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Catecismo da Igreja Católica

TERCEIRA PARTE - A VIDA EM CRISTO


PRIMEIRA SEÇÃO
A VOCAÇÃO DO HOMEM: A VIDA NO ESPÍRITO
CAPÍTULO I
A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

“É para a liberdade que Cristo nos libertou”


(Gl 5,1).
ARTIGO 3
A LIBERDADE DO HOMEM

§1730 Deus criou o homem dotado de razão e lhe


conferiu dignidade de uma pessoa agraciada com
a iniciativa e o domínio de seus atos. “Deus
deixou o homem nas mãos de sua própria
decisão” (Eclo 15,14), para que pudesse ele
mesmo procurar seu Criador e, aderindo
livremente a Ele, chegar à plena e feliz
perfeição[1].

O homem é dotado de razão e por isso é semelhante


a Deus: foi criado livre e senhor de seus atos[2] .

I. Liberdade e responsabilidade

§1731 A liberdade é o poder, baseado na razão e


na vontade, de agir ou não agir, de fazer isto ou
aquilo, portanto, de praticar atos deliberados. Pelo
livre-arbítrio, cada qual dispõe sobre si mesmo. A

[1] Concílio Vaticano II, Constituição pastoral


Gaudium et spes, 17: AAS 58 (1966) 1037
[2] Santo Irineu de Lião, Adversus haereses, 4, 4, 3:
SC 100, 424 (PG 7, 983).
liberdade é, no homem, uma força de crescimento
e amadurecimento na verdade e na bondade. A
liberdade alcança sua perfeição quando está
ordenada para Deus, nossa bem-aventurança.

§1732 Enquanto não se tiver fixado


definitivamente em seu bem último, que é Deus, a
liberdade comporta a possibilidade de escolher
entre o bem e o mal, portanto, de crescer em
perfeição ou de definhar e pecar. Ela caracteriza
os atos propriamente humanos. Toma-se fonte de
louvor ou repreensão, de mérito ou demérito.

§1733 Quanto mais pratica o bem, mais a pessoa


se toma livre. Não há verdadeira liberdade a não
ser a serviço do bem e da justiça. A escolha da
desobediência e do mal é um abuso de liberdade e
conduz à “escravidão do pecado”[3].

§1734 A liberdade torna o homem responsável


por seus atos, na medida em que forem
voluntários. O progresso na virtude, o
[3] Rm 6,17 Graças a Deus que vós, depois de terdes
sido escravos do pecado, passastes a obedecer,
de coração, ao ensino ao qual Deus vos confiou.
conhecimento do bem e a ascese aumentam o
domínio da vontade sobre seus atos.

§1735 A imputabilidade e a responsabilidade de


uma ação podem ficar diminuídas ou suprimidas
pela ignorância, inadvertência, violência, medo,
hábitos, afeições imoderadas e outros fatores
psíquicos ou sociais.

§1736 Todo ato diretamente querido é imputável


a seu autor:

Assim, o Senhor pergunta a Adão, após o pecado no


jardim: “O que fizeste?” (Gn 3, 13). O mesmo
pergunta a Caim[4]. A mesma pergunta faz o profeta
Natã ao rei Davi, após o adultério com a mulher de
Urias e o assassinato deste[5].

[4] Gn 4,10 “Que fizeste?”, perguntou Ele. “Do solo


está clamando por mim a voz do sangue do teu
irmão!
[5] 2Sm 12,7 Natã disse a Davi: “Esse homem és tu!
Assim fala o SENHOR, o Deus de Israel: Eu te
ungi como rei de Israel e salvei-te das mãos de
Saul. 8Dei-te a casa do teu senhor e pus nos teus
braços as mulheres do teu senhor. Entreguei-te a
casa de Israel e de Judá. E, se isso te parecer
pouco, vou acrescentar outros favores. 9Por que
Uma ação pode ser indiretamente voluntária quando
resulta de uma negligência quanto a alguma coisa
que deveríamos saber ou fazer, por exemplo, um
acidente ocorrido por ignorância do código de
trânsito.

§1737 Um efeito pode ser tolerado sem ser


querido pelo agente, por exemplo, o esgotamento
desprezaste a palavra do SENHOR, fazendo o que
lhe desagrada? Feriste à espada Urias, o heteu,
fazendo-o morrer pela espada dos amonitas, para
fazer de sua mulher a tua esposa. 10 Por isso, a
espada jamais se afastará de tua casa, porque me
desprezaste e tomaste a mulher de Urias, o heteu,
para fazer dela a tua esposa. 11Assim diz o
SENHOR: Da tua própria casa farei surgir o mal
contra ti. Tomarei as tuas mulheres sob os teus
olhos e as darei a um outro, que se aproximará
das tuas mulheres à luz deste sol. 12Tu fizeste tudo
às escondidas. Eu, porém, farei o que digo diante
de todo o Israel, e o farei à luz do sol”. 13Davi disse
a Natã: “Pequei contra o SENHOR”. Natã
respondeu-lhe: “De sua parte, o SENHOR perdoou
o teu pecado: não precisas morrer! 14Entretanto,
por teres assim causado desprezo da parte dos
inimigos do SENHOR, o filho que te nasceu vai
morrer”. 15E Natã voltou para a sua casa. O
SENHOR feriu o filho que a mulher de Urias tinha
dado a Davi, e ele adoeceu gravemente.
da mãe à cabeceira de seu filho doente. O efeito
ruim não é imputável se não foi querido nem
como fim nem como meio de ação, como poderia
ser o caso de morte sofrida por alguém quando
tentava socorrer uma pessoa em perigo. Para que
o efeito ruim seja imputável, é preciso que seja
previsível e que o agente tenha a possibilidade de
evitá-lo, como, por exemplo, no caso de um
homicídio cometido por motorista embriagado.

§1738 A liberdade se exerce no relacionamento


entre os seres humanos. Toda pessoa humana,
criada à imagem de Deus, tem o direito natural de
ser reconhecida como ser livre e responsável.
Todos devem a cada um esta obrigação de
respeito. O direito ao exercício da liberdade é
uma exigência inseparável da dignidade da
pessoa humana, sobretudo em matéria moral e
religiosa[6]. Este direito deve ser reconhecido
civilmente e protegido nos limites do bem comum
e da ordem pública[7].
[6] Cf Concílio Vaticano II, Declaração Dignitatis
humanae, 2: AAS 58 (1966) 930
[7] Cf Concílio Vaticano II, Declaração Dignitatis
humanae, 7: AAS 58 (1966) 934-935
II. A liberdade humana na economia da
salvação

§1739 Liberdade e pecado. A liberdade do


homem é finita e falível. De fato, o homem
falhou. Pecou livremente. Recusando o projeto do
amor de Deus, enganou-se a si mesmo, tornou-se
escravo do pecado. Esta primeira alienação gerou
outras, em grande número. Desde suas origens, a
história comprova os infortúnios e opressões
nascidos do coração do homem por causa do mau
uso da liberdade.

§1740 Ameaças à liberdade. O exercício da


liberdade não implica o direito de dizer e fazer
tudo. É falso pretender que “o homem, sujeito da
liberdade, baste a si mesmo, tendo por fim a
satisfação de seu próprio interesse no gozo dos
bens terrenos[8]. Por sua vez, as condições de
ordem econômica e social, política e cultural
requeridas para um justo exercício da liberdade
são muitas vezes desprezadas e violadas. Estas
[8] Congregação pela Doutrina da Fé, Instrução
Libertatis conscientia, 13: AAS 79 (1987) 559
situações de cegueira e injustiça prejudicam a
vida moral e levam tanto os fortes como os fracos
à tentação de pecar contra a caridade. Fugindo da
lei moral, o homem prejudica sua própria
liberdade, acorrenta-se a si mesmo, rompe a
fraternidade com seus semelhantes e rebela-se
contra a verdade divina.

§1741 Liberdade e salvação. Por sua gloriosa


cruz, Cristo obteve a salvação de todos os
homens. Resgatou-os do pecado que os mantinha
na escravidão. “É para a liberdade que Cristo nos
libertou” (Gl 5,1). Nele comungamos da “verdade
que nos torna livres”[9]. O Espírito Santo nos foi
dado e, como ensina o apóstolo, “onde se acha o
Espírito do Senhor, aí está a liberdade” (2Cor
3,17). Desde agora participamos da “liberdade da
glória dos filhos de Deus”[10].

§1742 Liberdade e graça. A graça de Cristo não

[9] Jo 8,32 e conhecereis a verdade, e a verdade vos


tornará livres”.
[10] Rm 8,21 Também a própria criação espera ser
libertada da escravidão da corrupção, em vista da
liberdade que é a glória dos filhos de Deus.
entra em concorrência com nossa liberdade
quando esta corresponde ao sentido da verdade e
do bem que Deus colocou no coração do homem.
Ao contrário, como a experiência cristã o atesta, -
sobretudo na oração, quanto mais dóceis formos
aos impulsos da graça, tanto mais crescem nossa
liberdade intima e nossa segurança nas provações
e diante das pressões e coações do mundo
externo. Pela obra da graça, o Espírito Santo nos
educa à liberdade espiritual, para fazer de nós
livres colaboradores de sua obra na Igreja e no
mundo.

“Deus de poder e misericórdia, afastai de nós todo


obstáculo, para que, inteiramente disponíveis, nos
dediquemos a vosso serviço”[11].

RESUMINDO

§1743 “Deus deixou o homem nas mãos de sua


própria decisão” (Eclo 15,14), para que pudesse
livremente aderir a seu Criador e chegar, assim, à

[11] Domingo XXXII do Tempo comum, Coleta: Missal


Romano (Livraria Editora Vaticana 1993) p. 278
feliz perfeição[12] .

§1744 A liberdade é o poder de agir ou não agir,


praticando, então, a pessoa atos deliberados. Ela
alcança a perfeição de seu ato quando está
ordenada para Deus, o sumo Bem.

§1745 A liberdade caracteriza os atos


propriamente humanos. Torna o ser humano
responsável pelos atos dos quais é voluntaria-
mente autor. Seu agir deliberado é algo
propriamente seu.
§1746 A imputabilidade ou responsabilidade de
uma ação pode ser diminuída ou suprimida pela
ignorância, violência, medo e outros fatores
psíquicos ou sociais.

§1747 O direito ao exercício da liberdade é uma


exigência inseparável da dignidade do homem,
sobretudo em matéria religiosa e moral. Mas o
exercício da liberdade não implica o suposto
direito de tudo dizer e fazer.

[12] Cf Concílio Vaticano II, Constituição pastoral


Gaudium et spes, 17,1: AAS 58 (1966) 1037
§1748 “É para a liberdade que Cristo nos
libertou” (Gl 5,1).

Hoje Livre Sou


Ministério Adoração e Vida
Composição: Rodrigo Pires / Walmir Alencar

Presença forte em mim, eu posso dizer: habitas aqui


Porque escravo eu fui e hoje eu sou mais livre aos teus
pés
Sentido na vida a minhalma encontrou
Tua mão poderosa veio e me levantou
Agora eu posso declarar
Hoje livre sou!

Tenho sede da tua graça, cada dia mais


Sou mais forte e vou mais longe quando aqui estás
Com palavras de amor te adoro,Senhor
Hoje livre sou

Meu tesouro, minha herança, meu Supremo Bem


Nem tribulações nem dor podem nos separar
E jamais irão romper o que o amor selou
Hoje livre sou

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