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Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Escola de Educação Física


Laboratório de Pesquisa do Exercício

Efeito do tempo de terapia e do tempo de repouso da corrente russa no ganho


de força muscular do quadríceps femoral em seres humanos

Guilherme Hoffmann
Emerson Soldateli Boschi
Marco Aurélio Vaz

Projeto de Pesquisa associado ao Projeto 0105074400 - FINEP


INTRODUÇÃO

A estimulação elétrica neuromuscular (Neuromuscular Electrical Stimulation -

NMES) é uma modalidade de tratamento não-invasivo que vem sendo utilizada há várias

décadas na área da reabilitação neuromuscular. Esse tipo de estimulação elétrica usa

corrente elétrica de baixa amplitude, e de baixa ou média freqüência para ativar

motoneurônios e produzir contrações musculares involuntárias.

Um dos objetivos da NMES é o de produzir ganho de força em indivíduos saudáveis

e/ou em atletas (Dellito et al., 1988), mas seu principal uso tem sido na área de reabilitação

com o objetivo de evitar a atrofia muscular durante ou após períodos de imobilização ou em

patologias nas quais a atividade física está contra-indicada. Nesse aspecto a NMES é de

suma importância para reabilitar rapidamente os indivíduos enfermos (Parker et al., 2003;

Quitan et al., 2001; Dellito et al., 1988), gerando assim menor custo para a sociedade,

devido à redução do período de internações hospitalares, redução do período de

dependência dos indivíduos com uma pessoa que cuide de suas necessidades básicas,

redução dos gastos com medicamentos e retorno mais rápido dos pacientes à condição de

saúde com retorno às suas atividades de vida diárias.

A corrente russa é uma das correntes utilizadas para estimulação elétrica

neuromuscular (Currier & Mann 1983; Laughman et al., 1983; Delitto et al., 1988;

Fitzgerald et al., 2003). Ela se tornou bastante conhecida devido às suas características de

estímulo (corrente alternada de média freqüência - 2,5 kHz de freqüência portadora

interrompida em 50 pulsos por segundo) e devido aos estudos de Babkin et al. (1977) que

demonstraram sua eficácia. Estes autores estimularam eletricamente músculos de

indivíduos, e conseguiram obter contrações musculares com torques de 10% a 30% maiores
que a contração voluntária máxima (CVM). Eles também reportaram ganhos de força na

ordem de 30% a 40% após o treinamento de indivíduos com este tipo de corrente.

Outros autores, usando geradores de correntes similares aos de Babkin et al. (1977),

encontraram resultados semelhantes e diferentes dos desses autores (e.g. Currier & Mann,

1983; McMinken et al., 1983; Laughman et al., 1983; Selkovitz, 1985). Nestas

investigações, como nas de Babkin et al. (1977), a sobrecarga funcional foi fortemente

relacionada com o mecanismo de fortalecimento muscular gerado pela NMES.

Apesar da corrente ter sido inicialmente descrita há mais de 30 anos com parâmetros

fixos (2,5 kHz, 50 módulos por segundo, 50% de ciclo de trabalho, 10 segundos de

contração, 50 segundos de repouso, durante 10 minutos), à medida que a tecnologia

evoluiu, foi possível a manipulação destes parâmetros de acordo com a vontade do

terapeuta. Mas a grande maioria, senão a totalidade dos estudos com NMES de média

freqüência (Fitzgerald et al., 2003; Laughman et al., 1983; Parker et al., 2003), se limita a

utilizar um protocolo muito semelhante aos de Babkin e colaboradores, variando apenas o

número de sessões semanais, a duração da sessão, e a rampa de subida (que é o tempo que a

corrente elétrica demora para ir do repouso até a intensidade definida pelo terapeuta, e é

utilizada para tornar a estimulação mais agradável ao paciente, já que a contração aumenta

gradativamente).

Em modelos animais, a estimulação elétrica artificial vem sendo usada há bastante

tempo (Eisenberg & Simons, 1981; Eisemberg et al., 1984; Kernell et al., 1987a, 1987b).

No entanto, na maioria dos estudos a estimulação é administrada diretamente no nervo,

enquanto que em seres humanos a estimulação é feita de maneira transcutânea ou sobre a

pele. Conseqüentemente, fatores como resistência da pele e percentual de tecido adiposo


subcutâneo podem interferir com a intensidade do estímulo que chega nas células nervosas

e/ou musculares.

Uma das maneiras de minimizar esses efeitos é através do uso de diferentes

parâmetros de estimulação, uma vez que isso pode gerar um ganho de força maior e,

conseqüentemente, determinar uma reabilitação mais rápida dos indivíduos. No entanto,

não foi encontrado na literatura estudo que comparasse os efeitos de diferentes parâmetros

de estimulação elétrica e seus respectivos ganhos de força em correntes de média

freqüência. Portanto, o objetivo desse estudo é comparar os efeitos de diferentes protocolos

NMES de média freqüência para o ganho de força.

Nossas idéias ou hipóteses de trabalho são as seguintes: (1) o aumento do tempo da

terapia com NMES pode causar uma diminuição na fatigabilidade muscular. (2) a

diminuição do tempo de repouso, mantendo-se o mesmo tempo de contração pode causar

um maior ganho de força pela sobrecarga muscular. (3). um protocolo que utilize tanto o

princípio de (1) quanto (2) vai apresentar os maiores ganhos de força.

MATERIAIS E MÉTODOS

Amostra

A amostra deste estudo será constituída por 40 indivíduos do sexo feminino (idade

entre 30 a 40 anos), fisicamente inativos, ou que realizem atividades aeróbias submáximas,

como caminhadas, mas que não realizem nenhum tipo de treinamento de força regular. Os

sujeitos serão divididos de forma aleatória de forma a constituir quatro grupos: um grupo

controle e três grupos de estimulação elétrica (ver protocolo de estimulação elétrica), cada
qual com 10 participantes. Os indivíduos serão alocados para os grupos na ordem de

inscrição para participarem do estudo.

Dados como idade, peso, altura, percentual de gordura por dobras cutâneas,

tabagismo, e uso de medicamentos serão obtidos de cada sujeito. Os sujeitos não deverão

apresentar lesões prévias no joelho, doenças cardiovasculares, lesões neurológicas ou estar

tomando medicamentos sistematicamente (por período superior a 2 meses).

Todos os sujeitos deverão assinar um termo de consentimento livre e esclarecido

(Anexo A) depois que todos os procedimentos lhes forem cuidadosamente explicados para

participação no estudo. Optou-se pelo uso de indivíduos do sexo feminino tendo em vista

que a camada subcutânea de tecido adiposo é maior no sexo feminino, o que dificulta a

administração da NMES. Se por um lado isso pode dificultar os efeitos da NMES sobre o

músculo esquelético, por outro lado a determinação de ganho de força nessa população com

essa técnica deverá demonstrar a eficácia da mesma em populações que apresentem maior

percentual de gordura como é o caso de mulheres, indivíduos sedentários e idosos.

Torque

Um dinamômetro isocinético do tipo Cybex, modelo Norm (Lumex Inc,

Ronkonkoma, Nova Iork, EUA) será utilizado para a obtenção de dados referentes ao

torque produzido em contrações voluntárias máximas isométricas. Todos os dados serão

armazenados em um computador do tipo Pentium IV para posterior análise.


Estimulação elétrica artificial

Um estimulador elétrico Endophasys (KLD biosistemas, Amparo, São Paulo) será

utilizado para realizar a contração elétrica artificial do músculo quadríceps dos indivíduos.

O equipamento apresenta quatro canais de saída, com intensidades que vão até 150 mA.

Protocolo

Antes do início dos testes, os indivíduos serão familiarizados com os equipamentos

que serão utilizados no projeto. Todos os participantes deverão realizar três avaliações a

saber: (1) na primeira semana (ou pré-treinamento), (2) na quinta semana, e (3) na nona

semana (pós-treinamento), com exceção do grupo controle que realizará apenas duas

avaliações, na primeira e nona semanas.

Os testes incluem protocolo de teste de esforço voluntário e teste por estimulação

elétrica. Após a primeira avaliação, os indivíduos dos três grupos de estimulação já estarão

aptos a iniciar o programa de treinamento com NMES. Os protocolos de teste serão

realizados na ordem em que estão descritos. Os sujeitos deverão realizar aquecimento de 10

minutos em uma bicicleta ergométrica previamente à realização dos testes. Todos os testes

serão realizados em ambos membros inferiores, mas o treinamento com NMES será

aplicado apenas ao membro não-dominante.

Avaliação do esforço voluntário máximo

Os indivíduos serão posicionados sentados no dinamômetro, com a almofada do

dinamômetro presa na parte distal do membro inferior, um pouco acima do maléolo lateral.

Uma faixa de Velcro fixada à coxa, e outra na cintura e duas cintas no tórax deverão
estabilizar o individuo na cadeira. O eixo de rotação do dinamômetro será alinhado com o

epicôndilo lateral do fêmur.

O joelho será posicionado primeiramente em 90º de flexão (0º = extensão

completa), e nessa posição será solicitado ao indivíduo que realize três contrações

voluntárias máximas (CVM) em isometria, cada uma com duração de três segundos e com

um intervalo de dois minutos entre cada repetição. Apenas o valor de pico mais elevado

dentre as três repetições será registrado. O mesmo procedimento será repetido com o joelho

em 60º de flexão.

Avaliação das contrações produzidas por meio da estimulação elétrica artificial

Após o termino do protocolo de contrações voluntárias máximas, o joelho do

indivíduo será novamente posicionado a 90º, e serão colocados dois eletrodos autoadesivos

(5 x 10 cm, dura-stick) na coxa, sendo o primeiro colocado 15 cm distal à espinha ilíaca

ântero-superior, no ponto aproximado de origem dos músculos vasto lateral (VL) e reto

femoral (RF), e o segundo eletrodo 4 cm acima da borda superior da patela sobre o ventre

do músculo vasto medial (VM), a fim de fechar um circuito elétrico com o equipamento de

eletroestimulação (figura 1). Esse posicionamento é semelhante ao utilizado em outros

estudos (Parker et al., 2003; Snyder-Mackler et al., 1991).


Figura 2: Posicionamento dos eletrodos de estimulação elétrica artificial no músculo

quadríceps dos sujeitos (adaptado de: http://www.athleticadvisor.com/).

Usando os valores da CVM alcançados no protocolo de teste de esforço voluntário,

os valores relativos em % da CVM serão registrados em uma tabela (Anexo C). Com o uso

do estimulador elétrico será realizada a contração do quadríceps do sujeito registrando-se os

valores em mA necessários para se conseguir contração voluntária em diferentes níveis de

esforço voluntário (10%, 20%, 30%, 40%, 50% CVM). O número de repetições será o

necessário para atingir a amperagem máxima que o sujeito tolerar. O estímulo elétrico

partirá de zero mA, e, durante a fase de contração, a intensidade será aumentada até chegar

a 10% da CVM, sendo registrada a intensidade do estímulo em mA. Esse procedimento

será repetido até a maior intensidade tolerada por cada indivíduo. Isso possibilitará

determinar a intensidade de corrente média necessária para produzir cada nível submáximo
de contração elicitada eletricamente, assim como determinar os níveis máximos de

tolerância dos sujeitos ao protocolo de estimulação elétrica artificial.

Os parâmetros utilizados no estimulador serão os seguintes: freqüência portadora

2,5 kHz, 50 módulos (50 Hz), 50% de ciclo de trabalho, 3 segundos de rampa de subida, 12

segundos de contração, e 120 segundos de repouso. Serão usados os mesmos parâmetros

para todo os grupos para evitar qualquer influencia de um treinamento de estimulação sobre

o outro. Após todos os sujeitos serem testados dessa maneira, será definida uma

percentagem da CVM na qual todos os sujeitos deverão ser estimulados durante o protocolo

de treinamento com estimulação elétrica.

Avaliação do nível de conforto

A fim de avaliar os efeitos da alteração dos parâmetros de estimulação elétrica da

corrente russa sobre o nível de conforto dos sujeitos, será utilizada, antes e após a

estimulação, uma escala análogo-visual (Anexo B). Essa escala possui 10 cm de

comprimento, sem marcações de cm, na qual dez representa o pior desconforto imaginável,

e zero nenhum desconforto.

Protocolo de estimulação elétrica artificial

Após serem devidamente avaliados, os participantes dos grupos experimentais, já

divididos nos três grupos de estimulação elétrica com parâmetros que variam com a

progressão do treinamento (veja tabela 1 abaixo), serão submetidos ao protocolo de

treinamento com estimulação elétrica artificial, enquanto que o grupo controle não realizará

nenhum tipo de treinamento.

Em destaque na tabela 1 estão os parâmetros que serão alterados à medida que o

treinamento avançar. Todos os protocolos têm em comum a freqüência portadora, de 2,5

kHz, o ciclo de trabalho de 50% e 50 módulos por segundo. Estes três parâmetros
permanecem os mesmos durante todo o treinamento. Apenas o membro inferior não-

dominante dos indivíduos será treinado.

Os eletrodos utilizados para o treinamento serão os mesmos do protocolo de

avaliação da estimulação elétrica, assim como o posicionamento dos mesmos na coxa do

paciente. No entanto, ao invés de serem posicionados na cadeira do dinamômetro para

treinamento, os pacientes receberão a estimulação elétrica na posição sentada em cadeiras

comuns, com o joelho fletido a 90º e o tornozelo preso à perna de uma cadeira comum por

meio de uma faixa de Velcro (figura 2). Dessa forma, ao ser estimulado o músculo

quadríceps femoral, a extensão do joelho será impedida pela faixa de Velcro presa à cadeira

e ao tornozelo de cada sujeito

Tabela 1: Parâmetros do protocolo de estimulação dos grupos experimentais.

Grupo A: Aumento progressivo no tempo de terapia.

Subida Contração Repouso Tempo Sessões/ Volume


(seg) (seg) (seg) terapia(min) semana (min)
Semana 1 e 2 3 10 50 10 3 60
Semana 3 e 4 3 10 50 15 3 90
Semana 5 e 6 3 10 50 20 3 120
Semana 7 e 8 3 10 50 25 3 150
Total 420

Grupo B: Diminuição do tempo de repouso

Tempo
Subida Contração Repouso Sessões/ Volume
de
(seg) (seg) (seg) semana (min)
terapia(min)

Semana 1 e 2 3 10 50 17,5 3 105


Semana 3 e 4 3 10 40 17,5 3 105
Semana 5 e 6 3 10 30 17,5 3 105
Semana 7 e 8 3 10 20 17,5 3 105
Total 420

Grupo C: Aumento no tempo de terapia e diminuição do tempo de repouso

Subida Contração Repouso Tempo Sessões/ Volume


(seg) (seg) (seg) terapia(min) semana (min)
Semana 1 e 2 3 10 50 10 3 60
Semana 3 e 4 3 10 40 15 3 90
Semana 5 e 6 3 10 30 20 3 120
Semana 7 e 8 3 10 20 25 3 150
Total 420

Figura 2. Posicionamento dos sujeitos na cadeira durante protocolo de estimulação elétrica

com corrente russa.

A intensidade de estimulação deverá variar de individuo para indivíduo, mas um

nível de tensão mínimo será gerado por todos os participantes. Esse nível será aquele

definido conforme descrito no protocolo de avaliação do esforço produzido pela


estimulação elétrica artificial. Cada sujeito poderá aumentar a corrente de estimulação

elétrica até o limite de sua tolerância, partindo dessa tensão muscular inicial pré-definida.

O volume descrito nas tabelas é o produto da multiplicação do tempo de terapia,

número de sessões por semana, e número de semanas. Todos os grupos terão um volume de

treinamento igual, evitando-se assim que haja um maior fortalecimento devido à quantidade

total de tempo em estimulação.

Análise de Resultados

Os valores de torque da CVM de valor mais elevado do pré-teste serão utilizados

para a normalização dos dados de torque do protocolo de estimulação elétrica artificial.

Dos sinais EMG obtidos na CVM serão calculados valores root mean square (RMS)

e da mediana da freqüência (MDF). Os valores RMS serão utilizados para quantificação da

magnitude dos sinais EMG, enquanto a MDF será usada como indicativo da velocidade de

condução dos potenciais de ação musculares. Os seguintes passos serão utilizados para o

processamento dos sinais EMG: eliminação do componente DC, utilização de filtro passa-

banda (freqüências de corte de 20 Hz e 800 Hz), aplicação do algoritmo de transformação

rápida de Fourier (Fast Fourier Transformation – FFT), aplicação de filtro rejeita-banda em

caso de detecção de ruído no sinal EMG, cálculo dos valores RMS do sinal filtrado e da

MDF do espectro de freqüência do sinal.

Os dados relativos ao nível de conforto do protocolo de estimulação elétrica

artificial serão calculados a partir da utilização de uma régua de 10 cm. Os valores

marcados na escala analógico-visual de dor (ou desconforto) serão medidos a partir da

leitura da marca na escala com a régua.


Todos os dados serão obtidos nas semanas 0 e 9 para o grupo controle, enquanto

para o grupo experimental as medidas serão obtidas nas semanas 0, 5 e 9, bilateralmente.

Análise Estatística

Todos os resultados serão expressos na forma de média + desvio padrão. As

seguintes comparações serão efetuadas com os dados obtidos:

Comparações intra-grupos

(1) Comparação do torque máximo obtido dos membros dominante e não-dominante

durante a CVM da semana 0

(2) Comparação do torque máximo obtido dos membros dominante e não-dominante

durante a CVM da semana 9

(3) Comparação do torque máximo obtido do membro não-dominante durante a CVM

realizada nas semanas 0 e 9

(4) Comparação dos valores RMS obtidos durante as CVMs entre os lado dominante e

não-dominante na semana 0

(5) comparação dos valores RMS obtidos durante as CVMs entre os lado dominante e

não-dominante na semana 9

(6) Comparação dos valores RMS obtidos durante as CVMs do lado não-dominante

nas semanas 0 e 9

(7) Comparação da intensidade máxima de corrente de estimulação elétrica (em mA)

do lado não-dominante entre as semanas 0 e 9 (somente no grupo experimental)

Comparações inter-grupos

(1) Comparação do torque máximo obtido do membro não-dominante dos grupos na

semana 0;
(2) Comparação do torque máximo obtido do membro não-dominante na semana 9

(3) Comparação dos valores RMS das CVMs do membro não-dominante na semana 0;

(4) Comparação dos valores RMS das CVMs do membro não-dominante na semana 9;

(5) comparação da intensidade máxima de corrente tolerada durante o teste de

estimulação elétrica artificial

(6) Comparação do torque máximo obtido por meio da estimulação elétrica artificial do

lado não-dominante.

Análise de variância (ANOVA) de dois fatores (grupos e semanas) para amostras

independentes será utilizada para determinar diferenças significativas em cada parâmetro

mensurado. Análise de variância de um fator será usada nas comparações intra e inter-

grupos de uma mesma semana de teste, e para comparar as intensidades de corrente e nível

de tolerância entre os grupos. O nível de significância adotado para todas as análises será de

p<0,05.

Orçamento

A Tabela 2, abaixo, apresenta os dados referentes ao orçamento do projeto. Serão

necessários, para a execução do projeto, a aquisição de um estimulador elétrico artificial

com corrente russa e de eletrodos de estimulação elétrica artificial. O estimulador elétrico

será obtido a partir do convênio que o pesquisador possui junto à FINEP (Convênio no.

0105074400) no qual está prevista a aquisição desse estimulador. Já os eletrodos de

estimulação elétrica serão adquiridos pelo Curso de Especialização em Cinesiologia, uma

vez que o presente projeto trata-se de trabalho de conclusão de curso do aluno Guilherme

Hoffmann.
Tabela 2. Orçamento do Projeto de Estimulação Neuro-Muscular (ENM).

Cronograma

Setembro
Outubro
Agosto
Junho
Julho
Abril

Revisão de literatura X Maio


X X X X X X
Coleta de Dados Pré NMES X
Aplicação NMES X X X
Coleta de DadosPós NMES X
Análise de Dados X X
Redação do artigo X X

Produto
Eletrodos
Referências Bibliográficas

1. Babkin D, Timsenko N, Kots YM. PhD (URSS) lectures and laboratory periods.
Canadian-Soviet exchange symposium on electro stimulation of skeletal muscles;
Concordia University, Montreal Quebec, Canada, December 6, 1977.

2. Basmagian JV, De Luca CJ. Description and analysis of the EMG signal. Muscles
Alive: Their Function Revealed by Electromiography Ed. John Butler Baltimore
Williams & Wikkins 19-167, 1985.

3. Currier DP, Lehman J Lighfoot P. Electrical stimulation in exercise of the


quadriceps femoris muscles. Phys Ther, 68: 333-337, 1988.

4. Currier DP, Mann R. Muscular strength development by electrical stimulation on


healthy individuals. Phys Ther, 63: 915-921, 1983.

5. Delitto A, Rose SJ, McKowen JM, et al. Electrical stimulation versus voluntary
exercise in strengthening thigh musculature after anterior cruciate ligament surgery.
Phys Ther, 68(5): 660-668, 1988.

6. Delitto A, Snyder-Mckler L. Two theories of muscle strength augmentation using


percutaneous electrical stimulation. Phys Ther, 70(6): 158-164, 1990.

7. Eisenberg BR, Brown JMC, Salmons S. Restoration of fast muscle characteristics


following cessation of chronic stimulation. Cell Tissue Res., 238:221-230, 1984.

8. Eisenberg BR, Salmons S. The reorganization of subcellular structure in muscle


undergoing fast-to-slow type transformation. Cell Tissue Res., 220:449-471, 1981.

9. Kernell, D, Donselaar Y, Eerbeek O. Effects of physiological amounts of high- and


low-rate chronic stimulation on fast-twitch muscle of the cat hindlimb. I. Speed- and
force-related properties. J. Neurophysiol., 58(3): 614-627, 1987a.

10. Kernell, D, Donselaar Y, Eerbeek O. Effects of physiological amounts of high- and


low-rate chronic stimulation on fast-twitch muscle of the cat hindlimb. II.
Endurance-related properties. J. Neurophysiol., 58(3): 614-627, 1987b

11. Laughman RK, Youdas JW, Garrent TL, et al. Strength changes in normal
quadriceps femoris muscles as a result of electrical stimulation. Phys Ther, 63: 494-
499, 1983.

12. McMinken DF, Todd-Smith M, Thompson C. Strengthening of human quadriceps


muscles by cutaneous electrical stimulation. Scand J Rehab Med, 15: 25-28, 1983.
13. Nigg BM, Herzog W. Biomechanics of the Musculoskeletal System. John Wiley &
Sons, Toronto, 1994.

14. Parker MG, Bennet MJ, Hieb MA, et al. Strength response in human quadriceps
femoris muscles during 2 neuromuscular electrical stimulation programs. JOSPT,
38(12): 719-726, 2003.

15. Quittan M, Wiesinger GF, Sturm B et al. Improvements in thigh musculature by


electrical stimulation in patients with refractory heart failure. Am J Phys Med
Rehabil, 80(3): 206-214, 2001.

16. Selkowits DM. Improvement in the isometric strength of quadriceps femoris


muscles after training with electrical stimulation. Phys Ther, 65: 186-196, 1985.

17. Snyder-Mackler L, Ladin Z, Schepsis AA, et al. Electrical stimulation of the thigh
muscles after reconstruction of the anterior cruciate ligament. J Bone Joint Surg, 73-
A(7): 1025-1036, 1991.
Anexo A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL


ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
LABORATÓRIO DE PESQUISA DO EXERCÍCIO

Linha de Pesquisa: NEUROMECÂNICA DO MOVIMENTO HUMANO

Título do Projeto:

Investigadores: Marco Aurélio Vaz, Guilherme Hoffmann, Emerson Soldateli Boschi

Termo de Consentimento do Participante e Sumário Informativo

Estimulação elétrica neuromuscular (NMES) é uma das formas terapêuticas utilizadas em


fisioterapia para produzir ganho de força sempre que o músculo esquelético estiver
debilitado em conseqüência de lesão neuromuscular ou de períodos em que o sistema
musculoesquelético tem sua utilização reduzida devido a um período de imobilização de
um segmento ou devido a algum tipo de doença, ou ainda no período pós-operatório.
Apesar dessa técnica ser utilizada mundialmente com o objetivo de reabilitação
neuromuscular, ainda não são totalmente conhecidos seus efeitos sobre o organismo do ser
humano, uma vez que diversos parâmetros podem ser alterados nessa técnica. Por exemplo,
podem ser alteradas a intensidade da corrente elétrica, a freqüência em Hz (estímulos por
segundo), a duração de cada estímulo elétrico. Além desses parâmetros, também podem ser
utilizados diferentes protocolos de estimulação elétrica neuromuscular, de modo que não
existe um consenso na literatura sobre os efeitos dessa técnica sobre o organismo do ser
humano. Por fim, diferentes tipos de correntes têm sido utilizados em diferentes estudos, de
modo que a comparação de resultados entre os estudos também se torna difícil. A corrente
russa é um tipo de corrente que vem sendo utilizada na última década para produzir o ganho
de força muscular. Essa corrente tem, segundo seu idealizador, uma série de benefícios em
relação às demais correntes utilizadas. Uma das vantagens dessa corrente em relação às
demais é que ela possibilita uma ativação mais efetiva da musculatura com desconforto
reduzido para o paciente. No entanto, não foi encontrado um estudo sistemático que tenha
demonstrado os efeitos da alteração de parâmetros dessa corrente no ganho de força
muscular. O trabalho proposto neste estudo busca uma melhor compreensão dos efeitos da
corrente russa sobre o ganho de força muscular dos músculos extensores do joelho em
sujeitos saudáveis.

Para determinação do ganho de força muscular será utilizado o torque dos extensores do
joelho, o qual será obtido através de contrações isométricas voluntárias máximas, utilizando
um dinamômetro isocinético Cybex. Além disso, também será avaliado o torque produzido
por meio de contrações provocadas artificialmente por um estimulador elétrico com a
corrente russa.

Esse termo de consentimento, cuja cópia lhe foi entregue, é apenas parte de um processo de
consentimento informado. Ele deve lhe dar uma idéia básica do que se trata o projeto, e o
que sua participação envolverá. Se você quiser mais detalhes sobre algo mencionado aqui,
ou informação não incluída aqui, sinta-se livre para solicitar. Por favor, leia atentamente
esse termo, a fim de que você tenha entendido plenamente o objetivo desse projeto, e o seu
envolvimento nesse estudo como sujeito participante. O investigador tem o direito de
encerrar o seu envolvimento nesse estudo, caso isso se faça necessário. De igual forma,
você pode retirar o seu consentimento em participar no mesmo a qualquer momento. Você
vai ser solicitado a participar dos seguintes testes:

( I ) Seis contrações voluntárias máximas (CVM) serão executadas em dois ângulos


diferentes da articulação do joelho (60° e 90°) por um período de três segundos cada, com
dois minutos de repouso.
( II ) Contrações isométricas involuntárias serão provocadas artificialmente por meio de
estimulações elétricas transcutâneas em ciclos de 10 segundos de contração com 120
segundos de repouso, com uma freqüência constante (50 Hz), e as intensidades de
estimulação serão aumentadas gradativamente a cada contração até atingir o máximo de
corrente que você tolerar. (Esse tipo de corrente elétrica não provoca dor, nem gera leões
teciduais).
(III) Diferentes níveis de contração involuntária, ou seja, níveis de 0 a 100% da contração
voluntária máxima (com incrementos de 10%), serão mantidas por aproximadamente 7
segundos.

O tempo total necessário para a realização dos testes acima é em média de uma hora.

Dados Pessoais: As seguintes informações/dados serão obtidos: nome, estatura, massa


corporal, idade, tabagismo, etilismo, uso de medicamentos, lesões traumato-ortopédicas

Estimulação elétrica neuromuscular: Após uma raspagem de pelos e esfregamento da


superfície da pele com um algodão umedecido com álcool, serão posionados dois eletrodos
autoadesivos (5 x 10 cm, dura-stick) na coxa, sendo um posicionado 15 cm distal à espinha
ilíaca ântero-superior, no ponto aproximado de origem dos músculos vasto lateral e reto
femoral, e o outro eletrodo 4 cm acima da borda superior da patela sobre o ventre do
músculo vasto medial, a fim de fechar um circuito elétrico com o equipamento de
eletroestimulação.

Riscos e benefícios: Não há qualquer benefício direto para os sujeitos que participarem do
estudo. No entanto, você ajudará a resolver o problema relativo ao uso da estimulação
elétrica neuromuscular como uma técnica não-invasiva para o ganho de força muscular. Os
riscos ao participante são os seguintes: desconforto muscular devido a esforço não familiar
e vermelhidão na pele devido à colocação dos eletrodos na mesma. A vermelhidão deverá
desaparecer em um ou dois dias, sem qualquer comprometimento da pele. O desconforto
muscular também desaparecerá em um ou dois dias.
Confidencialidade: Todas as informações obtidas como parte desse estudo permanecerão
confidenciais. As únicas pessoas com acesso aos seus resultados pessoais serão os
investigadores e bolsistas envolvidos nesse estudo. Qualquer documento publicado
apresentando os resultados desse estudo não identificará os participantes.

A sua assinatura nesse formulário indica que você entendeu satisfatoriamente a informação
relativa à sua participação nesse projeto e você concorda em participar como sujeito. De
forma alguma esse consentimento lhe faz renunciar aos seus direitos legais, e nem libera os
investigadores, patrocinadores, ou instituições envolvidas de suas responsabilidades
pessoais ou profissionais. Você está livre para retirar-se do estudo a qualquer momento que
assim o queira. A sua participação continuada deve ser tão bem informada quanto o seu
consentimento inicial, de modo que você deve se sentir à vontade para solicitar
esclarecimentos ou novas informações durante a sua participação. Se tiver qualquer dúvida
referente a assuntos relacionados com esta pesquisa, favor contactar o Prof. Dr. Marco
Aurélio Vaz (Fones: 3316-5817 ou 3316-5860). Se você tiver dúvidas relativas aos seus
direitos como um possível participante dessa pesquisa, favor contactar o Comitê de Ética
em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

___________________________ _______________ __________________________


Assinatura Participante Data Assinatura Investigador

____________________________ ___________________________
Nome por extenso Nome por extenso

Anexo B - Escala análogo visual


Anexo C – Tabela para avaliação da amperagem necessária para
ser produzido determinado torque.

Nome:
Avaliação: 1 2 3

Valor
Correspondente Correnspondente
Percentual da CVM
em Nm em mA
10% CVM
20% CVM
30% CVM
40% CVM
50% CVM
60% CVM
70% CVM
80% CVM
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