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O MELHOR DE Melodias ¢ letras cifradas para guitarra, violéo ¢ teclados Coordenagao de Luciano Alves Fo MOSCA] O Melhor de Alceu Valenca Melodias e letras cifradas para guitarra, violdo e teclados Coordenagao de Luciano Alves N° Cat. 257-A © Copyright 1999 by Irmaos Vitale S.A. Ind. e Com. - Sao Paulo - Brasil. Todos 0s direitos autorais reservados para todos os paises. All,rights reserved. thie one HBYE~5PD-000: E~BPD- NNN INDICE Prefacio Introducdo Alceu Valenga Um andarilho que nao se dobra aos ventos Misi Tomara Coragéo bobo Estagao da Luz Como dois animais Girassol Como se eu fosse um faquir Sete desejos Tropicana Respeita Januario Na primeira manha No romper da aurora EM Rebeldia Cheiro da saudade Desejo Martelo alagoano La belle du jour Pelas ruas que andei Leque moleque Cintura fina Anunciacgao 19 22 25 28 30 32 34 38 41 44 46 49 54 58 61 64 67 72 76 83 PREFACIO A volta por cima do forré Que sentimento de nostalgia é esse que provoca uma onda revivescente do forré e de diversos outros géneros musicais nordestinos, em pleno fim de milénio? Cansago das filigranas high-tech, necessidade atavica de ter a terra, outra vez, como um dos elementos basicos? Seja qual for a resposta que se dé a estas questdes, ou as teorias académicas que elas obviamente venham a suscitar, é fundamental lembrar o papel desempenhado nesse processo pela figura de Alceu Valenga, suas misicas e versos, sua peregrinagao andarilha por todo 0 pais com a inefavel postura de artista muito bem informado e plenamente consciente de cada atitude tomada em mais de 25 anos de carreira. Ha uma geracao espremida entre aquela festejada dos festivais e os chamados expoentes do rock brasileiro. Nao raro, essa constelacdo de brilho indiscutivel (de Alceu a Luiz Melodia, de Belchior a Fatima Guedes) tem sido esquecida pela midia radiofénica e tratada com negligéncia pela industria fonografica. Mas, se 0 nordestino é antes de tudo um forte, como queria Euclides da Cunha, nao se pode estudar 0 que vem acontecendo sem plugar a coragem e o despojamento com que nomes como Alceu (e Belchior também) cairam na estrada, segurando na unha as formas musi ais herdadas dos antepassados, filtrando-as com o que de melhor a musica popular tem produzido em todo o mundo. Detalhe acima de todas as midias: quem assistiu a alguns desses shows, lotados e com grande participacéo popular, mesmo em cidades distantes e menos suscetiveis as influéncias dos meios de comunicacao, nao tem nenhuma razao para se surpreender. Esse songbook lancado agora pela Editora Vitale, com coordenagao musical do maestro e pianista Luciano Alves, representa uma espécie de coroamento de toda essa trajetéria - a um s6 tempo brilhante e estdica. Nele, estao sucessos como Coragao bobo, Tropicana e FM Rebeldia, sutilezas poéticas (Na primeira manha) e sentimentos desabridos (Como dois animais). Estao, ainda momentos que remetem a heranga nordestina (Martelo Alagoano) e os que evocam a presenca holandesa e a influéncia holandesa nas margens do Capibaribe (Girassol). A selecao desse repertério contou com a participacdo de alguns fas-clubes do préprio Alceu, conectados por Luciano através da Internet. Através deles, 0 coordenador desse projeto selecionou as vinte musicas, aqui apresentadas no melhor estilo da Vitale: melodias cifradas, com as letras alinhadas e acordes para violao. Diga-se, a bem da verdade, que do ponto de vista estritamente musical esta é a primeira abordagem confidvel da obra de Alceu Valenca. E que, independentemente da seriedade que caracteriza essa edicao, ela é acessivel a todos os executantes de violdo, seja qual for o seu estdgio de aprendizado. Roberto M. Moura Jorralista, mestre em Comunicacdo & Cultura pela ECO/UFR), autor de Carnaval - Da Redentora 4 Praga do Apocslipse, (MPa ~ Caminhos da Arte Brasileira mais Reconhecida no Mundo, fe co-autor de Brasil Musical, INTRODUGAO Esta publicacado apresenta vinte sucessos de Alceu Valenca, transcritos paraa pauta musical, na forma em que tornaram-se conhecidos na voz do cantor/ compositor. Assim, este livro retne e registra uma parte significativa da carreira musical do artista, como intérprete e como compositor. Além das melodias cifradas, com as letras alinhadas embaixo, inclui, também, as letras cifradas com acordes para violdo, o que torna a publicacéo mais abrangente, tanto quanto facilita consideravelmente a compreensdo e a tarefa de “tirar” a musica. O registro das letras, melodias e cifras reflete com maxima precisao as gravagées originais dos CDs. Em algumas musicas, porém, como “Cheiro da saudade’, “La belle du jour’ e "Na primeira manha’, entre outras, a d ritmica da melodia foi escrita de forma simplificada, a fim de tornar a leitura mais acessivel. Para a notacao musical, adotei os seguintes critérios: A cifragem é descritiva, ou seja, exibe a raiz do acorde e suas dissonancias Quando ha um ritornelo e a melodia da volta é diferente da primeira vez, as figuras aparecem ligeiramente menores e com hastes para baixo. Neste caso, a segunda letra é alinhada com as notas para baixo, como demonstra o exemplo a seguir: c 6 Co mo bum-ba meu boi Sem ca-pi - to Co-mesm car- ro cor» remdoem cons tra mi. Se um instrumento solista avanca por um compasso onde ha voz, as melodias sao escritas com hastes opostas, sem reducdo de tamanho. As convengées de base mais marcantes estdo anotadas na partitura, logo acima das cifras, com "x" e losango, correspondendo as figuras pretas brancas, respectivamente. Nas letras cifradas, as cifras dos acordes estao aplicadas nos locais exatos onde devem ser percutidas ou cambiadas, como mostra 0 préximo exemplo. Esta forma é mais conveniente para aqueles que j4 conhecem a melodia ou para os que nao léem notas na pauta. G@ G7 Em Tu vens, tu vens r © e Eu jé escuto os teus sinais @ Em Tu vens, tu vens F ce @ Eu ja escuto os teus sinais Nos diagramas de acordes para violo, a ligadura corresponde a pestana; acima de uma corda, indica que a mesma nao pode ser tocada; e o pequeno circulo refere-se a corda solta. Alguns diagramas possuem ligadura e "x". Neste caso, toca-se com pestana mas omite-se a corda com "x". As cordas a serem percutidas recebem bola preta ou pequeno circulo. Gm7 Cifa—> C Ab se Corda Cordis Pestana aevitar elt 7 TTT #4 A Pestana wows AT oe tise nexecotar | + oor T iT Coréas > 654321 Optei, genericamente, pela utilizagdo de posigbes de violdo consideradas de facil execugdo. No entanto, determinadas musicas que possuem baixos caminhantes ou sequéncias harménicas de caracteristicas marcantes exigem acordes um pouco mais complexos, 0 que estabelece, em contrapartida, maior fidelidade ao arranjo original da musica. Em alguns casos, muisicas gravadas originalmente em tonalidades de dificeis leitura e execucdo para o misico iniciante, tais como D} e F#, foram transpostas um semitom abaixo ou acima, para facilitar. Luciano Alves ALCEU VALENGA Um ANDARILHO QUE NAO SE DOBRA AOS VENTOS Pernambucano de S&o Bento do Una, nascido em 1946, Alceu de Paiva Valenca integra a geracao nordestina que migrou para o sudeste no comeco dos anos 70 e reciclou o forré, frevo, xaxado, ciranda, baiao, cantoria, maracatu, embolada e outras bossas. “Nao era um movimento, o que pressupée uma ideologia comum'”, separa ele. Ao lado dos cearenses Fagner, Belchior, Ednardo, dos paraibanos Vital Farias, Elba e Zé Ramalho (que fez parte de seu primeiro conjunto) e de conterraneos como Geraldo Azevedo e Carlos Fernando, Alceu plugou guitarras nas ligdes antecessoras de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Nelson Ferreira, Capiba, Lourival Batista, Beija-Flor e Treme-Terra e outros mitos fundadores da cultura nordestina. Inclui-se no seu caso 0 bardo modernista Ascenso Ferreira (1895-1965), que lhe inspiraria “Vou danado pra Catende”, numa performance éendemoniada, o abre alas de sua carreira no festival Abertura da TV Globo, em 1975. Mas essa foi apenas a decolagem nacional. A trajetéria que transformaria Alceu num dos maiores nomes da MPB pés-tropicalista - uma fera nos palcos que se deu ao luxo de ter o show, mais aplaudido da noite, prefaciado pelo soberano do funk Prince, no Rock In Rio de 1991 - comeca bem antes. Ciado no interior pernambucano, ele cresceu ouvindo aboios, cantorias, desafios, caboclinhos e outras manifestacées folcléricas de um nordeste ainda pré-televisivo. Na familia, pululavam artistas: o avé, Orestes, brilhava como repentista (“num dia era pequeno industrial, fabricava queijo e manteiga, no outro quebrava e voltava a ser lavrador”, rebobina), © primo Gilvan, escritor premiado € 0 tio, Geraldo Valenga (de quem musicaria 0 poema “Junho”), poeta. Seu pai, Décio Valenga, deputado pela Constituinte de 1946, era advogado e promotor publico. Apesar da vocacéo musical demonstrada desde crianga, (a mae, dona Adelma, a quem dedicou a irreverente “Edipiana n° 1", deu-lhe um violao ainda garoto) ele foi obrigado a diplomar-se, seguindo os passos do pai. No Recife, para onde mudou-se aos 11 anos, revelou-se nos esportes (“fui vice-campedo brasileiro universitario de basquete”) e formou-se em direito. Teve até uma passagem por um curso de férias na Universidade de Harvard nos EUA. “Escondia a cara sob um chapeldo e dormia nas aulas”, ironiza. Fai trabalhar no escritdrio do pai da noiva e logo na primeira causa desistiu da profissao. “Tinha que fazer uma penhora de um gari da prefeitura que nao teve dinheiro para pagar uma televisdo a prestacdo. Além de nao cobrar ainda dei dinheiro a ele”, lembra. Na sequéncia, estagiou como jornalista nas sucursais do Jornal do Brasil, Bloch Editores e escrevia para o suplemento literario do Jornal do Commércio. Aos poucos, entrou em contato com a cultura de massa. Do Patativa do Norte, Augusto Calheiros, que ouvia nas temporadas em Garanhuns, ao Elvis Presley de “Balada sangrenta”, 0 cantor Miltinho ( a quem gostava de imitar), Nelson Goncalves e Genival Lacerda, o debochado Senador do Rojdo, uma das inspiragées para a confeccao de seu irreverente personagem Velho Quiabo, que tinha a ver ainda com © popular Velho Faceta e até como animador conterrdneo (de Surubim) Abelardo “Chacrinha” Barbosa. Sua inclinagdo pela musica o transformou num _ incansavel concorrente de festivais. Comecou em 1968, com “Maria Alice” (parceria com Sergio Bahia), no | Festival Universitario de Musica Popular. Na eliminatéria pernambucana do _ Festival Internacional da Cangao, no ano seguinte, classificou “Acalanto para Isabela” e “Desafio linda”. Mas 0 primeiro lugar regional do “Acalanto” nao passou das eliminatérias nacionais no Rio. Em 1970, ele tirou segundo posto no Il Festival Universitario da Musica Popular Brasileira com “Manha de clorofila” e tentou o balaio do FIC inscrevendo “Fiat Lux baby’, “Erosao” e de novo “Desafio linda”, mas nao teve sucesso. A musica “Erosdo” (“quem foge porque é noite/ nao vé o dia raiar”) foi utilizada no titulo do show abre-alas do compositor. “Erosdo, a cor e o som” ja prenunciava o performer incendiario que domaria platéias em Montreux, Nion, Paris e grandes estadios e gindsios Brasil a dentro. “Ele pulou no palco de peito nu gritando e escandalizou muita gente, inclusive sua primeira mulher, Eneida”, contou um dos produtores do espetdculo, o artista plastico Tiago Amorim, em depoimento a bidgrafa do cantor, Anamélia Maciel, no livro “Alceu em frente e verso” (Ed. Do Autor, 1989). Do espetaculo participou o grupo Bambinos, que lancava o guitarrista Robertinho do Recife. Seu encontro com o conterraneo (de Petrolina) Geraldo Azevedo no Rio, em 1970, fez o parceiro repensar a decisdo de abandonar a musica pelo desenho industrial. Em 1972, eles conseguiram estrear juntos num LP na gravadora Copacabana. A censura braba da época mandou alterar a letra de uma das mdsicas, “Talisma” (parceria da dupla). A associacéo do nome Joana com o verbo viajar foi vetada e a personagem central do tema passou a ser Diana, titulo de uma musica de Paul Anka que Alceu ouviu muito na adolescéncia. O disco trazia ainda “Erosao” e mais “78 rotagdes” (com Geraldo) e “Planetario”, com as quais (além de “Agua clara”) participou do Festival Universitario da TV Tupi, em 1971. Os arranjos eram assinados pelo maestro Rogério Duprat, numa vinculagao transparente do duo com a heranga tropicalista. No Festival Internacional da Cangao de 1972, Alceu emplacou (sem chegar as finais) “Papagaio do futuro”, cuja letra (“terno de vidro costurado a parafuso (...) eu fumo e tusso/ fumaca de gasolina”) seria mais tarde considerada uma precursora da onda ecoldgica na MPB. Ele defendeu a musica ao lado de um de seus idolos, Jackson do Pandeiro, que na época andava esquecido pela midia. Seu primeiro encontro com o criador do basilar “Chiclete com banana” (com quem excursionaria por todo o Brasil, em 1977, na turné do disco “Espelho cristalino”) foi espinhoso, como ele mesmo relatou mais tarde. Na época, inicio dos 70, Alceu além da barba messianica, ja usava a cabeleira que se transformaria em sua marca registrada. O ressabiado Jackson o recebeu mal a principio em sua casa, no subtirbio carioca de Olaria. A explicagao veio em seguida e tinha origem capilar. “Ele me confundiu com o pessoal do ié ié ié de quem tinha raiva porque atribufa a eles o fim do sucesso de seus cocos e rojées”, documenta. O fracasso da primeira incursao carioca quase levou Alceu a desistir da carreira musical. Ele voltou para Pernambuco “para criar galinhas no sitio do pai” e acabou no espetaculo “O ovo e agalinha”, que forneceria a base de seu primeiro show de WW sucesso no sudeste. Mas o lado histribnico do personagem desenvolvido nos palcos por Alceu ganharia primeiro as telas do cinema. O compositor e cineasta Sérgio Ricardo o chamou para viver um mistico cantador de feira no filme “A noite do espantalho”. Sua voz junta-se a do cineasta e do parceiro Geraldo Azevedo na trilha sonora, lancada em 1974, premiada no festival internacional de cinema jovem de Toulon, na Franca. Neste mesmo ano, teve “Retrato em 3x4” incluida na trilha da novela “O espigdo” (no ano sequinte, em “Gabriela”, teve problemas com a Censura por causa da letra de “Sao. Jorge dos IIhéus’) e estreou solo no disco “Molhado de suor” (Som Livre), com classicos instantaneos como “Punhal de prata”, “Mensageira dos anjos”, a explosiva “Papagaio do futuro” e, numa segunda tiragem, “Vou danado pra Catende”, prémio especial de pesquisa do festival “Abertura”. Na apresentacao da TV, ele contou com quatro integrantes do pioneiro grupo Ave Sangria, fundado por Marco Polo no Recife, em 1974, Agricio (percussdo), Ivinho (guitarra, que gravaria um disco solo no festival de Montreux), Israel (bateria) e o guitarrista base Paulo Rafael, que 0 acompanharia por muitos anos. A cangao retirante de pique elétrico (“eu sé penso um dia em voltar/ vejaa enrascada que fui me meter/ por aqui tudo corre tao depressa/ se vocé tropeca/ nao vai levantar”) virou nome do show que projetaria o cantor em definitivo. Mas mesmo com 0 auxilio do festival, o pernambucano interiorano que viu o mar pela primeira vez aos dez anos de idade em Olinda (“nasci de novo”, garante) ainda teve que ralar muito para impor seu estilo miscigenado. A estréia do espetaculo no teatro Tereza Raquel, em Copacabana, teve as duas primeiras noites repletas de convidados e meiaduzia de gatos pingados na terceira. Alceu néo se intimidou: pegou um megafone e saiu pelas ruas da cidade fantasiado, conclamando o publico a comparecer, no estilo populista dos circos do interior. Deu certo. E com o sucesso do espetaculo comecava a ascensao definitiva do cantor/autor/ performatico (sua galeria de fantasias vai do bumba-meu-boi ao palhaco, o magico, o cigano e o imitador do brega Waldick Soriano), que rompeu os limites do regionalismo sem perder o sotaque étnico. image not available Nz volta ao Brasil com o show ‘O cantador”, Alceu participa de mais um festival, o canto de cisne da TV Tupi, com seu xote miscigenado, “Coragao bobo”. A musica nao emplaca nas finais do concurso, mas vira faixa titulo da estréia do cantor na gravadora Ariola, em 1980. Com um poderoso esquema de divulgagdo, a empresa que arregimentou alguns dos principais astros do pais (de Milton Nascimento a Moraes Moreira) deu 0 empurrdo final na fixagado de Alceu como artista de massa. Além da faixa titulo, o repertorio traz a onirica “Na primeira manha” (homenagem ao cronista Rubem Braga, um dos idolos do devorador literario Alceu), © maracatd “Gato na noite” (para Luis Melodia e Clementina de Jesus) e dois acenos aos papas, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (“Vem morena”, “Cintura fina”). O seguinte, “Cinco sentidos” (1981), mistura no clima conceitual, lirismo (“Quando eu olho para o mar", “Porto da saudade”) e sarcasmo (“Cabelo no pente”, parceria com Zé da Flauta e “Fé na perua”, com Vicente Barreto) uma sintese da poética “valenciana”. “Creio na perua/ eo povo ta comendo vidro/ creio na perua/ e o balao vai pipocar/ creio na perua/ ta pior, vai piorar’. Paramentado com 0 uniforme do capitao Anténio Pereira, num bumba-meu-boi, Alceu Valenca confirma a profecia de Luiz Gonzaga de que os anos 80 seriam sua década no estouro de “Cavalo de pau” (1982). O LP vende mais de 700 mil copias e lota estadios e gindsios com 0 show homénimo que vai parar no festival de Montreux (Sui¢a) e mais Portugal e Franga no embalo martelado dos xote/reggaes “Tropicana” (“morena tropicana/ eu quero teu sabor") e “Como dois animais” (‘uma onca pintada/ e seu tiro certeiro/ deixou Os meus nervos de aco no chao"), para a musa da época, Patricia Mesquita, além de “Pelas ruas que andei” (parceria com Vicente Barreto, como a_ primeira), “Martelo alagoano” (dedicada aos repentistas) e “Maracatu”, outro poema musicado de Ascenso Ferreira. Un ‘auto anarquico” retratando uma de suas musas geograficas, a cidade de Olinda (a “Marim dos Caetés") desprende-se de “Anjo avesso” (1983), um de seus discos mais fo/k, incluindo caboclinhos (‘Filhos da fonte”), maracatu do baque virado (“Batendo tambor", com participacéo da suprema Clementina de Jesus), 0 frevo do image not available image not available image not available Tomara ‘ALCEU VALENCA ¢ RUBEM VALENCA FILHO B Ba E 98) UssT) Introdugdo (14 veres): BBA © nasa rien Instrumental: E BE B cemern nea Pe EBEB ° Tomara mex Deus, tomara ‘Ho meso amor sedeckm 2 wo que Muito maior, ¢ ndo para em nés ‘Tomara meu Deus tomara il Que tudo 0 que nos amarra (etc) [Nevo frutifique, nao valha e Seas aguas da Guanabara ‘Tomara meu Deus tomara T Deus declara (ete, fomara, mew na minha cara Que 0 nosso amor se: (etc.) Instrumental: E BE aria néo pa a Tomara meu Deus tomara ‘Uma nagdo solidéria néo para em nés thes savas blade 610) 2 Tomara mea Deus, tomara * -Tomara men Deus, tomara Instrumental (vérias vezes): EB (fade out) Que tudo que nos amarra a aa ‘S6 seja amor, malha rara a ' Tomara, meu Deus ie tea seni 5 J =108 oe el i arp 1 rm vex NC. é a4 8 Viola e synth FIs PIs TINS Pde ho B48 Ba B Bag B48 B48 \2Copyight by MAMULENGO QUERUBIM EDIGOES MUSICAIS LTDA. “edo 08 detos autorals reservados para todos 06 paises. Al rights reserved. 19 image not available image not available image not available * isto 0 coregio dos a= fi- woe s AG Abic 3 Bm sfl- ws BL - povea den wo do pis o__ Co-ra- go bo-bo co-ra- Go bos — “la co-ra-gio ba - o_o - 12-40 So Joio_ A pn-te sei- Mm. de di-zen- do ja tio hi mais__ co-ra - do Co-ra-gdobo-bo en-ra-cio co-n-g0 bo-In co-18-H0 ba-lio__ co ra- do. Sio 8 € 6 A C6 & Bm Em Bm Acordego Joho A gente sei In-de di-zem-do ja nilo hi mais__co-ra - lo 51 Com gio bo: bo €0- 18- glo co- m- G0 23 image not available image not available image not available A Bm Fm Bm a Pa pou- las ver-me-Ihas A 10 sqarms-re- la Os ver des dos mares AS a Fim A D7———p7 DC. (a I*ve3) a cores ds tr: m Me faz tem mo-re- mo poz mos o- thos de - Ia Instrumental A pert A vert A Der} A pert OA vert A pert A ert rio Ia ven che - gan - doo ve ~ A cert A part A cord a La vem che. gm - doo ve - ie Téa ven che - gan - doo ve- Fade out 27 image not available image not available image not available ee Em7 FM7 Em? 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Baixo Ff des-seeu t-ve_um so-nho.em que ha - vi covme-ga-do.a grande guet-ra en-tromor-roe ad - da- 3 51 image not available image not available image not available Jem bras Do chei-ro da mi-nha car- ne Choire de ma - res Cheitro debe = res Do bardo a aa f e Tre - de Quin - tis, po = oma oes Chi = 0 do ca yo Dos meus ca = be bs Edi von- clade De bei- jor a mi-nha bo - cw E f-as Im - ca Co- mo quem & Qum-do te 57 image not available image not available image not available Martelo alagoano AALCEU VALENCA J=88 Guitarra de 12 cordas ot eke eee] sgwtorrasegue smile , ee vor % ° Cu-u + de 0 tek can deim- pro - vis so lo mais dor com pr cm bra hh ro Tom mo bee po der da ch a - glo vers tom a fir ga do San © ten sn - guea sou-da-de lw si - ta-na O ba - w - que das tr-ras a fi - sao. bom - lb per fimo 6 pe d= m+ Canta a - ns Ca - e tis tee gur-ri- ro vis 0 - len - 0 Can ta - stor do.in-cons- ci - en te co- Ke = U- yo Cima for - ga do po-vo.edo de~ sen - toe dea-ie-gi-as © tor - me-ws Tm os pis ca - le - ja- dos dos ci - . Bmé = wo Excepe - mm: gt qe bo-t& w- do a-ano Vai te-cem - do nce anor Epo - @ + W por-fei-tae s+ be - ra-no So-be-ra- not per- (©Cepyright by MAMULENGO QUERUBIM EDICOES MUSICA'S LTDA. Todos os retosautorais reservados pars todes oxpalses. Allrghts reserve. 62 image not available image not available image not available image not available image not available image not available image not available 07 & oF s Solo de violdo 6 D 6 Ao % e@ Gi mum bi bi by @ py: 6 a ore zz = » aoe oe a a a a un D G We. 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