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A crise cambial que Angola atravessa incompatvel com as necessidades sociais dos seus
cidados devido a fraca, parca e incipiente produo interna face a dependncia s
importaes de bens de primeira necessidade.
Eu, que sigo atentamente as diversas posies ou opinies, se Angola no adoptar um plano ou
uma estratgia sria sobre a diversificao econmica e sobre a sustentabilidade oramental
e financeira pblica, vai mergulhar na rota do mito da atlntida, ser engolido por um
oceano cujas guas tero origens desconhecidas, ou seja, no sabemos de onde viro e o que
pode acontecer, atendendo a incerteza, ouso sem sombras de dvidas dizer que no haver
salva-vidas suficientes ou que cheguem pra todos.
Os actores da sociedade civil, poltica e intelectual angolana, devem indagar, como que
Angola, abundante em recursos naturais minerais no renovveis (petrleo, diamantes, ferro,
ouro, granitos, areias e muito mais), recursos naturais renovveis (flora), recursos hdricos,
piscculos (marinhos e gua doce), com terra frtil e com uma beleza natural (ptima para o
fomento do turismo), no consegue alavancar sua economia, atingir grau de competitividade
que possa nivelar os desequilbrios econmicos, financeiros e sociais. Esta divergncia,
abundncia de recursos e falta de desenvolvimento econmico, social e financeiro
sustentvel, persiste desde a independncia de Angola. Porm, mesmo nos perodos da alta
do petrleo, os angolanos no tm sabido aproveitar correta e honestamente os excedentes
oramentais e financeiros o que tem constitudo um entrave ao desenvolvimento do pas.
Por outra, passados 40 anos de independncia, apesar do fardo herdado da guerra, no nos
esqueamos da paz que persiste desde o ano de 2002. Foi bom termos perdido a guerra, em
razo desta perda, ganhamos a paz. Mas indaguemo-nos, que paz ganhou-se, sem sombras de
dvidas, ganhamos uma paz podre, doente e moribunda.
Tenha-se conscincia de que todos angolanos esto a perder com este estado de coisas a que
o nosso pas est mergulhado.