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AUTOS N ...
I DOS FATOS
O ru foi denunciado porque pagou a compra que fez, no valor de R$
36,00 (trinta e seis reais), em uma grande loja, por meio de cheque, o qual, no
havia proviso de fundos quando apresentado ao banco sacado.
Tal motivo no pode por si s lastrear uma condenao penal, pois a atitude do
ru atpica como se provar a seguir.
II DO DIREITO
No pode prosperar a acusao que imputada ao ru, fato atpico.
No obstante que o fato praticado pelo ru seja tipificado como crime de fraude
no pagamento por meio de cheque, nos termos do artigo 171, 2, VI, do
Cdigo Penal, o valor do cheque emitido irrisrio.
Assim em consonncia com o princpio da insignificncia, a
jurisprudncia j pacificou entendimento no sentido de que, quando o bem
jurdico tutelado for de baixo valor monetrio, ou seja, considerado bagatela, o
fato ser considerado atpico.
Ademais, ainda no inqurito policial, o ru efetivou o pagamento do
aludido cheque, denotando assim no ter havido fraude, pois, a mera
insuficincia de fundos, no caracteriza a conduta delituosa do artigo supra
citado, exigindo-se ainda o dolo em fraudar o pagamento. o que preceitua a
smula 246 do STF.
Resta comprovado nos autos que o fato atpico, e, o ru deve, portanto
ser absolvido nos termos do artigo 386, VI, do Cdigo de Processo Penal.
Se por ventura Vossa Excelncia entender no ser o caso de absolvio,
deve ento considerar que o ru primrio e o prejuzo de pequeno valor, por
isso deve-se aplicar o disposto nos artigos 171, 1 c/c 155, 2, os quais
estabelecem causa de diminuio de pena, possibilitando a substituio da
pena de recluso por pena de multa.
Macei,
Advogado ...
OAB n ...