimento da presena portuguesa na Amaznia. Foi o nico navegador de sua poca a fazer o trajeto de ida e volta, saindo da foz para nascente e de volta a foz. Muitas outras entradas e bandeiras foram empreendidas pelos luso- brasileiros Amaznia, seja em busca do to sonhado "El Dourado", seja para colher as chamadas "drogas do serto", especiarias muito apreciadas poca.
Os reflexos da explorao
Conquistada a custo de sofrimentos e sacrifcios, a Amaznia
precisava agora ser mantida. Era de se esperar que, alm dos espanhis, franceses, holandeses e ingleses, no se conformassem, pacificamente, com a posse portuguesa da Amaznia. A histria dos homens na Amaznia tem sido construda a partir de muitos conflitos: de um lado, a viso paradisaca criada pela magia dos mitos da regio e sobre a regio; de outro, a violncia cotidiana gerada pela permanente explorao da natureza e desencadeada pelos preconceitos em relao a ambos homem e natureza. Ao longo de quatro sculos perdeu-se, muito da identidade original do homem e os referenciais da vida anterior, face aos sucessivos e constantes choques culturais. Hoje, o homem da Amaznia procura reconstruir, sem cessar, uma nova identidade e uma nova forma de vida que lhe possibilitem harmonizar uma nova cultura com a conservao da natureza, os benefcios e o usufruto do progresso tcnico e cientfico do mundo moderno. O aumento da destruio da natureza alarmante. Nas ltimas dcadas, enormes massas vegetais, que incluem madeiras nobres, vm sendo queimadas impiedosamente. De 1500 a 1970, ou seja, em 470 anos, apenas 2% de toda a floresta amaznica havia sido destrudo; em apenas 30 anos (1970 a 2000), segundo o INPE, 14% foi devastado. Trata-se de um desastre sem precedentes contra o maior patrimnio natural do planeta Terra, contra a economia e a sobrevivncia dos habitantes naturais caboclos, ribeirinhos, ndios e outros. E, pode-se mesmo dizer, contra o futuro da regio e das novas geraes que precisaro dela para viver