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O documento resume os principais pontos levantados por Emil Brunner em seu livro "Equívoco sobre a Igreja". Brunner argumenta que a Ecclesia do Novo Testamento, como uma comunidade de fé, desenvolveu-se em algo diferente através dos séculos, tornando-se uma instituição distinta da comunidade original. Ele analisa como os rituais da Ecclesia, como o batismo e a ceia, não estavam ligados à hierarquia eclesiástica e serviram como base para o desenvolvimento posterior da Igreja. O texto também disc
O documento resume os principais pontos levantados por Emil Brunner em seu livro "Equívoco sobre a Igreja". Brunner argumenta que a Ecclesia do Novo Testamento, como uma comunidade de fé, desenvolveu-se em algo diferente através dos séculos, tornando-se uma instituição distinta da comunidade original. Ele analisa como os rituais da Ecclesia, como o batismo e a ceia, não estavam ligados à hierarquia eclesiástica e serviram como base para o desenvolvimento posterior da Igreja. O texto também disc
O documento resume os principais pontos levantados por Emil Brunner em seu livro "Equívoco sobre a Igreja". Brunner argumenta que a Ecclesia do Novo Testamento, como uma comunidade de fé, desenvolveu-se em algo diferente através dos séculos, tornando-se uma instituição distinta da comunidade original. Ele analisa como os rituais da Ecclesia, como o batismo e a ceia, não estavam ligados à hierarquia eclesiástica e serviram como base para o desenvolvimento posterior da Igreja. O texto também disc
trad. Paulo Arantes. So Paulo: Editora Crist Novo Sculo, 2 impresso, 2004, 142pp Jlio Fontana
Desde os dias da Reforma at os nossos dias, nunca esteve claro
como a Igreja, no sentido de vida espiritual e f a comunidade de Jesus Cristo est relacionada com as instituies convencionalmente chamadas igrejas. Este problema tem se tornado mais forte do que nunca como resultado do movimento ecumnico; mas no est no caminho de ser resolvido e a idia de reunio das igrejas entendido por muitos ecumnicos ser o real objetivo do movimento mostra, como nada mais, quo inadequadamente tem sido apreciada a intensidade do prob- lema. Para a Igreja Catlica Romana, entretanto, este problema parece absolutamente no existir. Roma apresenta ao mundo a face de uma igreja que est certa de si mesma. Mas isto to somente aparncia; na realidade, Roma tambm no est pronta para responder questo, como o fenmeno visvel no Novo Testamento denominado Ecclesia est relacionado com a igreja papal, como a ltima tem se desenvolvido no curso de sculos; a inquietude daqueles que no podem se satisfazer com a frmula simples de que a primeira evoluiu na outra, menos facilmente satisfeita quando mais tempo ela dura. Nos ltimos 50 ou 100 anos, a pesquisa do Novo Testamento tem incansvel e bem sucedida- mente dirigido-se para a tarefa de elucidar para ns o que foi conhecido como a Ecclesia no cristianismo primitivo muito diferente do que hoje a chamada Igreja, tanto na campo Romano como no Protestante. , contudo, um fato bem conhecido que dogmatistas e lderes da Igreja freqentemente prestam pouca ateno aos resultados da pesquisa do Novo Testamento, e esto prontos a construir uma ponte sobre o abismo entre elas atravs de uma hbil frmula como esta do desenvolvimento, ou apelar distino entre a Igreja visvel e a invisvel, e assim dar uma falsa soluo a este grave e penoso problema, Mas, enquanto muitos telogos e lderes da Igreja so hbeis para acalmar suas conscincias
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com tais frmulas, outros esto dolorosamente cientes da diferena entre
a comunidade crist do perodo apostlico e nossas prprias igrejas, e no podem escapar impresso que, talvez possa haver algo errado com o que ns chamamos a Igreja (p. 07s.). Essa uma boa parte do prefcio de Emil H. Brunner sua obra a qual nos propomos a resenhar. Por que resolvi transcrev-lo quase que integralmente? Porque Brunner levanta problemas que so cruciais e que podem levar o cristianismo como se conhece hoje ao seu fim. Esse pelo menos era o sentimento daquela poca o cristianismo passava por uma grave crise. Tillich, Bonhoeffer e Bultmann criam que o cristianismo, do jeito que estava no iria frente, algo teria que mudar. A eclesiologia sempre foi uma das mais complexas e mais mal trabalhadas reas da teologia. Freqentemente relegada a uma posio de inferioridade, a doutrina crist da igreja tem sofrido de uma confuso de carter crnico na histria das idias crists. Muitos pensam que os estudos tradicionalmente classificados sob o rtulo de eclesiologia, a saber, os atributos e as marcas da igreja, a misso da igreja, formas de governo, os sacramentos ou ordenanas, etc., deveriam ser estudados pelos pensadores responsveis pela teologia prtica e pastoral, pois so eles que esto trabalhando com a prtica do trabalho eclesistico. Por trs dessa disputa est a falcia da enciclopdia teolgica, isto , a meia-verdade heurstica que a teologia pode ser compartimentalizada. No resta qualquer dvida que impossvel fazer um estudo terico do conceito de igreja sem levar em considerao a teologia pastoral; mas isso verdade em relao a todas as reas da dogmtica. A com- partimentalizao da teologia, um dos nefandos resultados da gradual conformizao da teologia ao esprito racionalista da modernidade, tem causado grandes danos ao trabalho teolgico. Ao pensarmos a igreja, ou qualquer outro tema teolgico, devemos fazer simultaneamente teologia exegtica, dogmtica, histrica, filosfica e prtica, permitindo assim que diferentes perspectivas possam contribuir para a imagem final que se pode obter. [1] Brunner nessa obra faz exatamente isso. Parte das concluses alcanadas pela Teologia Bblica, as quais, alis, no estavam to avanadas como hoje. Talvez por isso, alguns pontos da exposio de Brunner, para ns, j seja algo como certo, mas que na poca ainda estavam em discusso. Essa obra de suma importncia
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para a eclesiologia, e principalmente para o nosso contexto, o qual est
em fase de reestruturao e definio de novos rumos. Como Gouva observa ao final da sua introduo: O que se prope que aprendamos com o passado, com a histria do povo escolhido de Deus, sua igreja, assim como com os erros e os acertos de Emil Brunner, pensador de no poucos talentos, para que possamos enfrentar a nossa prpria crise eclesistica e possamos produzir uma nova dogmtica, uma dogmtica de cunho fractal, isto , uma dogmtica com conscincia histrica, uma dogmtica com conscincia lgico-analtica e, por fim, uma dogmtica contextualizada, uma dogmtica autctone que produz teologia brasileira para o bem e o progresso da igreja brasileira e da nossa nao. [2] O que Brunner expe nessa obra? Um dos pontos mais importantes que pode ser visto nesse livro a exposio do telogo de como se deu o desenvolvimento da Ecclesia ao neo-catolicismo romano. Antes pre- cisamos compreender dois aspectos da Ecclesia: o culto e vida diria, e, os sacramentos. A Ecclesia do Novo Testamento, em sua forma original, a comunidade de Cristo ou o povo de Deus reunido com o propsito de adorao divina. Entretanto, Brunner diz ser incorreto afirmar que a Ecclesia torna-se verdadeira somente no ato de assemblia (p. 67). Os primeiros cristos estavam conscientes de sua membresia da Igreja mesmo quando ela no estava reunida para o culto. Eles entendiam que suas vidas eram um ato contnuo de adorao parte do culto contnuo; quando cada indivduo em sua esfera particular de atividade na vida, no mundo, no crculo da famlia ou em seu passatempo dirio, oferecia sua vida a Cristo seu Mestre como um sacrifcio agradvel a Deus. Estes encontros de adorao tinham como propsito predominante edificar o Corpo de Cristo. As assemblias eram edificantes no no sentido mera- mente de elogio, mas no sentido estrito e literal de desenvolvimento. Mas no era apenas o encontro em si que era to significativo para a realizao da membresia do indivduo no Corpo de Cristo, era antes o carter do encontro que servia a este verdadeiro propsito de incor- porao. Estes encontros no eram simplesmente como vieram a ser chamados posteriormente um coetus fidelium [reunio ou assemblia fiel], um reunir-se e estar um com o outro, mas visavam fazer da simples assemblia um ato de cooperao vital. Eles indicavam a representao de algo na comunidade, um dar e receber recproco. Isso mostra que
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na Ecclesia especialmente enfatizado que todos estavam ativos nela.
Ela no conhece distino entre o ativo e o passivo, entre aquele que administra e aqueles que so recipientes isto novamente evidenciado no carter da adorao divina. Cada um dava a sua contribuio e por essa razo no era permitido ningum monopolizar a audincia da as- semblia. Portanto, este culto nada sabe da distino entre sacerdcio e leigos; seus membros esto cientes de formarem um sacerdcio e este sacerdcio santo a edificao de cada um e de todos. Partimos agora para a compreenso dos sacramentos. A refeio sacramental aquela poro, ou aquela forma de adorao divina, da qual os incrdulos es- tavam excludos. De um modo especial ela a edificao do corpo de Cristo. Por isso, ela especialmente aquilo que constitui a comunidade crist como tal: comunho em e atravs de Cristo. Neste ponto unem-se o materialismo e o socialismo divino: pois no comer do po e no beber do vinho ocorre que Cristo est no meio deles, e conseqentemente eles tornam-se um corpo. Aqui, portanto, vemos em operao o mstico (a unificao de todos em Um) e o mgico (a comunicao de poder espiritual atravs de um instrumento material). Falemos agora sobre o outro sacramento praticado pela Igreja: o batismo. Esse era um rito de iniciao na Igreja e atravs da sua cerimnia algo do poder do Esprito Santo entrava na pessoa batizada. O que nos importa que, no Novo Testamento, estes dois ritos, os quais a Igreja posteriormente chamou de sacramentos, nada tem a ver com a ordem da Igreja. Nenhuma pa- lavra dita sobre quem pode ou no batizar, ou sobre a administrao do po e do vinho na refeio. E ainda mais, nestes assim chamados sacramentos, encontram-se o ponto de partida para o desenvolvimento institucional posterior, para o movimento pelo qual a comunidade crist primitiva torna-se uma Igreja. A Ecclesia do Novo Testamento uma comunho de pessoas e nada mais. Ela o Corpo de Cristo, mas no uma instituio. Portanto, ela no o que mais tarde se tornou como resultado de um processo lento e constante de transformao, embora despercebido: ela no ainda uma Igreja. A Igreja primeiramente a Catlica Primitiva, e depois a Neo-Catlica Romana distinta da Ecclesia, acima de tudo nisto que em primeiro lugar ela no mais uma comunho de pessoas, mas antes uma instituio, e particularmente em sua forma Catlica
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Romana entende-se como tal. Como essa transformao ocorreu?
Brunner diz que possvel localizar um ponto que pode ser considerado como o verdadeiro ponto de partida para a erupo e cristalizao das novas tendncias e este ponto encontra-se muito prximo do centro da Ecclesia do Novo Testamento, sendo que a mudana consiste em uma mudana muito leve de nfase, a qual pode ser caracterizada por dizer que, o que estava muito perto do centro tornou-se ele mesmo o centro: a saber, a refeio sacramental, a Eucaristia. Por ser um ato perpetuamente repetido conforme a Palavra do Senhor, pelo qual a comunidade procura compreender-se como uma comunidade com e em Cristo; a refeio festiva torna-se a prpria essncia da salvao, e a coisa que constitui a vida em comunidade. Nisto estava implcita uma srie de mudanas adicionais, cheia de conseqncias momentosas. No perodo primitivo, nada de importante foi anexado unidade da comunidade crist local, visto que a Ecclesia existe onde dois ou trs se renem em nome de Cristo, e a idia de comunidade local, como tal, simplesmente no tinha surgido. Mas agora, que a refeio sacra- mental a essncia da sociedade crist, a unidade da comunidade local torna-se imediatamente a condio indispensvel da celebrao correta. A pluralidade de igrejas que se renem em casas, necessariamente precisa desaparecer, o princpio num lugar, uma nica congregao formulado. Portanto, visto que agora a refeio considerada como o que constitui a vida da comunidade crist, a congregao concreta que celebra esta refeio deve ser a verdadeira Igreja de Cristo. Em segundo lugar, esta necessria unidade e singularidade da comunidade somente poderia ser realizada ou assegurada, se algum a estabelecesse e a incorporasse em sua prpria pessoa. A partir do crculo de super- intendentes ou presbteros, a quem sempre foi confiado o dever de ordenar e guiar a vida da comunidade, um deve agora emergir como o lder autoritrio, em cuja pessoa a unidade da comunho crist estivesse visivelmente representada, e que fosse responsvel por assegur-la: o bispo. Em terceiro, uma vez que a Eucaristia tornou-se alimento da salvao, era inevitvel que a distino entre aqueles que do e aqueles que recebem, daqui para frente, deveria receber uma importante nfase religiosa, visto que anteriormente foi simplesmente um arranjo tcnico sem qualquer significado religioso. Uma distino entre o sacerdcio e
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o laicato comeou a ser estabelecida. Em quarto lugar, com a morte da
primeira gerao, a apostlica, fez-se sentir a necessidade de se obter um substituto para a autoridade apostlica. O que poderia ser mais natu- ral que a transferncia desta autoridade para os sacerdotes-bispos, que j eram exaltados como autoridades por sua pr-eminncia sacerdotal sobre a missa dos leigos, e seu significado para a unidade da Igreja local? Estes vrios desenvolvimentos, contudo, adquiriram importncia suprema, somente porque na prpria Ecclesia ocorreu uma mudana fundamental pela superestimao da refeio sagrada, embora at agora quase imperceptvel. Antigamente, era a obra do Esprito Santo que conferia congregao sua vida orgnica: era uma unidade espiritual, e precisamente por isso, o Corpo de Cristo. Mas agora, tornou-se uma unidade sacramental. Ningum pode superestimar a importncia desta mudana de uma comunho espiritual com seu carter completamente pessoal, em uma comunho coletiva e sacramental com o seu centro essencialmente impessoal, e por isso estrutura impessoal, mesmo que a mudana possa no ter acontecido de uma vez, mas pelo contrrio, muito lentamente, em estgios pequeninos e imperceptveis. Juntamente com o sacramentalismo vem o institucionalismo. Esse institucionalismo, por sua vez, representado visivelmente pelo episcopado. Sacramental- ismo, institucionalismo e episcopado geram a estrutura legal da Igreja. Brunner, com outras palavras diz o que acontece do ponto de vista sacramental em relao estrutura da comunidade, acontece ao mesmo tempo e no mesmo sentido do ponto de vista do ofcio: da comunho pessoal desenvolve-se uma instituio, da Koinonia um coletivo; do organismo o Corpo de Cristo desenvolve-se o aparato da autoridade eclesistica (pp 85-86). Em suma podemos descrever essa mudana do espiritual para o sacramental da seguinte forma: o ser essencial da Ecclesia como uma unidade espiritual, uma comunho de pessoas, no processo, foi transformado em algo mais uma instituio. A trans- formao dos ministrios em ofcios, da refeio no sacramento que controla a vida da Igreja, isto , os motivos institucional e sacramen- tal, participam igualmente neste desenvolvimento e reagem um sobre o outro. O sacramento exigiu sacerdotes, a necessidade de ordem e unidade exigiu autoridade legal, cannica (p. 90).
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O que ns conhecemos como a igreja ou as igrejas resultantes
do desenvolvimento histrico no podem reivindicar ser a Ecclesia no sentido do Novo Testamento (p. 113). Brunner aponta que nem a Igreja Catlica Romana, nem as protestantes representam aquilo que era a Ecclesia do Novo Testamento. A crtica que ele faz a esses seg- mentos tambm vale para o mais novo deles: o pentecostal. O autor no faz uma crtica direta a esse segmento, porm, vou faz-lo por serem aqueles que mais reivindicam essa representatividade. Como vimos, a transformao da Ecclesia, fundada no poder do Esprito Santo e no amor de Cristo, para a Igreja, sacramental e institucional, se deu em torno da refeio festiva, que foi sacralizada se tornando a Eucaristia. Vimos, tambm, as decorrncias dessa transformao: distino entre sacerdotes e laicato, concentrao da graa da salvao nas mos do sacerdote, episcopado, disciplina eclesistica, etc. Com a reforma nada disso mudou. O sacerdcio universal no saiu do papel, a graa ainda est concentrada nas mos dos sacerdotes; a forma de governo, em algumas denominaes, mudou, entretanto, continuou o autoritarismo. Na disciplina eclesistica tambm no aconteceram grandes mudan- as. O segmento pentecostal tambm no mudou nada disso. Apesar de tentarem resgatar a presena do poder do Esprito Santo na Igreja, muitas das vezes o fizeram por fingimento, usando estratagemas, a fim de conseguirem um grande nmero de convertidos visando o dzimo. Esprito Santo imiscvel com institucionalizao. Creio que uma igreja eucarstica, sendo visto esse rito como sacramento, jamais representar a Ecclesia do Novo Testamento. Termino essa resenha mostrando como o grande telogo Emil H. Brunner via a Ecclesia do Novo Testamento. A comunho com Cristo, portanto, est profundamente baseada no somente na Palavra, mas tam- bm na obra eficaz do Esprito Santo como de um poder sobre-lgico que, mesmo sem palavras pode provar sua realidade atravs do testemu- nho de amor, da paz interior prpria daqueles que esto reconciliados atravs da cruz, de sua alegria infalvel no meio da tristeza, atravs do poder que consolida os irmos numa unidade, atravs de sua pronta simpatia para com os sofrimentos e necessidades dos outros, atravs de sua boa vontade para fazer sacrifcios pessoais entendidos como uma conseqncia auto-explicativa fluindo do sacrifcio de Cristo.
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NOTAS [1] GOUVA, Ricardo Quadros. Quando Brunner pensa a igreja, in: BRUNNER, Equvoco sobre a Igreja, pp. 09s. [2] Ibid., p. 11.
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