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As notas aqui divulgadas foram colhidas nas sesses de julgamento e elaboradas pela
Assessoria das Comisses Permanentes de Ministros, no consistindo em repositrios oficiais
da jurisprudncia deste Tribunal.
Primeira Turma
Segunda Turma
Quarta Turma
Quinta Turma
ESTUPRO. PRISO PREVENTIVA.
Trata-se de habeas corpus para desconstituir a priso do paciente sob a alegao de que o
decreto prisional no est adequadamente fundamentado, conforme preceitua o art. 312 do
CPP. Para o Min. Relator, acompanhado pela Min. Laurita Vaz, o decreto de priso preventiva
do paciente no se encontra adequadamente fundamentado, isso porque a simples reproduo
das expresses ou dos termos legais expostos na norma de regncia, divorciada dos fatos
concretos ou baseada em meras suposies, no suficiente para atrair a incidncia do art.
312 do CPP, tendo em vista que esse dispositivo no admite conjecturas. indispensvel que,
no decreto prisional, estejam consignadas as razes concretas pelas quais se mostra
necessria a priso preventiva, evidenciando-se, na deciso, a real ameaa ordem pblica,
os riscos para a regular instruo criminal ou o perigo de ver-se frustrada a aplicao da lei
penal. Os votos divergentes, contudo, entenderam estar correto o decreto prisional no qual
consta, entre outros fundamentos, tratar-se de investigao por crime hediondo (estupro) cuja
vtima deficiente mental. Assim, verificando-se o empate e prevalecendo a deciso mais
favorvel ao paciente, a Turma concedeu a ordem de habeas corpus. HC 101.605-SP, Rel.
Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado em 2/9/2008.
Sexta Turma