Capítulo 1: Regras
Básicas
Desafios
Durante o decorrer de uma história, haverá
muitas ocasiões em que dois ou mais jogadores se
verão em um conflito que não pode ser meramente
resolvido pela interpretação das personagens, donde
se conclui que será necessário algum tipo de teste
para resolver a situação. Estas ocasiões são
chamadas de Desafios e deve se chamar um membro
da Diretoria para arbitrar a situação. Note-se que a
interpretação não deve cessar em um Desafio, muito
pelo contrário servindo para reforçá-lo.
Muitos Desafios são divididos como sendo
Físicos, Sociais ou Mentais de acordo com a situação
ocorrendo. Por exemplo, combate caracteriza um
Desafio Físico, status requer um Desafio Social e
trabalhos de dedução pedem por Desafios Mentais.
Apostando
Características
Para iniciar um Desafio é necessário fazer uma
aposta com o oponente. E o que será apostado é uma
de suas Características da planilha. Normalmente as
Características apostadas devem provir do mesmo
tipo de Desafio. Por exemplo, em um Desafio Físico,
ambos os jogadores envolvidos na disputa apostarão
uma de suas Características Físicas. Isto não impede
que jogadores mais experientes ofereçam apostas
mais criativas (de outras categorias), mas somente
com a permissão da Diretoria.
Quando um jogador inicia um Desafio, ele deve
deixar claro o que está fazendo, bem como declarar a
Característica apostada. Por exemplo, ele pode dizer:
“Eu estou indo estacá-lo posto que sou Hábil”. Este
desafio demonstra a ação (estacar) bem como a
Característica Física apostada (Hábil). O defensor
tem duas opções para responder a um Desafio: ele
pode desistir imediatamente ou encarar o Desafio por
também apostar uma de suas Características.
Se o defensor desiste, ele imediatamente sofre a
ação do Desafio: é estacado, atingido por uma bala,
ludibriado, cai vítima de uma Disciplina e assim por
diante. Se, por outro lado, resolve apostar uma de
suas Características, eles entram imediatamente em
um teste, como descrito no próximo tópico. Tanto a
Característica apostada do atacante quanto do
defensor devem guardar relação com o que está
acontecendo. Não se utiliza uma Característica
Gracioso para resistir a dano, por exemplo, bem
como Alerta não é adequado para Desafios Mentais
envolvendo cultura geral.
Além disso, alguns jogadores podem se
questionar de como responder adequadamente a um
Desafio. Via de regra, um Desafio Físico somente
pode ser respondido por uma Característica Física ou
por lançar mão de uma Disciplina ou Habilidade que
é considerada sempre em uso. Disciplinas como
forma de defesa ou contra-ataque normalmente só
podem ser utilizadas após passado este primeiro
Desafio inicial, a menos que sua descrição diga o
contrário. Desafios Sociais e Mentais funcionam
segundo os mesmos princípios.
Exemplo em Jogo: Navalhada, um Pander com
cara de poucos amigos, resolve tirar satisfação com
Marcela, uma Toreador antitribu neófita. O único
modo com que Navalhada tira satisfações é sacando
sua navalha (este é o porquê do interessante
apelido) e sentando o braço. Navalhada então
declara: «Eu, com minha navalha em punho, ataco
feroz e tento fazer um talho em seu rosto». Em
outras palavras, ele inicia um Desafio Físico
apostando sua Característica Feroz. Marcela
considera seriamente a situação e decide que
desistir não é uma boa idéia, visto que não lhe
agradaria ter um enorme corte numa das faces.
Analisando suas opções, ela decide resistir com a
seguinte frase: «Como eu sou rápida, tento pular
pela janela antes que você faça isso». Sua resposta é,
portanto, apostar a Característica Rápida para
pular pela janela e se por a salvo. Agora ambos
entram em um teste para ver o que acontecerá.
O Teste
O teste é simplesmente um Joke’n’put (Papel/Pe-
dra/Tesoura, para os mais puritanos). Para aqueles
que não sabem do que se trata, consiste
simplesmente em colocar um símbolo que pode vir a
representar um papel, uma pedra ou uma tesoura. O
Papel embrulha a Pedra ou é cortado pela Tesoura. A
Tesoura corta o Papel ou é esmagada pela Pedra. E,
obviamente, ou a Pedra esmaga a Tesoura ou é
embrulhada pelo Papel. Em outras palavras, cada
símbolo ganha de um outro, mas perde do terceiro.
Do Joke’n’put resulta a vitória por um dos lados
ou um empate. A vitória é simples: quem venceu,
venceu e faz o que se propõe. E pior, aquele que
perdeu, além de sofrer a ação do outro, ainda perde a
Característica apostada pelo restante da noite, a
Diretoria a riscando de sua planilha. Isso, em termos
de interpretação, significa que se perdeu confiança
em sua Característica, não podendo usá-la
novamente até a próxima noite.
O empate é quase nada mais complicado que isto:
a Diretoria verifica na planilha de ambos quem
possui atualmente o maior número de Características
na categoria do Desafio e dá a vitória a este, o
perdedor ainda tendo de perder sua Característica
apostada pelo restante da noite. Assim, se o Desafio
é Social, a Diretoria compara a planilha de ambos
para ver quem possui, na ocasião do teste, mais
Características Sociais e concede a vitória a este.
Note-se que considera-se a quantidade atual de
Características em uma categoria, não a total. Se um
dos lados perdeu alguma de suas Características em
uma dada categoria, estas Características perdidas
não serão contadas para o número total, baixando a
quantidade atual possuída. Se, por uma coincidência,
ambos os jogadores envolvidos no Desafio, após o
empate, ainda possuírem o mesmo número de
Características na categoria em questão, nada
acontece (nem o atacante nem o defensor fazendo o
que se propunham, cancelando o Desafio), mas
ambos os envolvidos devem perder a Característica
apostada pelo restante da noite.
Exemplo de Jogo: Navalhada e Marcela fazem
seu teste e ambos colocam Tesoura. Como este é um
Desafio Físico, a Diretoria compara as
Características Físicas de ambas as planilhas.
Navalhada possui sete Características Físicas no
total (embora tenha atualmente apenas quatro,
resultado de prévias perdas), enquanto Marcela
possui cinco Características Físicas no total, sem ter
perdido ainda nenhuma delas. Como é o número
atual que conta, Marcela consegue fugir do Pander
ao pular pela janela, enquanto Navalhada, além de
tudo, ainda perde sua Característica Feroz, sendo
esta riscada da planilha pelo restante da noite (o
que baixa o seu número atual de Características
Físicas para apenas três, tornando ainda mais difícil
que venha a se sair bem nos empates futuros).
Bomba
Alguns poderes conferem um quarto símbolo
especial de Joke’n’put: a Bomba. A Bomba explode
com o papel e a pedra, mas perde da Tesoura (possui
o pavio cortado). Sempre que um jogador puder
empregar a Bomba em algum teste, deve sempre
avisar ser capaz disso, mesmo que acabe por colocar
outro símbolo.
Complicações
Existem inúmeras formas distintas pelas quais
um Desafio possa a vir a ficar mais complicado. As
regras básicas descritas acima podem resolver a
maioria das disputas, mas as regras avançadas a
seguir adicionam algumas medidas para situações
adicionais.
Características
Negativas
Muitas personagens possuem Características
Físicas, as quais, por representarem aspectos ruins de
seus Atributos, podem ser utilizadas pelos seus
oponentes contra elas mesmas.
Durante o início de um Desafio, seu oponente
pode citar uma de suas Características Negativas que
ele acredita você possuir, colocando-a no contexto da
situação. Se você realmente possuir esta
Característica Negativa, para compensá-la será
obrigado a apostar duas Características ao invés de
uma só. Por outro lado, se você não possuir
semelhante Característica Negativa, é óbvio que seu
adversário o subestimou e, portanto, ele deve
compensar seu erro por apostar duas Características.
Como será visto mais tarde, Pontos de Sangue não
podem ser usados para substituir Atributos neste
caso.
Exemplo de Jogo: Bela, uma Toreador antitribu,
deseja usar Transe (Presença Intermediária) para
seduzir Dom Martins, um Ventrue antitribu. Ela
começa o Desafio (que obviamente é Social) por
apostar sua Característica Sedutora: «Eu, sedutora
como sou, quero chamar a sua atenção para o lindo
modelo de vestido que estou usando». Dom Martins
não se faz de rogado e resiste por apostar sua
Característica Digno: «Você acha que uma pessoa
digna como eu perderia seu tempo com coisas
pequenas como isso?». Acontece que Bela desconfia
que seu oponente possui a Característica Negativa
Tímido e decide se arriscar: «Você acha meu
vestuário uma coisa frívola porque é muito tímido
para ter desenvolvido uma apreciação real por ele?».
Ela está certa, pois o Ventrue realmente possui esta
Característica Negativa em sua planilha. Dom
Martins possui agora duas opções, ou apostar uma
Característica extra para compensar sua timidez ou
simplesmente desistir enquanto é tempo. Dom
Martins considera que seria ruim se ele perdesse
duas Características de uma só feita e, afinal de
contas, ser seduzido por Bela não é uma coisa tão
horrível assim, visto ela fazer jus ao nome. Então ele
simplesmente desiste e se deixa levar pelo Transe.
Caso Dom Martins tivesse prosseguido e feito o
teste, duas coisas poderiam ocorrer. Ou ele venceria
e Bela perderia seu Sedutora pelo restante da noite,
não conseguindo utilizar sua Disciplina, ou ela
venceria o Desafio e, além dos efeitos do Transe,
Dom Martins ver-se-ia sem a sua Característica
Digno e a outra que ele teria apostado para
compensar sua timidez.
O oponente pode declarar várias Características
Negativas que ele acredita que você possua, cada
uma aumentando em uma Característica o valor da
aposta, seja para a vítima que os possui realmente,
seja para o próprio oponente, errando em seu
julgamento.
Se você chama tantas Características Negativas
que o oponente não possua mais Características
extras para apostar e compensar seus pontos fracos, o
Desafio é realizado assim mesmo e, mesmo que você
perca, não precisará perder a Característica apostada
pelo restante da noite. Se, além disso, você declara
mais Características Negativas de seu adversário
(que já não possui mais Características para apostar e
compensar), cada uma declarada para além do limite
lhe dá mais Características de bônus para serem
usadas em uma contra-aposta ou empate. É claro que
o mesmo funciona ao contrário se você errar muito
as Características Negativas de seu oponente a ponto
de que você não tenha mais Características para
apostar.
Nota: Se você conhecer a Natureza da vítima ou
uma das perturbações desta e, desde que isto tenha
correlação com o Desafio sendo feito, você poderá
invocar estas informações como se fossem
Características Negativas. Assim, se Bela está sendo
humilhada por alguém e sabe que um dos
espectadores possui a Natureza de Cavalheiro,
poderá usar isto contra ele em um Desafio Social
para convencê-lo a interceder a seu favor.
Contra-Aposta
Uma contra-aposta (overbid1) é a regra do “sou
muito melhor que você e portanto não posso perder
este teste idiota”. Ou seja, aquela regra que considera
que um ancião com 18 Características em uma dada
categoria pode esmagar um pobre neófito com 5
Características na mesma categoria.
Em qualquer Desafio, a ordem segue como o
natural: a aposta e o teste. Contudo, se o vampiro
“superior” perder o teste, ele pode imediatamente
chamar uma contra-aposta e refazer o teste. A
Característica que ele perdeu no primeiro teste já terá
sido perdida de qualquer forma, mas esta regra
permite a ele refazer o teste para não sofrer o
resultado da ação do oponente que, muitas vezes, é
perigosa.
Para poder chamar uma contra-aposta, o vampiro
precisa possuir na categoria do Desafio um número
de Características atuais igual ou maior que o dobro
do oponente, a Diretoria comparando as planilhas
para conferir este pré-requisito. Se a contra-aposta é
válida, é preciso uma nova aposta por parte daquele
1 Overbid seria melhor traduzido como
sobrelanço (lance superior a outro em leilão). Mas
achamos que contra-aposta (apesar de neologismo)
cai melhor a situação e mesmo porque sobrelanço
nos pareceu uma palavra ridícula.
que a convocou, mas o oponente ainda continua
apostando sua Característica da aposta inicial. Após
ser feito um novo teste, este resultado final conta
como sendo o válido, uma nova contra-aposta
podendo ser feita, caso o vampiro continue
possuindo o dobro ou mais de Características.
Exemplo: Flávio, um Lasombra manipulador,
tenta conseguir informações de sua cria Eunice. Ele
começa bajulando-a (“eu sou tão fraudulento em lhe
puxar o saco que você não possui opção a não ser
me contar o que sabe”); mas sua cria resiste (“eu
sou muito digna para acreditar facilmente em suas
lisonjas”). Eles testam e Eudora vence com seu
Papel sobre a Pedra de Flávio, este perdendo sua
Característica Fraudulento pelo restante da noite.
Contudo, longe deste sentir-se ameaçado, ele
lembra-se que possui muitas Características Sociais
e chama por uma contra-aposta (“Eu me torno
tremendamente sedutor quando desejo algo”).
Eunice não precisa apostar qualquer Característica
extra, mantendo o seu Digna inicial. A Diretoria,
comparando as planilhas, verifica que, após a perda
do Fraudulento, Flávio consta ainda com 14
Características Sociais na planilha, contra apenas 5
de Eunice — assim, a contra-aposta pode ser feita.
Desta vez, a Tesoura de Flávio corta o Papel de
Eunice e ela lhe conta o que ele deseja, tendo sido
seduzida. Ela perde sua Característica Digna, assim
como ele perdeu a de Fraudulento inicial. Flávio
poderia continuar contra-apostando enquanto
perdesse até ser reduzido a menos de 10
Características Sociais (o dobro das 5 de Eunice).
Desafios Estáticos
Algumas vezes, um teste não significa necessária
oposição a outro jogador. Quando se tenta arrombar
uma fechadura ou domesticar um animal, por
exemplo, joga-se Joke’n’put contra a Diretoria para
se ver se consegue ou não. Estes são os Desafios
Estáticos.
Os Desafios Estáticos são praticamente idênticos
aos Desafios contra outros jogadores. Você aposta
uma das suas Características relacionadas com a sua
ação diretamente contra a Diretoria, que define uma
dificuldade para a mesma. Esta dificuldade é o
número de Características “fictícias” que a ação teria
para resistir.
Esta dificuldade determina, portanto, se você (ou
a próprio Diretoria) pode declarar uma contra-aposta
caso o primeiro teste venha a falhar ou quem, em
caso de empate, vence o teste.
A dificuldade é maior quanto mais difícil for de
ser realizada ou mais perigos inerentes possa
acarretar.
A dificuldade nunca obriga uma personagem a
apostar mais Características que o ordinário para o
teste em questão (na maioria das vezes, uma única
Característica, mesmo que a dificuldade do teste seja
tão astronômica quanto 10 ou 20).
Testes Simples
Em último caso, existem certos testes a serem
feitos quando não existe qualquer real oposição a
eles (o caso mais comum são os testes para
determinarem a extensão dos efeitos de uma
Disciplina). Estes Testes Simples não necessitam de
qualquer aposta ou dificuldade. É feito simplesmente
um Joke’n’put contra a Diretoria e se você vencer,
venceu. A perda não indica qualquer perda de
Características, uma vez que não houve aposta,
apenas representando que você falhou no teste. Em
um empate, a Diretoria simplesmente define se você
é bem sucedido ou não, via de regra declarando a seu
favor (embora certos testes possam requerer
necessariamente a vitória, de forma que a Diretoria
não lhe dê esta colher de chá).
Retestes
Certas Características possibilitam ao jogador
pedir por retestes. Um reteste permite ao jogador
ignorar os resultados do primeiro teste e testar
novamente por um melhor resultado. Retestes são
mais comumente adquiridos através das Habilidades,
mas outros fatores também podem possibilitá-los.
Isto, quando for o caso, encontra-se descrito na
Característica em questão. Geralmente, gastando
uma de suas Habilidades (riscando-a da planilha pelo
restante da noite) permite-lhe um reteste.
Vários retestes para um mesmo Desafio podem
provir de diversas fontes, mas cada reteste deve
provir de uma fonte distinta. Uma personagem pode
retestar dado Desafio uma vez por queimar a
Habilidade Briga e depois retestar novamente pela
Qualidade Sortudo, mas não pode retestar duas vezes
o mesmo Desafio por riscar duas vezes Briga de sua
planilha.
Exemplo de Jogo: Miguel, um neófito chato,
está irritando Davi, um Brujah antitribu. Este,
reagindo com a sutilidade de seu clã, saca uma
pistola escondida e imediatamente ataca (“eu sou
ardiloso e uso isto em minha vantagem para meter
uma bala no meio do seu peito”). Miguel responde
por tentar encontrar cobertura (“Mas eu possuo um
reflexo rápido e pulo atrás desta caixa”). Eles fazem
o teste e Davi perde. Entretanto, como Davi é um
excelente atirador, ele chama por um reteste (“Eu
sou muito bom com armas de fogo para deixar você
cair fora facilmente”). Eles testam novamente e
Davi vence, Miguel sofrendo o dano do tiro e
perdendo seu Rápido pelo restante da noite. Mas,
ainda assim, Davi riscou uma de suas Habilidades
Armas de Fogo da planilha.
Bloquear Retestes
Retestes podem ser sempre cancelados (ou
“bloqueados”) por qualquer oponente capaz de
encontrar também uma condição para o reteste.
Assim, alguém que erre um tiro e exija reteste por
queimar a Habilidade Armas de Fogo de sua planilha
pode não fazer o reteste se o oponente queimar
Esquiva (o que também lhe permitiria um reteste,
caso tivesse perdido o teste) — a isto é chamado
bloquear o reteste, caso em que os resultados do
teste original continuam sendo válidos.
Retestes não exigem apostas de Características
adicionais, a aposta do teste original ainda sendo
válida. Apenas o perdedor do último reteste perderá
a Característica apostada.
Exemplo em Jogo: Miguel tenta se recuperar
por atirar a arma na mão de Davi para longe (“Eu
sou hábil e agarro a arma de sua mão”). Davi
responde por se afastar e achar uma posição melhor
para um novo tiro (“eu sou muito ágil para ser
facilmente agarrado”). Os dois testam a situação e
Miguel, ao perder, chama por um reteste imediato
(“Eu sou bom de briga o suficiente para agarrar
esta arma enquanto você estiver perto de mim”),
mas Davi bloqueia o reteste (“eu uso minha esquiva
para cair fora de seu caminho e não dar chance a
você para fazer isso”). Assim, nenhum reteste é feito
e o resultado original é válido, Miguel perdendo
então a sua Característica Hábil. Note-se que
Miguel ainda riscou uma Habilidade Briga de sua
planilha, bem como Davi riscou uma de Esquiva.
Desistir
A qualquer tempo antes que o teste atual seja
feito, um jogador pode escolher desistir do Desafio,
perdendo-o automaticamente. A vantagem de fazer
isso é que uma personagem que tenha desistido,
embora perca o Desafio, não perde qualquer
Característica apostada, mesmo se a apostou antes —
desde que o teste ainda não tenha sido feito.
Bônus e Penalidades
de Características
Muitas Qualidades, Defeitos e outras
Características e situações conferem determinados
bônus ou penalidades em Características. Estes
bônus ou penalidades são adicionados ou subtraídos
de seu número atual de Características relevantes
quando computando o total das mesmas para os
efeitos de um empate ou contra-aposta.
Em nenhum momento, estes bônus ou
penalidades obrigam você ou o oponente a
apostarem mais Características ou realizarem mais
retestes que o normalmente permitido.
Ordem dos desafios
Em alguns casos, vários Desafios vão ocorrer
simultaneamente durante dadas situações e a
Diretoria precisa definir em que ordem as ações se
darão, decidindo quem age primeiro e quem age por
último. Cada pessoa envolvida em um Desafio no
mesmo turno deve verificar o número de
Características atuais na categoria apropriada para o
desafio em questão. Uma personagem esmurrando
alguém irá verificar sua quantidade atual de
Características Físicas para decidir sua iniciativa,
enquanto um koldun invocando Feitiçaria
Koldúnica provavelmente verificará o número atual
de Características Mentais. Se uma ação não
necessitar de nenhuma Característica (como em um
Teste Simples, por exemplo), ela se dará apenas ao
final do turno. Personagens com mais Características
agirão antes, enquanto aquelas com a mesma
quantidade irão agir “simultaneamente”, embora,
para propósitos de resolução de testes, a Diretoria
defina com quem irá jogar Joke’n’put primeiro.
Algumas vezes, uma personagem com mais
Características irá atacar uma com menos, esta
decidindo que irá bater de volta. Neste caso, a
personagem mais lenta resolve sua ação no mesmo
Desafio que a mais rápida, mas, ao fazer isso,
perderá o direito de tomar qualquer ação agressiva
naquele turno — ele empregou sua ação para contra-
atacar.
Esta regra pode ocasionalmente causar mais
confusão do que resolve e a Diretoria deve aplicá-la
apenas em questões críticas, nas quais a ordem em
que as ações serão tomadas influenciará
decisivamente todo o transcorrer futuro.
Exemplo de Jogo: Miguel e Davi ainda estão se
pegando na porrada e Miguel enfim decide que sua
única chance é dar no pé, correndo pela porta. Mas
para seu azar, o amigo de Davi, Josias, está
chegando para tentar bloquear sua saída. Miguel
ainda possui 5 Características Físicas e Josias
ainda possui todas as suas 8 Características Físicas.
Assim, Josias se coloca na frente de Miguel (“Eu
sou intrépido demais para você passar por mim”) e
Miguel decide que sua única saída é derrubar Josias
(“Eu, feroz como sou, irei lhe dar um chute que você
cairá gemendo no chão”). Eles realizam um teste e
Josias perde, caindo e sofrendo dano. Mas Miguel
ainda não pode escapar, pois usou sua ação para
derrubar Josias. Neste meio tempo, Davi declara o
que deseja fazer como sua ação e parte para o
respectivo teste.
Desafios em Massa
Em alguns casos, todo um grupo deseja agir
simultaneamente, o que pode vir a complicar as
coisas. Desafios em grupo podem ser intimidadores
mesmo para membros experientes da Diretoria e as
regras a seguir foram realizadas para resumir a
situação ao invés de entrar em um infindável número
de Joke’n’puts para decidir o que aconteceu.
Para resolver isso, sempre que houver um
número considerável de pessoas envolvidas, a
Diretoria conta até três pedindo para que no “três”,
todo mundo aponte para a pessoa que deseja
desafiar. Se ninguém está sendo desafiado por mais
de uma pessoa ao mesmo tempo, resolva cada
Desafio normalmente.
Se uma personagem está sendo desafiado por
diversos alvos ou tenta desafiar vários indivíduos de
uma vez só, comece a resolver os desafios na ordem
dos maiores grupos para os menores, apenas para
facilitar o jogo. Cada atacante deve apostar o número
apropriado de Características que o desafio
normalmente iria requerer; a lógica limita um
máximo de cinco pessoas tentando atacar
simultaneamente uma mesma personagem.
A seguir, cada pessoa se defendendo precisa
apostar Características o suficiente para conter cada
oponente do grupo adversário; se ele não possuir
Características suficientes, ele deve desistir dos
testes para os oponentes restantes, escolhendo
aqueles que irá tentar conter. Resolva as ações
desistidas primeiro, por estas serem automáticas — é
até mesmo possível que a personagem caia antes do
resto do grupo poder fazer algo.
Finalmente, o defensor e todos os atacantes
realizarão um Joke’n’put simultâneo. O defensor
compara o seu símbolo com cada um dos símbolos
dos atacantes, para determinar de quem ele venceu,
perdeu ou empatou e aplicando-se os resultados
correspondentes. Assim, se o defensor coloca
Tesoura e seus quatro atacantes colocam Pedra,
Tesoura, Papel e Papel, considera-se que o defensor
perdeu para o primeiro atacante, empatou com o
segundo (resolva como em qualquer outro empate) e
venceu o terceiro e o quarto. O defensor e os
atacantes perdem suas Características
correspondentes aos testes perdidos. No exemplo
anterior, o defensor teria perdido uma Característica
para o primeiro atacante e outra adicional se tivesse
perdido o empate também, enquanto o terceiro e o
quarto atacante teriam perdido suas Características
apostadas (e também o segundo atacante, caso o
defensor tivesse vencido o empate).
Uma vez que todos os testes tenham sido
realizados, eles serão resolvidos na ordem normal de
ação e iniciativa. É possível para um defensor perder
características para seus primeiros atacantes e perder
então um empate por falta destas Características a
outros atacantes no mesmo desafio em massa por
conta da iniciativa — isto está certo, por conta que
os primeiros atacantes “amaciaram” a vítima para os
próximos. Entretanto, a menos que o defensor possua
algum poder especial que lhe permita ações
múltiplas, ele pode tentar ferir apenas um de seus
atacantes e precisa ser um daqueles que perdeu o
desafio. Se nenhum dos atacantes perdeu, o defensor
simplesmente recebe o resultado de suas ações.
Quando um defensor em um Desafio em Massa
utiliza-se de uma razão para reteste, cada Desafio é
tratado como um teste em separado. Assim, um
defensor precisa possuir cinco Habilidades Briga
para retestar um combate com todos os cinco
atacantes.
Tempo em Jogo
O tempo, nos Lives, quase sempre trabalha como
na vida real, cada minuto de jogo sendo um minuto
real transcorrido. Pela maior parte do tempo, então,
tudo ocorre em tempo real e os jogadores sempre são
considerados como sendo as personagens, a menos
que estejam envolvidos em alguma regra (como
testando Desafios, por exemplo).
Um jogador nunca deve deixar de interpretar sua
personagem enquanto a sessão de jogo prosseguir.
Isto arruina a atmosfera envolvida no jogo. Desafios
devem ser declarados, mas ainda assim considera-se
que um jogador está envolvido no jogo. Se um
jogador possui alguma necessidade de entrar em Off
(deixar de interpretar), ele deveria avisar a Diretoria
disto. Um jogador nunca deve interagir com outros
jogadores enquanto estiver em Off.
A única exceção a esta regra é quando a Diretoria
chama por uma pausa. Esta parada pode ser
necessária para resolver um teste ou mudar uma cena
no Live, se a história pedir por isto. Quando uma
pausa é chamada, todos os jogadores que a
escutarem devem parar imediatamente o que
estiverem fazendo até que a Diretoria permita que o
jogo prossiga. Estas pausas devem ser mantidas a um
mínimo, desde que elas interrompem o andamento da
história.
Crônicas, Histórias,
Sessões e Cenas
O tempo em jogo é dividido em cinco categorias
maiores: crônicas, histórias, sessões, cenas e turnos.
Crônica: Uma série de Lives e histórias que
estão todas conectadas de alguma forma e
prosseguem cronologicamente. O One World by
Night conta como uma crônica só que prossegue em
Curitiba desde abril de 1996.
História: Cada conjunto de tramas que se
completa dentro de uma crônica. A recuperação da
Camarilla após o ataque Sabá de 1998, a volta e a
queda de Demosthenes, a confusão causada pelo
golpe de estado perpetrado contra JC são todos
exemplos de histórias dentro da crônica curitibana.
Sessão: Uma sessão de jogo é justamente o que o
nome indica: uma noite de live-action, embora a
Diretoria possam definir que uma sessão de jogo
prossegue em outra noite se foi parada na metade na
noite prévia (esta distinção é importante, visto que
muitas Características são utilizadas entre sessões e
não entre Lives).
Cena: Montante de tempo necessário para
resolver um conjunto de ações em um único local. Se
as personagens mudam de local (são, por exemplo,
transferidos de um refúgio comunal para outro), a
cena também muda. Se uma sessão de jogo passa-se
a noite inteira em um único local, então uma cena
pode ser definida como aproximadamente durando
uma hora para a maioria dos efeitos de Disciplinas e
afins.
Turnos: Para manter tudo correndo bem quando
os jogadores entram em uma série de Desafios e
Testes, o tempo é reduzido a turnos. Turnos são
considerados como tendo em média quatro segundos
de ação, embora este tempo possa realmente variar
de Desafio para Desafio a critério da Diretoria. Em
um turno, a personagem pode tomar uma única ação.
Algumas ações podem levar diversos turnos para se
completar, como hackear um sistema sofisticado.
Outras ações, como falar uma frase curta, não são
consideradas como se consumissem um turno. Uma
vez que todos envolvidos em um mesmo turno
tomem as suas ações, este turno termina e outro se
inicia.
Em alguns casos, uma personagem pode ser
interrompida antes que tome a sua ação ou é forçada
a responder aos eventos ao seu redor. Em tais casos,
a personagem sempre tem o direito de defender-se,
embora fazer isso conte como sua ação válida do
turno.
Se um poder afeta uma personagem por 15
segundos, assume-se que este efeito dure quatro
turnos se o sistema de turnos esteja sendo
empregado. Em casos de interpretação normal, tais
poderes duram o tempo registrado pelo tempo real.
Meio tempo: Muitos aspectos da existência
vampírica são essenciais para que eles continuem
vivendo, embora nem por isso eles devam interpretá-
los o tempo todo. A Diretoria deve considerar que as
personagens usam o seu “meio tempo” entre as
sessões de jogo para manter seus negócios, aprender
Disciplinas, beber sangue e utilizar outras facetas de
sua existência. Outras ações e interações podem
tomar lugar neste meio tempo, com a supervisão da
Diretoria. Desde que um jogador não abuse de seus
privilégios de usar seu meio tempo, este pode ser
usado para a interpretação de suas personagens
também.
Capítulo 2: A Planilha
Passo a Passo
A planilha de uma personagem contem inúmeras
categorias, como Natureza, Comportamento,
Atributos e assim por diante. Esta sessão visa
explicar para que serve, em termos de jogo, cada
uma das categorias encontradas na mesma.
Natureza
A Natureza de uma personagem pode ser usada
para um reteste em um Desafio de Virtude se um
frenesi puder violar a Natureza da personagem. Além
disso, a Natureza pode ser empregada como uma
Característica Negativa contra você, se ela lhe
atrapalhar em um Desafio.
Atributos
Os Atributos, através das Características Físicas,
Sociais e Mentais, são basicamente a mola mestre do
jogo por suprir as Características que serão apostadas
na maioria dos Desafios realizados.
Habilidades
As Habilidades possuem duas funções básicas na
mecânica de jogo: a primeira é riscar uma Habilidade
da planilha para adquirir um reteste em um dado
Desafio. Entretanto, é óbvio que isto somente poderá
ser feito se a Habilidade possuir alguma correlação
com o que estiver sendo testado.
Em segundo lugar, uma vez que Habilidades
representam seus conhecimentos, uma Habilidade
pode servir de pré-requisito para que a Diretoria lhe
deixe tomar uma ação. Por exemplo, se você não
possuir Empatia com Animais, talvez a Diretoria não
lhe deixe treinar seu cão de guarda para protegê-lo e
obedecer ordens simples, bem como a Habilidade
Computador será necessária para fazer qualquer
coisa mais difícil que ligar esta máquina infernal.
Quando uma Habilidade será ou não pré-requisito
para fazer algo, dependerá exclusivamente do
julgamento da Diretoria. Via de regra, ações simples
como dar um soco na cara de outro não dependerão
de um jogador possuir ou não Briga na planilha, mas
ações mais complexas como dar um golpe de jiu-
jitsu são outros quinhentos. O uso de Habilidades
como pré-requisito não requer que elas sejam
riscadas da planilha.
Via de regra, o uso do conhecimento de
Habilidades deve vir acompanhado de um Desafio de
algum tipo, muitas vezes Estático, apostando-se uma
Característica Física, Social ou Mental para tanto. O
tempo necessário para o uso de uma Habilidade
também é definido pela Diretoria. Só porque você
tem Segurança na planilha não significa que por
vencer um Desafio Estático arrombará um cofre
imediatamente. Talvez levem muitos minutos que o
jogador necessite ficar fora de jogo apenas
realizando uma ação (como descobrir a senha de um
sistema de computação, por exemplo).
Habilidade Focada
Uma Habilidade focada funciona exatamente
como qualquer outra Habilidade no foco em questão.
A diferença é que a personagem não possui a
Habilidade para outros campos de atuação. Assim, se
uma personagem possui Performance (Canto),
significa que ele não pode usar esta Habilidade para
testes de dança, por exemplo, que iriam requerem
outra Performance distinta.
Especialização
Uma personagem que possua uma especialização
em uma dada Habilidade ganha uma Característica
de bônus em todos os Desafios envolvendo tal
especialização. Note-se que a Especialização não
possui um adjetivo particular e nem precisa ser
apostada ou riscada da planilha. Ela apenas confere
um bônus.
Antecedentes
A descrição do que faz cada Antecedente já está
suficientemente clara nas Leis do Sabá, mas uma
explicação adicional talvez se faça necessária para
alguns casos.
Para fazer algo com seus Antecedentes, você
deve declarar à Diretoria o que está tentando fazer.
Inicialmente, ela definirá um custo para isto (o
número de Características de Antecedentes que você
terá de riscar da planilha). Estas Características serão
temporariamente perdidas como as Características
em apostas, somente sendo recuperados quando a
ação perpetradas por eles findar. Por exemplo, se
você utiliza seus Aliados para tomar um dado curso
de ação, estes aliados serão riscados da planilha até
que completem sua tarefa ou que você os libere da
mesma, o que pode fazer com que, por diversas
sessões de jogo, seus Aliados continuem bloqueados
na planilha e não possam vir a ser usados para outros
fins.
Algumas ações não requerem que se gastem
pontos de Antecedentes, mas necessitam como pré-
requisito de uma quantidade de pontos mínima
necessária para fazer esta ação.
Após serem gastos os Antecedentes, a Diretoria
decide ou não se será necessário um teste para
realizar sua ação. Embora, via de regra, nenhum teste
seja necessário — apenas o gasto de Características
de Antecedentes — em certas ocasiões de incerteza
ou de alguma força se opondo à ação poderão
necessitar de testes. Ainda que a personagem não
passe neste teste, ela mesmo assim terá gasto as
Características de Antecedentes somente pela
tentativa.
Quando se toma alguma ação baseada em seus
Antecedentes, esta pode ser temporária ou
permanente na história, dependendo do grau de
manipulação e do montante de Antecedentes que a
personagem possua. Além disso, qualquer ação de
Antecedentes leva um tempo (tanto real quanto em
termos de jogo) para tomar efeito. Mesmo adquirir
informações com Contatos não é instantâneo. Pode
haver um tempo mínimo envolvido em pesquisa, mas
haverá. Como padrão, define-se que as ações simples
levam de meia hora a uma hora para se completarem,
enquanto manipulações realmente complexas possam
levar várias sessões de jogo para render frutos.
Em alguns casos, é necessário combinar diversos
Antecedentes para se obter um determinado efeito.
Se os Toreador antitribu desejam abrir um novo
clube noturno, eles necessitarão de Recursos para
tanto, mas Influência (Alta Sociedade) e Influência
(Mídia) podem ajudar bastante. Além disso, se o
clube for aberto em um local que normalmente não é
destinado à vida noturna, mesmo Influência (Buro-
cracia) e Influência (Leis) poderão entrar em ação. A
Diretoria tem a palavra final de que Antecedentes
deverão ser utilizados para cada caso.
Os jogadores podem também comercializar
alguns de seus Antecedentes. Eles podem transferi-
los permanentemente para outro jogador, apagando
as Características doadas da Planilha de uma vez por
todas, enquanto podem também passar Antecedentes
temporários para as mãos de outro. Neste caso,
devendo riscar as Características transferidas da
planilha e colocando uma nota de que, embora ainda
os possua, não estão atualmente consigo, portanto
não podendo serem gastos de qualquer forma até
devolvidos. Para evitar abusos, normalmente se
considera que Antecedentes emprestados retornam à
mão do possuidor original após um mês. Qualquer
transferência de Antecedentes precisa
necessariamente da autorização da Diretoria e note-
se que alguns Antecedentes como Fama e Mentor
não podem ser transferidos.
Recursos
Nem sempre a transferência permanente de
Recursos aumenta a quantidade de Características
neste Antecedente na planilha de alguém. Cada vez
que uma personagem desejar adquirir uma
Característica nova de Recursos permanente na
planilha, deverá ganhar um número de
Características permanentes de outros indivíduos
igual ao seu nível atual de Recursos. Por exemplo,
alguém com 3 Características Recursos na planilha
que deseje aumentar este valor permanentemente
para 4 Características deve ganhar mais 3
Características Recursos permanentemente
transferidas para si. Entretanto, quando o assunto são
Recursos temporariamente gastos, eles são
empregados na base de um para um — alguém que
gaste 3 Características Recursos temporariamente e
adquira mais 2 Características transferidas para
serem temporariamente gastas contará com 5
Características Recursos temporariamente gastas no
total.
Influência
Em alguns casos, os jogadores podem contra-
atacar a Influência de outros, normalmente por
gastarem o mesmo montante de Características na
mesma área que o oponente. Um caso típico é
quando um jogador deseja publicar uma história em
um jornal e outro deseja vetá-la. Ambos queimam a
quantidade de Características requeridas para a
situação e realizam um Desafio entre si
(normalmente sem qualquer Característica apostada,
embora a Diretoria possa definir pelo contrário).
Status
O Status é uma questão complicada na planilha
da personagem, sujeito a diversas regras próprias. O
próximo capítulo o detalha com mais calma.
Virtudes
Quando você sofre de um dilema ético, fúria
consumidora ou medo incontrolável, você deve testar
suas Virtudes para evitar sucumbir à Besta. Testes de
Virtude são sempre Desafios Estáticos, a dificuldade
variando com o grau do estímulo descrito para cada
tipo de Virtude. Note-se que uma personagem jamais
é obrigada a realizar um Teste de Virtude, podendo
escolher perder automaticamente, se assim o desejar.
Se você vencer um Teste de Virtude, sua força
moral supera a Besta e você permanece no controle.
Quando você perde o teste, você sofre um lapso em
suas Virtudes, sofrendo uma Característica Negativa
debilitadora ou de um problema, como descrito para
cada Virtude.
 Você pode fazer um reteste em um Teste de
Virtude perdido por riscar uma Característica da
Virtude correspondente; se você for bem sucedido no
reteste, você apenas perderá temporariamente uma
Característica de Virtude (pelo restante da sessão de
jogo, fazendo com que você sucumba mais
facilmente à Besta se não for cauteloso). Se você
perder o reteste, receberá uma perturbação
relacionada ao teste, além de perder uma
Característica de Virtude temporariamente. Note-se
que você jamais pode exigir uma contra-aposta em
um Teste de Virtude.
Abaixo, listam-se os testes específicos para cada
Virtude:
Testes de
Consciência ou
Convicção
São apropriados sempre que você violar a ética
de sua Moralidade, como descrito na Hierarquia de
Pecados de cada Trilha (ou da Humanidade, se estwe
for o caso). Sempre que você cometer uma violação
igual ou abaixo de sua Moralidade atual na
Hierarquia de Pecados, você precisa realizar um
Teste de Consciência ou de Convicção (de acordo
com a Virtude que você posua). Se você possui
apenas duas Características em uma Trilha, violação
de uma Moralidade superior são triviais demais para
você se preocupar; mas, se você possui cinco
Características na mesma Trilha, deverá tomar
cuidado com cada uma de suas ações para não
realizar um Teste de Consciência ou Convicção. A
dificuldade para estes testes é sempre o nível da
violação na Hierarquia de Pecados. Assim, cometer
um pecado equivalente no quarto nível da Hierarquia
de Pecados, a dificuldade do Teste de Consciência
ou Convicção será de 4 Características.
A diferença entre Consciência e Convicção é a
maneira como você encara as falhas. Falhar com a
Consciência o enche de remorsos e peso na alma. A
Convicção, por outro lado, não é acompanhada de
remorsos, mas de uma séria resolução racional de
não cometer o mesmo erro novamente.
Perder um Teste de Consciência ou de
Convicção faz com que você perca permanentemente
uma Característica em sua Moralidade.
Exemplo em Jogo: Adriano, um Ventrue
antitribu frio e calculista, que possui 3
Características da Trilha do Acordo Honrado,
correu de uma batalha onde certamente morreria.
Como mostrar covardia é um pecado nível dois em
sua Hierarquia de Pecados, Adriano precisará fazer
um Teste de Consciência (Virtude de sua Trilha)
com dificuldade de 2 Características. Se vencer ou
empatar, Adriano sentirá remorsos pelas suas ações
e não perderá sua Moralidade; se ele perder, ele
sofrerá a perda permanente de uma Característica
de sua Trilha do Acordo Honrado, baixando sua
Moralidade para apenas 2 Características. O
jogador de Adriano realiza o teste e vence —
Adriano começa a pensar que poderia ter morrido,
mas seria uma morte honrada pela causa maior do
Sabá, e passa a se sentir extremamente mau por ter
cometido esta fuga.
Posteriormente, Adriano se recusa a participar
da Vaulderie com seu bando. Desde que este é um
pecado nível quatro e ele possui apenas 3
Características na Trilha do Acordo Honrado, esta é
uma violação com a qual ele já não se importa mais.
Neste caso, não é necessário fazer qualquer Teste de
Consciência.
Testes de
Autocontrole ou
Instintos
Testes de Autocontrole são realizados em
qualquer situação que poderia colocá-lo em frenesi.
A dificuldade depende do estímulo, como mostrado
abaixo:
Dificuldade Estímulo
Uma Cheiro de sangue quando faminto
Duas Visão de sangue quando faminto;
importunado; situação que ameaça
sua existência.
Três Provocação física ou ataques; provar
sangue quando está faminto.
Quatro Ser amado em perigo; humilhação
Cinco Humilhação profunda; insulto mortal
Se você for bem sucedido no teste, consegue
controlar sua Besta e manter-se com a cabeça no
lugar. Você não precisará realizar qualquer outro
Teste de Autocontrole devido a este mesmo estímulo
pelo restante deste conflito.
No caso dos Instintos, você sempre entra em
frenesi, mantendo algum grau de controle sobre sua
ira. Apenas se você possui mais que o dobro de
Características de Instintos que a dificuldade de
entrar em frenesi acima é que você pode escolher se
entra ou não em frenesi. Você primeiro entra em
frensei para depois decidir se faz um Teste de
Instintos ou não. Se for bem sucedido você ainda
está em frenesi, mas pode controlar suas ações por
um turno. Apesar de fazer o que bem entender neste
turno, você ainda sofre de todos os benefícios e
penalidades aplicáveis a um frenesi — resistência a
dano, incapacidade de usar poderes mentais ou
sociais e assim por diante. Se você perder, o frenesi é
normal em todos os aspectos.
Você jamais pode contar mais Características de
Autocontrole ou de Instintos em um teste que o
número de Pontos de Sangue que você atualmente
possua. Assim, se você estiver faminto, é mais difícil
resistir ao chamado do frenesi ou controlá-lo, se este
for o caso. Note-se que você não entra em frenesi
automaticamente se estiver sem sangue, mas à visão
de qualquer estímulo, você jamais pode ter a
esperança de vencer um empate no teste.
Se você realizar um Teste de Autocontrole ou de
Instintos e fracassar, você automaticamente adquire a
Característica Negativa Insensível ou
Condescendente (à sua escolha) permanentemente,
embora ela ainda possa ser recomprada normalmente
através da experiência.
Exemplo em Jogo: Faminto e andando por um
beco, Altair vê repentinamente um mortal. Embora
ele esteja sem sangue, ele não entra em frenesi
automaticamente, uma vez que ainda não foi
provocado e não farejou o sangue. Quando ele
chega mais perto, o mortal, um punk, volta-se para
fitá-lo de forma beligerante e faz um gesto rude.
Agora Altair foi importunado e tendo Instintos (ele
possui a Trilha do Poder e Voz Interior), primeiro
entra em frenesi e depois precisa fazer um Teste de
Instintos, com dificuldade de 2 Características para
dirigir suas ações. Desde que Altair não possui
sangue, ele conta como se efetivamente não
possuísse qualquer Característica de Instintos; ele
testa contra a Diretoria (lembre-se que este é um
Desafio Estático) e empata. Como a falta de sangue
o deixa temporariamente sem Instintos, Altair não
pode direcionar o seu frenesi, tentando beber
sangue do mortal. Ele também adquire uma
Característica Negativa permanentemente.
Compreendendo que ele não pode vencer em
empates, o jogador de Altair decide que não vale a
pena riscar uma das Características de Instintos de
sua planilha para retestar.
Mais tarde, cheio de sangue, Altair entra em um
clube quando um anarquista tenta pegá-lo. O
anarquista ataca de surpresa — uma provocação de
três Características. Altair entra em frenesi primeiro
(por possuir Instintos ao invés de Autocontrole) e
então realiza seu Desafio Estático. Se ele vencer,
pode controlar sua ação por um turno ao entrar em
frenesi com o ataque; se empatar, suas duas
Características de Instintos não serão suficientes
para vencer uma dificuldade de 3 Características e
isto será como uma derrota; se perder no teste, ele
não pode controlar o que faz durante o frenesi.
Testes de Coragem
Você precisa realizar um Teste de Coragem toda
vez que confrontado com um terror vampírico como
os provocados pela luz solar, fogo e fé verdadeira. Se
você vencer o teste, pode resistir à necessidade
instintiva de correr pela duração do conflito (ou por
10 minutos). Se você falhar, entrará em um estado de
Rötschreck, uma forma de frenesi voltada para o
medo, na qual você tenta escapar da região da forma
como lhe for possível. Perder um Teste de Coragem
também confere a Característica Negativa Covarde
ou Submisso permanentemente, embora possa ser
posteriormente recomprada através de experiência.
Note-se que você não precisa normalmente fazer
Testes de Coragem para fogos sob o seu controle. Se
você acender seu próprio isqueiro, por exemplo, ou
usar a trilha de Taumaturgia da Sedução das
Chamas, você está controlando o fogo e não terá
medo dele. Entretanto, se alguém usar fogo contra
você como se fosse uma arma (um caçador
brandindo uma tocha ou um Malkaviano ameaçando
colocar fogo em seu cabelo), você necessitará de um
Teste de Coragem.
A dificuldade pode ser vista abaixo:
Dificuldade Estímulo
Uma Ser ameaçado; isqueiro; nascer do sol
Duas Tocha; luz do sol obscurecida
Três Fogueira; réstia de luz solar passando
por uma janela com as cortinas
abertas
Quatro Incêndio; ser queimado
Cinco Estar preso dentro de um aposento
em chamas; luz solar direta
Exemplo em Jogo: Em vista de suas ações
prévias, o refúgio do Brujah antitribu Marcos é
devorado pelas chamas. Marcos, Cassandra e João
(companheiros de bando) são surpreendidos pelo
fogo se erguendo do térreo. A Diretoria faz um Teste
de Coragem com todos os presentes para ver se
sucumbem ao Rötschreck. A Diretoria coloca
Tesoura e Marcos rocha, permanecendo
relativamente calmo. João e Cassandra colocam
ambos Papel e, assim, estão em problemas. Ambos
riscam uma Característica de Coragem para um
reteste e testam contra a Diretoria novamente. Desta
vez João vence e permanece calmo, embora tenha
perdido uma Característica de Coragem pelo
restante da noite — ele foi abalado pela experiência
e fugirá mais facilmente de qualquer fogo futuro.
Cassandra, por outro lado, empata o reteste, mas
possui apenas duas Características de Coragem
contra as Cinco Características de dificuldade.
Assim, ela perde o teste e ganha uma Característica
Negativa permanente em sua planilha.
Moralidade
A Moralidade, medindo a distância entre seus
pensamentos e a Besta, é responsável por algumas
características a saber:
•Quando dormindo durante o dia, sua
Moralidade determina o quão profundo é o seu
sono. Você nunca pode contar mais que o triplo
de suas Características de Moralidade para
 qualquer empate ou contra-aposta em qualquer
ação durante o dia (assim, até um ancião é
vulnerável a um mortal nestas condições).
•O montante de tempo que você passa em
torpor varia com a força de sua Moralidade (vide
regras para Torpor, mais adiante). Note que
certas circunstâncias podem resgatá-lo antes do
torpor: cura mística ou beber um Ponto de
Sangue de um vampiro três gerações mais
poderosas que a sua, por exemplo.
•Se sua Moralidade é a Humanidade, você
parece mais com um mortal. Vampiros com baixa
Humanidade ou seguindo outras trilhas de
Moralidade possuem problemas quando lidando
com humanos normais. São criaturas
monstruosamente pálidas, aparências cadavéricas
e atitudes sociopáticas que afastam os humanos
subconscientemente. Para cada Característica de
Humanidade a menos que quatro, você sofre a
penalidade de uma Característica em todos os
Desafios Sociais com mortais, exceto aqueles de
intimidação. Se a personagem seguir outra
Moralidade que não a Humanidade, sofrerá uma
penalidade de três Características
automaticamente. Esta penalidade se aplica
apenas quando lidando com humanos normais;
sua bestialidade assusta aqueles que podem
pressentir sua natureza predadora, mas não tem
qualquer efeito em vampiros e outras criaturas
sobrenaturais, incluindo carniçais.
•Se você perder todas as suas Características
de Moralidade, sua personagem cai no Wassail, o
frenesi final. Sua personagem entra em um estado
totalmente incontrolável de fúria assassina e
sobrevivência instintiva. Uma personagem assim
não pode mais ser removida do frenesi, não pode
mais controlar-se e não mais é adequada para
jogo. Outros cainitas geralmente matam estes
desafortunados tão rapidamente quanto podem.
Hierarquia de
Pecados
Cada Moralidade possui a sua própria Hierarquia
de Pecados, que codifica as falhas morais que
alguém seguindo esta ou aquela Moralidade devem
evitar. Quanto mais alta for a Moralidade, mais
estritos são os padrões. Tudo na Hierarquia de
Pecados no mesmo nível da Moralidade ou abaixo
dela é considerado como sendo um fracasso moral a
ser evitado. Assim, um vampiro com 5
Características de Humanidade não precisa
argumentar com sua consciência para considerar
assassinar alguém errado — ele já sabe disso.
Alterando a
Moralidade
Uma personagem que procure mudar sua
Moralidade precisa possuir uma única Característica
de Moralidade, bem como apenas uma Característica
em qualquer Virtude que seja alterada. Por exemplo,
alguém desejando alterar entre sua Humanidade (que
usa Consciência e Autocontrole) para uma trilha que
empregue Convicção e Autocontrole, deve ter apenas
uma Característica de Humanidade e uma
Característica de Consciência (que mudará para
Convicção), embora possa manter quantas
Características quiser de Autocontrole e Coragem
(pois estas não irão se alterar).
Durante o jogo, uma personagem mudando de
Moralidade deve se aproximar de um tutor que já
possua a Moralidade que ela deseja abraçar. Sob este
aspecto, a Moralidade parece mais uma ordem
fraternal, procurando por candidatos que mereçam
aprendê-la ao invés de aceitar qualquer um que os
procuram. Se o vampiro deseja alterar a Moralidade,
ele deve iniciar um programa de estudos rigorosos,
sendo auxiliado pelo seu mentor. O vampiro deve
permanecer pelo menos um ano estudando os
caminhos de sua trilha e, durante este tempo, ele
precisa fazer sua Moralidade e Virtudes caírem a
níveis aceitáveis (uma Característica como descrito
acima, se é que ele já não estava “pronto”). Isso é
feito mais por interpretação que por regras.
O vampiro então precisa realizar um teste, que
pode envolver conhecimentos profanos, responder a
enigmas, realizar um ordálio ou qualquer coisa que a
Diretoria julgue apropriado para a nova Moralidade
escolhida. Entretanto, parte do teste envolve os
preceitos da nova Moralidade normalmente vistos
como atrocidades pelas demais trilhas. Isso não é
feito para se cometer o mal, mas para que o aluno
aprenda uma lição sobre os novos preceitos que
deverá adotar.
Terminado o teste exigido, a personagem realiza
um Desafio Estático de sua Força de Vontade contra
oito Características. Se ele for bem sucedido, ele
altera suas Virtudes (adquirindo uma Característica
em cada nova Virtude) e a sua Moralidade (também
adquirindo uma Característica na nova trilha a ser
seguida). Se ele fracassar no Desafio, ele cometeu
atrocidades no teste de forma a ser estúpido o
suficiente de não aprender qualquer lição das
mesmas. Ele deve imediatamente realizar um Teste
Simples e, se perder, terá perdido tudo que lhe resta
de sua antiga Moralidade e caído no Wassail (o
frenesi eterno final), tornando-se então um NPC a ser
controlado pela Diretoria. Se ele vencer ou empatar o
Teste Simples, nada mais acontece, mas ele deve
esperar mais um mês antes de tentar realizar outro
teste para ver se muda sua Moralidade.
Pontos de
Sangue
Pontos de Sangue podem ser gastos de uma
variedade de formas em live e a melhor forma de
recuperá-los é, obviamente, alimentar-se. Contudo,
uma personagem nunca pode ter mais Pontos de
Sangue quanto o seu máximo definido pela geração.
Pontos de Sangue não possuem adjetivos como
as Características. Eles simplesmente representam o
volume de sangue que o vampiro possui no
organismo.
•Quantidade de Sangue Inicial na Sessão:
Quando você pegar a sua planilha, ao início de
uma sessão de jogo, deverá fazer um Teste
Simples com a Diretoria. Se vencer, virá a jogo
com todos os seus Pontos de Sangue. Se empatar,
virá com a metade deles, arredondada para cima.
Uma perda indica que você vem para o live com
apenas quatro Pontos de Sangue. Certas
Qualidades, Defeitos, Antecedentes ou outras
circunstâncias especiais podem também alterar
este montante, bem como a possessão de
Rebanho permite a você vir a jogo com mais
sangue, até o seu limite de geração.
•Sugando Sangue: Sempre que você morde
um mortal para sugar o sangue dele, este é
envolvido no Beijo e se torna passível. Outras
criaturas sobrenaturais mordidas não se tornarão
passíveis, mas ainda assim acharão a experiência
agradável. Cada Ponto de Sangue sugado causa
um nível de dano letal na vítima. Até três Pontos
de Sangue podem ser drenados em um único
turno. Você pode fechar o ferimento de sua
mordida por lambê-lo, não deixando marcas de
sua alimentação. Você apenas pode curar os
ferimentos feitos por suas próprias presas.
Gastando Pontos de
Sangue
Em live, os Pontos de Sangue servem para fazer
as seguintes coisas:
•Um Ponto de Sangue é gasto
automaticamente toda a noite quando a
personagem acorda, representando a necessidade
constante de se alimentar. Contudo, a quantidade
total de sangue com a qual uma personagem
chega no live é determinada acima.
•Pontos de Sangue podem ser utilizados para
curar seus ferimentos, sanando um nível de dano
letal ou dois níveis de dano contundente por
Ponto de Sangue gasto. Você ainda está limitado
à quantidade total de sangue que sua geração lhe
permite gastar em um mesmo turno, de forma que
a maioria dos vampiros de geração mais alta não
podem curar mais de um nível de dano letal a
cada turno. Curar-se desta forma exige toda a sua
concentração e um turno completo, mas não
conta como uma ação.
•Três Pontos de Sangue são necessários para
curar um nível de dano agravado. Este dano
somente se cura durante o dia, enquanto o
vampiro dorme. Pontos de Sangue gastos desta
forma podem ser acumulados; isto é, você não
precisa gastar todos os três Pontos de Sangue de
uma vez só ou mesmo no mesmo dia. Você deve
anotar quanto de sangue está gastando desta
forma para curar seu dano agravado; uma vez que
os três Pontos de sangue tenham sido gastos, o
ferimento se cura no próximo pôr-do-sol. Você
pode apenas curar um nível de dano agravado
durante o dia, a menos que você gaste também
um ponto de Força de Vontade para cada nível
agravado extra curado durante o mesmo período
de descanso.
•Você pode dar seu sangue a outro vampiro
para ajudá-lo a se curar. Entretanto, se o vampiro
cair em torpor, apenas o sangue de um vampiro
três gerações mais baixa pode acordá-lo.
•Algumas Disciplinas requerem o gasto de
Pontos de Sangue para serem ativadas, como
descrito em cada poder. Se uma Disciplina requer
o gasto de muitos Pontos de Sangue, mas sua
geração não permite que todos eles sejam gastos
em um único turno, você pode gastar a
quantidade de sangue necessária em turnos
consecutivos. Gastar sangue desta forma é uma
ação reflexa, embora a própria Disciplina possa
requerer uma ação. Por exemplo, ativar Rapidez é
algo reflexo, você gasta sangue e ainda ganha a
sua ação normal, mais as ações extras da
Rapidez. Por outro lado, invocar Taumaturgia
requer um turno completo, além do seu gasto de
sangue (apesar deste último não precisar de uma
ação própria).
•Pontos de Sangue podem ser gastos para
melhorar suas Características Físicas durante um
conflito. Você pode apostar esta Característica
como qualquer outra (“pelo poder de meu
sangue...”) e você pode contar esta Característica
em empates e contra-apostas. Gastar Pontos de
Sangue desta forma é uma ação reflexa e pode ser
feita a qualquer momento, não contando como
sua ação do turno, embora você ainda deva
obedecer os limites de gasto de sangue de acordo
com a sua geração. Você pode aumentar suas
Características Físicas até o limite permitido pela
sua geração por um conflito; você pode até
mesmo aumentar sua Características além deste
limite, mas os efeitos duram por apenas um único
Desafio, o excedente sendo perdido após isso.
Exemplo em Jogo: Romualdo, um paladino,
quer aumentar sua Potência por aumentar suas
Características Físicas acima das 14 que já possui.
Como ele é de 7a geração, pode ter até 16
Características em uma categoria de Atributos.
Romualdo gasta três Pontos de Sangue e, por um
turno, aumenta suas Características Físicas para 17 e,
mesmo após este turno acabar, ele terá 16
Características pelo restante do conflito (desde que
não perca qualquer Desafio, o que ainda acarreta
perda de Características). Mesmo se ele perder mais
algumas Características, pode gastar mais sangue
para retorná-las a 16.
•Um Ponto de sangue, geralmente medido
como uma dose inteira, é suficiente para
transformar um mortal em um carniçal. Este
estado dura por um mês, tempo após o qual o
carniçal deve alimentar-se de mais sangue ou
reverter novamente à sua mortalidade.
•Um Ponto de Sangue pode ser usado para
um vampiro parecer humano por uma cena. Ele
cora sua pele e se torna capaz de imitar atividades
humanas (como piscar, fungar e ter pele fria ao
invés de gelada). Fazer isso é mais difícil para
vampiros com baixa Humanidade; um vampiro
precisa gastar um Ponto de Sangue extra para
cada Característica de Humanidade que possua
abaixo de cinco — um vampiro com quatro
Características Humanidade precisa gastar dois
Pontos de Sangue, um outro com três
Características Humanidade gastará três Pontos
de Sangue e assim por diante. Vampiros com
Moralidade diferente da Humanidade não podem
tentar este truque. Você pode adquirir a aparência
mortal enquanto realiza outras tarefas. Se você
precisar gastar muito sangue para fazer isso, mas
sua geração não permitir que todos eles sejam
gastos no mesmo turno, você precisa queimá-los
em turnos consecutivos. Assim, um vampiro de
13a geração com três Características Humanidade
precisará de três turnos — em cada um deles
gastando um Ponto de Sangue — para imitar um
ser humano, embora ainda possa realizar outras
ações durante estes três turnos.
Força de
Vontade
A personagem possui dois tipos de Força de
Vontade: permanente — seu limite normal de
número de pontos de Força de Vontade — e a
temporária, correspondendo aos pontos ainda não
gastos. Quando uma personagem gasta Força de
Vontade, ela não readquire todos os pontos perdidos
na próxima sessão de jogo, mas vai os recuperando
lentamente um a cada nova sessão de jogo.
A personagem pode usar sua Força de Vontade
toda vez que precisa de uma força interior maior que
ajude-o a superar seus obstáculos em uma situação
importante. Alguns exemplos disso são:
•Um ponto de Força de Vontade pode ser
usado para recuperar todas as Características
perdidas em uma das seguintes categorias: Física,
Social ou Mental. Você somente pode fazer isso
uma vez por categoria por sessão de jogo.
•Um ponto de Força de Vontade pode ser
gasto para adquirir um reteste em qualquer
Desafio Mental ou Social no qual a personagem
esteja se defendendo. Note-se que certas
Disciplinas ou poderes ignoram este tipo de gasto
— por exemplo, Força de Vontade não pode ser
gasta para se ver através da Ofuscação.
•Um ponto de Força de Vontade pode ser
gasto para permitir a você entrar em um Desafio
no qual lhe falte a Habilidade apropriada como
pré-requisito.
•Um ponto de Força de Vontade pode ser
usado para tentar controlar-se brevemente
enquanto em frenesi. Você é capaz de agir
normalmente por um turno quando gasta Força de
Vontade desta forma, embora deva manter todas
as outras considerações do frenesi — ignorar
penalidade por ferimentos e assim por diante.
Você não reganha controle o suficiente para lutar
conscientemente ou racionalizar o seu terror;
interprete suas ações de forma condizente.
•Um ponto de Força de Vontade pode ser
gasto para, durante um Desafio, a personagem
ignorar todas as penalidades decorrentes de
ferimentos, incluindo o Incapacitado (mas não o
Torpor ou a Morte Final) pela duração de um
turno completo. Entretanto, Força de Vontade
não pode ser gasta para curar qualquer ferimento.
•Um ponto de Força de Vontade pode ser
gasto para controlar uma perturbação
temporariamente. Se você gastar muitos pontos
de Força de Vontade ao longo do tempo para
controlar uma perturbação, ela pode vir a ser
eventualmente superada. Malkavianos não podem
superar sua perturbação inicial desta forma.
•Certas Disciplinas e poderes requerem o
gasto de Força de Vontade.
Vitalidade
Em live existem diferentes níveis de vitalidade
para representar o montante de dano que uma
personagem pode receber. Estes níveis são, na
ordem: Saudável, Saudável, Machucado,
Machucado, Machucado, Ferido, Ferido,
Incapacitado, Torpor e/ou Morte Final. Se uma
personagem Saudável perde dois níveis de vitalidade
em um combate, ela se torna Machucada. Se perder
mais três níveis, estará Ferida e assim por diante.
•Saudável — Quando uma personagem está
Saudável, ela está praticamente sem nenhum
ferimento. Ela não sofre nenhuma penalidade a
não ser pelo jogador possivelmente maquiar
umas marcas rochas.
•Machucado — Uma personagem
Machucada recebeu ferimentos mais sérios e
estes danos começam a atrapalhá-la um tanto. Ela
possui penalidade de uma Característica em todos
os testes empatados.
•Ferido — Quando uma personagem está
Ferida, ela recebeu ferimentos graves em um ou
mais lugares. Para refletir este dano, ela precisa
apostar uma Característica adicional em qualquer
Desafio que esteja iniciando e seu oponente
vence todos os empates, independente de quem
possua mais Características. Se uma personagem
Ferida possui algum poder que lhe permite
vencer qualquer empate, as Características serão
comparadas normalmente, ao invés disso. Uma
personagem Ferida jamais pode tentar uma
contra-aposta.
•Incapacitado — Quando uma personagem é
Incapacitada, ela estará completamente fora de
jogo por pelo menos 10 minutos. Embora ainda
esteja consciente, ela estará praticamente imóvel
e apenas será capaz de sussurrar com alguma dor
frases curtas. Ela não pode entrar em Desafios até
que cure ao menos um nível de dano, estando à
mercê de outras personagens, não podendo fazer
nada além de curar a si própria. Vampiros
sofrerão a Morte Final se sofrerem ferimentos
agravados neste ponto.
•Torpor — Qualquer personagem ferida
além do nível Incapacitado por dano letal entra
em um coma conhecido como torpor. Quando
uma personagem entra em torpor, ela atinge um
estado similar à morte, estando fora de jogo até
revivida por outra personagem. Ela está
completamente à mercê das personagens e das
situações ao seu redor. Vampiros em torpor
podem apenas ser revividos pelo sangue de um
vampiro pelo menos três gerações mais baixas
que a sua ou em circunstâncias especiais que a
Diretoria imponha. Caso contrário,
permaneceram desacordados por um tempo
determinado por sua Moralidade.
•Morte Final — Vampiros feridos além do
nível Incapacitado por dano agravado não entram
em Torpor, mas são permanentemente destruídos
ao invés disso.
Exemplo em Jogo: Daniel é emboscado por
uma tropa da Camarilla. Seu primeiro atacante
chuta-o causando um nível de dano contundente,
colocando-o no segundo nível Saudável. Outro
atacante atira, causando dois níveis de dano letal,
fazendo-o chegar no segundo nível Machucado.
Sortudo como sempre, no próximo turno Daniel é
atingido novamente, sofrendo mais dois níveis de
dano e caindo para o primeiro nível Ferido. Um
adversário com Potência o esfaqueia quando ele
tenta escapar, fazendo mais dois níveis de dano letal
e reduzindo-o ao estado Incapacitado. Daniel cai no
chão à mercê de seus atacantes. Se ele receber
qualquer dano letal, entrará em Torpor; se sofrer
dano agravado, irá atingir a Morte Final (dano
contundente extra irá meramente nocauteá-lo por
algum tempo).
 Capítulo 3: Status
Via de regra, todo jogador do Sabá possui ao
menos uma Característica de Status: Iniciado. Isto
significa que o Sabá sabe de sua existência e o
reconhece como membro verdadeiro (obviamente a
Camarilla, o Inconnu e os vampiros independentes
possuem suas próprias versões desta Característica).
Durante uma crônica, uma personagem pode ir
ganhando e perdendo Status. Geralmente a própria
Diretoria é responsável por distribuí-lo ou tomá-lo.
Mas, em certos jogos, como a interação social do
Sabá é muito grande (surpreendentemente bem maior
que a da Camarilla), os próprios jogadores podem
ganhar ou perder Status em função de outros, mas
sempre sob o julgamento final da Diretoria.
Status pode ser ganho por observar o Código de
Milão, fazer favor a anciões ou ao bispo local,
retornar um favor, defender a seita, tomar as rédeas
de uma situação crítica e assim por diante. Contudo,
jamais pode se ganhar permanentemente mais de
uma Característica de Status por história, havendo
somente duas exceções a esta regra: um bispo ou
cargo superior conferir uma Característica de Status
extra ou por assumir um cargo de importância na
sociedade (padre, bispo, paladino, etc...). Por outro
lado, Status pode ser perdido por fazer de um ancião
seu inimigo, ignorar um favor devido, recusar-se a
reconhecer o Status de outro membro ou ir contra os
preceitos do Sabá. Como no caso de ganhá-lo, as
opções são praticamente ilimitadas.
Status Temporário e
Permanente
Existem dois tipos de Status: temporário e
permanente. O permanente é aquele que permanece
em sua planilha de uma história para outra,
representando sua situação atual em sua sociedade
cainita. O temporário é aquele que normalmente dura
uma história, sendo riscado da planilha ou
acrescentado (pelo restante da sessão) a ela. Embora
o Status permanente possa variar, o temporário o faz
com uma velocidade ainda maior. Não importa
quanto Status temporário seja ganho ou perdido na
história, ele não afeta seu Status permanente. A
perda ou ganho deste, entretanto, representa um
decréscimo ou acréscimo permanente no Status de
sua planilha.
Status dentro do
Sabá
O Sabá leva o status muito a sério. A seita
enfrenta inimigos de todos os lados e, em tempos de
guerra, alguém sempre precisa saber quem dá as
ordens e quem as recebe. A guerra não é apenas
política — é religiosa, envolvendo questões
fundamentais sobre quem está certo ou errado, quem
pode ser salvo ou já está condenado, como o mundo
pode ser salvo ou quando irá acabar e assim por
diante. Indivíduos aumentam de cargo no Sabá
através de seus méritos, provando-se todo o tempo e
demonstrando que são capazes de lidar com o poder.
As Características de Status honram tudo que ela
conquistou e mostra aos demais o que esperar dela.
A Camarilla tende a pensar que o Sabá é uma
massa de fanáticos e é incapaz de ver a profundidade
política da Seita, que é mais desenvolvida que
qualquer outra forma de organização política
vampírica. Em verdade, a Camarilla não passa de um
bando de anarquistas sem leis se comparados com o
peso de toda situação política dentro do Sabá. As
Jyhads em conclaves e nos Elísios são apenas um
pálido reflexo de planejamento quando comparados
às gigantescas manobras e esquemas utilizados por
um bispo para se erguer ao poder.
Usos do Status
O Status pode ser usado de diversas formas
durante o jogo. Primeiro, as suas Características de
Status podem somar seu número como bônus em um
Desafio Social quando suas Características forem
comparadas (seja por um empate no teste ou por
pedir uma contra-aposta) — exceto no caso de
Disciplinas Sociais, testes nos quais este bônus
jamais pode ser aplicado. Você precisa avisar o
oponente que está tomando esta decisão e ele pode
optar por ignorar seu Status neste caso, mas deve
para tanto permanentemente perder uma ou mais
Características de Status pela ofensa. Em situações
na qual pessoas menos importantes são ofendidas
desta forma, pode-se apenas perder Status
temporariamente ou sequer chegar a perdê-lo (quem
liga para aqueles que ofendem alguém que ainda não
é um Sabá Verdadeiro?). A palavra final, como
sempre, é da Diretoria.
Outros exemplos de uso de Status são:
•Seu Status temporário pode ser adicionado à
suas Características Sociais em um teste, como já
visto acima. É preciso declarar esta opção e ela
pode ser ignorada pelo oponente (causando,
quase sempre, perda permanente de Status deste
pela ofensa social). Isto nunca pode ser feito em
conjunto com uma Disciplina Social.
•Uma Característica de Status pode ser
apostada no lugar de uma Característica Social
em um teste se a mesma for apropriada para a
 situação. O oponente pode escolher ignorar o seu
uso de Status desta forma e obrigá-lo a apostar
uma de suas Características Sociais, mas deve
pagar com as penalidades por ignorar Status
(normalmente a perda de Status permanente).
•Status mede a sua credibilidade. Em
qualquer situação que a palavra de um vampiro
estiver contra a de outro e não existam quaisquer
provas concretas para tomar partido, o Sabá, se
não houver outros fatores determinantes,
normalmente acreditará naquele que possuir mais
Status.
•Status temporário pode ser doado a outra
pessoa para indicar uma prova de seu favor, mas
a pessoa a quem você deu esta Característica
temporária deverá imediatamente retorná-la a
você quando você o pedir de volta. Apenas uma
Característica de Status pode ser dada a qualquer
pessoa desta forma. O ganho de Status
temporário de outro é a única maneira pela qual o
Status temporário de uma pessoa pode ser maior
que o seu permanente. Este Status ganho é
considerado seu enquanto você estiver de posse
dele e, portanto, podendo ser usado como tal.
Ganhando e
Perdendo Status
Todos os Status do Sabá ou estão relacionados a
um cargo ocupado ou a feitos completados. Diferente
da Camarilla, ninguém recebe uma Característica de
Status simplesmente porque alguém conferiu. No
Sabá, para se ganhar um Abençoado, por exemplo, é
preciso inicialmente se qualificar para isso (progredir
em sua Trilha de Iluminação). As Leis do Sabá,
quando se referindo a Status, citam as situações que
qualificam alguém a receber aquela Característica.
Adquirindo Status
Mesmo que esteja qualificado para adquirir uma
nova Característica de Status, um vampiro não a
ganha automaticamente por causa disso. Só porque
alguém ficou Incapacitado durante um combate, isto
não significa que Marcado pela Batalha surja
espontaneamente em sua planilha.
Para tanto, deve haver um consenso de seu bando
em lhe dar tal Característica. Se apenas um dos
vampiros do bando for contra tal decisão, o Status
não é conferido. Além disso, o bando (à exceção do
vampiro a quem eles desejam agraciar um Status)
deve possuir um total de sete Características
permanentes de Status, somando todas elas para
poder fazê-lo.
Cada membro do bando conferindo Status a um
colega deve gastar uma de suas Características de
Status permanentemente. Para cada duas
Características que o bando como um todo queimou,
o vampiro pode vir a adquirir uma Característica
extra de Status, até um máximo de três
Características extras ganhadas de uma só feita desta
maneira.
A outra forma de adquirir Status após se
qualificar para o mesmo é recebê-lo de um vampiro
de instância superior (padres, ductus, abades e
paladinos nunca contam como sendo instância
superior na hierarquia Sabá). O vampiro de alto
escalão que deseja conferir este Status precisa ter um
mínimo de cinco Características permanentes de
Status.
Quando um superior resolve conferir Status de a
alguém qualificado a tanto, isso não requer que ele
gaste qualquer Característica de Status.
Existem formas extras de alguém com um título
conferir Status, precisando ou não gastar seu próprio
Status para tanto. Leia a descrição individual de cada
posto para maiores detalhes.
Nota: Um vampiro que ainda não tenha recebido
seu Status Iniciado não pode receber qualquer outra
Característica de Status dentro do Sabá, mesmo que
se qualifique a tanto.
Perdendo Status
Status pode ser perdido da mesma forma como
ele é ganho: por decisão unânime do bando (à
exceção do vampiro perdendo o Status, é claro) ou
por decisão de um escalão superior.
Remover um Status não requer que nem o bando,
nem o superior possuam um certo mínimo de
Características permanentes de Status, mas uma
instância superior somente pode remover Status de
alguém que possua permanentemente menos Status
que ele próprio. Mesmo um cardeal com 6
Características de Status é incapaz de remover Status
de um ductus com 8 Características de Status.
Os colegas de bando de um líder freqüentemente
apóiam o Status que ele carrega, indicando a
satisfação com o seu trabalho. Superiores
normalmente mantém estes Status, pois removê-los é
como um tapa na cara de todos que o apóiam. Assim,
os altos escalões do Sabá sabem que remover Status
de alguém de um bando pode, algumas vezes, atrair
o desagrado do restante dos companheiros leais
deste. Isto pode variar desde o bando achar que seu
colega caiu em desgraça e reconhecer o fracasso do
mesmo até um motim de insubordinados revoltados
com tal decisão.
Uma instância superior pode remover qualquer
Característica de Status de alguém abaixo dele, mas
a remoção de Status por unanimidade de um bando
possui uma restrição adicional: o bando, se
desagradado com as atitudes de um colega, ainda é
incapaz de remover Status que este adquiriu sozinho,
como Devotado, por exemplo. As únicas
Características de Status que podem ser removidas
desta forma são aquelas baseadas em opiniões
pessoais (Confirmado, por exemplo) ou aquelas que
foram conquistadas pelo bando como um todo ao
invés de individualmente pelo vampiro.
Independente da forma acima como Status é
removido (por instância superior ou por unanimidade
do bando), não é normalmente necessário gastar
qualquer Característica de Status para tanto.
Nota: Via de regra, existem algumas
Características de Status que jamais podem ser
removidas, exceto em circunstâncias especiais ou por
alguém autorizado a fazê-lo. Iniciado é uma delas,
pois alguém não pode ser simplesmente expulso do
Sabá por nada. As Características de Status ligadas a
cargos são outras, que não podem ser removidas até
que a personagem perca o cargo que as conferiu.
Status Negativo
Uma distinção entre o Sabá e as demais
organizações políticas é o fato do Sabá empregar
Status Negativo.
Adquirindo Status
Negativo
Da mesma forma que ocorre com as
Características de Status positivas, é necessário se
qualificar para poder receber uma destas
Características Negativas, mas a qualificação, por
outro lado, não confere automaticamente o Status
indesejado.
Status Negativo pode ser conferido, uma vez
mais, pelo bando em unanimidade (pela exceção de
quem receberá o Status) ou por uma instância
superior. Contudo, neste caso, nenhum custo em
gastar Status por nenhuma das partes é necessário.
Removendo Status
Negativos
Características Negativas de Status podem ser
removidas de duas maneiras: ou por serem
substituídas por uma mais recente ou pelo vampiro
se redimir de seus atos.
Como uma personagem pode, a um dado tempo,
possuir apenas um máximo de duas Características
Negativas de Status, se ela receber uma terceira, uma
das anteriores sumirá, cedendo lugar para a mais
recente (no caso, sempre desaparece a Característica
Negativa mais antiga entre as anteriores). Substituir
uma Característica Negativa de Status por outra,
entretanto, não significa que o Sabá esteja propenso
a esquecer os seus erros passados que lhe conferiram
a Característica Negativa que desapareceu da
planilha. O Status indesejável some em efeitos de
mecânica de jogo, não em interpretação.
A outra forma de remover Status Negativos é se
redimindo de seus erros passados. Para tanto, o
vampiro precisa realizar de forma bem sucedida
duas vezes o problema que causou o ganho de seu
Status Negativo. Por exemplo, um padre que adquira
Duvidoso por falhar em um rito pode remover este
Duvidoso por realizar ritos corretamente duas vezes.
Um indivíduo que se redima pelas regras acima
imediatamente remove o Status Negativo da planilha
sem precisar de aprovação ou de gastar algum outro
Status de sua planilha.
Máximo de Status
Lembra-se que, a qualquer momento, o Status de
um vampiro do Sabá possui um limite bem definido.
Um cainita do Sabá nunca pode possuir mais
Características de Status que oito mais uma para
cada nível de Moralidade que possua (Humanidade
não acrescenta nada, pois vampiros com esta
Moralidade não são muito respeitados). Os Status
conferidos por possuir um posto dentro do Sabá não
são incluídos neste cômputo para determinar o
máximo.
Os Privilégios de
um Cargo
Toda estrutura do sabá está baseada em algumas
posições que possam ser conquistadas. Cada qual
possui os seus próprios poderes e deveres quanto ao
uso de seu Status.
Notas importantes: A hierarquia de comando do
Sabá segue na seguinte ordem, do mais baixo para o
mais alto: bispo, arcebispo, cardeal e regente. A
menos que notado o contrário na descrição, um posto
mais alto pode fazer tudo o que os abaixo dele
fazem. Assim, arcebispos podem fazer tudo que
bispos fazem, cardeais podem fazer tudo o que um
arcebispo faz e a regente pode fazer tudo o que um
cardeal faz.
Ducti, padres e abades são considerados cargos
eqüivalentes dentro do Sabá e são os únicos que
podem se acumular eventualmente entre si e
freqüentemente entre as demais posições (abades,
quando existem, não pode ser acumulado com
nenhuma outra posição). Assim, um cardeal pode
ser, simultaneamente padre e ductus de seu bando,
mas um cardeal não pode ser arcebispo ao mesmo
tempo. Embora sejam considerados como postos
dentro do Sabá, como são limitados à organização
interna de cada bando, os padres, ducti e abades não
são superiores a ninguém e assim não se encaixam
no requisito de instância superior para regras gerais
de Status. Além disso, como ducti, padres e abades
não são considerados superior a ninguém, eles
possuem apenas os benefícios listados em suas
descrições individuais.
Por último, prisci e paladinos estão à margem da
cadeia normal de comando e, desta forma, somente
podem fazer uso do que é descrito para os mesmos
em suas respectivas descrições. Embora não sejam
nem considerados superiores a nenhum outro cargo
no sabá, os prisci somente são inferiores à regente e
respondem diretamente a ela. Paladinos não são
superiores a ninguém, sendo considerados inferiores
ao escalão que servem e a todos os demais escalões
superiores a este (assim um paladino de um
arcebispo pode ignorar a posição de um bispo, que é
de cargo inferior ao que ele serve, mas não pode
ignorar um cardeal).
Cargos e Bandos
À exceção de ducti, padres e abades, qualquer
outro cargo no Sabá não tem a necessidade de
pertencer a um bando, embora alguns o façam.
Paladinos freqüentemente são deixados à margem de
qualquer bando para poderem servir melhor ao seu
líder. Por outro lado, bispos, arcebispos, prisci,
cardeais e a própria regente, por vezes, preferem não
adotar um bando para não gerar preferências entre os
diversos bandos submetidos a eles.
Ductus
Todo bando Sabá possui um líder, conhecido
como ductus (plural, ducti). A importância deste
título, entretanto, varia de bando para bando.
Algumas vezes, um ductus possui uma autoridade
real, seja por medo, carisma ou o que for que faça o
bando curvar-se à sua vontade. Em outros bandos,
ele não é realmente um líder, apenas uma pessoa
para colocar a culpa quando os escalões superiores
precisam dar uma babada no responsável pelo bando.
Um ductus que coloca o seu bando em risco
desnecessário com muita freqüência é destruído, seja
por aqueles acima dele, seja pelos seus próprios
companheiros.
O ductus chama seus colegas de bando para o
esbat (o encontro do bando), no qual o bando discute
os seus afazeres. Membros que conquistaram
alguma recompensa as recebem nesta ocasião,
enquanto aqueles que merecem punição são
julgados. O ductus divide suas responsabilidades de
assegurar as defesas do refúgio e remoções de
cadáveres com quem ele quiser, mas alguns ductus
gostam de fazer certos trabalhos sozinhos.
O ductus não precisa ser o vampiro mais velho do
bando, mas se ele não o for, precisa ter alguma
vantagem sobre os demais: ser o mais feroz, o mais
proficiente em uma dada Disciplina ou o que possui
mais podres para jogar no ventilador em uma
situação de chantagem. A maioria dos bandos, cedo
ou tarde, atravessam uma fase de escolher o seu
membro mais bem apessoado ou sociável como
ductus. Uma poucas derrotas desastrosas
normalmente alteram esta idéia.
Quando estabelecer posições se torna
indispensável, o ductus passa a ser considerado
“mais igual que” os demais de seu bando — ele se
destaca por ter a responsabilidade (e autoridade)
sobre o bando, o que o ductus sempre relembra
quando precisa cuidar para que estes não saiam da
linha ou quando precisa julgar um companheiro. Um
ductus sábio, entretanto, sempre sabe ouvir seus
colegas, lembrando-lhes de sua posição apenas
quando os demais se recusam a ver a força de seus
argumentos.
•O ductus automaticamente ganha a
Característica de Status de Temido quando
assume o cargo. Esta Característica jamais pode
ser permanentemente removida enquanto ele
permanecer como ductus.
•O ductus aponta e remove o padre do bando.
•O ductus pode conferir ou remover
Características permanentes de Status dos
vampiros de seu bando ao custo de uma
Característica temporária de Status para outra
concedida ou retirada. Se o indivíduo agraciado
com Status possui três ou mais Características de
Status permanentes, isso passará a custar uma
Característica de Status permanente do ductus
(Status temporário somente é queimado para
aumentar o Status de alguém de seu bando até, no
máximo, a terceira Característica). Note-se que
conferir o Status de Iniciado a alguém de seu
bando jamais custa qualquer Status temporário ou
permanente ao ductus.
Padre
O padre cuida da alma de seu bando da mesma
forma como um ductus cuida de seus corpos. Um
padre é responsável pelos valores morais do bando e
de suas prioridades. O que os seus colegas
valorizam? O que eles odeiam? Como eles lidam
com a perda e a derrota? Os ensinamentos de um
padre aconselham as respostas.
O padre precisa saber tudo sobre os ritos padrões,
desde que o ductus e os bispos costumam
inspecionar o quão ortodoxo é um bando. Os padres
também estão livres para inventar ritos a serem
usados dentro do próprio bando. Os ritos mais
populares tendem a ser adotados por outros bandos,
dando um certo respeito ao padre e àquelas pessoas
iluminadas de seu bando que o seguem. Por outro
lado, ritos impopulares fazem o padre parecer um
idiota na frente de todo mundo, bem como o restante
de seu bando, que é tido como tolo por ter tirado o
seu padre do manicômio.
Todo bando possui no mínimo um padre. Bandos
grandes (de mais de sete vampiros) que possuam um
ductus particularmente interessado no aspecto
cerimonial do Sabá, podem ter até dois. Se o ductus,
por algum motivo, é incapaz de liderar, é ao padre
que cabe fazê-lo até que o bando escolha um novo
líder ou o bispo local aponte um para o mesmo.
Mesmo que o ductus lidere o bando na maior parte
dos casos, a um padre cabe muita responsabilidade.
Ele precisa ensinar aos demais como controlar o
frenesi e mantê-los longe das tentações infernalistas.
Praticamente nunca é permitido a um vampiro que
ainda retém sua Humanidade, mesmo pouca, a se
tornar o conselheiro espiritual de um bando. A
maioria dos padres, pelo contrário, possui uma Trilha
muito desenvolvida e tende a fazer os seus colegas
ou a adotarem ou a seguirem outras Trilhas que não
atrapalhem nos afazeres do bando.
•O padre automaticamente ganha a
Característica de Status de Iluminado quando
assume o cargo. Esta Característica jamais pode
ser permanentemente removida enquanto ele
permanecer como padre.
•Um padre pode conferir ou remover as
seguintes Características de Status de um colega
de bando ao custo de uma Característica
temporária de Status para outra concedida ou
removida: Abençoado, Devoto e Iluminado. Estas
Características são dadas ou retiradas para indicar
o progresso (ou retrocesso) na visão espiritual de
um membro do bando.
•O padre é o único que tem autorização para
realizar os ritos do bando e o único que é capaz
de conferir os benefícios dos mesmos (veja o
Capítulo Ritos do Sabá).
Abade
O cargo de abade entra e sai de moda no Sabá
com certa freqüência. Nestas Noites Finais, muitos
bispos e arcebispos que gostam de bandos grandes
incentivam os mesmos. Nas regiões onde a figura de
abade é adotada, ela é responsável pelo suprimento
de comida do bando, bem como pela manutenção do
refúgio comunal dos mesmos. O abade deve procurar
por locais ideais para um refúgio, responsabilizar-se
pela segurança dos mesmos, achar uma maneira de
se livrar de eventuais cadáveres e manter o bando
descansado e preparados para todas as suas tarefas.
Os traidores da Camarilla que adentraram o Sabá
tendem a ver um abade como sendo uma mistura de
senescal e chicote.
•O abade automaticamente ganha a
Característica de Status de Leal quando assume o
cargo. Esta Característica jamais pode ser
permanentemente removida enquanto ele
permanecer como abade.
•O abade pode ignorar uma Característica de
Status de um colega de bando que comprometa a
refúgio. Isto apenas se aplica a ameaças
imediatas, como levar a polícia a persegui-lo até
o refúgio.
Templário ou
Paladino
Os bispos e os escalões mais altos a partir daí
podem apontar guarda-costas e agentes pessoais para
tarefas que requeiram força e fineza. O Sabá como
um todo mantém pouco padrão para esta posição,
sequer dando um título específico para a própria.
Templários, paladinos e dezenas de outros termos se
referem à mesma categoria de indivíduos escalados
para serviços especiais. Templários possuem
diversas obrigações, todas elas relacionadas ao
combate ou à proteção de alguma forma. A maioria
procura a segurança daquele que o apontou. Alguns
monitoram a liderança dos bandos e intervém
quando é preciso solucionar problemas, depois
punindo o líder que causou o inconveniente. Os
inquisidores costumam fazer uso dos templários
como agentes da lei durante as suas viagens e
julgamentos.
Templários jamais podem aderir à causa da Mão
Negra. Pertencer à mesma é visto como causa para
conflito de interesses, já que paladinos são
encorajados a agir acima dos interesses de uma
facção. Na teoria, um templário apenas se dedica a
uma tarefa específica de cada vez. Na prática, um
templário também possui interesses pessoais e a seita
apenas procura reduzir o número de complicações
desnecessárias.
Os templários são bastante utilizados pelos
líderes da seita, embora alguns possam pertencer a
bandos durante o seu período de inatividade ou ser
respeitosamente libertado de suas obrigações em
tempos que os líderes não têm necessidades pessoais
de possuir um guarda-costas. Ex-templários ainda
recebem muito respeito. Bandos da vizinhança
sempre competem para ver quem irá recrutar pessoas
que já serviram em cargo tão proeminente e trata-os
muito bem após terem sido recrutados.
•O templário automaticamente ganha as
Características de Status de Respeitado e
Agourento quando assume o cargo. Estas
Características jamais podem ser
permanentemente removidas enquanto ele
permanecer como templário.
•Um templário pode desobedecer qualquer
ordem de um escalão inferior ao escalão ao qual
o templário serve, desde que esta desobediência
tenha relação com as suas obrigações e ordens.
Se o superior do templário se recusar a apoiá-lo
nesta ocasião, então a justiça Sabá de praxe é
aplicada.
Bispo (sempre de
uma cidade
específica)
O bispo é responsável pela população vampírica
de uma cidade de pequeno ou médio porte ou de uma
vasta quantia de cidades pequenas e vilarejos que
não são vistos como importantes o suficiente para ter
cada qual o seu líder. Cidades maiores sem um
arcebispo são regidas por um conselho de bispos de
todas as cidades da região.
Muitos bispos já serviram como padre de um
bando. Embora isso não seja um requisito necessário
para atingir o cargo — ducti talentosos também
podendo atingir o bispado. Ser nomeado bispo marca
a entrada de um vampiro no reino da política séria do
Sabá. Novos bispos costumam ter pelo menos dois
séculos de idade e normalmente sabem apenas
poucas coisas sobre as tarefas que terão que tomar
pela frente. Por exemplo, um padre profundo
conhecedor dos ritos pode não entender nada de
administração e assuntos de segurança, enquanto um
guerreiro não possui qualquer experiência em
detectar sinais de heresia e infernalismo. O concílio
dos bispos deixa cada novo bispo consultá-los
sempre que preciso para que assim aprenda através
da observação.
Bispos desinformados não costumam durar por
muito tempo. O cardeal da região sempre
supervisiona o concílio dos bispos e a maioria dos
cardeais apenas tolera alguns poucos erros mais
sérios (se algum). A natureza faccional dos bandos
faz com que um bispo tenha que constantemente
prever desastres e uma ação errada da sua parte, bem
como a falta de atitude, poderia resultar em sua
destruição. Um bispo possui ainda menos espaço de
manobra quando exige obediência. Ele deve saber
negociar tão bem quanto sabe comandar.
Um bispo pode comandar apenas um ou dois
bandos sob a sua jurisdição ou tantos quanto uma
dúzia. O Sabá tenta não manter um bispo
sobrecarregado com inúmeros bandos, mas em
tempos de crise isto, às vezes, é necessário. Durante
um ataque mal formulado contra a Camarilla, um
Sabá pode perder diversos líderes acima dos padres e
dos ducti e assim vir a ser necessário um bispo
assumir todos os problemas. O mesmo pode
acontecer quando a Inquisição chega a uma cidade
acusada de infernalismo e julga todas as figuras no
poder ali, condenando-as. Em tempos de paz, um
bispo possui tempo para treinar seus sucessores,
planejando e discutindo de antemão os seus projetos
com arcebispos e cardeais. Nas Noites Finais,
entretanto, cada vez mais tem sido necessário
nomear bispos de sopetão, muito deles totalmente
despreparados para o cargo.
Bispos respondem diretamente aos cardeais e
podem sofrer represálias imensas se não se
adequarem ao modo de ser deste.
•O bispo automaticamente ganha as
Características de Status de Temido e Provado
quando assume o cargo. Estas Características
jamais podem ser permanentemente removidas
enquanto ele permanecer como bispo.
•O bispo pode nomear e remover ducti e
padres.
•O bispo pode apontar templários. Para
promover alguém a templário, o bispo precisa
gastar uma Característica temporária de Status
sua.
•O bispo pode escolher liderar os ritos do
qual ele participa; ele precisa escolher um
substituto apropriado quando ele declina.
Declinar com muita freqüência sugere covardia e
é um bom começo para acusações de negligência
de suas responsabilidades.
•O bispo lidera todos os bandos sob a sua
jurisdição contra os inimigos do Sabá. Ele pode
delegar parte da responsabilidade aos templários,
ducti e líderes de guerra escolhidos, mas como
ocorre com os ritos, muita delegação ou recusa
acaba com sua autoridade.
•O bispo pode retirar a Característica de
Status Iniciado de um membro do Sabá em
resposta a sérias violações do código de conduta
da seita. Neste ponto, apenas os laços de
Vaulderie de um indivíduo o protegem da
destruição imediata. Remover este Status custa ao
bispo uma Característica temporária de Status.
•O bispo pode determinar regras quando
bandos adentram sua jurisdição. Ele não pode
negar passagem a bandos que reconheçam sua
autoridade e tomem parte nos ritos. Mas ele pode
restringir a capacidade dos bandos de agirem
independentemente enquanto estiverem dentro de
sua região.
Arcebispo (sempre
de uma região
específica)
Os arcebispos regem uma cidade maior ou, pelo
menos, esta é a idéia. O cardeal responsável por uma
região aponta um arcebispo para liderar uma cidade
Sabá que o cardeal acredite que precise de um
controle mais profundo ou na qual um conselho de
bispos regionais simplesmente não funciona.
Arcebispos sempre provém do escalão de bispos.
Ninguém ganha responsabilidade pelos afazeres de
uma cidade até que tenha aprendido como lidar com
todos os aspectos mais rotineiros da rotina Sabá. Os
novos arcebispos que são nomeados quase sempre já
conhecem profundamente as crenças e práticas do
Sabá. Ele já provou não somente sua utilidade como
também sua capacidade de liderar as crenças
espirituais de seus seguidores. Não se espera que ele
seja competente em todos os campos do
conhecimento, mas , no mínimo, ele é
suficientemente competente para não cometer os
erros pelos quais ele seria punido severamente se
ocupasse escalões mais baixos.
O arcebispo quase sempre não está nem um
pouco preocupado com o bem-estar dos mortais em
sua cidade. As cidades Sabá tendem a terem corpos
desaparecidos sem que ninguém dê muita falta pelos
mesmos, seja por serem violentas. O Sabá, além
disso, não possui a tradição de manter uma Máscara.
Desde que um vampiro não cause uma retaliação em
massa do mundo mortal por suas atitudes, está tudo
bem. Mostras de poder que seriam difíceis de serem
explicadas de uma forma mais racional costumam
ser punidas — não porque eles se importem
realmente com a Máscara, mas porque é uma tática
muito ruim chamar a atenção. Na era da
comunicação em massa, o Sabá precisa restringir
mais veementemente os membros mais exaltados de
um comportamento que lhes seria permitido caso a
cidade fosse um local isolado. O arcebispo sempre
determina as regras no tocante a isso dentro de sua
cidade. Uns costumam ser muito rígidos, outros nem
tanto, gerando cidades onde a violência e o caos
predominam.
A maioria dos arcebispos ascendem ao cargo
após o segundo século de existência e uns poucos
possuem mais de 300 anos. Competição e guerra
incessante tomam lugar em seu dia a dia. Um
punhado de arcebispos são muito mais velhos,
regendo suas cidades desde a fundação do Sabá ou,
talvez, desde antes disso e exercem uma tremenda
autoridade sobre os seus domínios, independente de
sua exata posição dentro da hierarquia.
Todo padre pode criar seus próprios ignobilis
ritae e os superiores podem intervir em caso de
extrema divergência doutrinal. Um arcebispo pode
recomendar aos outros bandos de sua jurisdição para
adotar os ignobilis que agradam a ele ou até mesmo
elevá-lo a um status de auctoritas para a região.
Além disso, um arcebispo possui um papel
determinante para definir o estilo como são
praticados quaisquer rituais em sua região. Padres e
bispos agem com extrema cautela (se sabem o que é
bom para eles) quando contradizem as preferências
de um arcebispo quanto à estética, formalidade e
características gerais de um ritual.
Um arcebispo é responsável pela espiritualidade
de sua cidade. Muitos arcebispos eram padres antes
de atingirem sua posição, muito menos ducti
chegando a este posto que aqueles que conseguem
ser bispos. Arcebispos realizam pessoalmente a
maioria dos auctoritas ritae de sua jurisdição e eles
também gostam de realizar alguns ignobilis. Ao
final, um arcebispo é responsável pela saúde
espiritual e cívica dos Sabás submetidos a ele.
•O arcebispo automaticamente ganha as
Características de Status de Temido, Provado e
Incansável quando assume o cargo. Estas
Características jamais podem ser
permanentemente removidas enquanto ele
permanecer como arcebispo.
•Um arcebispo nomeia e remove bispos e
escalões menores do Sabá em sua própria
jurisdição.
•O arcebispo pode criar e remover templários.
Isto não lhe custa qualquer Status.
•O arcebispo não somente pode, como os
bispos, remover o Iniciado de alguém, como
substituir esta Característica pelo Status Negativo
de Caçado dentro de sua jurisdição. Isto custa ao
arcebispo uma Característica temporária de
Status sua quando mudando alterando o Status de
um bispo desta forma e uma Característica
permanente de Status quando o realizando sobre
outro arcebispo ou superior. Vampiros que
conheçam alguém Status Caçado podem usá-la
como Característica Negativa do oponente em
testes para resistir ao chamado do Vínculo para
ajudar um banido. Excomungar um outro
arcebispo ou cardeal sem boas razões para esta
ofensa tende a fazer com que o arcebispo seja
destruído pelos superiores.
•O arcebispo pode remover um ou mais
Características de Status de um padre sob a sua
jurisdição por realizações impróprias de ritos —
ou seja, realizá-los de uma forma que o arcebispo
não goste. Em casos de desvio grosseiro do
padrão estabelecido, o arcebispo pode gastar um
Característica temporária de Status para garantir
o Status de Questionável ou Indigno ao padre e,
sob critério do arcebispo, ao ductus do bando e
aos demais membros deste (uma única
Característica temporária gasta para marcar
praticamente todos do bando, se for preciso).
Nenhum Sabá jamais pode subir na hierarquia de
forma alguma enquanto não conseguir convencer
um arcebispo ou um superior deste a remover a
marca; isto normalmente requer demonstrações
heróicas de virtudes (como o Sabá as vêem) para
se expiar dos pecados, a menos que o próprio
arcebispo caia em desgraça, na qual o seu
sucessor decide se deve ou não manter tais
marcas sobre aqueles que a receberam.
Cardeal (sempre de
uma região
específica)
Aquilo que os arcebispos fazem por uma cidade,
os cardeais fazem por estados e países inteiros. O
cardeal coordena os esforços de todos os arcebispos
sob sua jurisdição, dirigindo-os como for necessário.
Como os seus subordinados, ao cardeal cabe
exercer autoridade política e espiritual. O equilíbrio
depende das próprias inclinações de um cardeal.
Todo cardeal bem sucedido deve conquistar as metas
da seita (ou, em regiões de oposição intensa, ao
menos não deixar que os interesses da seita saiam
perdendo) e ver se as disputas religiosas sempre
permanecem dentro do limite aceitável pela
ortodoxia Sabá. Alguns cardeais gostam de enfatizar
que são generais e guerreiros, levando seus
seguidores à batalha heróica. Outros gostam de se
ver como mestres estrategistas e elaboram planos
para seus comandados executarem. Outros ainda
acreditam ser os verdadeiros guardiães da fé cainita,
colocando de lado a administração para liderar as
massas à verdadeira liberdade da alma.
Independente de seu estilo em particular, todo
cardeal recebe o respeito e o medo de seus
subordinados. Os vampiros que ele comanda devem
saber que serão punidos se falharem e que qualquer
rebelião será esmagada pelos meios que o cardeal
julgar necessário, incluindo a Morte Final. Por outro
lado, um cardeal sempre procura recompensar
sucesso e inovação.
O cardeal arca com as responsabilidades de
qualquer cruzada em sua região. Normalmente,
dentro do território que foi estabelecido para ele,
encontrar-se-ão muitas cidades não controladas pelo
Sabá e ele precisa ver o que vai fazer para colocá-las
sob a direção da seita. Experiente nas várias táticas
de guerra, espera-se que ele se utilize de todos os
meios necessários para tanto, não apenas os meios
que o agradam. Uma cruzada bem sucedida leva
muitos anos para ser elaborada, com missões de
reconhecimento (refeitas periodicamente), contatos
com aliados em potencial dentro da zona alvo e
planos de contingência, caso tudo o mais dê errado.
O cardeal deve sempre prosseguir com os planos de
conquista enquanto, neste meio tempo, arranja algo
para manter os seus seguidores devotados
suficientemente ocupados. Inevitavelmente será
necessário delegar muita responsabilidade no
processo e a falha de seus agentes escolhidos
normalmente forma as bases formais de acusação
para a sua própria remoção.
A maioria dos carniçais possui pelo menos três
séculos de vampirismo, embora existam exceções.
Muitos cardeais de hoje até mesmo tomaram parte da
Revolta Anarquista, bem como em ambas as guerras
civis do Sabá. Um cardeal razoável agrada tanto aos
seus seguidores quanto à regente, oferecendo
evidências que os seus planos, no mínimo, possuem
chances razoáveis de sucesso. Ao mesmo tempo, ele
deve refrear seu próprio entusiasmo e impedir que
seus seguidores raivosos destruam as suas próprias
cidades conquistadas, evitando assim atrair a
resposta dos mortais à situação.
Os seguidores de um cardeal não o costumam ver
com muita freqüência, exceto durante os ritos anuais
ou em momentos de grande crise, quando ele precisa
assumir pessoalmente o papel de líder. Mesmo os
cardeais que insistem em poder absolutista devem
possuir uma cadeia de comando e seus bispos e
arcebispos cuidam da maioria dos assuntos para ele.
Se o cardeal em pessoa está envolvido, a situação em
si já é por definição incomum e geralmente pouco
afortunada para aqueles que atraíram a atenção do
cardeal.
•O cardeal automaticamente ganha as
Características de Status de Agourento, Provado
e Superior quando assume o cargo. Estas
Características jamais podem ser
permanentemente removidas enquanto ele
permanecer como cardeal.
•O cardeal pode nomear e remover arcebispos
(ao custo de uma Característica temporária de
Status sua), templários e oficiais de menor
escalão (sem qualquer custo para si).
•O cardeal pode remover o Status Iniciado de
um vampiro e substituí-lo pelo de Caçado sem
qualquer custo. Ele também pode punir padres
com a remoção de uma ou mais Características
de Status sem nenhum custo para si.
•O cardeal pode gastar uma Característica
temporária de Status para garantir o Status de
Favorecido a um agente escolhido seu —
infiltradores, estrategistas e assim por diante.
Qualquer um que puna ou destrua um membro
Favorecido do Sabá imediatamente invoca uma
Monomancia contra o cardeal, a menos que ele
possua uma excelente razão para o seu ato.
Priscus
Um priscus (plural, prisci) freqüentemente já
teve algum cargo dentro da hierarquia formal no
passado e possivelmente voltará a tê-lo no futuro,
mas o cargo formal de priscus não requer qualquer
outra posição hierárquica. Prisci são os conselheiros
pessoais da regente, cardeais, arcebispos e, muito
eventualmente, de oficiais de escalão menor. Um
priscus possui uma grande influência na forma de
favores que lhe são devidos pelos escalões atuais e
na forma da moeda corrente da seita, ou seja,
respeito pelas suas capacidades individuais.
Um priscus algumas vezes pode agir de forma
independente, com ou sem a permissão do oficial ao
qual ele aconselha. Mais freqüentemente, entretanto,
ele serve como informante e treinador dos vampiros
mais jovens. Acima de tudo, um priscus ajuda o
vampiro que ele aconselha a fazer uso de todas as
fraquezas dos inimigos do Sabá. Algumas vezes, esta
ajuda toma a forma de ataques cirúrgicos ou estudo
das defesas do oponente. Outras tantas, a ajuda pode
ser espionagem, guerrilha ideológica para plantar
sementes de rebelião das quais o Sabá fará uso
posteriormente. Muitos prisci foram senhores feudais
ou estrategistas militares antes de serem Abraçados e
sua experiência agora serve à Seita. Quase sempre, o
sucesso ou falha de uma cruzada depende das
informações vitais sobre as defesas de um príncipe
da Camarilla ou de quais vampiros influentes
poderiam simpatizar com a causa Sabá. Este é o
verdadeiro propósito de um priscus: acentuar as
fraquezas dos outros a partir de estratégias eficientes.
O conflito de gerações dentro do Sabá faz com
que eles apenas escolham os seus membros mais
proeminentes para o cargo. Nenhum priscus atinge a
posição antes de, ao menos, 200 anos de vampirismo
e a maioria é duas vezes mais idosa. Os anciões do
Sabá parecem pensar que isto é uma forma de
recompensar uma longa lealdade à seita por serviços
prestados. Vampiros mais jovens tendem a acreditar
que isto é viver das glórias passadas às custas dos
vampiros que realmente fazem as coisas
acontecerem. A verdade para o despeito é que os
vampiros mais jovens raramente terão oportunidade
para ver um priscus em ação. Devotados como são à
regente e à seita, muitas de suas responsabilidades os
levam para longe do contato com os soldados rasos
do Sabá. Estes cainitas mais jovens estão incorretos,
entretanto. Os prisci lembram uma corte da
aristocracia juntamente com os vampiros que eles
aconselham (muitas vezes um cardeal), brincando os
jogos da Jyhad. Em resumo, aos prisci cabe
assegurar o sucesso do Sabá a longo prazo e não
apenas nas conquistas do dia a dia, para isso usando
de conselhos sábios e planejamento cuidadoso. Prisci
também tentam sempre manter a estrutura social do
Sabá também — receber o apoio de um priscus é
praticamente indispensável para se tornar um
arcebispo, já que ele constantemente busca
determinar os membros que julga mais aptos dentre
os escalões menores da Seita.
•O priscus automaticamente ganha as
Características de Status de Confirmado, Temido
e Infame quando assume o cargo. Estas
Características jamais podem ser
permanentemente removidas enquanto ele
permanecer como priscus.
•Apenas um priscus pode nomear e remover
outro vampiro como priscus. Isto ocorre pela
queima de uma Característica temporária de
Status e normalmente somente após todos os
demais priscus da região concordarem com a
nomeação ou remoção. O apontamento para a
posição de priscus sempre requer associá-lo com
um líder Sabá em particular (um priscus pode
mudar quem ele aconselha quando todas as partes
envolvidas aceitam isso ou quando o líder
original morre ou é removido do cargo).
•Um priscus pode gastar uma Característica
temporária de Status para ignorar uma ordem
provinda de um vampiro de escalão mais baixo
que o líder ao qual o priscus aconselha.
•O priscus pode usar suas Características de
Status para retestes em Desafios Mentais
relativos diretamente a aconselhar seu líder —
testar a eficácia de um plano de infiltração, por
exemplo, ou determinar quem serão os batedores
infiltrados na Camarilla.
Regente
A regente lidera toda a seita, contando com o
apoio de seus seguidores para guiar o Sabá para a
vitória definitiva. Na teoria, ela possui poder
absoluto. Na prática, seus subordinados distorcem
suas ordens ou “não ouviram falar das mesmas”,
quando não é conveniente para os mesmos, de forma
que o poder da regente está intimamente ligado à alta
cúpula que a apóia. Os vampiros ideologistas mais
jovens (e alguns dos anciões também) fazem de
recusar-se a obedecer a regente um ponto pacífico de
ordem. Eles aceitam os ideais do Sabá com ponto
pacífico, mas sentem que não deveria haver um líder
absoluto, pois isto é incompatível com os princípios
originais da seita. Vampiros menos ideologistas
apenas sentem que não é agradável ter um
comandante afastado que pouco sabe da situação
atual deles dando ordens.
O regente é necessariamente um vampiro idoso,
escolhido dentre os cardeais por competição
constante, geralmente tendo gasto muito tempo em –
torpor. Sua capacidade de governar a seita
diariamente depende de como seus subordinados
executam suas ordens e de como as metas pessoais
dos mesmos influenciam nisso. Enquanto desperta, a
regente passa muito de seu tempo tentando evitar
conflitos se avizinhando. Detalhes surgem apenas
após vários filtros da cadeia de comando e um
regente inteligente sabe que não conhece tudo a
respeito do que está ocorrendo. A rotina de preservar
seu cargo a despeito da competição pelo mesmo
também consome parte significativa de sua atenção.,
o que requer que exalte o seu ponto de vista para
seita sempre que possível.
Os afazeres diários da regente consistem em
entreter os luminares da seita, ouvir relatórios de
atividades, planejar contra outros vampiros (dentro
da seita ou fora dela) e decidir que manobras táticas
realizar. Adicione a esta lista a arte incessante de
cultivar influências, mover-se e recuar para manter
os inimigos ao largo, presidir ritos e desvendar
incontáveis intrigas inerentes aos vampiros seculares.
•A regente automaticamente ganha as
Características de Status de Temida, Infame,
Provada e Suprema quando assume o cargo.
Estas Características jamais podem ser
permanentemente removidas enquanto ela
permanecer como regente.
•A regente pode nomear e remover cardeais ao
custo de uma Característica temporária de Status
(pela recíproca, cardeais podem nomear e
remover regentes). Ela pode nomear e remover
escalões inferiores ao de cardeal sem nenhum
custo para si mesma.
•A regente pode utilizar suas Características de
Status em retestes nos Desafios Mentais
relacionados com a liderança da seita: detectar
planos contra ela, dispensar ordens e assim por
diante.
 Capítulo 3: Estados
Físicos e Sociais e
Mentais
Torpor
Personagens podem entrar em torpor voluntária
ou involuntariamente (através de ferimentos ou
outros meios). Uma vez em torpor, a personagem
entra em um estado similar ao coma e permanece
dormindo por um montante de tempo que dependerá
de sua Moralidade ou até que outro vampiro com
sangue três gerações mais poderosas dê sangue para
revivê-lo. Personagens sem Pontos de Sangue
perderão níveis de vitalidade ao invés de sangue toda
vez que as regras exigirem gasto de sangue (ao início
de cada noite, por exemplo). Uma vez que uma
personagem caia abaixo de Incapacitada desta forma,
ela entra em torpor. Vampiros que entram em torpor
por perda de sangue ou ferimentos precisam
descansar por todo período demonstrado pela tabela
abaixo, exceto por circunstâncias excepcionais a
critério da Diretoria.
Características Duração do Torpor
de Moralidade
Cinco Dois dias
Quatro Uma semana
Três Um ano
Duas Uma década
Uma Um século
Nenhuma Um milênio
Após este período de descanso, a personagem
precisa realizar um Desafio Mental Estático contra 3
Características e gastar um Ponto de Sangue para
acordar. Falha significa que a personagem deve
esperar a noite seguinte para testar novamente até
que acorde ou fique sem sangue. Se ela não tiver
sangue, não poderá se erguer até que algum seja
dado a ela.
Uma personagem que entre em torpor
voluntariamente cai em um sono similar ao seu
descanso diário, mas é muito mais profundo e não
pode ser atingido facilmente. Cainitas em torpor
voluntário podem acordar na metade do tempo
listado acima, embora ainda necessitem de um
Desafio Mental Estático.
Vampiros em torpor ignoram a necessidade
noturna por sangue — eles estão efetivamente
hibernando pelo tempo em que permanecerem neste
estado e, assim, não perdem seu sangue toda noite.
Dano
Existem três tipos de dano que um vampiro possa
vir a receber: contundente, letal e agravado (mortais
desconhecem dano agravado, para eles tratado como
sendo letal). Cainitas apenas podem se curar
mediante o gasto de sangue, um Ponto recuperando
um nível de dano letal ou dois níveis de dano
contundente. Este processo de cura é reflexivo e
pode ser feito simultaneamente a qualquer outra
ação, incluindo uso de Disciplinas.
Dano Contundente e
Letal
Alguns tipos de dano são mais perigosos que
outros: um murro no queixo provoca menos estrago
que uma facada. Dano contundente é definido como
qualquer ferimento recebido que, embora seja
doloroso, desaparece de forma relativamente rápida,
como socos, pontapés ou porretadas. Dano letal (de
balas, espadas, facas e assim por diante) podem
facilmente matar e mortais levam um longo tempo
para curá-los. A Diretoria serve de árbitro final para
definir o que é dano letal e o que é contundente.
Personagens recebendo dano contundente além do
nível Incapacitado são postos inconscientes por uma
cena ou uma hora (embora a Diretoria pode definir
que ela é enviada para o Torpor ou até mesmo para a
Morte Final se continuar insistentemente recebendo
dano contundente após desmaiada). Mortais que
passem além do nível Incapacitado por dano letal
irão morrer, enquanto vampiros entrarão em torpor
ao invés disso.
Uma vez que cadáveres, mesmo o corpo
vampírico, não estão tão sujeitos a dano quanto um
corpo vivo, todo o dano contundente que um cainita
receber será reduzido pela metade, arredondado para
baixo (mínimo de um nível de dano recebido em
qualquer ocasião).
Dano Agravado
Ferimentos que estão além dos danos normais
recebidos pelos vampiros e que não podem ser
facilmente curados mesmo pelos seus fantásticos
poderes regenerativos são chamados de agravados.
Estes ferimentos são normalmente recebidos de fogo,
luz solar, garras e presas de outras criaturas
sobrenaturais. A Diretoria também pode definir que
outros tipos de dano são agravados, dependendo da
circunstância. Três Pontos de Sangue (e,
eventualmente, um ponto de Força de Vontade) são
necessários para curar cada ferimento agravado
possuído.
Luz Solar
Exposição à luz solar é algo extremamente
doloroso para os vampiros. Luz do sol indireta, como
aquela que passa através de cortinas ou nuvens
pesadas causa um nível de dano agravado por turno
de exposição, enquanto luz solar que entre em
contato direto com a pele vampírica sem ser
“filtrada” por nenhuma cobertura causará
automaticamente três níveis de dano agravado por
turno (roupas pesadas podem oferecer alguma
proteção adicional, a critério da Diretoria). Vampiros
confrontados com luz solar também devem realizar
um Teste de Coragem ou sofrer os efeitos do
Rötschreck.
Fogo
Vampiros temem e evitam o fogo e mesmo o
mais leve contato com a sua pele lhe causa uma
agonia extremada. A maioria dos vampiros sente-se
extremamente desconfortável próxima a chamas,
desde que isto é uma das poucas coisas que pode
destruí-los permanentemente. Em termos de jogo,
todos os ferimentos produzidos por flamas normais
ou mágicas faz dano agravado nos vampiros e
chamas maiores também irão exigir um Teste de
Coragem para evitar o Rötschereck. Uma
personagem em chamas deve realizar uma ação e
vencer ou empatar um Teste Simples para apagar o
fogo.
Frenesi
Quando um vampiro é criado pelo Abraço, a
Besta dentro dele se manifesta, fazendo com que ele
ocasionalmente sucumba a uma forma violenta de
loucura na qual ele é pouco mais que um animal
selvagem enfurecido. Enquanto estiver em frenesi,
uma personagem não sente dor e age apenas por
instinto, usando suas mãos nuas e presas para
destroçar todos que se interpuserem em seu caminho;
amigos são tão bons alvos durante o frenesi quanto
inimigos o seriam, pois um vampiro neste estado não
reconhece pessoas. O que leva um vampiro ao
frenesi depende de cada um, mas gatilhos comuns a
muitos cainitas são a sede de sangue, emoções
extremadas, frustração, derrota, humilhação nas
mãos de um rival ou ameaças aos amigos ou amados
do vampiro. Jogadores precisam ser consistentes
com o que causa um frenesi; um jogador não pode
ignorar alguma coisa que poderia levá-lo ao frenesi
simplesmente porque não é vantajoso para ele entrar
em frenesi naquele momento. Além disso, cuidado
deve ser tomado, pois alguém que entra muitas vezes
em frenesi não é companhia agradável para se ter por
perto e pode ser posto de lado pelos demais
vampiros.
Sucumbir ao frenesi não é considerado algo
vergonhoso para muitos vampiros do Sabá, que até
mesmo o utilizam como uma arma adicional, sendo
treinados em seu uso.
Para ver se uma personagem resiste à pressão de
entrar em frenesi, um Teste de Autocontrole deve ser
realizado. Personagens com Instintos sempre entram
em frenesi (exceto se o nível de Instintos for pelo
menos o dobro da dificuldade do estímulo), mas
podem realizar um Teste para controlar parcialmente
os seus efeitos. Para maiores informações, leia-se
Virtudes, mais acima.
Uma personagem pode tentar colocar outra em
frenesi por irritá-la e chamar um Desafio Social. Se a
personagem que está irritando a outra vencer o
Desafio, o irritado deve imediatamente testar seu
Autocontrole (ou Instintos) para ver se não se
descontrola e entra em frenesi. Se o irritado vencer o
Desafio Social, nada acontece e o irritado estará
imune a tentativas futuras (nesta mesma sessão de
jogo) de ser irritado novamente pela mesma pessoa.
Uma vez que entre em frenesi, uma personagem
ataca tudo o que estiver ao seu redor sem
discriminação. Uma personagem em frenesi não
sofre penalidades devido a ferimentos até atingir o
Torpor ou a Morte Final. Personagens em frenesi não
podem tentar iniciar qualquer Desafio Social, exceto
aqueles para intimidação e não precisam apostar
nenhuma Característica Social se alguém iniciar um
Desafio Social contra elas neste meio tempo.
Uma personagem pode evitar entrar em frenesi
por 10 minutos por gastar um ponto de Força de
Vontade. Entretanto, se o que desencadeou o frenesi
ainda estiver presente quando o tempo se expirar, o
vampiro deve testar seu Autocontrole imediatamente
ou Instintos, após iniciado o frenesi. Uma vez que já
esteja em frenesi, um ponto de Força de Vontade
somente pode ser gasto para tentar um Teste de
Autocontrole (mas não de Instintos) para sair do
mesmo.
Sempre que a situação que desencadeou o frenesi
acabar ou sumir, a personagem tem direito a fazer
mais um Teste de Autocontrole ou Instintos para ver
se os efeitos de sua fúria cessam. De outra forma, o
frenesi durará por mais 10 minutos, até lentamente a
personagem recuperar o controle.
Uma outra personagem pode tentar tirar alguém
do frenesi por vencer um Desafio Social Estático

contra ele (a dificuldade é 10 menos a quantidade de
Características de Moralidade da vítima). Falhar
neste desafio significa que a personagem chamou a
atenção do vampiro em frenesi e se torna o seu
próximo alvo.
Rötschreck
Já tendo trapaceado a morte uma vez, os
vampiros não tem desejo de tentar o feito
novamente. Este instinto primitivo de sobrevivência
manifesta-se como um estado de terror e pânico
profundo no qual o vampiro foge do que lhe causa
medo de qualquer forma que ele possa. Este estado é
conhecido como Rötschreck. Qualquer vampiro
considera o Rötschreck extremamente vergonhoso e
a maioria dos cainitas irá evitá-lo como puder. É dito
que o Sabá executa os covardes sem perguntar do
que é que eles estavam correndo, embora os rumores
sejam um tanto quanto exagerados.
Todos os vampiros precisam controlar seu
Rötschreck sempre que encontrarem fogo, luz solar
ou uma amostra de fé verdadeira, mas alguns outros
cainitas, além disso, também encaram um terror
profundo quando se vêem envolvidos em situações
que lhes lembram acontecimentos traumáticos de sua
vida regressa. Como ocorre com o frenesi, uma
personagem não pode ignorar uma circunstância que
a leve ao frenesi se não é interessante demonstrar
pânico.
Um vampiro que entra em Rötschreck foge do
objeto de seu medo como puder, da forma mais
rápida e direta possível. Ele atacará cegamente
qualquer obstáculo ou pessoa que se interponha em
seu caminho e, se fugir se provar impossível, o
vampiro tentará destruir de qualquer forma o objeto
que lhe causa pânico e depois correr. Se por alguma
razão, nem fugir nem lutar for possível, o vampiro
encolhe-se de medo em um terror profundo pela
duração do Rötschreck. Note que este medo não cega
um vampiro para seus instintos de autopreservação
— um cainita não irá se jogar do 13a andar de um
edifício para evitar um cigarro aceso — mas
qualquer caminho que não seja obviamente suicida é
uma boa rota de escape.
Rötschreck pode ser resistido com um Teste de
Coragem, como descrito anteriormente. Para os
efeitos de duração, bem como os gastos de Força de
Vontade e testes necessários, Rötschreck pode ser
considerado equivalente ao frenesi (embora Testes
de Coragem substituam os Testes de Autocontrole ou
Instintos). Personagens também podem ser
acalmados para fora de seu Rötschreck da mesma
forma que alguém tentaria acalmar alguém em
frenesi.
Laços de Sangue
A maioria das criaturas experimenta sentimentos
fortes quando bebem sangue vampírico. Mas isto é
perigoso, pois aquele que beber sangue do mesmo
vampiro por três vezes em três noites distintas cairá
sob o poder de um estado místico conhecido como
laço de sangue. Um vampiro que prendeu alguém em
um laço por este ter bebido de seu sangue é chamado
de regente, enquanto a vítima do laço é dita ser seu
vassalo. Poderes como a Dominação não alteram os
sentimentos de alguém pelo seu regente. Apenas um
Amor Verdadeiro possui a chance de alterar as
emoções contidas no laço. Vampiros do Sabá, devido
à Vaulderie (ver adiante), são rendidos imunes a se
avassalarem perante um laço de sangue, embora
ainda possam se tornar regentes normalmente,
motivo pelo qual as regras abaixo são discutidas.
Um laço de sangue precisa ser mantido com
outras doses. O relacionamento também influencia:
vassalos que são constantemente humilhados e
abusados por seus regentes verificam que seu laço se
dissipa mais rapidamente, enquanto vassalos tratados
com afeição e respeito acham difícil lutar contra seus
regentes.
Laços de sangue são mais comumente utilizados
para enfeitiçar mortais e carniçais nas teias do
vampiro, mas é possível para um cainita laçar outro
de sua espécie (desde que este não esteja imunizado
pela Vaulderie) — diferente das limitações de
geração da Dominação, um vampiro de 13a geração
pode laçar um de 5a. É preciso beber três vezes do
sangue de um vampiro em três ocasiões (noites)
distintas, o efeito de cada uma das doses sendo
descrito a seguir:
Primeira Dose: Neste ponto, aquele que bebeu
passa a sofrer de fortes emoções com relação ao
vampiro — ela pode sonhar com ele e freqüentar
regiões nas quais “casualmente” poderia encontrá-lo.
Não há efeitos de jogo neste ponto, apenas
interpretação.
Segunda Dose: Enquanto alguém ainda não é
escravo neste ponto, passa já a considerar o vampiro
de quem bebeu como uma figura importante em sua
vida. Ela ainda age como quiser, mas precisa vencer
ou empatar um Teste Simples toda vez que quiser
tomar alguma ação que puder diretamente ferir o
vampiro. Além disso, ela possui uma penalidade de
uma Característica para resistir a qualquer Desafio
Social do vampiro.
Terceira Dose: Laço de Sangue completo. Nada
atrapalhará a devoção como o vassalo se dedica ao
seu regente — amantes, esposa, filhos se tornam
figuras secundárias perante seu regente. Um regente
nem mais precisa de contato visual para usar
Dominação em seu vassalo; o mero som de sua voz
já é suficiente e o vassalo possui uma penalidade de
duas Características para resistir à Dominação de seu
regente.
Regentes podem avassalar quantos indivíduos
desejarem em um laço de sangue, mas somente se
pode ser vassalo de um regente de cada vez. Quando
alguém se tornar vassalo por um laço de sangue,
torna-se imediatamente imune a qualquer outro laço
de sangue e não sentirá sequer o efeito das primeiras
doses, sendo totalmente imune aos efeitos colaterais
de se beber sangue vampírico.
Um vassalo pode resistir temporariamente ao
laço por gastar um ponto de Força de Vontade. Se o
vassalo desejar tomar ações que sejam relativamente
indiretas a seu regente, os efeitos de resistir ao laço
durarão por uma cena. Caso o vassalo parta para o
combate físico com o seu regente, um ponto de Força
de Vontade precisa ser gasto todo turno para resistir
aos efeitos do laço.
Um laço de sangue pode ser quebrado
permanentemente se o vassalo evitar todo e qualquer
contato com o seu regente por um número de meses
igual a 12 menos a sua Força de Vontade
permanente. Após este período de tempo, o seu laço
decresce em força, sendo equivalente a apenas duas
doses de sangue bebidas. Durante este período, a
personagem precisa interpretar o processo doloroso
de separação e gastar Força de Vontade para batalhar
combater a necessidade viciosa de ver seu regente (a
critério da Diretoria). Se, durante todo este tempo, a
personagem encontrar-se casualmente com seu
regente apenas uma vez — ou mesmo somente vê-lo
à distância —, todo processo terá sido em vão e
precisará ser iniciado do princípio novamente.
Algumas vezes, um laço de sangue pode ser
quebrado pela morte do regente, embora esta
condição não seja tão certa como parece (entretanto,
com a morte do regente, a falta de contato com o
mesmo está praticamente assegurada e o processo cai
no caso acima, caso o laço de sangue não desapareça
na hora).
A critério da Diretoria, alguém com a Qualidade
Amor Verdadeiro para com outra pessoa além do
regente pode ser capaz de quebrar o laço com a força
de seu amor, mas fazer isso requer um árduo
processo de interpretação durante a crônica.
Diablerie
De todos os crimes perpetrados pelos vampiros,
nenhum é mais temido e odiado que o furto de alma
conhecido por diablerie ou Amaranto. Aqueles que
cometeram este crime são punidos sem dó pelo Sabá,
a menos que o Amaranto seja sancionado (como em
uma Monomancia, por exemplo, ou em uma Festa de
Guerra contra um ancião). Nenhuma punição é dura
o suficiente para com estes criminosos e apenas a
Morte Final pode ser esperada se alguém for
descoberto como diabolista. Ainda assim, existem
aqueles que cometem esta prática proibida apenas
pelo poder que ela pode proporcionar.
Cometer Diablerie
Diablerie pode ser dividida em quatro etapas
distintas. Primeiro, o diabolista precisa incapacitar o
seu alvo; apenas após o alvo ter sido imobilizado é
que a diablerie pode realmente se iniciar. O
diabolista estão começa a beber todo sangue de sua
vítima, tomando um Ponto de Sangue
automaticamente todo turno. Logo após, o diabolista
deve retirar todos os níveis de vitalidade do alvo
“bebendo” até colocá-lo em torpor (se é que ele já
não estava antes). O alvo pode resistir nesta etapa
com um Desafio Físico, mas pode apenas apostar
Características relacionadas ao vigor e não pode ferir
o diabolista como resultado de um Desafio. Se o
diabolista não conseguir mais de nenhuma forma
eliminar os níveis de vitalidade da vítima, a diablerie
fracassará e a vítima apenas morrerá. Além disso, um
diabolista “bebendo” os níveis de vitalidade de sua
vítima não pode ser alvo de Desafios Sociais ou
Mentais, mas também não pode defender-se e
perderá automaticamente todo teste realizado para
atacá-lo fisicamente ou puxá-lo para longe da vítima.
Se a vítima foi drenada de todo sangue e reduzida
ao torpor, a batalha final pela sua alma começa, com
o diabolista tentando capturar esta antes que ela
escape do corpo. Este esforço é traduzido em um
Desafio Físico no qual a vítima adquire um bônus de
três Características. Mas, em compensação, o
diabolista pode continuar tentando até que não possa
mais fazer frente às Características Físicas da vítima
— sucesso significa que ele absorve a alma do alvo
para dentro da sua própria, enquanto a última falha
indica que esta escapou livre para “viver” no além e
a diablerie fracassou.
Uma personagem pode ter outras pessoas para
ajudá-la durante o processo, inclusive ajudando a
drenar o sangue e os níveis de vitalidade. Mas apenas
um único vampiro pode adquirir os benefícios da
diablerie. Além disso, a sedução de poder fácil é
muito forte — uma personagem que desejar parar
com a diablerie após ter atingido o terceiro estágio
precisa gastar um ponto de Força de Vontade e
vencer um Desafio Mental Estático contra 3
Características ou irá prosseguir em frente.
Nota: Você não pode diablerizar nenhuma outra
criatura além de outro vampiro. Uma alma mortal,
com nenhum estado de torpor entre a vida e a morte,
foge assim que seu corpo é assassinado, assim como
a alma de uma fada, besta metamorfa ou qualquer
outra criatura sobrenatural da qual um vampiro possa
se alimentar. Você pode beber sangue destas
criaturas até matá-las, mas somente pode absorver a
alma de um outro cainita.
Recompensas da
Diablerie
Quando uma diablerie termina, o diabolista é
tomado pela euforia e precisa testar contra o frenesi
imediatamente; o diabolista literalmente drenou a
alma de sua vítima para dentro da sua própria. O real
benefício da diablerie se torna aparente, entretanto,
se a vítima era de geração menor que a do diabolista.
Por roubar a alma de um vampiro de geração mais
poderosa, o diabolista baixa sua geração em um grau,
ficando um passo mais próximo de Caim e
adquirindo todos os benefícios da nova geração
(quantidade máxima de sangue, potencial em
Atributos e assim por diante). A personagem também
adquire três Pontos de Experiência extras ao final da
sessão (mesmo que isto ultrapasse os limites de 3 por
live ou 5 por mês).
Se a vítima tinha um poder muito superior (cinco
ou mais gerações de diferença), o diabolista pode
adquirir mais uma geração, baixando efetivamente
em duas gerações. Mas a decisão final é da Diretoria
e ela será soberana, pois nem sempre este é o caso (é
possível descer somente uma geração diablerizando
alguém com mais de cinco gerações de diferença).
Se a vítima era muito poderosa (mais de um
milênio de idade), o diabolista pode experimentar
temporariamente um acréscimo em suas Disciplinas.
Os acréscimos são dados a critério da Diretoria — se
ele der qualquer acréscimo — e, sob hipótese
alguma, estas Disciplinas extras durarão por mais de
uma cena.
Desvantagens da
Diablerie
Muitos neófitos acreditam que a diablerie seja o
crime perfeito: o corpo é destruído no processo,
fazendo difícil a existência de qualquer prova para
apoiar uma acusação de assassinato. Entretanto,
diabolistas logo aprendem que há diversos modos de
determinar a identidade daqueles que cometeram este
pecado mortal. Diretores devem sempre lembrar aos
seus jogadores a magnitude horrível do crime e
assegurar que ninguém ache que possa ficar impune
facilmente (será preciso muito esforço para ocultar
tal crime).
•Primeiro e mais importante, uma
personagem cuja moralidade seja a Humanidade
sempre perde uma Característica
permanentemente por ter cometido um ato tão
cruel e sádico e pode perder ainda mais
Características se o ato for particularmente
monstruoso — não há testes aqui e tampouco
desculpas ou apelações. A perda é automática,
mesmo que a diablerie tenha sido cometida na
pessoa mais monstruosa do mundo. Mesmo
personagens que sigam outras Moralidades
podem esperar perder uma Característica, a
menos que a Moralidade em questão
especificamente permita a diablerie dentro de sua
Hierarquia de Pecados. Caso contrário, mesmo a
Moralidade mais monstruosa do mundo ainda
será automaticamente perdida.
•Um vampiro usando Leitura de Aura
(Disciplina Básica de Auspícios) pode detectar a
diablerie na aura de uma pessoa se perguntar
especificamente por isso. O crime aparece como
veios negros correndo através da aura do
diabolista, mas estes mesmos veios somente
duram por três meses e depois desaparecem da
aura, a diablerie não podendo ser detectada por
este poder após isso.
•Um vampiro com Taumaturgia que conheça
o poder Gosto de Sangue pode sempre detectar a
diablerie no sangue do diabolista, não importando
a quanto tempo ela tenha sido cometida.
•Certas lendas falam de diabolistas que
demonstram o comportamento de suas vítimas,
especialmente se estas possuíam uma vontade
férrea ou uma geração muito inferior àquela do
diabolista. Naturalmente, uma Diretoria
inteligente saberá levar isto em consideração
quando lidando com os jogadores diabolistas de
plantão.
Prestação de
Dívidas
A arte de retornar favores e da prestação é um
sistema complexo pelo qual os vampiros comerciam
status e posição. Dentro do sabá, os clãs Lasombra e
Tzimisce levam bastante a sério a concessão e a
retribuição de favores, embora muitos antitribus
tendam a esnobar disso.
Personagens sempre devem deixar claro quem
está fazendo um favor e quem está recebendo.
Aquele que recebe um favor fica em dívida para com
aquele que lhe fez, categorizando este favor como
sendo trivial, menor, maior, de sangue ou de vida. Os
jogadores podem concordar em transferir
temporariamente um certo número de Características
de Status que o endividado transfere para seu
favorecedor, mas outros arranjos podem ser
combinados. Características de Status emprestadas
desta forma são conhecidas como Características de
Favor. Os arranjos devem agradar ambos os
vampiros envolvidos e outras cláusulas devem ser
estipuladas no momento em que a dívida for feita.
Vampiros que fazem favores a outros normalmente
requerem uma coisa: “Você não pode tomar qualquer
ação física contra mim pela duração desta dívida”.
O favorecedor pode utilizar suas Características
de Favor como ele faria com qualquer outra
Característica de Status. Entretanto, a perda de
Características de Favor é apenas temporária — as
mesmas retornando no início da próxima sessão. A
diferença fundamental entre as Características de
Favor e as de Status emprestadas é que o vampiro
endividado não pode exigir a qualquer momento que
o seu favorecedor as retorne, mas apenas as verá de
volta quando pagar o que deve.
Existem apenas duas maneiras de livrar-se de um
favor ao qual se está endividado. A primeira forma é
pagá-lo; a segunda, ignorá-lo. Mas, ignorar favores é
uma séria ofensa na sociedade vampírica e não
apenas pode custar a perda de Status por parte
daquele que ignora o favor, mas também este se
arrisca a receber a ira do seu favorecedor.
Independente da posição social do favorecedor, se o
endividado ignora um favor maior, de sangue ou de
vida, também perderá permanentemente Status —
ninguém gosta de um vampiro que volta as costas
para aqueles que se esforçaram para ajudá-lo.
Pagando os Débitos
Pagar um favor é freqüentemente feito através de
interpretação com o transcorrer da crônica.
Tipicamente, uma personagem paga sua dívida ao
prestar um favor de igual tamanho ao seu
favorecedor. Entretanto, se o favorecedor estiver
desesperado o suficiente, você pode pagar suas
dívidas por retornar apenas um favor menor, sendo
até mesmo capaz de colocar o seu antigo favorecedor
em débito para com você. Tudo isto depende
somente da capacidade de noção de oportunidade da
personagem e seu talento em barganhar. Outros
vampiros podem se ressentir com você se você fizer
isso, mas, em momentos de crise, um assunto de
prestação de dívidas pode ser um pequeno preço a se
pagar. Um favor costuma ser tão valioso quanto o
número de Características associado a ele. Assim,
um favor menor (duas Características) e um favor
maior (três Características) são compensação
suficiente para uma dívida de vida (cinco
Características).
Via de regra, uma Característica de Favor está
associada a um favor trivial, duas Características a
um favor menor, três a um maior, quatro a um de
sangue e cinco a um de vida.
Favores triviais são favores ocasionais, como
proteger alguém por uma noite, ajudar alguém por
usar uma Disciplina ou apoiar o movimento político
de outro.
Favores menores podem durar mais de uma
noite e freqüentemente geram algum tipo de
inconveniência para o favorecedor, como conseguir
passagem livre por uma cidade hostil, revelar uma
informação crucial ou livrar alguém de uma ameaça.
Favores maiores usualmente consomem um bom
montante de tempo e/ou recursos por parte do
favorecedor. O efeito deste favor dura por muitas
sessões de jogo. Um exemplo deste tipo de favor
inclui ensinar uma Disciplina a alguém ou adquirir
um clube noturno para servir de refúgio para outra
pessoa.
Favores de sangue ocorrem quando o
favorecedor coloca-se em risco de vida para ajudar o
favorecido, donde o nome favor “de sangue”, já que
o favorecedor estava disposto a dar seu sangue e
arriscar-se pelo favorecido.
Favores de vida envolvem o favorecedor
ativamente arriscar sua vida imortal para que o
favorecido possa viver.
 Capítulo 4: Combate
Combate quase sempre cai sob a esfera dos
Desafios Físicos e essencialmente envolve duas ou
mais personagens em conflito. O resultado do
desafio normalmente envolve o perdedor ser ferido,
mas este não é o único resultado possível. Os
combatentes podem testar outras coisas, como atirar
seu oponente pela janela ou empurrá-lo porta afora.
Os resultados do teste também podem ser diferentes
para os desafiantes; por exemplo, um Malkaviano em
frenesi pode tentar rasgar sua vítima mortal em duas
enquanto esta apenas tenta dar no pé ao invés de ferir
o vampiro.
Noções Gerais
Surpresa!
Se uma personagem não responde em três
segundos uma declaração de Desafio Físico feita
contra ela, admite-se que ela foi pega de surpresa —
ela não estava suficientemente preparada para o que
viria. Algumas vezes, o jogador está ocupado com
outra atividade ou está interpretando uma
personagem que apenas não estava preparada para o
ataque. Qualquer jogador que passeie por aí
sussurrando Desafios para pegar alguém de surpresa
está trapaceando e, pura e simplesmente, esta regra
deixa de ser válida.
Surpresa significa que, durante este primeiro
Desafio, apenas o atacante pode pretender ferir o
outro, não o defensor surpreendido. Por exemplo, se
o jogador não responder a tempo um ataque e a sua
personagem surpreendida vencer ainda assim o
Desafio, o atacante não receberá nenhum dano —
apenas não o provocará também. Além disso, se o
atacante perder o primeiro teste, pode imediatamente
chamar por um segundo, apostando outra
Característica. Após este segundo teste, os Desafios
passam a se proceder normalmente, pois o momento
inicial de surpresa já foi superado então.
De qualquer forma, ambos o atacante e o
surpreendido sempre podem pedir por contra-apostas
em qualquer um dos testes, mesmo em situações de
surpresa.
Movimento em
Combate
Qualquer indivíduo em combate ou prestes a
entrar em um está submetido às regras dos “três
passos”. Você pode andar até três passos durante
qualquer ação de combate e ainda assim atacar.
Mover-se um passo é considerado como andar
cautelosamente; andar dois passos é mover-se
normalmente (penalidade de uma Característica em
Desafios Físicos) e andar três passos passa a ser
considerado como sair correndo (também confere
uma penalidade de uma Característica em Desafios
Físicos, não cumulativa com o caso anterior). Uma
Disciplina que permita mais ações por turno lhe
conferem mais três passos adicionais e assim por
diante.
Fuga Justa
Fuga Justa é uma regra simples que permite aos
jogadores escaparem de situações potencialmente
perigosas sem realmente ter que derrubar mesas,
pular pela janela e atropelar todo mundo. Esta regra
também permite a jogadores evitar combate sem
precisar fazer testes para determinar se eles
conseguiram “dar no pé”.
Quando você quer usar esta regra, deve declarar
em alto e bom tom “Fuga Justa!” a qualquer
momento em que veja um outro jogador se
aproximar de você e você não desejar interagir com
o mesmo. Uma vez que a Fuga Justa seja abonada,
você pode deixar a região sem ser perturbado. Há
várias linhas gerais a serem seguidas quando se fizer
uso desta regra:
•Você não pode usar Fuga Justa se a pessoa já
estiver suficientemente próxima (à distância de
conversa). Neste caso, você precisará iniciar um
Desafio se quiser fugir. Use o bom senso em
locais onde muito barulho (como uma danceteria
cheia) diminuir a distância de conversa a um
mínimo.
•Situações que envolverem uma emboscada
(todas as saídas bloqueadas ou o alvo rodeado)
ou armas de longo alcance podem, algumas
vezes, negar esta regra. Novamente, o bom senso
deve ser empregado.
•Uma personagem usando Presença Invisível
ou poderes similares pode empregar a Fuga Justa
a qualquer momento antes que um Desafio tenha
sido iniciado, a menos que se use Sentidos
Aguçados para contra-atacá-lo.
•Personagens com velocidade sobrenatural
como Rapidez podem ganhar uma Fuga Justa por
ativar sua velocidade antes do Desafio se iniciar.
No caso de duas personagens possuírem
velocidade sobrenatural, aquele que tiver o nível
mais alto vence (todos os empates favorecem
aquele que tenta fugir). Assim, uma personagem
com Rapidez Básica não pode esperar escapar de
alguém com Rapidez Avançada.
Estas regras visam acelerar o jogo ao invés de
complicá-lo. Sempre empregue o bom senso no caso
de uma Fuga Justa (como regra geral, se levar alguns
minutos para explicar porque uma Fuga Justa seria
justificada é porque ela provavelmente não o é).
Combate à Longa
Distância
Muitas armas permitem ao oponente permanecer
a certa distância de seu alvo e entrar em combate
com o mesmo. Nestas situações, o jogador deve ir
até o alvo (depois de declarar seu “Bang!”) e iniciar
um Desafio com o mesmo.
Se a personagem surpreendeu o oponente, mesmo
se perder o primeiro teste possui a opção de um
segundo teste (como descrito pelas regras de
surpresa). Se o alvo for considerado pego de surpresa
pelo primeiro ataque, continuará surpreso por todos
os turnos subsequentes a menos que também possua
uma arma de longo alcance para responder aos
ataques. Esta surpresa prosseguirá enquanto o
agressor puder atacá-lo sem encontrar resistência (e
assim, mesmo se perder o Desafio, não receberá
qualquer dano).
Se o alvo estiver ciente do ataque antes deste se
proceder e possui uma arma de longo alcance, ele
não pode ser considerado surpreso no primeiro
ataque, podendo atirar de volta e todos os Desafios
sendo resolvidos como o normal.
Após o primeiro tiro ser disparado (e o primeiro
Desafio ter sido resolvido), o alvo pode tentar atirar
de volta, desde que também esteja armado.
Personagens utilizando a Habilidade Esportes
para atirar projéteis como facas e machadinhas estão
sob as mesmas regras de combate à distância
descritas nos parágrafos anteriores, incluindo a
cobertura (descrita a seguir). Questões como alcance
não devem ser um problema, mas se forem, use o
bom senso e não se esqueça de considerar coisas
como a Disciplina da Potência.
Cobertura
Lutar com armas de longo alcance mantém os
oponentes longe de si; os participantes, entretanto,
podem “mergulhar por cobertura”. Quando
resolvendo um combate à distância, cada participante
pode adicionar um bônus de uma Característica por
cobertura. É considerado cobertura qualquer
obstáculo que estiver próximo e ao alcance (não é
necessário que o jogador realmente mergulhe atrás
dele para interpretar). A Diretoria pode precisar
descrever o que existe como cobertura nos arredores
se o cenário for distinto do local de jogo.
Se a cobertura é grande o suficiente, ela pode
adicionar um bônus de mais Características ao invés
de uma só. A Diretoria define exatamente quanto de
bônus confere uma cobertura pelo seu tamanho.
Esconder-se atrás de uma rocha, por exemplo,
confere duas Características de bônus, enquanto estar
atrás de uma cerca de madeira confere apenas um. Se
o combatente estiver completamente atrás de uma
cobertura (não puder ser visto) e esta for resistente o
suficiente para suportar tiros, ele passa a ser
considerado impossível de atingir. O atacante
necessitará mudar a sua posição para conseguir um
melhor local de disparo.
Briga e Armas
Brancas
Lutas com armas brancas ocorrem quando ambos
os oponentes estão a uma distância em que suas
armas possam atingir um ao outro. Personagens
utilizando-se de armas brancas podem possuir
vantagens especiais com suas armas se possuírem a
Habilidade Armas Brancas (ver em exemplos de
armas, mais adiante). Por exemplo, um esgrimista
treinado pode ganhar como vantagem a velocidade
de seu florete quando duelando contra alguém
utilizando uma arma lenta como um machado de
batalha.
Uma briga ocorre quando as duas personagens
estão ao alcance do braço uma da outra. Personagens
brigando utilizam-se de técnicas de combate
desarmado, incluindo chutes, pontapés, socos,
encontrões e chaves de braço. Entretanto, a menos
que uma descrição ou um poder diga o contrário,
todos os golpes de briga causam um nível de dano
contundente.
Estilos de Luta
Especializados
Comprar estilos de lutas especializados por se
especializar nas Habilidades Briga ou Armas
Brancas permite a você se descrever como a sua
personagem se move e adiciona um certo “sabor” aos
seus ataques e defesas, mas não permite causar dano
extra ou ferimentos específicos (como escolher a
parte do corpo a qual irá atingir).
Lutar com Duas Armas
É possível utilizar mais que uma arma
simultaneamente em combate, embora não seja fácil.
Apenas por realizar algo com a mão errada é
suficiente para penalizar suas chances de sucesso e é
pior ainda quando você tenta coordenar ambas as
mãos.
Por propósitos de simplicidade, é freqüentemente
cômodo assumir que a personagem possui a mesma
mão destra do jogador que a interpreta, a menos que
a Qualidade Ambidestro seja adquirida. Além disso,
estas regras não se aplicam aos usos comuns de
ambas as mãos, como datilografar, tocar um
instrumento musical ou trabalhar em um ofício
manual.
Quando realizando qualquer tarefa com sua mão
“boba”, você sofre uma penalidade de duas
Características.
 A Qualidade Ambidestria assume que você não
sofre esta penalidade por ser igualmente hábil com
ambas as mãos, mas você ainda sofre penalidade por
coordenar ambas simultaneamente. Assim, mesmo se
você for Ambidestro, se usar ambas as mãos
simultaneamente (principalmente em combate),
precisará apostar duas Características (ao invés de
uma) nos testes com cada uma das mãos (e ainda
sofrerá a penalidade de duas Características para a
mão “boba” se não for Ambidestro).
Quando você se especializa em um estilo de luta,
pode escolher Combate com Duas Armas como
especialização. Se fizer isso, pode usar as duas armas
sem penalidade por coordenação — mas ainda
recebe a penalidade de duas Características pela mão
boba, caso não seja Ambidestro. A Diretoria deve
tomar cuidado com monstros que tentam esta
combinação (especialização em Combate com duas
armas e a Qualidade Ambidestria). Desenvolver esta
capacidade leva meses e meses de treinamento.
Quando usando ambas as mãos, você adquire
apenas uma ação extra, independente de combinar
isso com Rapidez ou poderes semelhantes para
aumentar a velocidade. Divida suas ações igualmente
entre ambas as mãos — se você tiver a Ligeireza
para lhe conferir um bônus de duas ações e estiver
usando ambas as mãos, você toma sua ação normal,
age mais duas vezes devido à Disciplina e então age
uma vez mais, por usar ambas as mãos, por um total
de quatro ações. Assume-se que você tomou duas
ações com cada uma das mãos. Se o número de
ações for ímpar, admite-se que a ação extra é feita
pela sua mão mais hábil.
Armas
Por razões óbvias, nenhuma arma real é
permitida nos lives. Mesmo imitações são proibidas
se puderem realmente serem confundidas com armas
reais. Este sistema não utiliza imitações de nenhum
tipo e nem requer (ou permite) que os jogadores
atinjam com golpes o oponente. Ao invés disso, os
jogadores devem usar símbolos ou cartões que
representem suas armas.
Uma arma dá ao seu possuidor alguns bônus em
Características nas situações de combate apropriadas.
Algumas vezes, a arma também possui
Características Negativas que podem ser empregadas
contra aquele que se utiliza da mesma, mas como
toda e qualquer Característica Negativa, precisa ser
apropriada à situação do Desafio (e algumas podem
até mesmo ser canceladas com algum esforço — o
Barulhento de uma pistola pode ser superado com
um silenciador). Cada arma possui de uma a seis
Características que podem ser usados em todos os
desafios pertinentes no qual a arma seja empregada.
Estas Características agem como bônus quando o
número é comparado em empates e contra-apostas,
não podendo serem apostadas de per si. Além disso,
algumas armas possuem habilidades especiais que
podem ser empregadas, como causar níveis extras de
dano ou afetar mais de um alvo.
Apostando
Características das
Armas
Em um combate corporal, ambas as personagens
envolvidas apostam Características Físicas contra
seu oponente. Entretanto, se uma personagem está
empregando armas de fogo, ela pode apostar suas
Características Mentais ao invés disso (apenas se
tiver a Habilidade Armas de Fogo para tanto). Se seu
oponente também se utiliza de uma arma de fogo, ele
pode apostar Características Mentais também, nas
mesmas condições. Se o oponente meramente tenta
se esquivar, então o atacante com a arma de fogo
pode utilizar de suas Características Mentais para
atirar, contra as Características Físicas daquele que
tenta se esquivar.
Ocultamento
Cada arma possui uma taxa de ocultamento. Se a
arma não pode ser ocultada ou se você não possui o
montante de roupa apropriado para escondê-la, você
precisa indicar de alguma forma que está carregando
a arma o tempo todo. Você não pode, por exemplo,
colocar uma espada dentro de seu bolso. Ao invés
disso, por exemplo, você pode alfinetar um cartão à
sua calça para indicar que a está carregando
embainhada ao seu lado.
Avaliabilidade
Armamento pesado ou armas brancas arcaicas
podem levar tempo para serem adquiridas. Armas de
fogo também precisam de porte de arma, o que
envolve emitir cheques ou um período de espera em
algumas regiões. Uma personagem pode “procurar”
equipamento em outras áreas, mas o mercado negro
normalmente é perigoso e tremendamente caro.
Armas que possuem Influência listada em sua
Avaliabilidade indicam o nível e o tipo de Influência
necessária para procurar a arma pelos canais ilícitos.
Além de tudo, existe, é claro, um custo: uma
personagem precisa possuir Recursos ou alguma
forma de levantar fundos quando procurando
legalmente armas brancas antigas ou praticamente
qualquer tipo de armas de fogo.
Uma vez que a personagem adquira uma arma,
isto não significa que conseguirá mantê-la para
sempre. Personagens que gostam de dar muitos tiros
por aí, principalmente com armas especiais, irão
notar que a polícia começa a dar mais batidas como
conseqüência. Jogadores devem compreender que
armas poderosas causam repercussões igualmente
poderosas provindas de seu uso. Estas conseqüências
não somente conservam o equilíbrio de jogo, mas
fornecem um senso de realismo e mantém o jogo
andando ao invés de degenerar em algo parecido
com a série “Duro de Matar”.
Capacidades
Especiais das Armas
Algumas armas possuem capacidades especiais,
permitindo que seu atacante inflija dano extra, ignore
certos tipos de proteção ou atinja vários oponentes
(estes poderes estão descritos juntamente com cada
arma).
•Alto Calibre: Armas de fogo de um calibre
particularmente alto podem causar ferimentos
sérios em poucos tiros. Quando uma arma de alto
calibre atinge um alvo, o atacante deve realizar
um Teste Simples imediatamente. Uma vitória
indica que o alvo sofre um nível a mais de dano
devido ao tiro.
•Destruidora de Escudos: Embora raros nos
dias de hoje, certos inquisidores e anciões
anacrônicos ainda se munem de escudos. Uma
arma capaz de destruir um escudo penetra no
mesmo automaticamente e o deixa inútil após um
certo número de golpes, não importando o
tamanho ou a resistência que o escudo possa vir a
ter.
•Efeito Mangueira: Esta arma pode atingir
diversos alvos de uma vez só, como descrito nos
parâmetros específicos de cada arma. O atirador
realiza um teste contra todos os alvos
simultaneamente. Cada alvo que falhar no teste
sofre o dano da arma, enquanto cada um que for
bem sucedido evita ser ferido. O atirador aposta
uma Característica para cada pessoa do grupo de
alvo, mas apenas perde um número de
Características igual ao número de defensores
que venceram o teste.
•Estacante: Uma arma estacante paralisa
vampiros quando um golpe bem sucedido penetra
o coração do mesmo. O atacante precisa vencer
ou empatar dois Testes Simples seguidos para
poder estacar de forma bem sucedida um
vampiro. Fortitude não pode ser empregada para
prevenir isto, apenas para prevenir o dano
provocado pela estaca em si.
•Incendiária: Armas incendiárias causam
dano agravado em praticamente tudo. Algumas,
como os lança-chamas e os coquetéis molotov
queimam o alvo com jatos de fogo ou explosões,
enquanto outras, como balas incendiárias,
queimam o alvo através de munição
superaquecida. Veja sobre Dano para verificar os
efeitos do fogo.
•Perfuradora de Armadura: Munição
especial, normalmente de teflon, é capaz de
perfurar armaduras com facilidade. Embora não
inflijam dano adicional, armas perfuradoras de
armadura ignoram as defesas conferidas pelas
armaduras. Algumas destas munições são
relativamente simples de conseguir, mas
inquéritos policiais normalmente são abertos após
o seu emprego.
•Totalmente Automática: Uma arma de
fogo com esta capacidade é capaz de disparar
dúzias de balas em um único alvo a curto
alcance. Este ataque inflige um nível de dano
extra automaticamente, devido ao volume dos
tiros; entretanto, após esvaziar um pente de uma
arma totalmente automática, a personagem
precisa gastar uma ação recarregando-a antes de
poder atirar novamente.
•Trauma Maciço: Certas armas são tão
poderosas que infligem dano maciço no alvo,
literalmente arrancando pedaços de carne. Estas
armas infligem um nível extra de dano quando
usadas de forma apropriada.
•Velocidade: Certas armas são usadas para
prevenir o ataque do oponente, permitindo ao
atacante com esta arma a agir primeiro na
iniciativa e resolver seu Desafio antes. Uma
personagem precisa ter a Habilidade Armas
Brancas para usar esta capacidade e precisa estar
atacando ou utilizando a arma de forma ativa
(bloqueando, desarmando) para ganhar este
benefício. Armas rápidas apenas previnem
ataques com armas brancas ou com o corpo, não
contra armas de longo alcance.
Uma vez que ambos ataques são feitos
simultaneamente para facilidade de jogo (ambos
testam uma vez e o vencedor age atacando), esta
habilidade nem sempre é muito útil. Entretanto, se a
Diretoria permitir a cada personagem armada testar
individualmente (atacante navalhando o defensor e
este contra-atacando depois com sua própria arma),
esta habilidade coloca a personagem com a arma de
velocidade na ofensiva.
Exemplos de
Armamentos
Adaga/Faca
Estas armas facilmente ocultáveis são muito
comuns, aparecendo rapidamente nas mãos de
alguém treinado em seu uso. Elas também podem ser
usadas arremessadas, se a personagem pode usar a
Habilidade Esportes de forma apropriada.
Bônus de Características: 2
Características Negativas: Pequena
Ocultamento: Bolso
Dano: Um nível de vitalidade
Avaliabilidade: Qualquer
Habilidade Especial: Velocidade (em combate
corporal contra qualquer arma que possua as
Características Negativas Estabanada, Pesada ou
Lenta, o usuário da faca ou adaga adquire a
oportunidade de atacar primeiro, desde que possua a
Habilidade Armas Brancas).
Estaca de Madeira
Um pequeno bastão de madeira afiado na ponta
tem sido a arma mais utilizada contra vampiros
através dos séculos.
Bônus de Características: 2
Características Negativas: Pequena
Ocultamento: Jaqueta
Dano: Um nível de vitalidade
Avaliabilidade: Qualquer
Habilidade Especial: Estacante (uma estaca
pode penetrar o coração de um vampiro e paralisar a
sanguessuga miserável se o atacante vencer ou
empatar dois Testes Simples após atingir sua vítima).
Clava/Machado
Estas duas armas comuns podem ser tudo desde
pernas de cadeira a machados de cortar lenha e até
bastões de baseball; alguns são contundentes
enquanto outros cortam fazendo dano letal, mas a
função é essencialmente a mesma.
Bônus de Características: 2 (clava), 3 (macha-
do)
Características Negativas: Estabanado
Ocultamento: Casacão
Dano: Um nível de vitalidade (bastão), dois
níveis de vitalidade (machado)
Avaliabilidade: Qualquer
Habilidade Especial: O machado possui a
habilidade Destruir Escudos (após três golpes, o
escudo é deixado inutilizado).
Lâminas Perfurantes
Ainda populares entre muitos anciões, este tipo
de armas baseia-se na velocidade ao invés da força e
infligem a maioria de seu dano por perfuração ao
invés de talhar.
Bônus de Características: 2
Características Negativas: Frágil
Ocultamento: Casacão
Dano: Um nível de vitalidade
Avaliabilidade: Qualquer (uma espada de
esgrima tende a atrair menos atenção policial que um
sabre de cavalaria, especialmente se a personagem
estiver carregando publicamente uma arma destas).
Habilidade Especial: Velocidade (em combate
corporal contra qualquer arma que possua as
Características Negativas Estabanada, Pesada ou
Lenta, o usuário adquire a oportunidade de atacar
primeiro, desde que possua a Habilidade Armas
Brancas).
Arco Longo
Estes gigantescos e poderosos arcos foram
projetados para perfurar armaduras e muitos cainitas
mais velhos foram treinados como arqueiros. Os
arcos compostos modernos são menores e usam um
sistema de cordas para gerar um impulso mais forte;
estes arcos modernos não possuem a Característica
Negativa Estabanado, mas o seu usuário ganha
apenas cinco Características de bônus.
Bônus de Características: 6
Características Negativas: Frágil, Estabanado,
Pesado
Ocultamento: Nenhum
Dano: Dois níveis de vitalidade
Avaliabilidade: Qualquer
Habilidade Especial: Perfurador de Armaduras
(arcos longos ignoram cota de malha); Estacante
(flechas podem ser usadas para estacar um vampiro,
se o arqueiro vencer ou empatar dois Testes Simples
após atingi-lo); Destruidor de Escudos (um tiro de
arco longo deixa um escudo completamente
inutilizado).
Pistola
Esta designação cobre praticamente todas as
armas de fogo de calibre baixo ou médio comumente
encontradas, desde armas padrão da polícia a 9mm.
Bônus de Características: 2
Características Negativas: Barulhenta
Ocultamento: Bolso
Dano: Dois níveis de vitalidade
Avaliabilidade: Qualquer, se registrada. De
outra forma, com Influência (Polícia) 4, Influência
(Ruas) 3 ou Influência (Submundo) 2
Pistola Pesada
Esta designação cobre os monstros das armas de
fogo manuais, desde a Cassull .454 até a Desert
Eagle. Estas armas usam munição de grosso calibre e
fazem grandes buracos em seus alvos.
Bônus de Características: 2
Características Negativas: Barulhenta
Ocultamento: Jaqueta
Dano: Dois níveis de vitalidade
Avaliabilidade: Qualquer, se registrada. De
outra forma, com Influência (Polícia) 4, Influência
(Ruas) 4 ou Influência (Submundo) 3
Habilidade Especial: Alto Calibre (Pistolas
pesadas permitem um Teste Simples se atingirem o
alvo. Sucesso indica que o alvo recebe um nível a
mais de dano).
Rifle
Preferido por muitos caçadores e franco-
atiradores.
Bônus de Características: 3
Características Negativas: Barulhenta
Ocultamento: Nenhum
Dano: Dois níveis de vitalidade
Avaliabilidade: Qualquer, se registrada. De
outra forma, com Influência (Polícia) 4, Influência
(Ruas) 4 ou Influência (Submundo) 3
Habilidade Especial: Alto Calibre (rifles podem
ser carregados com munição de grosso calibre. Note
que a personagem deve especificamente adquirir tal
munição para ganhar este benefício — que não é
incluso automaticamente quando usando um rifle).
Espingarda
Esta arma poderosa atira uma chuva de bagas,
fazendo os alvos serem atingidos mais facilmente.
Bônus de Características: 3
Características Negativas: Barulhenta
Ocultamento: Nenhum
Dano: Dois níveis de vitalidade
Avaliabilidade: Qualquer, se registrada. De
outra forma, com Influência (Polícia) 4, Influência
(Ruas) 4 ou Influência (Submundo) 3
Habilidade Especial: Efeito Mangueira (uma
espingarda pode atingir até três alvos se eles
permanecerem próximos uns dos outros e não mais
que 6 metros distantes do atirador. Este benefício
somente é adquirido se a arma é carregada com
bagas, não com balas); Trauma Maciço (Uma
espingarda pode provocar um nível extra de dano se
disparada contra um único alvo a menos de 1,5
metros de distância).
Metralhadora de Mão
Estas armas são muito poderosas e atiram uma
rápida seqüência de balas em um tempo muito curto,
fazendo-as favoritas por aqueles que acreditam que a
mira não é tão importante quanto a capacidade de
atingir vários alvos ao mesmo tempo. A lei dita que
estas armas não podem ser vendidas com capacidade
automática, devendo disparar apenas uma bala de
cada vez, mas um uso bem sucedido da Habilidade
Reparos pode corrigir esta restrição.
Bônus de Características: 2
Características Negativas: Barulhenta
Ocultamento: Jaqueta
Dano: Dois níveis de vitalidade
Avaliabilidade: Qualquer, se registrada com não
automática. De outra forma, com Influência
(Polícia) 4, Influência (Ruas) 4 ou Influência
(Submundo) 3
Habilidade Especial: Efeito Mangueira (uma
metralhadora de mão pode atingir até cinco alvos se
eles estiverem muito próximos entre si e a não mais
de três metros da pessoa atirando. Totalmente
Automática (uma metralhadora de mão inflige um
nível extra de dano se todo o pente for descarregado
em um alvo que esteja a não mais de 1,5 metros de
distância.
Armaduras
Uma vez que uma armadura serve de proteção
contra dano, ela efetivamente garante níveis extras
de vitalidade àqueles que as vestem; estes níveis são
perdidos primeiro, antes que a personagem venha a
sofrer qualquer dano em combate. É claro que uma
armadura não absorve todos os ataques — uma cota
de malha pouco ou nada faz por uma personagem
tendo o seu sangue queimado por Taumaturgia, por
exemplo.
Diferentes tipos de armaduras podem absorver
diferentes tipos de dano antes de se tornarem inúteis.
Note-se que uma armadura que perdeu todos os seus
níveis de vitalidade não é destruída completamente,
mas está temporariamente inutilizada. É claro que
alguns ataques podem destruir uma armadura além
de qualquer reparo. Consertar uma armadura requer
as ferramentas adequadas e um Desafio Físico
Estático usando a Habilidade Reparos como pré-
requisito.
Armaduras podem ter duas habilidades distintas
para propósitos de jogo. Os níveis de vitalidade
indicam quanto dano elas podem absorver antes que
se tornem inutilizadas e necessitem de reparos.
Características Negativas representam as penalidades
que aqueles que a vestem adquirem para tal tipo em
particular de armadura.
Cota de Malha
Esta categoria cobre a maioria das armaduras de
porte médio feitas de metal, incluindo a brigandina.
A cota de malha verdadeira é muito rara nos tempos
atuais, mas muitos anciãos e alguns inquisidores
mantém sempre uma próxima.
Níveis de Vitalidade: 2
Características Negativas: Pesada
Avaliabilidade: Qualquer. Uma cota de malha
precisa normalmente ser feita sob medida para cada
usuário e pode custar R$ 1000,00 ou mais.
Armadura de Placas
Extremamente caras e difíceis de serem
encontradas, estas armaduras são formadas por peças
ornadas de metal que se encaixam, providenciando
uma excelente proteção, mas sacrificando grande
parte da mobilidade.
Níveis de Vitalidade: 3
Características Negativas: Pesada, Estabanada
Avaliabilidade: Qualquer. Uma armadura destas
precisa obrigatoriamente ser feita sob medida para
cada usuário e pode custar R$ 6000,00 ou mais.
Veste Balística
Este nível básico de proteção previne o usuário
de algum dano e não costuma atrair tanta atenção
quanto armaduras.
Níveis de Vitalidade: 2
Características Negativas: Pesada
Avaliabilidade: Influência (Polícia) 4 ou
Influência (Submundo) 3
Colete a Prova de Balas tiros de muitas armas de fogo de baixo calibre.
A vestimenta favorita dos militares e defensores Níveis de Vitalidade: 3
da lei aguardando situações de risco. Estas Características Negativas: Pesada, Estabanada
vestimentas providenciam boa proteção, parando Avaliabilidade: Influência (Polícia) 5 ou
Influência (Submundo) 4
 Capítulo 5: Os Ritos
do Sabá
O Sabá possui um lado que contrasta com a
imagem de vampiros sedentos de sangue que querem
lhe impingir — o lado de sua espiritualidade. Os
ritos lembram eles de suas metas comuns,
recompensam os seus sucessos e punem suas falhas.
A realização regular dos ritos mantém a harmonia do
bando (ou algo como isso) e ajuda a focar suas
metas.
Não há padrão formal na seita, os ritos variando
de região para região. As Diretorias devem
estabelecer exatamente o padrão que desejam para
eles. Se você quer grandes efeitos, roupas
apropriadas e música ambiente fazem uma grande
diferença. Mesmo um par de velas e um CD de
cantos gregorianos já invocam o sentido religioso
dos ritos.
A espiritualidade do Sabá — e não há qualquer
contradição neste termo — não provém de uma única
cultura histórica. Mesmo que os cardeais sejam
relutantes em admiti-lo, não há necessidade de dar
um tom de missa medieval aos mesmos. Um rito
Sabá poderia muito bem funcionar como um mero
encontro de gangues, uma reunião de diretores ou
um culto pagão, pois a fórmula não é estrita. Mas os
altos escalões reforçam a maneira ortodoxa de
realizá-los e permitem variantes, desde que os
bandos não vão longe demais para irritar o bispo
local.
Pompa, circunstância e abuso de latim nas
liturgias pode ser apropriado misticamente, mas
também pode degenerar em blasfêmia gratuita. Isto
não é desculpa para jogadores tirarem sarro das
crenças religiosas (em OFF) de alguém com a
maneira de preparar seus ritos.
Invocando um Rito
Quando um padre inicia um rito, ele realiza um
Desafio Social Estático contra uma dificuldade igual
ao número de participantes. Se um bispo ou escalão
mais alto realiza um rito com ajudantes, cada
ajudante adiciona uma Característica ao total social
do bispo para este teste. Se o padre empatar no
Desafio, não há qualquer benefício ou penalidade
advinda deste rito. Se ele for bem sucedido, todos
adquirem um bônus de Características igual à
Moralidade do padre para todos os Desafios que se
aplicarem ao rito em si. Por exemplo, durante a
Dança do Fogo, este bônus se aplica às
Características Físicas dos participantes para pular
no fogo, mas não confere qualquer bônus para
estabelecer um elo telepático com alguém a alguns
quarteirões de distância.
Se o padre falhar no Desafio, faça dois Testes
Simples. Se o padre vencer pelo menos um deles, o
rito prossegue como usual (mas sem as
Características de bônus). Se ele não vencer pelo
menos em um dos Testes, todos os participantes
ganham uma penalidade de uma Característica em
todos os testes relacionados com o rito em si — se o
padre está espiritualmente hesitante, como ele espera
que seus seguidores o sigam como apropriado? Neste
caso, o padre possui a opção de cancelar o rito, mas
isto impõe automaticamente a Característica de
Status Negativa de Infiel, a qual somente pode ser
removida após ele realizar de forma bem sucedida
dois auctoritas.
Os Auctoritas
Ritae
Todo vampiro do Sabá pratica os auctoritas ritae
que são, por assim dizer, os rituais “oficiais” da seita.
Cada um ressalta um aspecto de importância do Sabá
e sua realização une todo Sabá em uma fé única.
A Obrigação
O Sabá cresce a cada noite em força, graças à sua
unidade interna em mentalidade e convicção. Todos
os membros do Sabá, do mais reles recruta
sobrevivente à própria Regente, participam da
Obrigação. A participação em grupo e a
familiaridade com o ritual ajuda a unir os cainitas da
seita de uma forma similar à Vaulderie.
Essencialmente, a Obrigação é um juramento formal
de aliança à seita, com os vampiros demonstrando
sua lealdade ao Sabá. O evento serve para sempre
relembrar porque a seita existe e o que ela
ambiciona.
A cerimônia abre com a recitação de como o
bando interpreta o credo Sabá (embora não exista
código formalmente escrito, a maior parte do Sabá
possui uma capacidade de discursar suficiente para
enumerar a doutrina da seita. Isto pode ser
praticamente qualquer coisa, inclusive um longo e
prosaico discurso a respeito das sentenças de
vingança contra o inimigo).
Este evento sempre ocorre na noite de Solstício
de Inverno. Em grandes cidades, os bandos nômades
da região vão ao encontro dos contubérnios. Se for
possível, este rito deve ser supervisionado por um
membro de mais alto escalão que o padre do bando
(como um bispo ou arcebispo). Este rito deve ser, se
possível, feito em uma praia, banquisa de rio ou
próximo à uma queda de água. Se isto se figurar
impossível, uma fonte será suficiente. Bandos muito
desesperados podem utilizar-se de um mero
quadrado de tecido branco para simbolizar a água na
ausência total desta. A água (ou tecido) representa a
natureza implacável da seita — água sempre
encontra um modo de fluir ao redor de uma
obstrução, assim como o Sabá uma noite irá achar
uma forma de sobrepujar os malignos
Antediluvianos.
O rito freqüentemente termina com a observação
da Vaulderie e a troca de promessas em proteger os
segredos do Sabá até a Morte Final.
Sistema: Pelo mês seguinte da Obrigação, todos
os Vínculos entre os vampiros presentes é acrescido
de um (até o máximo de 10). Por esta razão, muitos
dos esforços de guerra do sabá tomam lugar durante
o inverno para capitalizar a fúria desencadeada pelo
rito.
Banho de Sangue
Este rito é realizado sempre que os líderes da
seita deseja reconhecer um vampiro que clamou um
título, como alguém declarado bispo ou cardeal. O
Banho de Sangue formaliza o novo status do
vampiro na seita. Na medida do possível, todos os
Sabás subordinados ao novo título devem
comparecer à cerimônia e não estar presente sem
uma razão justa é considerado uma grave ofensa ao
líder em questão. O padre conduzindo o rito inicia se
aproximando do novo líder e expressando a sua
aceitação e sua aliança ao referido cainita, depois
contribuindo com uma quantidade de sangue em um
recipiente. Depois, os outros líderes da seita e os
demais Sabás fazem o mesmo. O vampiro sendo
entitulado agradece ou aconselha cada um dos
vampiros presentes, enfatizando os benefícios que o
Sabá espera receber compartilhando de sua
sabedoria. Então, ele se banha com todo o sangue
doado. Após a cerimônia, todos os vampiros
presentes bebem do recipiente de banho (algumas
vezes o sangue sendo consagrado como em uma
Vaulderie), simbolizando que eles compartilharão
voluntariamente de tudo que o novo líder tiver a
oferecer.
Muitos Sabás recusam-se a reconhecer um líder
que não tenha passado pelo Banho de Sangue se eles
tiverem razão para suspeitar do mesmo.
Sistema: Cada participante deve contribuir com
pelo menos um Ponto de Sangue. Se este for
consagrado em uma Vaulderie, siga as regras para a
mesma.
Festa de Sangue
Nenhum encontro sabá seria completo sem uma
Festa de Sangue — algumas cidades inclusive a
fazem duas vezes por ano em adição aos outros
eventos que a requerem. Ela serve tanto como
alimento quanto como veículo para expressar o
desejo do Sabá de existir como o maior predador do
mundo. A Festa de Sangue é um ritual de “refeição”,
no qual vassalos capturados são suspensos no alto de
uma cela, ligados a esculturas ou imobilizados de
qualquer outra forma para serem sorvidos ao prazer
dos vampiros presentes. A festa é tanto um encontro
social quanto um rito estruturado e muitos Sabás
gostam de fazer grandes entradas, vestindo a melhor
de suas roupas.
Na preparação de uma festa, um bando
especialmente criado para o feito ou uma caçada irá
coletar humanos ou mesmo alguns vampiros não
pertencentes à seita na noite da véspera. Muito
estardalhaço, aplausos e exibição de presas ocorre
quando o grupo de caça faz uma apresentação formal
ao Sabá de posto mais alto presente. O oficial recebe
cada vítima e agradece ao doador por beijar-lhe a
testa. Então ele repassa as vítimas aos seus
assistentes escolhidos para estes as prepararem para
a festa. Os pés e as mãos são amarrados e então a
vítima é suspensa por correntes até a altura da
cabeça. Ou então, elas são amarradas ou pregadas a
objetos para impedir mesmo o mais leve dos
movimentos.
Na noite após a preparação, carniçais ou Sabás de
baixo escalão preparam o local da festa por transferir
para lá as vítimas. Após todos os convidados terem
comparecido — é considerado grave falta de etiqueta
chegar demasiadamente tarde — o padre, bispo ou
arcebispo supervisionando o ritual conduz os
serviços, dedicando as fontes de sangue ao Sabá. Os
cainitas presentes então começam a morder as
vítimas e alimentar-se de seu sangue fresco,
freqüentemente lambendo as feridas para cicatriza-
las e não haver desperdício de vitae (algumas Festas
de Sangue, entretanto, transformam-se em
verdadeiras orgias, no qual sangue é espalhado para
todo lado. Nestes encontros inflamados, os Sabás
literalmente se banham no sangue de suas vítimas e
entregam-se a desejos carnais entre o sangue e
violência que os rodeiam). O estilo de alimentação
varia imensamente neste evento. Muitos Lasombra e
Toreador Antitribu drenam o sangue para dentro de
taças de champanhe, enquanto os Brujah e
Malkavianos Antitribu preferem tomá-lo diretamente
de seus receptáculos.
Normalmente, há uma vítima para cada três
vampiros presentes. O padre, bispo ou arcebispo
conduzindo o cerimonial tem o direito da primeira
escolha e drena o primeiro montante de sangue.
Sistema: A transubstanciação de vitae simples no
sangue consagrado do Sabá providencia rico sustento
aos vampiros participantes de uma Festa de Sangue.
Cada Ponto de Sangue que a vítima possua
transforma-se em dois assim que abandona seu
corpo. Isto permite, inclusive, que o vampiro exceda
o seu limite normal de geração (para este fim, o
sangue consagrado apenas conta como um Ponto
para determinar se o vampiro está saciado ou não).
Por esta razão, algumas festas são violentas, com
certos vampiros sangrando suas vítimas para mostrá-
las o horror de sua danação. Na terceira noite após a
festa, entretanto, o sangue se condensa e volta à
quantidade original (se continuar no organismo do
vampiro que o bebeu, não tendo sido usado),
respeitando uma vez mais o limite de geração.
Qualquer Ponto de Sangue “dobrado” que não tenha
sido gasto retorna a ser apenas um único Ponto de
Sangue.
Alguns cainitas do Sabá tem sido formalmente
censurados pelo alto escalão ou mesmo pela
Inquisição ou Mão Negra por se excederem durante a
Festa de Sangue. Assassinatos em massa e salões de
entrada encharcados de sangue são pistas seguras
para atrair caçadores de bruxa até o Sabá.
Ritos de Criação
Os vampiros externos à seita sempre ouvem dizer
que os Sabás se procriam como moscas, com
recrutas sendo sugados, servindo de comida e depois
forçados a cavar com uma pá um buraco fundo no
qual são enterrados e precisam sair escavando para a
superfície em frenesi. Desnecessário dizer, nem
sempre este é o caso e este método nem realmente é
o Rito de Criação em si.
A maioria do Sabá usa o método da pá e das
covas apenas em tempos de Jyhad. Este método
consiste em coletar um determinado número de
vítimas, Abraçá-las com a menor quantidade de
sangue possível, nocauteando-as com uma pá (para
colocá-las inconscientes antes que o frenesi
sobrevenha) e enterrando-as em covas. Os novos
cainitas precisam então escavar seu caminho até a
superfície para saciar o frenesi que os consome,
freqüentemente alimentando-se dos vampiros mais
fracos que foram enterrados com ele. O método é
simples, relativamente rápido e serve para despir as
vítimas de sua pretensa Humanidade. De qualquer
forma, estes vampiros recém-criados ainda não
receberam os Ritos de Criação e sequer o Sabá os
considera como vampiros ainda, podendo utilizar
sem reservas esta legião de monstros em frenesi
contra os seus inimigos. O mero fato de que ninguém
no Sabá é considerado realmente um vampiro antes
de receber os Ritos de Criação é considerado
hipocrisia — os anciãos são acusados de manipular
peões para os seus próprios usos, enquanto eles
mesmos enviam legiões de vampiros recém-criados
atrás de seus oponentes.
Os Ritos de Criação marcam um sério passo que
torna um ninguém em um Sabá Verdadeiro. Apenas
os Sabás Verdadeiros — aqueles cainitas que
provaram mediante combate ou intriga sua
superioridade sobre um inimigo e receberam então
seus Ritos de Criação — podem selecionar recrutas
para a seita e Abraçar livremente. Eles vigiam suas
vítimas potenciais durante muitas noites, semanas e
(em alguns casos) até mesmo anos, observando a
força de suas convicções, a determinação e a
superioridade física. Após o Abraço, um vampiro
apenas pode receber os Ritos de Criação após provar
seu valor à seita — talvez na própria noite de seu
Abraço, talvez anos depois.
Os Ritos de Criação sempre tomam lugar na
presença de um padre. O rito em si é muito simples
— o padre meramente toca a cabeça do indivíduo
com um tição aquecido ao rubro e faz com que ele
recite um juramento de aliança. A cerimônia que
precede o Rito de Criação, entretanto, varia muito e
está inteiramente nas mãos do Sire do cainita.
Alguns Panders e Brujah Antitribu batem na vítima
até que seu Sire decida que já chega. As cerimônias
Tzimisce são muito mais civis e extremamente
formais, freqüentemente envolvendo a recitação da
linhagem completa do indivíduo. Alguns vampiros
até mesmo se abstém de fazer qualquer cerimônia,
decidindo que sua cria já se provou o suficiente, sem
necessidade de desafios bizantinos ou atos de
bestialidade, seqüestro, assassinato, automutilação
ou outras depravações.
Os Ritos servem a vários propósitos, de ordem
prática e simbólica. As flamas do tição ajudam a
reduzir o temor que o novo Sabá possui do fogo,
enquanto a cerimônia de certa forma demonstra o
que o Sabá espera dele daí por diante. Imediatamente
após os Ritos de Criação, segue-se uma Vaulderie,
ligando o Cainita ao seu bando — sua nova e imortal
família.
Sistema: Sem os Ritos de Criação, um cainita
não é considerado realmente um vampiro para o
Sabá. Alguém assim não pode participar dos ritos ou
receber qualquer função antes de passar pelos Ritos
de Criação (isso inclui beber da Vaulderie sem
adicionar seu sangue à mesma). E, ele é realmente
considerado vampira non grata, que pode ser usado
e abusado e deve servir sem questionar os desejos
dos “verdadeiros” vampiros.
Brandir o tição na cara do vampiro requer que
este faça um Teste de Coragem contra duas
Características. A um recruta em pânico é dada uma
segunda chance, apesar dele ser estigmatizado
doravante como covarde. Fracasso na segunda
chance implica em destruição imediata.
Se um recruta for enterrado pelo processo acima
descrito, ao final de uma hora ele precisa vencer dois
dentre três Testes Simples para abandonar a cova.
Apenas um sucesso indica que ele ficou na metade
do caminho. A personagem pode realizar um reteste
para cada Característica Física que gaste e os
sucessos para subir se tornam cumulativos. Os outros
jogadores não podem ver estes testes; ou eles vêem
uma mão emergir ou começam a se questionar
porque está demorando tanto.
O bando é avisado para manter “comida”
próxima, porque um cainita que emerge da cova está
quase sempre louco, em frenesi e sem sangue,
tendendo a atacar tudo o que ver pela frente e não
parando de beber até estar plenamente saciado. Até
lá, o recruta não pode ser vítima de Desafios Mentais
ou Sociais. Além disso, a situação dá a todo novo
Sabá uma perturbação temporária que dura umas
poucas sessões, embora experiências mais
traumáticas tendam a conduzir a perturbações
permanentes.
Alguns bispos gostam de criar novos bandos
através de uma versão especial dos Ritos de Criação,
enterrando todos os candidatos em potencial do
bando como se ele fosse vítima de uma pazada.
Quando já se é vampiro, precisa-se vencer ou
empatar dois Testes Simples em três, ao invés de ter
de vencê-los. Como sempre, Características Físicas
podem ser empregadas para retestes. Quando todos
os membros do bando emergirem (SE todos
emergirem), o padre deles consagra a si mesmo e aos
demais como o novo bando e imediatamente inicia
uma Vaulderie. Desde que há um risco de perder
vampiros neste processo, bispos de regiões de
conflito ou com poucos seguidores desdenham desta
prática.
Festivo dello Estinto
O Festival dos Mortos ocorre durante toda a
segunda semana de março. Todos os Sabás da cidade
tomam parte e os bandos nômades vão até a cidade
Sabá mais próxima para comemorar. O propósito é
revelar-se um vampiro, celebrar a imortalidade por
rir na face da morte e do decaimento. A celebração
termina em uma Festa de Sangue de proporções
épicas e Vaulderies noturnas tomam lugar dentro (e
algumas vezes, entre) dos bandos presentes. A
revelação é deixada a cargo de cada bando e,
portanto, existem tantas diferenças na celebração
quanto filosofias de cada comunidade Sabá. Alguns
bandos adoram sacrifícios rituais. Alguns valsam em
círculos ao redor de fogueiras, usando cadáveres
roubados do necrotério local como parceiros de
dança. Outros encenam passagens do Livro de Nod.
Contra toda esta revelação, entretanto, bispos e
arcebispos observam com interesse, encorajando
crianças malignas a sentir-se livres para demonstrar
o que realmente significa ser um vampiro enquanto
participam de seus próprios excessos em bacanais
sangrentas. Um evento popular consiste em seis
Sabás competidores, cada qual portando uma vítima
humana viva que tentará ser desmembrada ou
assassinada pelos adversários, causando muito
sofrimento e sangue espirrado. O resultado é julgado
em um painel de juizes e o vencedor recebe a honra
de beber o primeiro sangue durante a Festa de
Sangue noturna.
O Sabá gasta a semana inteira socializando e se
divertindo com vitae. Os bandos costumam caçar à
vontade, fazendo pouco para se ocultar dos olhos
mortais. Freqüentemente, mortais são escolhidos
para participar de jogos como caça à raposa, no qual
eles são a raposa. Qualquer coisa relevante à
natureza vampírica surge em meio a esta celebração
à imortalidade e bandos freqüentemente trocam
histórias de guerra e fazem seus planos secretos nesta
época.
Sistema: As festividades do Festivo dello Estinto
são declaradas abertas pelo padre de mais alto
escalão na cidade. Durante esta semana, pouco é
considerado tabu e muito acontece por detrás de
portas fechadas com eventos apropriados.
Geralmente este é um tempo de celebração entre os
mortos-vivos — rivalidades são postas de lado e
Monomancias são esquecidas enquanto o Sabá se
une em um show de solidariedade para trazer o
inferno à Terra.
A Diretoria resolve cada competição como
parecer apropriado, sendo o Festival uma bela
ocasião para interpretação. Entretanto, requer-se
também um bom número de mortais NPCs e a
Diretoria deve estar ciente disso.
Dança do Fogo
Para a maioria dos vampiros, fogo é algo a ser
temido e evitado, mas não para o Sabá. Embora eles
ainda o temam, eles não o deixam de usar contra
seus inimigos. Em certo sentido, esta falta de medo
demonstra bem o caráter de fanatismo do Sabá. Eles
animadamente utilizam-se de algo que é um anátema
para os vampiros como arma contra os inimigos,
esperando que o fogo destrua mais aos oponentes
que a si próprios. Para ser um Sabá pleno, é preciso
encarar o Rötschreck e dominá-lo. O fogo assim se
torna a maior arma do sabá contra outros de sua
espécie.
Este rito não possui data certa ou local
apropriado; padres se utilizam dele para levantar os
ânimos ou quando se faz necessário. Celebra-se o
mesmo geralmente antes de Festas de Guerra e, neste
caso, diversos bandos convergem para um mesmo
local participar da Dança do Fogo. Este rito é
inteiramente um teste de coragem. Desde que o Sabá
preza muito a liberdade individual, qualquer membro
de um bando pode se recusar a participar do ritual,
mas isto o coloca em uma situação de inferioridade e
desrespeito pela sua covardia perante os demais
companheiros de bando.
Para realizar este rito, o padre acende uma grande
fogueira longe de olhos mortais. Sob as batidas
rítmicas de um tambor, canto ou ambos, os cainitas
participantes entram em uma espécie de transe
próximo ao frenesi, movimentando-se ao redor das
chamas e até mesmo prostrando-se diante delas.
Quando a cerimônia chega em seu climax, os
vampiros cantam enfurecidamente e encorajam os
outros a pular através da fogueira. Eles fazem
piruetas fantásticas e saltos acrobáticos por cima das
chamas uma vez, outra, ainda outra, até o ponto de
exaustão. A Dança do Fogo chega próxima ao fim
quando o último participante já saltou sobre as
chamas e caiu exausto de toda a atividade.
Sistema: Para um vampiro apenas se aproximar
da chama, ele precisa passar em um teste de
Coragem contra duas Características (o transe reduz
a dificuldade normal). Para um vampiro saltar de
forma bem sucedida as chamas, ele precisa fazer um
Desafio Físico Estático contra cinco Características
(embora a Diretoria possa ajustar a dificuldade para
acrobacias em particular, as quais sem dúvida podem
impressionar a platéia, conferindo uma Característica
de Status de Bônus pelo restante da noite).
Após a Dança do Fogo, personagens que saltaram
pelas chamas ganham uma Característica adicional
de Coragem que dura pelo restante da noite e por
mais três noites após o rito. Este ponto pode até
mesmo exceder o limite normal de 5 para as
Virtudes.
Jogos de Instinto
Os vampiros do Sabá praticam inúmeros jogos
sancionados, ajustados pelos padres de seus bandos
para tornarem-se mais predatórios. Os jogos
assumem diversas formas e diferentes bandos
praticam estilos diferentes. A única coisa em comum
entre os jogos é a presença de um padre a presidi-los,
consagrando-os como exercícios. Alguns exemplos
são:
•Polícia e Ladrão é praticado por bandos
numerosos ou por dois bandos distintos. Um time
tem meia hora para se esconder antes que o outro
time parta atrás dele, usualmente em partes
desertas ou abandonadas da cidade, onde o todo o
vandalismo seja convenientemente ignorado
pelos moradores. O objetivo deste jogo é capturar
e incapacitar (mas não matar) tantos membros do
outro lado quanto possível. Uma vez que
vampiros possuem uma resistência inata a dano, é
mais fácil dizer do que fazer e muitas vezes este
jogo degenera em tiroteio. O melhor método é
capturar um vampiro oponente e estacá-lo. O
time que nocautear os adversários é declarado
vencedor.
•Uma variante do Polícia e Ladrão é a Captura
do Ductus, no qual participam dois bandos. Um
território, normalmente de poucos quarteirões é
designado e vence o bando que capturar o ductus
adversário e levá-lo à presença de seu padre.
Matar é contra as regras, causando na perda
automática do jogo, além da ira do outro bando.
Versões mais complicadas ainda podem ser
estabelecidas, como, por exemplo, impedir que
mortais suspeitem que um jogo está sendo
realizado ou proibir o uso de Disciplinas.
•O Rali de Demolição é quase sempre feito com
carros roubados e estes veículos tendem a não
“sobreviver” ao jogo. Começando em lados
opostos de uma rua, estacionamento ou galeria de
drenagem, os membros do bando colocam fogo
em seus carros e os dirigem contra os carros
oponentes. Após muitas batidas e colisões, um
time inevitavelmente foge do seu carro ou
queima até a morte. O primeiro time a deixar seu
veículo perde o jogo. Motoristas podem carregar
apenas um passageiro ou eles sacrificam sua
manobrabilidade em favor do poder de fogo.
•Um jogo particularmente perigoso chama-se
Escavando a Besta. Este jogo é um desafio de
um único oponente contra o outro, onde cada
participante libera uma vítima que não saiu de
sua cova durante o Abraço em massa — o que
pode ser problemático, visto que o Abraço em
massa é apenas feito em cidades sob sítio ou em
meio a uma Cruzada. O Sabá precisa cavar até
achar um recruta louco e faminto e liberá-lo de
sua prisão de terra. Uma vez que a criatura
chegue à superfície e entre em frenesi, o
oponente da mesma no jogo deve imobilizá-la e
destruí-la. O método preferido é através de uma
estaca, armas de fogo sendo quase sempre
proibidas pelas regras. Desnecessário dizer, este
combate mano a mano é perigoso e o Sabá nem
sempre sai vitorioso. O jogo é um desafio tanto
de vontade quanto de força física onde o vampiro
fica frente a frente com sua própria criação e
conseqüente inumanidade.
Este rito de alguma forma fortalece o vampiro
que estava na cova, recuperando seus Atributos
Físicos (um por turno) até o máximo e sofre apenas
de metade de todo dano que recebe.
•A Corrida do Rato é outro esporte popular. Um
humano é solto em um labirinto de alguma
espécie, como uma fábrica abandonada ou parte
do sistema de esgoto. A este humano é fornecido
armas que poderiam ferir um vampiro, como
pistolas, facas, tochas ou motosserras. Os
vampiros participantes começam em posições
diferentes do labirinto e caçam o humano,
enquanto este tenta desesperadamente escapar. O
primeiro vampiro que capturar a vítima e sugar
todo seu sangue vence. Dificultar o caminho dos
adversários é encorajado, mas matar um dos
oponentes não está nas regras do jogo e não é
bem visto. Uma versão alternativa, a Corrida do
Morcego, envolve vampiros somente. Os
companheiros de bando Abraçam alguns e depois
as crias se tornam presas. Obviamente, esta
variante é pouco usada devido à alta taxa de
mortalidade.
 •Alguns bandos insanos ou poderosos praticam
um jogo chamado Marcar o Cachorro, que
consiste em entupir um veículo com armamentos
e adentrar o território lupino mais próximo. O
objetivo é capturar um lupino e marcar sua
orelha, normalmente utilizando um ferro em
brasa semelhante ao dos rancheiros. Alguns
bandos costumam matar os lupinos, embora não
esteja nas regras — eles raciocinam que o lupino
já foi capturado e marcado mesmo e não é bom
que ele viva para se vingar outra noite.
•O Topo é um jogo no qual o padre designa um
alvo que humanos não poderiam escalar sem o
uso de ferramentas, como os mais altos arranha-
céus da região. Os participantes devem usar
apenas as suas mãos nuas, Atributos, Habilidades
e Disciplinas. O primeiro a chegar no topo vence.
Subir edifícios com as mãos nuas requer um
Desafio Físico Estático a cada 3 metros, a
dificuldade variando de 6 Características (para
tijolos convenientemente dispostos) a 12 ou mais
(para rocha nua). Subir sem o uso de Disciplinas
não garante a vitória, mas conquista respeito dos
demais.
Sistema: Narradores e jogadores são encorajados
a desenvolverem seus próprios Jogos de Instinto.
Basicamente, basta que o padre do bando o
reconheça e o abençoe. Muitos padres costumam
fazer seu bando praticar os Jogos de Instinto uma vez
por mês, se eles o fazem freqüentemente. Qualquer
coisa mais freqüente faz o rito menos valioso e mais
comum.
Os Jogos de Instinto fazem as Perícias do Sabá
estarem sempre afiadas. Pela duração da história, o
vencedor de um dado jogo ganha o bônus de uma
Característica na Habilidade que ele mais se utilizou
para a vitória por duas semanas de tempo de jogo.
Por exemplo, aquele que venceu um jogo através de
sua pistola ganha um bônus de uma Característica
em Armas de Fogo pelas próximas duas semanas.
Um jogador não pode ter mais do que uma
Habilidade aumentada desta maneira de cada vez,
não importa de quantos jogos tenha participado.
Narradores devem ter em mente que apenas as
atividades mais perigosas são aceitas como Jogos de
Instinto — desafios em perícias nas quais o bando já
é proficiente servem pouco para aumentar suas
habilidades e estes jogos tendem a atrair multidões se
não praticados de forma correta. Se os jogadores
insistirem em participar de Jogos de Instinto toda
noite para ganhar bônus em suas Habilidades, sinta-
se livre para acrescentar a polícia, lupinos, anciãos
desdenhosos e assim por diante. Os Jogos são
praticados para aumentar a perícia e desenvolver a
solidariedade entre o bando, não para criar super-
personagens.
Sistemas em particular para determinados jogos
são vistos acima, juntamente com a descrição dos
mesmos.
Monomancia
É inevitável que entre os vampiros cabeças
quentes e violentos que compõe o Sabá, algumas
diferenças de opinião ocorram. Enquanto a vasta
maioria dos conflitos possa ser resolvida de maneira
tão civilizada quanto o Sabá consiga conter, casos
mais graves são tão profundos que admitem soluções
mais sérias. Quando dois ou mais Sabás são
incapazes de chegar a uma solução, o rito da
Monomancia é convocado.
Para alguém não iniciado, pode parecer a
princípio somente um duelo até a morte. Na verdade,
é um pouco mais que isto. Monomancia serve como
a ferramenta evolucionária no escalão mais
profundo: por eliminar os incompetentes, a seita
cresce mais forte. Monomancia possui um status
sacrossanto entre os vampiros do Sabá, os quais
reconhecem que, sem líderes fortes, sua guerra
contra os Antediluvianos estaria fadada ao nada.
Além disso, o vencedor de uma Monomancia
tipicamente diableriza o perdedor.
Via de regra, a Monomancia é apenas praticada
por membros de escalões mais altos do bando.
Membros jovens e violentos não conseguem
compreender a profundidade contida em um ritual de
combate até a morte e poderiam querer fazer uma
Monomancia toda vez que um companheiro de
bando bebesse sangue de uma vítima que ele queria.
Assim, primeiro a discussão é levada até o padre do
bando, a quem o pedido é requerido simultaneamente
com o desafio para com o oponente. O padre então
decide se a situação é grave o suficiente para exigir
uma Monomancia e se será ele ou não que presidirá
o ritual.
Se o padre decidir pela Monomancia, o oponente
pode declinar. Tecnicamente, não existe nada de
errado em declinar de um desafio, mas, a menos que
o desafiante seja alguém inconseqüente, declinar
significa baixar a cabeça para a situação e admitir a
culpa (e talvez ser morto em um duelo não
sancionado posteriormente). Se aqueles envolvidos
na Monomancia são de bandos diferentes, uma
terceira parte neutra é chamada na figura de um
padre de outro bando, de um bispo ou,
eventualmente, de um arcebispo.
A prática ritual da Monomancia varia muito —
nenhum código formal existe para a escolha de
armas, locais ou mesmo dos termos da vitória. Na
maioria das vezes, estes duelos são lutados até a
morte em lugares perigosos ou muito inacessíveis,
como na borda de um caldeirão de fundição
industrial ou no topo de uma ravina. Se o vampiro
pode utilizar-se ou não de armas, Disciplinas ou de
outros acessórios, cabe ao desafiado decidir. Quando
o padre invoca o rito, o combate começa e o último
vampiro a permanecer em pé é declarado o vencedor,
usualmente sendo seguido outros ritos e celebrações.
Como a Monomancia é um auctoritas ritus, armas
formais como espadas e adagas são freqüentemente
usadas. Armas modernas como pistolas são
consideradas pouco elegantes, desajeitadas e
vulgares.
Nem sempre a Monomancia é feita desta forma.
Os Lasombra normalmente acertam suas diferenças
jogando xadrez com peças vivas e a rivalidade entre
um Tzimisce e um Ventrue Antitribu uma vez
resultou em um duelo entre os seus carniçais (o
szlachta do Tzimisce venceu).
Muitas das disputas do Sabá são resolvidas assim
e o vitorioso tem direito ao espólio. Membros de um
bando que desejam desafiar a posição do líder, Sabás
que querem se libertar da sombra de um bispo ou
padres de bandos diferentes lutando por áreas de
influência idênticas podem apelar à Monomancia
para resolver suas disputas. Muitos Sabás suspeitam
que a posição de regência da seita apenas pode ser
adquirida através da derrota do Regente predecessor.
O padre deve enfatizar a importância da
Monomancia para aqueles que não a compreendem.
Não se trata de um duelo para acertar diferenças ou
ganhar poder. É um rito sacrossanto e religioso, que
deve ser levado muito a sério e respeitado.
Sistema: Os detalhes da Monomancia são
deixados a cargo da história — grupos de jogo
devem ser encorajados a acrescentar pompa e
circunstância a este rito (que é um auctoritas, acima
de tudo), os detalhes divergindo de bando para
bando. A Diretoria pode desejar interpretar estas
diferenças ou adicionar alguns detalhes para dar um
toque especial (você não pode desafiar o seu ductus
agora — apenas três noites antes da lua cheia!)
O desafiante decide a data e o local, enquanto o
desafiado decide por que armas serão ou não
utilizadas e os demais detalhes pertinentes (se o
combate irá durar até o primeiro sangue ser espirrado
ou até a Morte Final, Disciplinas sendo ou não
vetadas, participantes devem estar vendados ou em
frenesi, etc...)
O padre administrando o rito é o juiz — o duelo
se inicia ou termina com a sua palavra e ele pode
anular e abortar o combate a qualquer momento. Se
um padre anula uma Monomancia apenas porque seu
favorito está perdendo ou para favorecê-lo de
qualquer outra forma, ambos serão vistos com
extremo desdém pelo restante do Sabá.
Normalmente, combates são cancelados quando uma
das partes obviamente não está interessada no
aspecto religioso do mesmo e apenas quer ajustar
diferenças ou quando alguma regra estabelecida pelo
desafiado não é respeitada.
Palla Grande
De todos os 13 auctoritas ritae, a Palla Grande é
o acontecimento anual mais esperado por todos os
contubérnios.
O Grande Baile (como também é chamado) toma
lugar no dia das bruxas e espera-se que todos os
Sabás da cidade compareçam. Os bandos nômades,
não desejando perder os festejos, viajam para a
cidade sabá mais próxima. O Sabá de posto mais alto
na cidade preside o acontecimento e o mais
renomado padre da cidade abre a celebração. Ela é
feita em um lugar público como um auditório ou
parque, de forma que seja vista pelo maior público
mortal possível. De fato, muitos Sabás aproveitam-se
de festivais públicos para realizar a Palla Grande em
meio a eles, algumas vezes inclusive convidando
mortais para a festividade. Os vampiros vão ainda
mais longe nesta brincadeira, muitas vezes
arranjando barmen para providenciar bebida e outras
diversões para os seus convidados.
Uma vez que a Palla Grande é um grande evento
social, os Ventrue e Toreador Antitribu, bem como
os Lasombra e os Tzimisces freqüentemente arcam
com a responsabilidade do planejamento. Em uma
verdadeira demonstração de alta sociedade, muitos
vampiros competem uns com os outros para ver
quem irá melhor vestido. Algumas vezes, os que
mais chamam a atenção são certos anciões Tzimisces
trajando a melhor roupa que a sua Vicissitude pode
esculpir, de forma que alguns Toreador Antitribu
gostam de trocar favores com “alfaiates” dentre os
demônios para criar certos trajes ou fantasias a serem
vestidas para a festa. É dito que a própria Regente,
certa feita, mandou que 50 mortais fossem
esculpidos em carne para lembrar a ela e a todos os
Sabá que o Grande Baile é realizado no interesse de
“estar em todo lugar e falar a todo mundo — e deixar
uma impressão inegável”.
Escondida, entretanto, do público não vampírico,
ocorre uma Festa de Sangue durante a Palla Grande.
As vítimas são capturadas em meio aos mortais
presentes no local do baile de máscaras. As vítimas
são quase sempre mortais que desejariam o dom do
vampirismo, bêbados e “bruxas” apanhadas em meio
ao dia das bruxas. Estas vítimas são seduzidas para a
festa sob a pretensa desculpa de participar de um
evento social exclusivo. Elas não têm idéia de quão
perigosa esta honra pode ser. Outras fontes de
sangue para a festa incluem lacaios e carniçais
selecionados em meio aos contubérnios e que já
perderam a utilidade para a seita.
O principal evento, sempre esperado, dá-se à
meia-noite, quando se encena teatralmente um
determinado evento ou lenda da história vampírica.
A peça pode ser qualquer coisa desde a morte de
Abel por Caim contada em termos bíblicos até uma
interpretação dos sinais que antecedem a Gehenna.
Tudo é completamente organizado, encenado e
coreografado por um grupo de vampiros, embora a
“platéia” participe em eventos que requeiram
sacrifício ou alimentação, com os “atores
convidados” sendo sutilmente removidos do palco
após a sua colaboração.
Após o último ato da peça histórica, todos os
Sabás presentes se retiram para a Festa de Sangue e
para uma versão especial do Banho de Sangue. Nesta
noite, o arcebispo se banha em sangue como símbolo
do poder e vitalidade da seita. O ritual começa com o
sangue das vítimas suspensas fluindo livremente para
um recipiente grande e bem ornado onde o arcebispo
se reclina. Cada vampiro presente colabora com um
pouco de seu sangue, primeiro despejando seu vitae
em um cálice utilizado para a Vaulderie e depois
derramando tudo no recipiente. O arcebispo realiza
vários rituais e encantamentos durante o processo —
os detalhes variam de cidade para cidade. Há
rumores que, durante o Banho de Sangue feito na
Palla Grande, o arcebispo ganha certos poderes
especiais que duram até o amanhecer, como a
habilidade de ver o reino dos mortos.
Na conclusão do Banho de Sangue, todos os
Sabás entram em uma dança frenética dos mortos-
vivos, valsando com uma música ensurdecedora e
bebendo insaciavelmente do sangue contido no
banho do arcebispo, dos vassalos pendurados ao teto
ou uns dos outros. Muitos dos participantes entram
em frenesi, dirigidos pela violência da dança e pelo
cheiro e visão do sangue coagulado no chão,
espirrado nas paredes ou umedecendo os tapetes.
Uma vez que a noite chegue ao fim, os carniçais
do Sabá limpam tudo. Todas as pontas soltas são
resolvidas nas noites seguintes através de
assassinatos, Dominação ou Abraço, dependendo da
extensão do problema e do uso em potencial dos
indivíduos envolvidos.
Sistema: Além dos benefícios concedidos no
Banho de Sangue e na Festa de Sangue, todos os
vampiros envolvidos na Palla Grande recuperam
todos os pontos de Força de Vontade. Cada
participante deve colaborar com um Ponto de Sangue
para queimar os incensos e pode doar mais. O Sabá
recebendo o Banho de Sangue pode realizar Desafios
Mentais com quaisquer outros participantes. Se ele
vencer, pode utilizar-se de qualquer habilidade
oracular que o mesmo possua, incluindo Auspícios e
certas trilhas e rituais de Taumaturgia, como se
fossem seus por uma noite. Se ele não adquirir um
controle preciso, eventos aleatórios do ano vindouro
vêm à sua mente. A Diretoria deve fazer as imagens
simbólicas e alusivas e permitir que as circunstâncias
possam eventualmente deixá-las desprovidas de
significado, se este for o caso.
Sermões de Caim
Alguns membros do Sabá valorizam o seu
conhecimento do Livro de Nod. Outros não sabem
ou não ligam para o livro e acham que o papel deles
no Sabá é apenas servir como veículo para uma
violência sem fim. Mas aqueles que conhecem as
suas origens levam a sério o papel de vampiros e
freqüentemente reúnem um público para um sermão
no qual tentam lembrar o todos o que realmente eles
são. Estes lembretes servem para fortalecer a
lealdade à seita e à sua ideologia. Os membros do
bando se revezam em recitar o Livro de Nod
enquanto os outros se sentam em semicírculo ao
redor de velas e meditam com as passagens. Aos
sermões algumas vezes segue-se a Vaulderie e, entre
bandos mais intelectuais, celebração intensa. Os
membros do bando muitas vezes discutem certas
passagens lidas durante o rito até o amanhecer.
A história vampírica, especialmente com relação
a Caim, é uma tradição oral muito cultivada — Em
verdade, muito poucas cópias do Livro de Nod
existem ainda hoje. Poucos (se é que existe algum)
bandos Sabá podem concordar em unanimidade
sobre a fraseologia exata de uma dada passagem
tomada do livro. A seita se divide a respeito deste
assunto — alguns Sabás acreditam que, desde que o
espírito da mensagem seja preservado, as palavras
exatas pouco importam. Outros dizem que, para todo
Sabá possuir uma única referência, um livro
padronizado precisa ser escrito. Este cisma, como
sempre, resulta em várias outras posições
intermediárias individuais, do apoio violento a uma
das facções a uma profunda ambivalência por que
qualquer coisa fora do bando de alguém realmente
tenha importância.
Sistema: Enquanto este rito não requer um
sistema para efeito mecânico, algumas Diretorias
podem desejar que um Desafio Social de
Performance seja feito para um orador expor o seu
ponto de vista. Exposição regular aos Sermões pode
fazer com que o Conhecimento Sabá do bando fique
apenas um ou dois pontos abaixo do de seu padre.
De outra forma, será simplesmente uma maneira da
Diretoria introduzir a seus jogadores parte do
mistério envolvendo a história cainita e criar
situações apropriadas para a interpretação.
Vaulderie
Os vampiros do Sabá levam a sua batalha noturna
muito a sério — tão seriamente que eles não podem
tolerar dissidência em seus companheiros. Do mais
baixo recruta ao mais exaltado priscus, o Sabá
assegura a sua lealdade através de um rito sangrento
conhecido como a Vaulderie.
A Vaulderie é uma espécie de laço de sangue,
embora difira em termos de intenção e função.
Nenhum Sabá voluntariamente se submeteria ao laço
de sangue, raciocinando que os laços são a maneira
pela qual os antigos escravizam suas crias. Por isso,
o Sabá divide a Vaulderie entre si, ligando-se com o
restante do bando ao invés de um indivíduo em
particular para a causa maior do Sabá.
Aqueles que são ignorantes no detalhes rigorosos
da Vaulderie podem pensar que basta misturar algum
sangue em um cálice e depois beber. Na verdade, o
rito é muito mais místico. Para início de conversa, o
padre tem sempre à mão uma ferramenta específica
para ser usada durante a Vaulderie e para nada mais
além disso e corta seu punho. A ferramenta ritual
pode ser uma adaga, uma navalha ou sovela
prateada. Para dar maior profundidade ao rito,
muitos padres usam cartas rituais elaboradas, escritas
em sangue, decoradas com redemoinhos, espirais e
gotas de sangue. O padre então sangra seu vitae
dentro de um cálice e passa a ferramenta cortante a
cada um dos Sabás presentes, que rasga a sua própria
pele e acrescenta o seu sangue ao dos demais. Após
todo mundo ter contribuído, o cálice retorna às mãos
do padre, que recita um encantamento sobre ele,
consagrando um sacramento terrível enquanto todos
passam a beber do mesmo.
Vaulderie pode tomar lugar a qualquer momento
— antes de ataques importantes, durante encontros
importantes com outros Sabás, como iniciação ou
durante os Ritos de Criação de novos membros e é
praticamente infalível de ocorrer durante os esbats
do bando. Este rito é talvez o pai de todos os ritos do
Sabá e, assim, recebe o maior status entre os
mesmos.
O resultado deste rito é conhecido como Vínculo,
ou Ligação de Sangue. Este elo conecta cada
membro de um bando com os outros, criando uma
lealdade mútua que, além disso, alimenta a moral do
bando. Mas, devido à natureza mística do ritual, o
Vínculo é imperfeito — o que um membro do bando
sente por um dos outro pode ser apenas um pálido
reflexo do que ele sente pelos restantes. Além disso,
as taxas de Vínculo podem variar cada vez em que a
Vaulderie se der lugar.
Sem a Vaulderie, o Sabá provavelmente iria
entrar em colapso devido ao próprio peso e a seus
dogmas — o caos e a anarquia que perseguem
endemicamente a seita iriam erodir lentamente
qualquer organização por mínima que fosse sem a
lealdade e a simpatia criadas por este rito. Aqueles
que se recusam a participar da Vaulderie ou se opõe
à mesma são muito mal vistos pelo restante do Sabá.
Vampiros que se recusam a participar de uma
Vaulderie são ostracizados pelo restante de seu
bando na melhor das hipóteses — e, na pior, podem
se tornar vítimas de Festas de Sangue ou destruídos
de outra forma.
Sistema: Um vampiro participando de uma
Vaulderie deve escrever seu nome em um pedaço de
papel representando o Ponto de Sangue que ele
adiciona ao cálice (use vários papéis se colocar mais
de um Ponto de Sangue). Ache um recipiente grande
o suficiente para conter todos os papeizinhos — um
cálice comum irá servir.
O jogador do padre então mistura todos os papéis
juntos, geralmente recitando um ritual. O nível de
cerimonial depende do bando. Pode ser tão simples
quanto “Garanta força para nos defendermos de
nossos inimigos e nos unir em nossos propósitos!”
ou tão complicada quanto a recitação de todo trecho
do Livro de Nod em que Caim se recusa a baixar a
cabeça perante as ameaças de Deus.
Feito isso, cada participante pega um papelzinho
para cada um que tenha colocado no recipiente a
começar pelo próprio padre. Se esta for a primeira
vez que um vampiro participa da Vaulderie, ele
adquire um Vínculo de 1 ponto com cada outro
participante, mais um ponto extra para cada
indivíduo do qual ele sorteou um papelzinho com o
nome escrito.
Se for uma Vaulderie posterior, o vampiro realiza
um Desafio Estático (“apostando” seu Vínculo atual
com o indivíduo em questão) contra uma dificuldade
igual ao número de papeizinhos com o nome do
indivíduo mais um. Se ele perder, seu Vínculo cresce
em um ponto. Se ele empatar, o Vínculo permanece
o mesmo. Se perder, ele pode a seu próprio critério,
realizar dois Testes Simples. Se vencer ambos, a taxa
de Vínculo decai em um ponto (a um mínimo de 1),
de outra forma permanecendo a mesma. Um Vínculo
jamais pode cair abaixo de 1 e um jogador jamais
pode gastar Força de Vontade ou qualquer
Característica para adquirir retestes (incluindo os
dados por Qualidades como Sorte).
As taxas de Vínculo jamais declinam com o
tempo. Apenas uma força de vontade monstruosa
pode combater a Vaulderie. Bandos que a fazem
freqüentemente a Vaulderie desenvolvem laços
profundos e os anciões do Sabá mantém redes
imensas de conexões através dos Vínculos que
possuem com muitos outros. Há rumores que a
Inquisição Sabá e alguns poucos priscus saibam
como desfazer a Vaulderie, mas isso jamais foi
confirmado. Em tese, a Inquisição seria capaz de
desfazer a Vaulderie entre vampiros leais e um
infernalista.
Um vampiro tentando destruir outro com o qual
tenha Vínculo (mesmo um Vínculo 1!) deve gastar 2
pontos de Força de Vontade. Agir deliberadamente
contra alguém com quem se tem Vínculo (mas não
para matar) requer o gasto somente de um ponto de
Força de Vontade, embora agir contra um indivíduo
pelo qual se tenha Vínculo 6 ou mais ainda requeira
o gasto de 2 pontos de Força de Vontade. A única
exceção é durante uma Monomancia sancionada por
um bispo ou superior.
Algumas vezes, uma personagem pode entrar em
conflito consigo mesma sobre como reagiria a uma
dada situação devido aos Vínculos que ela possui
com outros vampiros. Em casos como estes, primeiro
a personagem deve decidir quem ela favoreceria se
não possuísse Vínculo com ninguém. Então ela faz
um Desafio Estático de sua Força de Vontade
(acrescente dois pontos de bônus à personagem que
naturalmente favoreceria) contra cada taxa de
Vínculo. Se você perder ambas ou vencer ambas,
continue testando até que apenas seja bem sucedida
em um deles. A sua lealdade estará com aquele de
quem perdeu o Desafio (pois o Vínculo com ele
falou mais alto que a sua razão). Alternativamente,
para poupar tempo, a personagem pode favorecer
aquele com quem possui Vínculo mais alto,
especialmente se a diferença for maior que dois
pontos.
A Diretoria deve pedir por testes de Vínculo
poucas vezes e apenas em questões de relevância
dramática. Muitos testes de Vínculo podem tirar a
liberdade de ação de um jogador ao invés de
representar a angústia de sua resposta emocional.
A Vaulderie também pode destruir laços de
sangue. Muitas Vaulderies podem ser precisas, mas,
mais cedo ou mais tarde, o sangue do bando destruirá
todos os laços, exceto os forjados com o mais
potente dos sangues. Um vampiro que deseje quebrar
um laço de sangue via Vaulderie não pode ter mais
que um ponto de sangue no organismo e precisa
beber pelo menos seis pontos de sangue advindos da
Vaulderie (o que significa colocar também pelo
menos seis papeizinhos no cálice representando o
seu sangue). Neste ponto, o laço de sangue diminui
em um fator e, fazer isso três vezes é suficiente para
que ele seja quebrado (e tende a gerar altos níveis de
Vínculo mediante a Vaulderie). Um vampiro
desejando eliminar a Vaulderie através de um laço de
sangue, entretanto, será desapontado — a menos que
o sangue ingerido seja extremamente potente (de um
Matusalém de milênios de idade com geração
baixíssima), Vínculos não podem ser facilmente
apagados.
Enquanto um laço de sangue pré-existente não
for destruído pela Vaulderie, o vampiro será escravo
de ambos: do Vínculo e do laço. Por outro lado,
participar de uma Vaulderie imuniza um vampiro
permanentemente de um laço de sangue futuro
(exceto dos já existentes anteriores à mesma).
O poder do Vínculo para interpretação e
parâmetros a auxiliar tanto os jogadores quanto a
Diretoria pode ser apreciado na tabela dada a seguir:
Vínculo Efeitos
10 Você irá cometer pecados de nível 1 para
sua trilha pelo indivíduo. Você pode se
matar e destruir outros sem hesitação
para ajudá-lo.
9 Você irá cometer pecados de nível 2 para
sua trilha pelo indivíduo e se porá em
risco considerável (chance de dano
permanente) para ajudá-lo.
8 Você irá cometer pecados de nível 3 para
sua trilha pelo indivíduo e ficará contente
em empregar os recursos à sua disposição
(incluindo influências) para ajudá-lo.
7 Você irá cometer pecados de nível 4 para
sua trilha pelo indivíduo.
6 Você irá cometer pecados de nível 5 para
sua trilha pelo indivíduo, respeitando-o
profundamente.
5 Você ajudará este indivíduo, desde que
isso não represente risco para você.
4 Você ajudará este indivíduo, desde que
isso não seja inconveniente para os seus
planos pessoais.
3 Você ajudará este indivíduo em
quaisquer assuntos de interesse mútuo.
2 Você possui alguma simpatia ou interesse
pelo indivíduo e não ficará
deliberadamente no caminho dele.
1 Apesar de você não sentir nada em
especial pelo indivíduo, esta taxa de
Vínculo mínima já torna muito difícil
conspirar para a sua destruição. Embora
mantenha sua mente racional, o vampiro
possui certos sentimentos artificiais pelo
indivíduo que às vezes os compelem a
ajudá-lo.
Festa de Guerra
O Sabá acredita na diablerie e na destruição dos
antigos e este rito perigoso serve para facilitar ambas
as tarefas.
Festas de Guerra consistem em inúmeros bandos
correrem atrás do sangue de um ancião não
pertencente ao Sabá. Caçar os antigos não é uma
tarefa das mais fáceis e o Sabá espera mudar o
equilíbrio da balança por enviar muitos bandos atrás
de um mesmo inimigo. Ë claro que os bandos
participando em uma Festa de Guerra competem uns
com os outros pelo privilégio de matar e diablerizar
um ancião, mas raramente um bando entra em
conflito mortal com outro, reservando sua violência
para o alvo.
Durante a preparação de uma Festa de Guerra, os
bandos participantes se reúnem e celebram. Eles
também realizam uma Dança do Fogo, escutam os
Sermões de Caim, entram em uma Festa de Sangue
ou Vaulderie. O líder da Festa de Guerra, quase
sempre o padre de mais alto escalão entre os bandos
presentes (algumas Festas de Guerra políticas podem
ser declaradas por bispos ou outros oficiais
entitulados pela seita), oferece aos bandos ali
reunidos o desafio. Ele permanece diante dos
bandos, cada qual enfileirado atrás de seu líder e
pergunta a cada ductus “Vocês vieram livremente
para a guerra e irão aderir a esta causa nobre, não
descansando até que o sangue de nosso inimigo seja
vertido?”. Os líderes respondem com um brado de
“Nós iremos!”. Apenas após os bandos terem
respondido é que a identidade do alvo é revelada.
Um bando sofrerá grande humilhação se recusar a
caçar a vítima por considerar o alvo perigoso após
terem inicialmente concordado em matá-la. Pelo
restante da noite, os vampiros se preparam para a
caçada que se iniciará assim que a noite seguinte
começar.
A Festa de Guerra toma lugar na noite seguinte
do desafio — a caçada se inicia. Os vampiros do
Sabá não irão parar para nada até que sua vítima
tenha sido destruída. Eles matam, incendeiam,
esmagam e atropelam tudo que se interpor em seu
caminho. De fato, para os Sabás penetrarem no
refúgio da vítima, nem sempre eles se aborrecem por
utilizar das portas ou janelas, atravessando
literalmente as paredes até atingir o santuário de seu
alvo.
A competição pelo sangue dos antigos é dura,
mas os Sabás quase sempre reconhecem o direito do
primeiro a colocar suas presas na vítima (aqueles que
não admitem este direito são freqüentemente
chutados no traseiro até a submissão pelos membros
do bando “vencedor”). É claro que simplesmente
morder o ancião não é garantia de vitória, já que
poucos antigos dão o seu sangue prazeirosamente.
Obviamente, uma vez que o Sabá localize o ancião,
uma batalha de proporções épicas se segue, a menos
que o ancião ache uma maneira de fugir ou possa de
alguma forma convencer o Sabá a deixá-lo ir. Não é
raro quarteirões inteiros serem arrasados ao redor do
refúgio do antigo, quando as poderosas capacidades
do ancião explodem em fúria contra os vampiros
intrusos ao seu redor.
Os vampiros da Camarilla e do Sabá
normalmente entram em contato durante as Festas de
Guerra, já que muitos dos alvos do Sabá dizem-se
membros da Camarilla. Nada, além da Morte Final,
entretanto, irá deter os bandos, resultando em muitos
danos a propriedades, ataque a outros vampiros da
Camarilla, Anarquistas ou apenas porrada para tudo
quanto é lado. Além disso, sabotagem por parte de
outros bandos também pode ocorrer. Mas isto apenas
acontece por diversão e raramente tem a intenção de
provocar dano sério.
O bando vitorioso é aquele no qual um dos
membros consome o sangue do alvo primeiro. O
alvo, esteja morto-vivo ou simplesmente morto, ou
alguma porção do alvo que possa ser reconhecida
precisa ser levado de volta ao local no qual o desafio
foi lançado. O chefe da Festa de Guerra aceita o
troféu e distribui sua bênção sobre o bando vencedor.
Uma vez que o chefe reconheça o vencedor, todos os
presentes se reúnem e outra celebração tem início.
Sistema: O vampiro que cometeu a diablerie
recebe todos os benefícios (e detrimentos,
dependendo da potência do sangue do antigo) de
cometer Amaranto.
Vampiros pertencentes ao bando vencedor
ganham temporariamente uma Característica de
Status Marcial, que desaparece ao fim da próxima
Festa de Guerra (a menos que o pack vença
novamente) ou no fim de outro grande encontro
Sabá, como a Palla Grande ou o Festivo dello
Estinto. Desta forma, sempre chega ao fim o status
adquirido por um bando através de seus méritos. A
critério da Diretoria, destruir um ancião
extremamente poderoso ou com gigantesca
reputação pode conferir Status permanente.
Caçada Selvagem
Um dos piores crimes que um Sabá pode cometer
é tornar-se um traidor e a seita sempre protegeu seus
segredos. Se um vampiro revelar os segredos do
Sabá a um inimigo, ele será severamente punido.
Se o Sabá forneceu informação de natureza vital,
um padre pode chamar uma Caçada Selvagem. A
Caçada Selvagem é muito similar a uma Caçada de
Sangue, mas termina somente com a erradicação do
ofensor e de todos — vampiros ou mortais — que
tiveram acesso à informação. Sabás de toda a região
são convocados e espera-se que participem. Nada
permanece no caminho de uma Caçada Selvagem,
mas obviamente, a gravidade deste rito depende da
importância do traidor em questão — espera-se que
os bandos policiem seus próprios membros,
enquanto vira-casacas de alto escalão recebem a
atenção de um arcebispo, prisci, cardeais e a todos
que os servem.
A necessidade obriga que todos que receberam a
informação sobre os conhecimentos proibidos do
Sabá precisam ser eliminados. E se isto é feito de
uma forma que possa quebrar a crença em seu
próximo, torna-se algo intolerável para o Sabá. O
padre que convoca a Caçada Selvagem assessora os
Sabás locais e a cerimônia lembra muito uma Festa
de Guerra.
Uma vez capturado, o ofensor é estacado e
imobilizado. O bando então o leva de volta ao seu
ductus ou padre (ou bispo, arcebispo, etc...) que
recita os seus crimes para os companheiros de bando.
O bando então atormenta o ofensor da maneira que
achar apropriada — ferro quente, Vicissitude e
mutilação são consideradas formas pouco criativas
de vingança que poderiam ser infligidas a um traidor.
Finalmente, o bando termina por destruir o traidor
por arremessá-lo, ainda estacado, em uma pira
flamejante consagrada. Esta ação freqüentemente
vem acompanhada da recitação da Crônica de Caim
extraída do Livro de Nod, para lembrar a todos a
necessidade de massacrar seus inimigos e que a
descrença dentro da seita pode destruir a fundação do
Sabá.
Após o traidor ter encontrado seu fim, o Sabá
persegue a todos aqueles que aprenderam seus
segredos ou estiveram envolvidos. A justiça Sabá é
incansável — a seita jamais para até assegurar seus
segredos.
É claro que o Sabá não tem como saber de todos
pequenos (ou mesmo alguns dos grandes) segredos
que escapam. A frustração por causa deste fato torna
a coisa realmente ruim para aqueles que eles
conseguem apanhar.
Sistema: Todos os Sabás aos quais forem
declaradas Caçadas Selvagens não são mais
considerados como se pertencendo à seita e, desta
forma, sequer são reconhecidos como sendo
vampiros. Nada neste mundo (à possível exceção de
um Rito de Contrição) pode convencer o Sabá a
aceitar novamente um traidor, ainda que esta
realidade dura gere mais falta de segurança que dor
de cabeça.
Ignobilis Ritae
Os ritos “menores” variam de bando para bando e
nem todos os bandos os observam. Muitos bandos
adotam variações locais ou colocam mais ou menos
ênfase em determinados ignobilis sobre outros.
Padres sempre estão livres para estabelecer novos
ritos para o seu bando, tentando angariar o
reconhecimento dos mesmos pelos escalões
superiores.
O Sabá trabalha das bases para o topo da mesma
forma que de cima para baixo. Na guerra contra as
sombras do passado, inovação foi uma das principais
armas da seita. Personagens sabem que suas
inovações podem encontrar uma resposta favorável,
ao contrário de seitas como a Camarilla,
conservadora ao extremo. Os líderes do Sabá
encorajam novas maneiras de ver os princípios
existentes em ação, particularmente em resposta a
situações totalmente inéditas.
Rito de Aceitação
Este rito dá as boas vindas a um novo membro de
um bando, para reconhecer a ascensão de um recruta
ou toda vez que uma mudança no poder ocorre
(como o reconhecimento de um novo ductus ou
padre). Cada membro do bando precisa reconhecer a
posição de seu companheiro Sabá de uma maneira
pessoal, seja por compartilhar de seu sangue, seja por
lhe dar um presente ou qualquer coisa que mostre
suas boas graças. O Sabá aceito precisa jurar sua
aliança a cada membro do bando e à causa Sabá em
geral. Por exemplo, a jura de um novo Sabá
Verdadeiro detalha a gratidão do recruta por ser
aceito em seu bando e o orgulho por ter sido
escolhido para a causa Sabá. O Rito de Aceitação
difere do Rito de Criação por ser mais social que
sobrenatural. Um Sabá pode receber o seu Rito de
Criação, mas ser esnobado pelo seu bando por ser
recusado em um Ritus de Aceitação.
Rito de Lealdade
Antes que um Rito de Aceitação ocorra, um
vampiro já Abraçado, mas não ainda um Sabá,
precisa passar por um Rito de Lealdade. Este rito é
especialmente importante para traidores da Camaril-
la. O Rito de Lealdade é longo e envolvente e pode-
se passar anos antes que a um recruta seja permitido
passar por um Rito de Aceitação e ser bem vindo
como membro pleno da seita. Parte do processo
envolve implantar uma marca no corpo do vampiro
(uma tatuagem, cicatriz, sinal, etc...) através do uso
de Vicissitude para que se torne permanente. Antes
de receber este rito, o iniciado precisa sentar-se ou
permanecer de costas para o restante de seu bando
durante qualquer um dos auctoritas ritae. Ele é
sempre o último a beber da Vaulderie e não pode
contribuir com seu sangue. Ele também não pode
discutir passagens do Livro de Nod. O tempo
envolvido em confirmar a intenção do iniciado com
relação ao sabá faz com que tudo seja mais difícil
para ele se planejar abandonar a seita no futuro.
Rito de Contrição
(ou de Ablução, ou
de Unção)
Mesmo um Sabá comete pecados e indiscrições
pelas quais, às vezes, ele precisa responder. Os Ritos
de Contrição permitem isso de forma semelhante à
confissão da Igreja Católica. Este rito é talvez o mais
importante dos ignobilis e tantos os Inquisidores,
quanto a Mão Negra, os padres e ducti oferecem a
escolha de contrição ou morte para os Sabás que
cometeram erros perante a seita. Todos os Sabás
levam este rito tão a sério quanto qualquer outro,
pois apenas através das graças dos seus eles podem
continuar existindo. É claro que muitos Sabás pouco
ingênuos fazem atos nada sinceros de contrição, mas,
neste caso, a opção não será ofertada a eles da
próxima feita.
Rito de Boas Vindas
Este rito é uma grande convenção social. Os
padres o invocam quando se espera que dois ou mais
bandos se encontram para permanecer algum tempo
juntos, como quando bandos nômades entram em
uma cidade para ficar um tempo ou quando bandos
se unem para resolver uma meta comum que requer
pouco tempo. O Rito de Boas Vindas reforça a
ideologia Sabá que respeita a individualidade,
embora requeira união para atingir os propósitos da
seita. Muitos bandos fazem este rito informalmente
com os seus respectivos ducti trocando sangue
enquanto seus companheiros testemunham o fato.
Mas há dois pontos no protocolo que precisam ser
observados. No início do rito, cada presente precisa
apresentar-se pessoalmente, começando por seu
nome e cidade (se houver uma). Isto dá aos outros
uma idéia de localidade — de onde alguém veio e
para onde pretende ir. No ponto mais alto da
celebração, um presente é trocado pelos bandos. Isto
pode ser uma arma, um tratado ou a cabeça de um
inimigo. O presente é ofertado por um Sabá
Verdadeiro para o ductus do outro bando sob a
supervisão dos padres. Ducti e padres
freqüentemente usam este rito como oportunidade
para discutir os planos do Sabá.
Rito de
Agradecimento
Este rito é realmente quase nada de
agradecimento e mais uma sessão para se gabar de
seus feitos. A ação de graças normalmente se dá
lugar sob os auspícios de “Eu agradeço a Caim por
me favorecer aquela vez em que eu...”, histórias
normalmente exageradas ou grandiosas dos feitos do
orador. O Rito de Agradecimento normalmente tem
lugar antes de esbats ou outros encontros da Espada
de Caim.
Rito Marcial
Em tempos de guerra, um bando Sabá tenta
crescer a sua força de qualquer forma possível,
freqüentemente por criar um elo de camaradagem
apenas encontrado em combate. O Rito Marcial
serve para levar o Sabá a um fervor que prenuncia a
destruição de seus inimigos. Este rito começa por
cantar mantras como “Força”, “Fogo”, “Músculo e
Ódio”. Batidas de tambores, quase sempre feitas por
um padre, acompanham os cânticos. Os bandos
algumas vezes decoram as faces uns dos outros com
sangue, tinta ou henna.
Derramar Sangue
Quando dois ou mais Sabás se alimentam juntos,
eles algumas vezes reconhecem o compartilhamento
de sua vítima, dizendo juntos: “Sangue quente que
jorrou de Abel no momento de sua morte, sustente-
nos pela vontade do Sabá”.
Rito de Furtividade
No interesse de permanecer em silêncio, alguns
bandos tomam precauções extras e invocam
profecias favoráveis. No Rito de Furtividade, todos
os vampiros participantes mordem e arrancam as
línguas uns dos outros, cuspindo-as no fogo. Embora
isto não cause níveis de dano, estancar a hemorragia
subseqüente faz perder um Ponto de Sangue. O padre
ou o ductus apenas meneia com a cabeça quando
quer dar ordens, embora alguns bandos desenvolvam
sistemas complexos de sinais manuais para se
comunicarem silenciosamente durante as atividades
furtivas.
Dança do Sol
A Dança do Sol testa a bravura e resistência dos
cainitas. Durante o rito, os vampiros giram e se
arrastam em uma dança hipnótica em torno de uma
inscrição simbólica de um sol flamejante
caminhando da alvorada ao crepúsculo. Eles dançam
até caírem em colapso com o corpo exausto, cobertos
de um suor sangrento. O rito sempre toma lugar
durante uma noite de lua cheia e os membros do
bando sempre se vestem especialmente para a
ocasião, colocando máscaras assustadoras ou pintura
vermelha no corpo. Os membros do bando provam a
sua coragem por ver qual deles, após uma exaustiva
noite de dança, pode permanecer mais tempo em
campo aberto antes do sol nascer. Uma Festa de
Sangue algumas vezes segue-se à Dança do Sol
(especialmente quando esta é feita para atender às
funções da seita), de forma que os vampiros
reponham suas energias após todo o ritual.
Testes de Dor
Os padres do Sabá usam estes ritos cruéis para
testar o quão forte é o espírito de seu bando. Bandos
diferentes fazem este ritual de formas distintas,
alguns para os que clamam a liderança, outros pelos
que precisam ser punidos. Um destes testes é o
desafio da Vara Indiana: o bando empala o indivíduo
com uma tora inserida através de seu tórax e o
suspende, ficando imobilizado até pouco antes do
nascer do sol, quando será solto (indivíduos
realmente brutais arrancam o seu corpo da tora antes
do nascer do sol e se sujeitam a outros testes). O
Desafio do Fogo envolve chamuscar diversas partes
do corpo pelo padre do bando e depois obrigado a
correr por um corredor polonês, onde será chutado e
socado.
Personagens padres e a Diretoria são encorajados
a criar seus próprios Testes de Dor. A coletânea
deles é praticamente ilimitada. Use Coragem,
Autocontrole ou Instintos quando na dúvida se um
vampiro passaria ou não por um determinado teste.
A Bênção da Áspide
Em alguns relatos, os Sabás se comparam a uma
serpente e muitos bandos praticam ritos envolvendo
cobras. Este rito, entretanto, encontra-se entre um
dos rituais mais tradicionais e ocultistas da seita. Um
padre ergue uma cobra (muitas vezes venenosa) em
frente ao bando e roga para que o olho observador de
Caim presida sobre a assembléia de vampiros. Então
ele beija a cobra e a ergue a cada membro de seu
bando para este beijá-la também. Se a cobra picar um
vampiro desafortunado, acredita-se que Caim
desfavorece o vampiro e que a cobra o mordeu por
motivo de alguma transgressão passada ou secreta.
Alguns Sabás levam humanos a este rito, esperando
que a cobra os pique e demonstre o desdém que
Caim possui pelos mortais, as crianças de Seth.
Verdade Revelada
Este rito assegura que a honestidade de um
acordo seja revelada (muito como o juramento que
uma testemunha faz em um julgamento — embora
isto realmente não “force” o indivíduo a dizer a
verdade de qualquer maneira mecânica). Se o padre
duvida da veracidade das palavras de alguém, ele
escreve estas palavras em um pedaço de papel dado a
ele pelo acusado, escrita com o próprio sangue deste.
O padre então queima o papel, algumas vezes sobre
um cinzeiro. Se a fumaça tornar-se negra, a
afirmação é uma mentira. Em verdade, o poder da
crença de um bando em seu companheiro e seu status
determinam o quanto eles crerão neste ritual que, de
qualquer forma, é apenas empregado para assuntos
realmente graves.
Mesmo que o padre não faça nada de especial,
este rito tende a funcionar excepcionalmente bem.
Desconfia-se que isto se deva às características
místicas latentes de todo o bando em busca da
verdade. Padres que possuem três ou mais níveis de
Ocultismo ou de Rituais pode fazer um Desafio
Mental contra o sujeito envolvido. Se ele ganhar, o
ritual produz a coloração apropriada da fumaça.
 Apêndice 1 — O
Código de Milão
Pela palavra solene do Regente Gorchist, este é o
único verdadeiro Código de Milão, revisado do
manuscrito original, nesta noite de 21 de dezembro
de 1933. Nascida das cinzas de nossa guerra, possa a
paz reinar para sempre.
Um voto de aliança foi jurado pelo regente e os
demais na presença de todos os líderes de facção e
mais de 50 outras testemunhas para seguir
fervorosamente todos os regulamentos impostos por
este código na liderança do Sabá. Este Código de
Milão revisado foi aprovado por todas as facções do
Sabá, incluindo aquelas dos cardeais Huroff, Bruce
de Guy, Agnes e Charles VI e os arcebispos
Beatrice, Una, Tecumesh, Giangaleazzo, Toth,
Aeron, Marsilio, Rebecca, Julian e Salluccio. Todas
as outras facções devem prometer o apoio a este
Código de Milão revisado ou clamar a sua separação
do Sabá.
Estes são os estatutos compreendendo o Código
de Milão:
I. O Sabá deverá permanecer unido no apoio ao
regente da seita. Se necessário, um novo regente será
eleito. O regente deverá apoiar a abolição da tirania,
garantindo liberdade a todo o Sabá.
II. Todo Sabá deverá fazer o seu melhor em
servir aos seus líderes, desde que estes líderes sirvam
à vontade do regente.
III. Todo Sabá deverá fervorosamente observar
todos os auctoritas ritae.
IV. Todo Sabá deverá manter a sua palavra de
honra um ao outro.
V. Todo Sabá deverá tratar seus pares
cordialmente e igualmente, reforçando o poder e a
unidade do Sabá. Se necessário, eles devem
providenciar as necessidades de seus irmãos.
VI. Todo Sabá precisa colocar o bem da seita e
da raça dos cainitas antes de suas necessidades
pessoais, seja qual for o custo.
VII. Aqueles que não são honrados sob este
código serão considerados menos que iguais e, desta
forma, não merecedores de ajuda.
VIII. Assim como sempre tem sido, assim será.
A Lextalionis deverá ser o modelo para a justiça dos
mortos-vivos pela qual todo Sabá se guiará.
IX. Todo Sabá deverá proteger uns aos outros
dos inimigos da seita. Os inimigos pessoais devem
permanecer responsabilidade pessoal, a menos que
eles ameacem a segurança da seita.
X. Todos membros da seita deverão proteger o
território Sabá de todos os outros poderes.
XI. O espírito de liberdade deverá ser o princípio
fundamental da seita. Todo o Sabá deve esperar e
exigir liberdade de seus líderes.
XII. O Rito da Monomancia será usado para
resolver as disputas entre iguais no Sabá.
XIII. Todo Sabá deverá apoiar a Mão Negra.
Adendo ao Código de
Milão
Observado por todas as partes presentes nesta
noite, 21 de dezembro de 1933 e doravante
reforçado.
XIV. Todo Sabá tem o direito de monitorar o
comportamento e atividades de seus colegas
membros da seita com o objetivo de manter a
liberdade e a segurança.
XV. Todo Sabá tem o direito de chamar um
conselho de seus pares e líderes imediatos.
XVI. Todo Sabá deverá agir contra os membros
da seita que usam os poderes e a autoridade que o
Sabá lhes conferiu para ganho pessoal às custas do
Sabá. Ações deverão ser tomadas somente através
dos meios aceitos, aprovados por um quorum de
prisci.
 Apêndice 2 —
Formalidades do
Sabá
Embora não deixe transparecer, o Sabá é uma Templários
seita muito formal, especialmente com respeito ao Títulos similares: Senhor, Lorde (Lady)
título de seus superiores. Nenhum ductus irá chamar Forma de Tratamento: Dom (Dona), Sir
o bispo Gonzaga, em sua frente, simplesmente de
Bispo Gonzaga, sob pena de perder rapidamente seu Ductus
status. Vossa Excelência é mil vezes mais Títulos similares: Senhor, Sargento, Chefe
apropriado. Forma de Tratamento: Pelo título
No Sabá, portanto, é muito mais “honrado” ser o
Padre Armando dentre os Anjos de Caim que Padre
simplesmente Armando do bando genérico número Títulos similares: Sacerdote, Mestre, Ministro
3. Da mesma forma, Monsenhor Gregório é mil Forma de Tratamento: Reverendo
vezes mais apropriado que Gregório, o priscus.
Os títulos mais apropriados dentro do Sabá são os Membro do Bando
que se seguem: Títulos similares: —
Forma de Tratamento: Nenhum, embora
Regente algumas vezes sejam referidos por irmão ou irmã.
Títulos similares: —
Forma de Tratamento: Nossa Mais Distinta
Excelência.

Cardeal
O título de cardeal sempre é associado a uma
região específica, como “Cardeal do Litoral
Brasileiro” (título de Hades) ou “Cardeal do Interior
Brasileiro” (Juliano).
Títulos similares: Grande Senhor, Sua
Eminência
Forma de Tratamento: Vossa Eminência

Priscus
Títulos similares: Grão-mestre (Grã-mestra),
Monsenhor
Forma de Tratamento: Reverendíssimo

Arcebispo
O título de arcebispo sempre acompanha a região
que ele observa ou a cidade sede da mesma, como
Arcebispo de Curitiba.
Títulos similares: Arquidiácono, Reverendo
Padre (Reverenda Madre), Padre Superior (Madre
Superiora)
Forma de Tratamento: Vossa Excelência

Bispos
O título de bispo sempre acompanha a cidade que
ele rege, como Bispo de Guarapuava.
Títulos similares: Diácono
Forma de Tratamento: Vossa Excelência