Sie sind auf Seite 1von 66
Manual de Patologia e Manutencao MeN Re a a ee oe eS Pee can een canon ue eC eRe ee rene Re eee mais de vinte anos de estudo ¢ trabalho na area de conservacio € manutencao de pavimentos. ee ea CS re’ vestimentos de concreto e asfalto. Trag também dicastteis e praticas sobre concreto, asfalto, avaliacdo de pavimentos, drenagem de ro- eee or tan ne nee eon See ey ad de recuperacao, em funcio do tig #e patologia detectada, tanto para pavimentos com revesti See eee rs pad i MANUAL DE PATOLOGIA MANUTENCAO E PAVIMENTOS Eng.° Paulo Fernando A. Silva % 2° edicdo (revisada @ colorida_ a roller E MANUTENCAO DystyWi hls KOs Vaya LTC oer cy silva, ge Pere Raa ida Manual de Patologia e Manutencao de Pavimentos ©COPYRIGHT EDITORA PINI LTDA. ‘Todos 0s direitos de reproducao ou tradugdo reservados pela Editora Pini Lida. Dados interacial a Pablo (I) : ‘(Camara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Silva, Paulo Fernando A. - ‘Manual de patologla e manutencao de pavimentos / Paulo Femando A. Silva 2. ed. ~ Sao Paulo: Pini, 2008. Bibliografa, ISBN 978-85-7266-203-1 1. Pavimentos - efeitos - 2. Pavimentos ~ ‘Manutenco e reparos 3. Pavimentos de asfato 4, Pavimentos de concreto | Titulo. cpp-s258 08-05212 {dices para catélogo sstemstico: 1. Pavimentos: Patologia e manutencao Engenharia 625.8 CCoordenagio de livos:Josiani Souza Projeto grificae diagramagio: MayaraL. Perera ‘Moyara ea, eso: Monica Cosa Ecitora Poi Lida. | Rua Anhaia, 964 ~ CEP 0130-900 So Paulo, SP Fone: 011 2173-2328 — Fax O11 2173-2327 _wwpiniweb.com ~ manuals@pini.com br » ragem: 2,000 exemplares, julho/2008 1 agradecimentos ‘Ao Engenheiro Carlos Magno Candeias © ‘Antonio Elias (Andrade Gutierrez) pelo incentivo, apoio e confianca em meu trabalho. ‘Ao Engeneito Erico Dantas (C.N.O.) € Orlando Taboada (0.A.S), pelo constante incentivo ‘Aos professores Régis Martins (TA), Liedi Bernucci (USP), Paulo Helene (USP) «© Jodo Gaspar Djanikian (USP, pelos excelentes ensinamentos transmitidos ‘Ao engenheiro Carlos Eduardo Picollo, Rodrigo Raso, Pedro da Silva, Jaques Pinto, Valter Arruda, Reinaldo R. Marins e Wanda Morales pelo apoio. ‘Aos meus colegas de trabalho pela ajuda nas observagdes de campo. A todos que direta ou indiretamente colaboraram para elaboragio deste livio. ‘Manua de Patloga & Manutengo de Pavimentos 3 prefacio Recebi o convite do engenheiro e amigo Paulo Fernando para prefaci- ar este liv, tarefa honrosa e que realizo com muito prazer. Ndo sou um espe- ialsta em pavimentos, mas conheco bem sua competente trajetéria profissio- nal e sua dedicagao ao desenvolvimento da tecnologia no Pals. Para felicidade do meio técnico, Paulo Fernando decide publicar seu terceio livo abordando um tema fundamental de soberania neste pais, que tanto necessta de rotas para escoamento répido e seguro de sua producao agricola e de seus produtos industralizados. Discorrer sobre pavimento € Nblorizar a engenharia que constréi a infra-estrutura a qual viabiliza as de- mais atividades produtivas do pat Recentes pesquisas demonstram que cerca de 90% do total de stra- das do Pais ainda nao estio pavimentadas e 75% das atualmente pavimenta- ddas necessitam de manutengao corretiva. Nada mais oportuno que um ma- fwual para hem guiar o meio técnico nessa valiosa e imprescindivel tarefa de reconstrucio da infra-estrutura nacional. Pavimento,paraa maiora das pessoas, €ocarinho natural beni Johhomem que permite a elas deslocarem-se de um ponto. outro com seeFehen rapide. Fd muito que a sociedades ranizadas decobiam {que pavimentar as rotas primitivas de terra batida se trata de um excelente {nvestimento. A correta utilizaco de materiais durdveis e economicamente vidveis permite obter pavimentos que apresentam longa vida itil de bons servigos prestados & sociedade. (0s romanos, por exemplo, construftam cerca de 85.000 km de estra- das as quais uniam a capital com as distntas populagbes do seu vasto Impé- rio, Considere-se que no Brasil, um pais de dimensoes continentais, a exten- So total das rodovias federais é da ordem de apenas 70.000 km. ‘As estradas romanas notabilizaram-se por adotar uma arrojada con- ‘cepcio construtiva procurando sempre respeitar 0 tragado em linha reta entre dois pontos. A construcio da primeira estrada romana teve inicio dde maneira formal em 312 a.C., quando o Senado aprovou a construc30 ide 212 km de estrada pavimentada, partindo de Roma até Capua, sob a denominacao de Via Appia. Tinha pavimentacao de um concreto primiti- ‘vo que utilizava cal misturada com pozolana, e contava com sistema de «41 Manual de Patologia ¢ Manuteno de Pavimentos drenagem para escoamento das dguas pluviais. Hi trechos originais que se conservam integros até hoje. ‘Assim como 0s romanos, a grande e poderosacivilizagdo Inca tornou- se eximia construtora de estradas pavimentadas. Hoje se estima que tenha Construido cerca de 20.000 km na América do Sul. Havia dias estradas princi- pais: uma serrana com mais de 4.350 km e outra costera com aproximadamen- te 3.900 km. No vasto paintano ao norte de Cuzco, capital do Império, constru- jam um trecho tio bem pavimentado que ests em uso até hoje, com 13 km de extensio e cerca de 7,5 m de largura, murado de ambos os lados. ‘Apesar de fantisticos registroshistoricos de ciilizacies majestosas, as exigéncias atuais da sociedade com relacao & qualidade da pavimentacao de estradas, ruas, rodovias, patios, so muito superiores 2s de antigamente. Hoje (0s pavimentosrigidos e flexiveis devem ser durdveis, dever ser de alta resis- téncia & abrasio sem comprometer o conforto, devem ter projeto geométrico correto para reduzir acidentes e reduzir consumo de combustiveis, devem ser ambientalmente corretos e economizar energia luminica, além de que devem ser estanques e bem drenados. Como atender a tantos requisitos? © eng. Mestre Paulo Fernando apresenta a solucdo, partindo da conceituacao de pavimento e de forma didstica apresentando a importancia das diversas camadas que compdem um pavimento durdvel e resistente. A seguir aborda com conhecimento e profundidade os problemas patolégicos que podem ocorrer em pavimentos de concreto de Cimento Portland e em pavimentos flexiveis de concreto asfltico. Discorre sobre 0 diagnéstico des- ses problemas e até ensina como bem elaborar um relatério de inspecao. Na seqiiéncia apresenta as alternativas corretas de intervencdo cor retiva e seus controles para garantia da qualidade final. A partir de suas pesquisas e estudos realizados no CTAITA, coloca de forma intligente esses conhecimentos e recursos técnicos 2 disposigao do meio técnico, Sua proficua experiéncia profissional, aliada as suas privilegia- ‘das qualidades didaticas, 6 enriquecida com a apresentacao de exemplos de ‘casos reais, fichas, formulétios, normas e outros documentos pertinentes, que fazem deste manual uma consulta obrigatria na érea de pavimentos. Parabéns ao engenheiro Paulo Femando e felitages ao meio técnico brasileiro, que pode dispor de obra atualizada, interessante e completa, a qual contribu’ Sobremaneira para a melhoria da capacidade nacional de proeto, cons- truco, controle, andlise e reabilitacao de pavimentos rigidose flexiveis. Eng. Paulo Helene Professor Titular da Universidade de So Paulo ‘Diretor Presidente do IBRACON ‘Manual de Patologia © Manstengo de Pavimentos i 5 prefacio Este livro & uma das mais ricas contribuigdes brasileiras na érea de pavimentacio. E 0 resultado da vasta experiéncia profissional do Engenheiro Paulo Fernando Aratijo da Silva em projeto, tecnologia de materiais, técnicas exe- Cutivas, controle tecnolégico, avaliago e manutengio de pavimentos. Gra- {a8 & constante dedicacao aos estudos académicos de mestrado e doutora- do, 0 Eng.” Paulo Fernando conseguiu conciliar neste livro sua carreira da prtica da engenharia aos fundamentos tedricos da pavimentacao. ‘Manual de Patologia e Manutengao de Pavimentos apresenta de for- ‘ma muito bem ilustrada os defeitos de pavimentos de Concreto de Cimento Portland e Asfalticos, mostrando a tipologia e as possiveis causas que leva- ram ao aparecimento destes problemas, tio recorrentes em nossos pavimen- tos. A partir de um bom levantamento dos danos de pavimentos, o Eng.” Paulo Femando mostra como claborar um consistente diagnéstico de um pavimento de modo a embasar as solucées tecnicamente vidveis. Aborda ‘com rigor e profunda base pratica os procedimentos de recuperagao dos pavimentos, apontando as diferentes tarefas e cuidados na reabilitagio. Esta obra ser indubitavelmente um marco na drea, pois responde de forma clara e direta as dGvidas dos engenheitos e técnicos, buscando sempre dar suporte para a obtencio de sucesso na manutengao dos pavimentos bra- sileiros. Prof. Dra Lied Bariani Bernucci Escola Politécnica da Universidade de Sio Paulo {68 Manual de Patologia € Manutengo de Pavimentos ‘A Nossa Senhora Aparecida, a qual iluminou os meus caminhos. ‘Aos meus pais, em particular a minka mae que jé se foi. ‘A minha esposa Darcifia e aos meus queridos filhos Felipe e Gustavo. indice Introdugio . 2 m Patologias em pavimentos com comportamento rgido v 3.m Patologias em pavimentos com comportamento flexivel 2» 4m Como elaborar um diagndstico de um pavimento 4 5 = Motodologia de recuperagio ‘Anexos 71 ‘Anexo A i Dicas sobre concreto de cimento Portland svn 73 Anexo B m Dicas sobre revestimento asfltico.. ‘Anexo Cm Resumo da Pro-11 Calibrada ‘Anexo D m Cilculo do {ndice de Gravidade Global (LC.G) Representagao Esquematica de defeitos 97 ‘Anexo E i Drenagem de rodovias.. 99 ‘Anexo F it Material fresado de C.B.U.Q. para base ¢ sub-base vin 120 Anexo Gm © que foi a “AASHO Road Test?” 122 BIBLIOGRAFIA ‘Manual de Patologia e Manuengio de Pavinentos 9 INTRODUCAO 1 Entende-se por Pavimento a estrutura construlda sobre um terreno de fundagao (subleito), a qual deverd resistir 8 aco cas cargas de toda dos veFculos e as ages do tempo (variagao térmica e higrométrica). O Pavimento composto de varias camadas, com finalidades especfficas, as quais podem ser: Camada de Revestimento (CR), de Base (B), de Sub-base (SB) e de Refor- (¢0 do Subleito (Ref ‘A camada de Revestimento tem por finalidade “impermeabilizar”o pa- vimento, aumentar a resisténcia a derrapagem, melhora’o conforto ao rolamen- 10 e resistr as esforgos causados pelo trafego e pelo irtemperismo. Podem ser usados o Concreto de Cimento Portland (C.C.P.) ou Concreto Betuminoso Usinado a Quente (C.8.U.Q) ou “Stone Mastique Aspkalt” S.M.A), para trafe- £0 pesado, eo PIM. (Pré-Misturado a Quentel, para tfego leve. Além destes revestimentos “a quente”, pode-se usar 0 PINLE. (Pré-Misturadn a Fro). Nev case de acostamento, poce-se usar 0 TS‘. (Tratamento Supeticial Simples), enquan- 0.0 TS.D. (Tratamento Superficial Duplo) ¢ 0 TS.T. (ratamento Superficial Tr- plo) io empregados para tréfego médio ou leve. ‘A.camada de Base tem por funcao aliviar a tensio nas camadas infrio- res, pernitr a drenagem das guas que se infitam no pavimento (por meio de drenos) e resistr 3s tensGes e deformagbes atuantes. A Tensio Maxima de Cisalhamento, ¢,, ocorre na base, logo ela deverd ser constituda de material de excelente qualidade e ser muita bem constru(da, Os materiais que podem ser ‘empregados como base sio B.G.S. (Brita Graduada Simples), Concreto ‘Compactado a Rolo (C.C.R,), B.G.T.. (Brita Graduada Tratada com Cimento), ‘Macadames Hidréulico e Seco, Solo-Cal, Solo-Cimento e Solo-Brita, Entretanto, vido a reflexio de trincas, nfo se recomenda o uso deSolo-Cal e Solo-Cimen- to na Base de Pavimento Flexivel, apesar de possivel, mas sim como Sub-base (SB) ‘A camada de Sub-base tem por finalidade reduzir a espessura da Base (a qual é composta de materiais mais nobres), proteger o subleito e, nos ‘Manual de Patologia © Manutengio de Pavimentos 11 casos de pavimentos semi-rigidos, reduzir os A:TR. ap6s 0 inicio da forma- fo das Trincas de Fadiga. Os materiais que podem ser empregados como Sub-base so 0 Cascalho, Solo-Cal, Solo-Cimento, B.G.T.C. (no caso de pavi- ‘mento invertido). (Os pavimentos podem ser clasificados em dois grandes grupos, quan- 0.3 Camada de Revestimento: de Asfalto e de Concreto. Com relagio ao Revestimento Asfaltico, podemos ter a seguinte sub- divisio: 1 Pavimento Flexivel; = Pavimento Semi-Rigido; 1 Pavimento Invertido; = “Deep-Strength’; 1» “Full Depth-Strength’ Com relagio ao Revestimento de Concreto, podemos tera seguinte subdivisao: ‘= Pavimento de Concreto Simples; s Pavimento de Concreto Armado; 1 Pavimento de Conereto Protendido. © Pavimento Flexivel é aquele em que a Camada de Revestimento é de asfalto (CA), a Base & de material granular (BG) e a sub-base é de material granular ou solo (Figura 1. FLEXIVEL Figura 1 Pavimento Fl 12 m Manual de Patologia e Manutengo de Pavimentos (© Pavimento Semi-Rigido é aquele em que a Camada de Revestimento 6 de asfalto, a Base é de material cimenticeo e a Sub-base é de material granular ou solo (Figura 2). A resisténcia a compresséo axial minima da Base Cimentada deverd ser de 4,6 MPa, conforme estudos realizados no Texas. Caso contrério poderemos ter ruptura precoce do topo da base & compres- so. Atencio especial também deverd ser dada na dosagem e execucao da base cimentada, a fim de minimizar a formacao de trincas transversais de retragao hidréulica, bem como sua reflexdo na camada asféltica SEMLRIGIDO ha no BASE CIMENTADA. ha A\NN ZENS Z72\W\N\, SL Figura 2 Pavimento Semi-Rigido ‘© Pavimento Invertido & aquele em que a Camada de Revestimento é deasfalto,a Base é de material granular ea Sub-base é de material cimenticeo (Figura 3) a h3 | | SUB-BASE CIMENTADA NNN ZZN\\N 7Z7.\\N SL Figura 3 PavimentoInvertido ‘Manual de Patloga e Manutongo de Favimentos 13 © Pavimento “Deep-Strength” é aquele em que a Camada de Reves- timento e a Base sio de asfalto e a Sub-base & de material granular ou solo (Figura 4). “DEEP-STRENGTH” 2 | | B. Mat. Asfaltico (= By.) Z\NN LAAN\N\N 27“. SL Figura 4 Pavimento “Deep Strength” © Pavimento “Full Depth-Strength” & aquele em que a Camada de Revestimento, a Base e a Sub-base sao de asfalto (Figura 5) “FULL DEPTH STRENGTH” ha ho ha D\\NAZINNN NAA. SL Figura 5 » Pavimento “Full Depth Strength” ‘A agua 6 uma grande inimiga do Pavimento, portanto, tem-se de evitar que ela penetre no interior do mesmo, quer seja pela infiltracdo, pelas fissuras ou por capilaridade. A agua, se penetrar no pavimento, pode amole- cer as camadas do pavimento, diminuindo sua capacidade de resist aos esforgos gerados pelo trélego. {Um dado muito importante para defini¢ao do procedimento de manu- tengo 60 valor da Largura da Trinca (W). O valor de W pode ser obtido com 14m Manual de Patologia e Marutengo de Favimentos ‘0 emprego do “Cacador de Fissura” (issurémetro), conforme figura abaixo. Considerar como largura da Trinca aquela que co-responda a uma maior pporcentagem do seu comprimento (para a Figura 6 edotar w = 3 mm, pois a abertura de 3 mm tem um comprimento maior que a de 2,5 mm). TREINAMENTOS TECNICOS DE QUALIDADE Eng. Paulo Fernando 2,00 mm poeeeerormemenmenaes 1,75 1750 “eae meen OBS 1700 _ 0,50 040 ht | | revestimento ho | | base amass Sublet S&AO DO PaMMENTO Figura 6 Tanta Baixae Seco de um Pavimento Em 2004 foi realizada pela Confederacao Nacional dos Transportes (CNT) uma pesquisa sobre o estado da malha rodoviéria brasileira, a qual ‘avaliou 74.681 km de rodovia pavimentada (federais ¢ estaduais). A conclu- 850 a que se chegou € de que 56% do revestimento asfaltico esté em condi ‘0 precéria, principalmente as rodovias nao-concessionadas, e que pode- se gastar em uma viagem até 100% a mais devido as despesas com manuten- ‘Manual de Patloga e ManuengSo de Pavimentos 15 ‘cio dos veiculos. Essa pesquisa da CNT é anual e foi efetuada pela primeira vvez em 1995. Sabendo da importincia que as rodovias tém para o Pais, tanto em nivel social (locomocao de pessoas) quanto econdmico (transporte de pro- dutos, etc), e da necessidade urgente da recuperacao dessas rodovias, sur giu a idéia de escrever este manual. 0 Objetivo deste Manual é apresentar as possiveis Patologia, tanto tem Pavimentos com Revestimento de Concreto quanto nos de Asfalto, além de vias e modernas técnicas de reparo dos mesmos. Nos anexos sao apresenta- das Dicas Utes sobre concreto, massa aslaltica, aplicago da PRO-11 calibra- da e exemplo de célculo do Indice de Gravidade Global (.G.G.). Nao faz parte deste Manual discutr se o Pavimento com Revestimento de concreto ou de asfalto & melhor, pois ambos tém suas aplicagGes e podem ter um “bom convivio”, conforme Foto 1 abaixo. (0s Procedimentos Executivos de Recuperacao (PE.R.) das Patologias apresentadas estio baseados nas recomendacbes técnicas da “American Concrete Pavement Association” (A.C.P.A.), na “The Asphalt Institute (.A.L)", nos cursos do Instituto Teroligicu Ua Aerondutica (.T.A.) © no “World of Concrete’, além da experiéncia tecrico-pratica do autor deste MANUAL. Foto 1 Vista de uma rodovia na Alemanhas concreto easfaltotrabalhando juntos. 16 & Manual de Patologia e Manutengio de Favimentos PATOLOGIAS EM PAVIMENTOS COM 2 COMPORTAMENTO RIGIDO ‘As Patologias podem ser Estruturais ou Func onais. ‘As Patologias Estruturais s30 aquelas que aietam a capacidade do Pavimento em suportar as cargas do trafego. As Tincas transversais € a intersegao de Trincas s30 exemplos destas Patologias Figura 7). Estas Trincas se estendem por toda a espessura da placa. ‘As causas destas Trincas sio: ® Corte pouco profundo (Foto 2); ® Atraso na serragem ou corte das juntas (Feto 3); ® Desalinhamento das barras de transferénc a (Foto 4); ' Reflexio de Trincas do Concreto Compactado com Rolo (Foto 5); 1 Restrigdo da sub-base (Foto 6); f Recalque da Fundagio (Fo 7); 1 Reacio Alcali-Agregado (Foto 8) ‘As Patologias Funcionais sio aquelas que afetam a seguranca ¢ as con- dices de dirigibilidade do Pavimento, A Rugosidade, oPolimento da Superfcie, Ruido e os Defeitos de Superfcie sio exemplos destasFatologias. Estas Patologi- as no se estenclem por toda a espessura da placa e em geral se situam no maximo no tergo médio superior da espessura da placa de concreto. Ha alguns agregados (areia e brita) que na presenca de elevados teores de dlcalis do cimento (K,O, Na,O) geram uma reacao expansiva, des- de que a umidade relativa seja superior a 80%. Esta reago 6 denominada reac Alcali-Agregado e pode ser do tipo dlcali-silica (agregado com silica Feativa), dlcali-silicato ou dlcali-carbonato (rochas carbondticas). Para evitar «sta patologia ANTES do uso de qualquer agregado, deve-se realizar 0 en- saio de expansio, que no caso de rochas que contenham silica reativa usa-se ‘© método ASTM C-1260, enquanto para agregados delomiticos provenientes de rochas carbonticas usa-se a ASTM 1105 e a NBR 10340. ‘Manual de Patologia © Manutngio de Pavinentos 17 ‘A Retragao Hidréulica & caracterizada pela perda da agua adsorvi € ocorre apés 0 endurecimento do concreto. Sabe-se que, quanto maior a quantidade de Sgua de amassamento (l/m) do traco, tanto maior serd a es- pessura da camada de 4gua adsorvida e, por conseguinte, maior Retracio, HidrSulica e maior probabilidade de fisuracao. Logo, deveremos usar tracos de concreto com menores consumos de agua (tm). Cimentos contendo ‘menores teores de escéria também reduzem a Retracio Hidréulica, desde {que o consumo de dgua seja 0 mesmo. A Retracio Hidréulica € Inevitével, a ‘menos que o conereto esteja em um ambiente cuja Umidade Relativa seja de 100%. Em geral as causas das fssuras de Retraco Hidraulica so 0 excesso de agua do traco (tim’) ea falta de cura. ‘A Rugosidade pode ser causada por saliéncias, as quais so devidas a problemas durante a execucio (vassouramento, sobra de concreto descar- regado sobre concreto endurecido, etc). © Polimento da superficie pode ser devido 8 colocacio de lona, para proteger 0 conereto da chuva. Isto pode causar problema de seguranca, se nao for corrigido. (Os Defeitos de Superficie podem ser causados pela Retracai Plast cca do conereto, Delaminagio, Erosio, Marcas de patas de cachorro e cavalo ‘ede pneumaticos. Entende-se por Retragio Plistica do Concreto a retracio devido & evaporacdo da 4gua de amassamento, causada pela acio do Vento e Sol Forte, além de baixa Umidade Relativa, antes de o concreto“endurecer” Foto 9). As fissuras de retracio plastica (Figura 7) si finas, mais ou menos parale- las, As vezes aleatérias, que ocorrem em virtude de alguma falha na cura inicial do concreto (produto de cura ineficaz, falta de cura quimica, taxa de produto de cura muito baixa, etc. ou excesso de retardamento do inicio de pega do cimento. O produto de cura mais barato do mercado ndo evita a fissuragao plastica, pois Nao atende a ASTM C309. Cimentos cujo tempo de inicio de pega seja superior a 3,5 horas Nao podem ser usados. Segundo a “American Concrete Pavement Associaton” (A.C.P.A.), as fissuras de retracéo plastica raramente deterioram ou influenciam a qualidade de dirigibilidade do pavimento. Elas tém uma profundidade inferior a 6,0 cm, conforme nos- sas medigdes, e nfo permitem a entrada signfcativa de égua no pavimento. 18 m Manual de Putologia e Manuteno de Favimentos we a (a) Fissuradevido 3 Retraglo listen Ib Trinea por Araso de Corte: (c) Tinea por Recalqu da Fundagio (de bord a bord (@) Tinea evido 3 Hlevada Aderéncia ConcretoSub Sse; (e)Teinca devi 3 Reflexio da Tinca cexiente mo CCR. OU BG TCs (Tne dvid eg Wi do Conc Pas inca devo a0 Wavamento da Barra de Transferencia (1) 0 devo 20 ‘ tH dein (BT) ou devido a0 Atco de Cote, I) TWnes devido 3 resrigio de bord Concetada faa deta ds as cas deve sexi um coo de rium ono para nc {chara eee cus poppe do coe vb ema prt io tvamento gus 7.1) oto cote sas un) ray Sj} ) ao a Faw 71~ Avo de cone Figura 7» Tineas em Pavimento de Concreto Portanto, somente as Trincas cujas aberturas ou larguras (W) sejam iguais ou maiores do que 0,6 mm deverdo ser tratadas. ‘A Delaminagao consiste na retirada da “pele” (camada de s (camada de supert- Cie) do concreto e pode ser causada pela passager do “Bull-Float”, quando ha agua exsudada (proveniente da dgua de amassarrento) na superficie do ‘concreto, aprisionando-a superficialmente. ‘A Erosio superficial pode ser causada pela agio da gua de chuva. As vezes durante a construgo do pavimento, quando 0 concreto esté na fase plstica ou estégio inicial de endurecimento, cavalos, cachorros. lurecimento, caval e bici- lets trafegam sobre o mesmo, causando pequenos defeitos superficiais. ‘Manual de Patologla © Manutengo de Pavinentos M19 a oo Figura 8 » Trinca em ¥(corposde-prova extras de um pavimento) (Os Defeitos de Superficie, cuja largura seja inferior a 3,5 em e ‘comprimento inferior a 15,0 cm (érea de 52,5 cm), nao afetam a qualidade de dirigibilidade do pavimento (baseado na A.C.PA\). {A seguir sio apresentadas diversas fotos com patologias, devido a erro executivo (Foto 10,11,14 e 15), de projeto (Foto 12 e 13) € reparos mal cexecutados (Foto 16 a 19). 20 8 Manual de Patologia @ Manteno de Pavimentos Foto 2» Tinea Longitudinal (Corte com 2 em, sendo 0 especificado 8 cm). Foto 3» Trinca Diagonal (Atraso de Corte). ‘Manual de Patloga e Manungo de Pavimentos 21 A>. Fotos 6 = Trinca em Y (Aderéncia entre a Placa de Concreto a Sub-base de CCR). a a Foto 7 » Recalque de Fundacio, ee ‘Manual de Patologia e Manan de Pavimentos 23 Foto 9 = Fisurasdevido& Retragio Plistica, Foto 10 Exrana diregSo do corte da junta (tea de futuro problem). 24m Manual de Patologia © Manutengo de avimentos o Foto 12 »Trinca Tanners a placa maior Foto 11 = Mi execugio do CCR. latraso de corte) na menor (vido a erro ‘Concreto Segregado). de projet Foto 13» Tinea devido a erro e projet, Fotos 14 » Junta Longtadinal ABERTA ‘om selante rompido (alta de barra de ligagio). Manual de Patologia © Manutexio de Pavimentos mt 25 Foto 18 = de canto (obserar falta de planejamento na recuperacso das placa. Foto 15 O selante no endureceu Foto 16." Reparo mal executado. (Reservatéio Umi. Foto 17 = Reparo mal executad, 216 1 Manual de Pati Manteno de Pvimentos me ‘anal de Paola © Manteno dePavimeros 27 Foto 20 = Reparo mal executado. Foto 21 » Reparo mal executado, 28 Manval de Patologia e Manutengo de avimentos PATOLOGIAS EM PAVIMENTOS COM 3 ‘COMPORTAMENTO FLEXIVEL i ‘As Patologias em Pavimentos com Revestimento Asfltico podem ser: » Deformagdes de Supericie (Corrugagdes ¢ Afundamentos); » Defeitos de Superticie (Exsudacao de Asfalto e Desgaste); = Panela; ‘© Escorregamento do Revestimento Betuminoso; 1 Trincas Fissuras (Fendas) As letras que aparecem entre parénteses representam a C definida na PRO 008 e TER 01, do DNER (atual DNIN. 4) DEFORMAGOES DE SUPERFICIE. ‘As Deformacées de Superficie podem ser os Afundamentos e as Corrugacées. a.1) AFUNDAMENTO. (Os Afundamentos sio DeformacGes Plasticas (ou Permanentes), ca- racterizados por Depressio Longitudinal da Superficie do pavimen- to e podem ser Plisticos ou de Consolidacio. A agao repetida da passagem das cargas de roda dos pneus e 0 fluxo canalizado dos vefculos comerciais & que causam as deformagées. (Os Afundamentos Plisticos sao devidos & Deformaco Plistica de ‘uma ou mais camadas do Pavimento efou do Subleito e apresentam elevagdes ao longo dos lados do afundamen'o. Quando sua exten- so for de até 6 m, é denominado de Afundamento Plistico Local (ALL); em caso contrétio (> 6 m), & denominado de Afundamento Péstico da Trilha (A. ‘Manual de Patloga ¢ Manutengo de Pavimentos M29 AQAA NT Acsidsnchis LNA” Figura 9 = Afundamento em Tha de Roda 0s valores eriticas das Flechas, com relagio ao isco de aquapla- nage, sio: = 120 km/h Flecha,,., = 12 mm = V= 80 km/h 9 Flechay,., = 15 mm. me Fotos 22 « Afundamento em Tha de Roda (Os Afundamentos de Consolidacao sio devidos & Consolidagao Di- ferencial ocorente em camadas do Pavimento e/ou do Sublet. ‘Quando sua extensio for de até 6 m, é denominado de Afundamen- 30 Manual de Patologia e Manutengio de Favimentos to de Consolidagao Local (A.L.C.); em caso contrério (> 6 m), 6 de- nominado de Afundamento de Consolidagao na Trilha (A.T.C.). Por exemplo, uma ma compactacaio (erro executivo) Localizada con- duz a uma depressdo, enquanto solo expansivo conduz a expansio. © Abaulamento é uma Grande Depressio. Em geral & devido ao solo mal compactado. 4.2) CORRUGAGAO (0). ‘As Corrugagaes (conhecidas como Costela deVaca) sio Ondulagies Transversais ao eixo da via (vérias ondulagdes em intervalos de me- 10s de 3 mi, devido & mé execucao (base instivel), excesso de asfal- to (baixa resisténcia da massa asféltica) ou finos. As corrugacoes esto associadas as Tensbes Cisalhantes hor zontais geradas pelos vefculos em éreas submetidas & aceleracao ou frenagem. € comum ‘em subidas, rampas, curvas e intersecies. ‘Manual de Patloga e Manutenglo de Pavimentos 31 Foto 23 = Corrugasi. [As Ondulagdes na superficie da Camada de Revestimento sio cha- ‘madas de Escorregamento de Massa e so devido 8 Baixa Estabilidade da rmistura asfiltica, quando sujita a0 tréfego e ao intemperismo. A massa asfaltica é expulsa pelo tréfego para fora da trilha de roda. A Baixa Estabili- dade pode ser devido ao Excesso de Asfalto, Excesso de Agregado Fino, Gra- ‘duagao Inadequada, Agregado de Textura Lisa e Arredondado, Foto 24 » Escorregamento de Massa. ‘Aunidade de medida da Corrugagao e do Escorregamento de Massa 60 metro quadrado de érea afetada. [32m Manual de Patologia € Manutengo de Pavimertos by DEFEITOS DE SUPERFICIE. b.1) EXSUDACAO DE ASFALTO (EX). 'No calor o asfalto data e nfo havendo espaco para ele ocupar, devido principalmente a um baixo Volume de Vazios ou Excesso de Ligante (problema na massa astéltica), o mesmo exsudard através do revest mento e terse-d uma supericie (normalmente na tha de roda) que brilha devido ao excesso de ligante betuminoso. Também, com o calor, Co asfalto diminui sua viscosidade e o agregado penetra dentro dele. As vezes, pode-se observar EX nos tratamertos superficiais, lama asfaltica, etc. Deve-se ter atencdo para Nao Confundir espelamento devido 3 que- dda de 6leo diesel, principalmente em rampa ascendente (onde os vei- culos trafegam a baixa velocidade), com a Exsudacio do asalto. ‘Aunidade de medida da Exsudaco 60 metro quadrado de rea afetada, Foto 25 » Exsudasto de Aalto, ‘Manual de Patologia © Manutengio de Pavinentos mt 33 b.2) DESGASTE (D). © Desgaste Superficial (polimento) é uma associacao do tréfego com © intemperismo. No limite poderemos ter uma superficie polida, com- prometendo a seguranca & Derrapagem. (O Arrancamento Progressivo dos Agregados (D) é um estigio avancado cdo Desgaste Superficial. © Desgaste, conforme 0 DNER-TER 01-78, é ‘caracterizado pela Aspereza Superficial. A causa é a volatizagio e a ‘oxidagio do asfalto, sob a ago abrasiva do tréfego e do intemperismo. CO arrancamento ocorre em idades avangadas. Caso venha a ocorrer a Pertla Progressiva de Agregado pouco tempo apés a abertura a0 tafe- 0, a causa pode ser umn Superaquecimento do asfaltona usina ou falta deste ligante (problema na misturaasfltic). ‘Aunidade de medida do Desgaste 6 0 metro quadrado de érea afetada. Fotos 26 » Desgate Desprendimento de Agrezad. ©) PANELA (P). ‘A Panela é uma cavidade ou Buraco que se forma no Revestimento & pode atingir a Base. Os Buracos so EVOLUGOES das Trincas, Afundamentos ‘ou Desgaste. A gua & comprimida e, como ela é incompressvel, tende a desagregar ou amolecer as camadas do pavimento, e desta forma aumentars os Afundamentos em Trilha de Roda. O Actimulo de Agua de Chuva nas Trin- cas Superficiais, existentes na Camada Asféltca, leva a uma Degradacao mais répida do revestimento, a qual 6 conhecida como “STRIPPING”, Por isso, durante 0s meses de dezembro a marco, estagao chuvosa, hé uma tendéncia de se formarem mais buracos nas ruas e rodovias. Para cortigir esta ocorréncia é executado Remendo (R) de superficie ou profundo. ‘A unidade de medida do Buraco € 0 metro quadrado. 24m Manual de Patologia e Manuteno de Pavimentos Fotos 27 » Pana, d) ESCORREGAMENTO DO REVESTIMENTO BETUMINOSO (6). © Escorregamento consiste no Deslocamento do Revestimento em relagio & base, com aparecimento de fendas em forma de meia-lua(Foto 28) ‘A Trinca em Forma de Meia-Lua ¢ devido a falta de aderéncia (falta de limpe- za) entre a camada de revestimento e a camada subjacente, ou a massa asidtica tem baixa resisténcia. Ocorre principalmente em Areas de frenagem ede intersecées, quando 0 veiculo causa o deslizamento da massa asfatica (baixa aderéncia) ou sua deformagao (baixa resisténcia) Foto 26» Escorregamento de Revestimento. ‘Manual de Patologia © Manutengio de Pavimentor M35 .e) FENDAS: FISSURA E TRINCA. ‘As Trincas sio descontinuidades com largura superior as Fissuras (FD, as quais 6 sio visiveis& distancia inferior a 1,5 m.AsTrincas no Revestimento podem ser devido a Fadiga ou nao. A Fadiga esté relacionada coma repeticao dda passagem de carga de veiculo comercial (para mais detalhes sobre Fadiga, Vide anexo B). Os Automéveis (carros) no causam problemas estruturas, ‘mas somente a Redugio do Atrito, o que pode causar acidentes. ‘As Trincas que tém como causa a Fadiga podem ser Isoladas (Trin- cas Transversais e Longitudinais), Foto 29, ou Interligadas (Couro de Jaca- 1), Fotos 30 € 31 ‘As Trincas Couro de Jacaré () representam estégio atual avancado de Fadiga. Caracterizamyse por ter ngulos agudos ea maior restate comprimento inferior a 30 cm. Inicialmente, ter-se uma série de Trincas ISOLADAS, como mostra a Foto 29. A unidade de medida de J € 0 metro quadrado.. Fotos 20 « Trincas Cour de Jacarée Panelas, 236 Manual de Patologia © Manteno de Favimentos Foto 31 « Tincas Couro de Jacaré. ‘As Trincas que no sao causadas pela Fadiga podem ser Isoladas ou de Bloco. ‘As Trincas Isoladas de Retracao (T.R.R.) sio causadas pela Retracio ‘Térmica ou pela Retracao por Secagem da Base de B.G.T.C. ou Solo- to, ou do Revestimento (Figura 11). Fur deRefledoda una Fura raneesat a ] dja inca anv relexdo de tnca de base ‘deBGITC, Sole Cimene, ccRecce, “nS longi: rflento de Jumalongtadinl Figura 11 = Trineas de Rfleio ‘Manual de Patologia © Manutncio de Pavimenios B37 ‘As Trincas em Bloco (T.B.) so causadas pela Retragao do Revest- mento Asfatico e por variagdes dirias de Temperatura (que resultam em Ciclos didrios de Tensdes e Deformagées). As trincas de Bloco indicam que o| asfalto sofreu Endurecimento significativo, devido @ sua Oxidagio ou Volatizacéo dos Maltenos, tornando-o menos flexivel. As TB. caracterizam- se por ter uma configuragio aproximada de um retangulo, com éreas varian- do de 0,1 m? a 10 mt. A unidade de medida de T.B. € © metro quadrado (Figura 12 ¢ Foto 32) 38 Manual de Patologia € Manutenco de Pavimentos Figura 12 = Trincas de Bloco Foto 33» Tinca de Bloco. Enquanto as Trincas Couro de Jacaré estdo associadas & Repeticao das Cargas de Trafego (concentram-se nas trilhas de roda), as de Bloco no estdo relacionadas com trafego; logo, elas aparecem em qualquer lugar, até «em locais de pouco trafego. AsTrincas J. eT.B., quando nao so tratadas, poderdo ter Erosio acen- tuada em suas bordas e passardo a se chamar J.E. (Trinca Jacaré com Erosio) TBE, (Trinca em Bloco com Erosio). ‘Manual de Patologia e Manuiengo de Pavimentos 39 {As Trincas Longitudinais so trincas isoladas e aproximadamente paralelas ao eixo do pavimento, sendo causadas pela ma execucao da junta de construcio, reflexdo de trincas, assentamento da fundacao, retracio do revestimento de asalto, ou estigioinicial de fadiga. Quando o comprimento, dda Trinca Longitudinal for maior que 1 m, ela seré chamada de Trinca Lon- gitudinal Longa (TLL), e quando for menor ou igual 1 m, ser chamada de ‘Trinca Longitudinal Curta (TLC). A unidade de medida de T.LAL, ouT.L.C. 6 ‘ometto. £ importante lembrar que trinca longitudinal descontinua(aleatéria) na trilha de roda corresponde ao estdgio inicial de Fadiga. (a): nati de oda (©): fora datilha de toda Foto 34 Bombeamento de Finos. ‘A Trinca de Bordo ocorre quando 0 acostamento nao é pavimentado, ¢ situa-se no méximo a 60 em da bord. E devido a umidade excessiva das cama- das, ou baixa espessura da CR ou B. Figura 13 © Trincas dentro e fora da Tria de Roda [As Trincas Transversais sao trincas isoladas e aproximadamente per- pendiculares ao eixo do pavimento, sendo causadas pela reflexdo de juntas ‘ou trincas subjacentes (devido a movimentaco térmica e/ou cargas do tréfe- {go} ou retragao da propria camada asfltica (revestimento asfsltico). Quando ‘0 comprimento da Trinca Transversal for maior que 1 m, ela seré chamada de ‘rinca Transversal Longa (T-TLL), e quando for menor ou igual 1 m, seré ‘chamada de Trinca Transversal Curta (T.T.C.). A unidade de medida de TTL. ouT.T.C. € 0 metro, ‘través das rincas, durante o periodo das chuvas ou apés 0 mesmo, pode haver o bombeamento de finos (argila ou silt, 0s quais so levados & superficie pela agua. Este bombeamento causa recalques diferenciais no pa- Vimento e conduz a formacao de novas trincas. 40m Manual de Patologia € Manutengo de Pavimertos Figura 14 = Tincas de Bordo © Desplacamento da Capa selante, como a Lama Asfaltica, apés um certo perfodo de tempo depois da execucao submetido a um certo trfego, € causado principalmente por este Tréfego, e secundariamente pelas variagoes térmicas didrias, Estas variacies térmicas correspondem a Agao do Tempo (Efeito da Temperatura), a qual causa movimentos diferenciais (de dilata- Go e retragdo) entre a Lama Asfiltica ea camada de revestimento, causando © desplacamento (ou soltura) da camada de Lama Asfatica. ‘As PRO 008/94 © a TER 01/78 classificam as Trincas e Fissuras em ‘Classes de Fenda, que variam de 1 a3, conforme o grau de severidade (quanto ‘maior 0 ndimero, mais danosa é a fenda ao pavimentc) Assim teremos: Manual de Patologia ¢ Manutngio de Paviments Bt 41 © FC-1 (Fenda Classe 1): Fl LTC, TTL, TLC, TLL, TR. = FC-2 (Fenda Classe 2): J. eT.B. = FC-3 (Fenda Classe 3): JE. e TBE. A\Norma DNIT 005/2003-TER em seu anexo A define: = Para Trincas Isoladas: sum Fenda Classe 1 (FC-1): sao trincas com abertura superior & das, fissuras e menores que 1,0 mm, sau Fenda Classe 2 (FC-2): so trincas com abertura superior a 1,0 1mm ¢ sem erosio nas bordas. smu Fenda Classe 3 (FC-3): sdo trincas com abertura superior 2 1,0 mm e com erosdo nas bordas. ‘Na opinio do autor deste manual, as fissuras sdo descontinuidades, ‘com abertura inferior a 0,6 mm. * ParaTrincasInterligadas (Tipo Jacaré ou Bloco}: so sempre classif- ‘cadas como FC-2 (em erosdo nas bordas) ou FC-3 (com erosdo nas bora). ‘A Avaliacio Objetiva da Superficie de Pavimentos Flexiveis e Semi- Rigidos pode ser efetuada com o emprego da PRO 008/94 (vide anexo D). A Classificacao do Pavimento (Conceito de Deterioracio do Pavimento) € feita ‘em fungio do Indice de Gravidade Global (.G.G.), para trechos homogeneos de até 1 km. Os Defeitos considerados de maior gravidade s30: O, P, ALP, ATP e FC-3. Assim teremos: ‘Conceito do Pavimento | IGG. fom 0320 Regular 2030 ‘Maw aa 150 Péssima 150 a 500 A trincas FC-2 e FC-3 representam as trincas de Bloco e Couro de Jacaré, ambas com erosio de borda. O valor eritico (que implica grande {quantidade de trinca) de FC-2 mais FC-3 & quando esta soma for superior a 50% (equivale a um trincamento Tr da ordem de 20%). 42 Manual de Patologia e Manutengo de Pavimentos COMO ELABORAR UM DIAGNOSTICO DE UM PAVIMENTO 4 ‘A Regra Bésica da Manutengao consiste em, primeiramente, determi- nar a causa do Defeito. ‘A Manutencio de Pavimento é um trabalho rotineiro efetuado com o fito cde manter o pavimento tanto quanto possivel prbximo de sua condicio original, quando da construgéo, sob condides normais de trfego e temperatura As tenses atuantes em um pavimento podem ser causadas por: Variago de Temperatura; ‘™Variagao de Umidade Relativa; '™Pequenos movimentos nas camadas subjacentes ou adjacentes; mTrdfego. No caso de Pavimento Flexivel hé dois tipos de Manutencao: "= Manutencdo PREVENTIVA. Como exemplo de Manutencio Preven- tiva pode-se citar a Selagem de Trinca, Manutencao da Drenagem e Camadas de Selamento (Micro -revestimento a Frio, Lama Asfaltica, Tratamentos Superficiais, Selamento com Areia ou com Emulsio). "= Manutenc3o CORRETIVA. Como exemplo de Manutengao Corretiva pode-se citar 0 Remendo, 0s Tratamentos Superficiais e “Overlay” {com espessura inferior de 2,5 cm) ‘A ptesenga anormal de gua na superficie do pavimento pode problema com a drenagem (quer seja drenagem mal projetada, locada erra- 0,6 mm) como ‘emprego de Resina Epoxidica com viscosidade inferior a 100 cps (PER-001); 1 Trincas Longitudinais. Antes de qualquer reparo faz-se necessério verifcar se a Profundidade de Corte atende ao especificado. Caso positivo e desde que a Trinca esteja a no maximo 20 em da junta longitudinal, abertura da Trinca inferior a 0,6 mm e o Pavimento tenha uma idade superior a 10 anos, podo-se Cortar a Trinca @ Selar, com emprego de mastique a base de Poliuretano ou Silicone ‘ou “Cross-Sttch” (costura de fissura. Seguir PE.R.-004). Em caso Contrério a Placa devers ser Quebrada e reeita seguindo o Projeto (no esquecer de fazer 0 corte longitudinal até a profundidade indicada em projeto), "= Trincas devido ao Recalque das Camadas sob a Placa de Concre- 40. Neste caso todas as placas deverdo ser quebradas e todas as ccamadas, removidas e tecompostas, seguindo rigorosamente as Especificacoes do projeto, com relagao a Umidade Otima e Grau de Compactacdo Minimo para solos (materiais argilosos, etc.) além dos cuidados com a Cura e Resisténcia & Compressio Axial do CCR. Cumpre ressaltar que o intervalo de tempo entre a execu- «0 do C.CR. € a Placa de Concreto é de no Minimo de 7 Caso se queira aplicar 0 C.C.R. com menos tempo, faz-se necessi- rio um ajuste no trago do C.C.R., com 0 emprego de cimento de ‘Alta Resisténcia Inicial (A.R.L); Manual de Patologia © Manengio de Pvimentos mt 47 1 Trincas Transversais distando menos de 30 cm das juntas. A causa desta trincas, em geral, 6 devido ao desalinhamento das Barras de Transferéncia. Neste caso seré aplicado 0 P.E.R-002, com a se- ‘guinte ressalva: seré quebrada uma faixa de um (1) metro a direita ‘© um (1) metro a esquerda da junta, de tal forma a termos uma rnova placa com 2 m de comprimento e eliminacao da junta exis- tente. Como serio criadas 2 (duas) novas juntas transversais, uma a direta e outra & esquerda, faz-se necesséria a insercio de barras de transferéncia, com diametro e espacamento conforme definido no projeto, nestas novas juntas; 1 Trincas Transversais distando mais de 30 cm das juntas. A causa des- tas trincas € devido ao atraso de corte ou serragem das juntas. Neste aso aplica-e integralmente o PE.R.- 002. Pode-se empregar também a Técnica de “Retrofit de Barra de Transferéncia” (PE.R-003); ‘= Trincas Transversais em Placas de Geometria Irregular. Neste caso aplica-se o PE.R.-002, empregando-se uma tela metélica Q246 a3 ccm da superficie e a 5 cm de qualquer junta, quer seja transversal cu longitudinal « Esborcinamento. Neste caso aplica-se a Técnica de Reparo Parcial (PER.-005), desde que as dimensies sejam superiors a 3,5 em de largura por 15,0 cm de comprimento. Empréga-se Microconcreto Industrializado. = Intersegdo de Trincas, Neste caso deve-se remover toda a placa de concreto e recompé-la seguindo o Projeto. Nao esquecer de colo- car Lona Plistica entre o C.C.R. € a nova Placa de Conereto. s Abertura de Junta Longitudinal. Procedimento idéntico ao caso de Intersecio de Trncas. 5.2 PAVIMENTO FLEXIVEL, No caso de Pavimento Flexivel hé dois tipos de Manutencio: Manutencio PREVENTIVA. Como exemplo de Manutencao Preven tiva pode-se citar a Selagem de Trinca, Manutenc3o da Drenagem e Cama- 48 Manual de Patologia ¢ Manutengo de Pavimentos das de Selamento (Micro -revestimento a Frio, Lama Asfaltica, Tratamentos Superficiais, Selamento com Areia ou com Emulsio) Manutenc3o CORRETIVA. Como exemplo de Manutencao Corretiva pode-se citar o Remendo, os Tratamentos Superticiais e “Overlay” (com es- pessura inferior a 25 mm). ‘A Estagdo do Ano (més) em que se fard 0 reparo & muito importante para 0 sucesso clo mesmo em longo prazo. Assim sugere-se: Selagem de Trinca: Period Frio fresco) e Seco (meses de junho, ju- Iho e agosto); Remendos e Recapeamentos: Periodo Quente e Seco imeses de abril e maioy; + Camadas de Selamento: Perfodo Quente e Seco (meses de abril e aio). Em meses frios ou «mids deve-se tomar maior cuidado na execucao cde remendos e camadas de selamentos (para ambos, os meses quentes C05 sdo mais recomendveis), pois caso contrério 0 reparo nao ficard bor, (Os periodos quentes e secos melhoram a aderéncia dos remendos, e facili- tam a evaporacao da égua da emulsio, ou do solvente do asfalto diluido, Elevada umidade relativa ou baixa temperatura reterdam a evaporagao da gua da emulsdo ou do solvente do asfalto diluido. Logo, a ruptura da emulso ‘ou a cura do asfalto diluido é lenta nestas condig6es. Cuidado especial deve-se ter em relagio ao Efeito do Resfriamento da mistura asféltica a quente, Estas misturas colocadas sobre pavimento podem esiriar rapidamente e dificultardo a compactegao. © mesmo se a a quando a espessura da camada for pequena. O pavimento frio (camada remanescente fria) Ou a pequena espessura de camada asfiltica é 0 “PIOR dos MUNDOS". As primeiras quatro horas aps a execucio de qualquer camada de selamento s20 muito influenciadas pela umidade relativa, chuvas (no deve- 4 chover) e velocidade dos vetculos (a qual deverd ser baixa). Caso ocorra chuva ou alta velocidade poderd haver perda de agregados. Guarde sempre isto: “O asfalto e as misturas asfalticas NAO ADEREM bem as superficies‘imidas”. Marval de Patologia e Manuiencio de Pavimentos m4 A Estratégia de Recuperacao para Pavimentos com Revestimento de Asfalto consist, simplficadamente, em 1 Trincas Couro de Jacaré (), Tincas de Reflexio (TLR), Escorrega- mento de Revestimento (E) ou de Massa, Corrugacao (O.), Afunda- ‘mento em Trilha de Roda (A.T.R) e Depressio (A.LC. ou A.C). As ‘causas destas Patologias sio: Falha Estrutural J, C., A7LR), Dosagem da ‘MisturaAstlica (C.,.TR), Gradientes Térmicos ou de Umidade TR.R) ce Falha Executiva (ALC. ou A.TC). Neste caso aplica-se 0 PE.R.-006. = Selagem das fissuras Isoladas, cuja W > 3 mm, com o emprego de ‘Asfalto Comum ou Modificado (PE.R.-007). No Brasil a Vida Uti ‘Média da Selagem de Trincas esté compreendida entre 4 e 5 anos. Hé caso de insucesso com menos de 1 ano, bem como sucesso superior a 5 anos. = Técnicas de Reparo de Superficie. As Técnicas de Reparo Superfi- cial consistem na aplicago de uma camada asféltica com ou sem agregado. A espessura varia de 8 mm a 25 mm, Estas Técnicas, de tuma forma geral, Nao tém por finalidade aumentar a capacidade ‘de suporte do pavimento (nao sao reparos estruturais). OC.B.U.Q. sem 0 efeto do tréfego ou sob a agio do tréfego Leve tende a Endurecer mais répido e gerar desprendimento, em relacdo a uma camada asfiltica submetida a trafego médio, ou pesado. As Técni- cas de Reparo Superticial so (vide definigdes no Anexo B): Simples, Duplos ou Triph ~ Tratamentos Super ~ Lama Astaltica; = Micro-Revestimento Asfaltico; = "Cape Seal"; ~ "Fog Seal”; = “Sand Seal”, 0s principais objetivos das Técnicas de Reparo Superficial si: ~ Impermeabilizar a camada do revestimento asfitico existente; Selar as fissuras presentes na camada do revestimento asfiltico; Evita o desprendimento de agregados; ~ Reduzir o envelhecimento da camada asfatica existente; Melhorar as condigdes de atrito e drenagem. 50 m Manual de Patologia e Manutengo de Favimentos OTS. € usado para evita © continuo desprendimento de Agrega- do, selar fissuras, aumentar a resisténcia d abrasdo e proteger a superficie oxidada, O TS.S. 6 adequado para trafego leve e médio. OTS.D. ov TS.T. tém o mesmo uso doT.SS,, s6 que eles geram uma superficie muito resistente ao desgaste. No Brasil, aVida Util Média doT.S.D. ‘com Polimero tem sido superior a 3 anos. ‘A Lama Asfética é usada para selarfissuras superficiis(cuja W <3 mm {quando W > 3 mm tem-se que selar individualmente as fissuras de acordo com 0 PE.R.-007, antes da aplicago da Lama) em grande quantidade (no para fssura isolada) e desta forma impermeabiliza a superficie do pavimen- to, corrige pequenas irregularidades superticiais, evita desprendimento de agregado, reduz a deterioracao por oxidacao, aumerta a resisténcia & derra- pagem para velocidades inferiores a 64 knvh e gera uma superficie muito resistente a0 desgaste. Assim como oTS.S., a Lama Asfaltica é uma técnica cde manutencao preventiva, diferindo do mesmo por ser a Lama também uma técnica corretiva, enquanto 0 T.S.S. 6 uma técrica provisbria. A Lama Asfiltica é recomendada para manutencio de Vias Urbanas, submetidas a trfego Leve ou Médio. A Lama s6 deverd ser aplicada em pavimento que Nao tenka problema estrutural. (© Micro-Revestimento é usado para aumeniar 0 atrito, proteger as camadas subjacentes, camada de reperfilagem, para preenchimento de pe- quenos ATR. (© Micro-Revestimento & recomendado para manutengo em geral de ‘Vias Urbanas e Rodovias de Trafego Médio ou Pesado. No Brasil a Vida Util [Média do Micro-Revestimento, para uma espessura de 1,2 cm, estd compreen- dida entre 2 e 4 anos. Hi caso de Vida Util superior a 8 anos, para um VID.M. comercial da ordem de 7.000 (veiculos/dia), para uma espessura de 2,5 cm. (0 “Cape Seal” é usado para aumentar a resiséncia a0 desgaste, au- mentar a durabilidade e flexibilidade do TSS. eS.D. (evitando desprendi- mento de agregados). © “Cape Seal” aumenta a vida cil de redovias de trétego Pesado, Manual de Patologia © ManutnsSo de Pavimentos m1 (0 “Fog Seal” e 0 “Sand Seal” sio usados para selagem de pequenas fissuras, preenchimento de pequenos vazios (devido a perda de agregado ido da superficie), conservacdo de acostamentos e prevencio de des- prendimento de agregado. Ambos sio indicados para trafego Leve. 0s Tratamentos Superficiais e a Lama Asfética aplicadas sobre Tri ‘cas Couto de Jacaré e Trincas de Reflexao sio considerados Reparos Tempo- ios. O “Fog Seal” também é um Reparo Temporétio no caso de sua ap! ‘cago em superficies com Desprendimento de Agregado. Fm caso de ameaca de chuva, ou quando a Temperatura ambiente for inferior a 10°C ou em dias chuvosos, os servigos de Recuperacio deverdo ser interrompidos O Instituto do Asfalto dos Estados Unidos da América cita que a dica para aumentar a Vida do Pavimento, de um modo mais econémico, consiste na Manutencio Preventiva, a qual deverd ser efetuada no tempo ou instante adequado. ‘As Recomendagoes Técnicas apresentadas deverdo ser rigorosamente seguidas, a fim de eliminar as Fatologias existentes e garantir vida dil espe rada do pavimento de concreto. £ oportuno lembrat a pesquisa realizada pela “Transportation Research Board”, segundo a qual para cada $1 investi- ddo em manutencio preventiva teremos uma economia’ de $3 a $4 com ma- rutengdes corretivas, no futuro. PROCEDIMENTOS PROCEDIMENTO EXECUTIVO PER. - 001 DE RECUPERACAO COLMATACAO DE FISSURA DE —E | RETRACAO PLASTICA gina 53 de 112 1 - OBJETIVO Este procedimento (P.E.R.-001) tem por finalidade estabelecer a metodologia de tratamento de fissuras, devido & rettagSo plistica do con- creto, cuja abertura W seja maior ou igual a 0,6 mm, 2 PROCEDIMENTO EXECUTIVO "= Retirar a poeira, gréos de areia, particulas soltas, enfim limpar a fissura empregando-se jato de ar limpo. A mangueira acoplada ao com- pressor (de aproximadamente 120 libras), ndo devers transportar umidade ‘ou dleo para dentro da fissura; "A fissura deverd estar limpa e seca, preferencialmente por 72 h; = Misturar a Resina Epoxidica, seguindo rigorosamente as recomen- dagdes do fabricante, e aplicé-lo empregando-se bisnagas de Mostarda ou Ketchup. Pode-se colocar fitas adesivas ao longo das fissuras, para reter 0 produto dentro da mesma. A medida que o produto for penetran- do na fissura, mais Resina deverd ser colocada até.0 seu total preenchi- mento. 3 - OBSERVACOES: Ospalhamento, com vassoura, de cimento seco até o completo pre- fenchimento da fissura (limpa e seca) Nao serd permitido, ELABORACAO ‘APROVACAO PAULO FERNANDO ee ‘Manual de Patologia © Manutengio de Pavimentoe 55 PROCEDIMENTO EXECUTIVO PER002 DE RECUPERAGAO_ PROCEDIMENTO EXECUTIVO PER002 DE RECUPERACAO REPARO TOTAL DE PLACAS dena REPARO TOTAL DE PLACAS pigina 55 e112 1 OBJETIVO Este procedimento (P..R.-002) tem por finalidade estabelecer a rmetodologia de Reparo Total das fissuras transversas e das intersegdes de fissuras que ocorrem em algumas placas, devido ao atraso no corte, desa- linhamento das barras de transferéncia de carga, restrigao da sub-base ou corte pouco profundo. ‘© Reparo Total se aplica sempre que a profundidade do reparo for maior que a metade da espessura da placa do pavimento. £ fundamental que 0 processo de remogo do concreto seja efetuado sem causar danos as placas adjacentes. 2 ~ PROCEDIMENTO EXECUTIVO 1 Delimitar a drea contendo a fissura transversal. Esta drea deveré ccobrir uma faixa da pista e seu comprimento deverd ser de no minimo 2,00 m, a fim de resistir aos movimentos ou balangos causados pelo trfe- 0. A drea delimitada deverd ter um formato geométrico de um Quadrado ude um Retingulo (Figura 1). No.caso de Intersegao Ye Fissuras ou quando a drea de reparo for superior a 65% da drea da placa (quando temos mais cde uma fissura transversal na mesma placa), esta (placa) deverd ser total- mente removiday 1 Cortar 0 concreto verticalmente, segundo 0 perimetro da area de- Timitada, Sugere-se a execugao de um corte interno, com serra circular de corte, distando 10 cm das bordas do reparo, numa profundidade minima cde 9 cm, a fim de facilitar a remocdo do concreto e evitar quebras destas bordas; ‘= Remover 0 concreto velho; ® Analisar a sub-base, com relagio a sua capacidade de restricio, presenca de buracos, deflexdes excessivas ou seu amolecimento, e proce- der ao seu reparo, se necessatio; ® Conforme pode ser observado na Figura 1, foi criada uma nova junta transversal de topo, & qual (em sua parede) deverao ser chumbadas Barras de Transferéncias de Carga, cujos didmetros e espagamentos so 0s mesmos especificados em projeto; ' Estas barras também deverdo ser engraxadas (metade + 2 cm). As batras de ligagao deverdo ser realinhadas; mp Lima © sbsato (undo ¢paredes longhudnas) com Jato dear impo; ® Colocar lona plstica sobre a sub-base antes do langamento do concreto; ® Langar pausadamente © conereto ¢ vibré-lo de forma a eliminar 0 at aprisionado, bem como evitar a forma¢ao de vazios, 0s quais reduzem « durabilidade da placa de concreto, O concreto a ser empregado devers ter uma Resisténcia Caracteristica a Trago na Flexio (fctmk) de 4,5 MPa 05 28 dias; ® Texturizar 0 concreto novo do mesmo modo, quando da execugio do pavimento; "= Imediatamente apés a texturizacdo, iniciar acura quimica, a uma taxa minima de 0,4 tfm?. Quando o concreto resistr& penetracio de um edo, iniciar a cura ‘imida, empregando-se sacos ou mantas mantidas per- ‘manentemente Gimidas por um perfodo minimo de 7 dias; "A liberacio ao trfego se dard quando o valor do fctm,k for atingido, ELABORACAO_ I "APROVACAO ELABORAGAO ‘APROVACAO PAULO FERNANDO I PAULO FERNANDO ‘56 Manual de Patologia © Manteno de Pavers ‘Manual de Patologia © Manutengi de Pavimentos $7 PROCEDIMENTO EXECUTIVO PROCEDIMENTO EXECUTIVO reR.on | DE RECUPPRACAO. RETROFIT DE BARRA DE REPARO TOTAL DE PLACAS corsa TRANSFERENCIA pitoa 57 de 112 a) Planta Baixa ae Fisura transversal Arter hetongnnal FPA ees Sve by Seqiiéncia Executiva em Corte ote one how sernea Sve! ini sare Treo do Sub-basereparada Se neces"0) os as Sartre reac setae Novas bras evanstrnca ‘Subrbasereprada se necessiio) madara sua ‘a de rst (churbameno ‘vena fara dears eyaadss Cone nv0| Figura 1 = Seqncia Executiva de um Reparo Total hambade 1 - OBJETIVO Este procedimento (P.E.R.-003) tem por finalidade estabelecer a metodologia de reparo de Fissura Transversal através da técnica de Retrofit de Barra de Transferéncia. Estas issuras ocorrem em algumas placas devi- do ao recalque da sub-base, atraso no corte, reflexao de fissuras do CCR, desalinhamento das barras de transferéncia de carga, restrigao da sub- base ou corte pouco profundo, AA técnica de Retrofit permite melhorar a transferéncia de carga e au- rmenta a capacidade estrutural do pavimento, além de eduzir suas deflexdes e tensdes atuantes, O desnivelamento entre placas também serd reduzido, E fundamental que o processo de remocao do concreto seja efetuado sem causar danos a0 concreto adjacente, 2 PROCEDIMENTO FXECUTIVO. a) Abrir uma ranhura no pavimento perpendicularmente a fissura, de tal forma que caiba uma Barra de Transferéncia (ver foto em anexo), cujo diimetro deverd ser 0 mesmo do projeto original do pavimento. O corte deverd ser efetuado com uma serra, na vertical. A profundidade do corte devera ser igual 3 metade da espessura do pav mento; 'b) Remover 0 concreto empregando um martelete de 7 kg ou em Lltimo caso 0 de 13 kg. O uso de martelete leve tem por finalidade evitar a microfissuragao do substrato e a possivel falta de aderéncia entre mate- fal de reparo e concretos adjacentes. O martelete deverd ser empregado formando um Angulo de 45° com a horizontal; ©) Limpar a ranhura com jato de ar impo. Para isto devers ser em- Pregados um compressor com capacidade de 120 Ib; ELABORACAO ‘APROVAGAO. ELABORACAO APROVACAO PAULO FERNANDO PAULO FERNANDO [58 Manual de Patologia © Manutengo de Pavimertos “Manual de Patologia © Manuteno de Pasimenios M59 PROCEDIMENTO EXECUTIVO: PE.R.-003 PROCEDIMENTO EXECUTIVO: DDE RECUPERACAO DDE RECUPERACAO. oe RETROFIT DE BARRA DE RETROFIT DE BARRA DE TRANSFERENCIA pia 50 de 12 TRANSFERENCIA ig 59 do 12 Com a supericie limpa e seca, aplicar uma fina camada de Epéxi, como Ponte de Aderéncia; «d) Colocar as barras de transferéncia (3 em cada diregao dos pneus (ver foto abaixo}; €) Langar calma e pausadamente 0 microconcreto, AA liberacao ao tréfego se dard, preferencialmente, um (1) dia apés a cconcretagem. Large cone i io de 4 mm ee Sard ipa (Witten tam detigcte | Fate de seg ELABORACAO ‘APROVAGAO. ELABORAGAO APROVAGAO PAULO FERNANDO PAULO FERNANDO 1 Manual de Patologia e Manutenco de ivimentos ‘Manual de Patologia © Manuteng de Pavimentos 61 PROCEDIMENTO EXECUTIVO PROCEDIMENTO EXECUTIVO DE RECUPERACAO DE RECUPERECKO PER-003 RETROFIT DE BARRA DE RETROFIT DE BARRA DE TRANSFERENCIA gina 60 de 112 TRANSFERENCIA, pigina 61 de 112 ELABORACAO ‘APROVAGAO_ ELABORACAO APROVACAO PAULO FERNANDO (62.0 Manual de Patologia e Manutengi de Favimentos PAULO FERNANDO “Manual de Patologia © Manutenio de Pavimenios 63 1 ser aplicado 0 PE.R-002 (Reparo Tota). ‘A técnica de “Cross Stitch” tem por objetivo manter 0 entrosamento erie cs agregados, bem como prevenir a abertura da fissura e sua movimentaco, quer seja vertical ou horizontal. Dessa forma, a fissura se manteréfechada, 2.~ PROCEDIMENTO EXECUTIVO a) Efetuar furos em ambos os lados da fissura a cada 50 em um do outro, com o emprego de furadeiras elétricas (vide Figura 1). Cada furo devers ter didmetro suficiente para a colocagao de uma barra de ago CASO, ‘cujo didmetro é de 12,5 mm. O furo deverd ser efetuado de tal forma que ‘0 Angulo formado entre a sua diregdo e a horizontal seja de 35°. A distan- cia horizontal do furo ao eixo deverd ser tal que a barra de aco inserida ppasse pelo centro da placa (vide Figura 2); ) Apés a execugao dos furos, deve-se limpé-los, com emprego de jato de ar limpo. Para isto deveré ser empregado um compressor com ca- pacidade de 120 Ib; ‘©)Apés a limpeza, introduzir as bartas de ago de ligacto (@ = 125 mme preencher o vazio entre a largura do furo e a barra, ‘com oemprego da resina epoxidica (vide Figura 3). As barras de aco deve rao ficar 3 cm abaixo da superficie da placa para evitar a corrosdo das PROCEDIMENTO EXECUTIVO PROCEDIMENTO EXECUTIVO DE RECUPEAGKO Bement ree “CROSS-STITCH” “ 5 " ean ‘CROSS-STITCH acne = OBJETIVO ste procedimento (PER -004) tem por inalidace estabelecer a metodologia ° ° ° ‘de reparo em Fissuras Longitudinais, que ocorrem em algumas placas de con- ee ceto, devido a atraso de core, et ° ° ° ae ‘0 "Cross Stitch” se aplca as fissuras longtudinais que esto préximas as juntas longitudinais, Para o caso de fissura longitudinal no meio da placa, deve F s aoe Figura 1» Plata baisa de uma fsura Longitudinal Barras de Ago inseridase grauteadas nos furos arras de ago I +| ~e as Praca deConcreto Tinea Longitudinal. —/ * Obs: Osburacos so expacados de 50 em 50cm, ‘As Bars de Ago deverdointerceptarse no m0 a expessura da place. Figura 2» Execugio de furose inser de baras de Higa ELABORAGAO. [APROVAGAO_ ELABORACAO APROVACAO PAULO FERNANDO PAULO FERNANDO (64m Manual de Patologia e Manuteno de Favimentos Manual de Patologia © ManitngSo de Paviments 65 PROCEDIMENTO EXECUTIVO PE.R.004 DE RECUPERAGAO. PROCEDIMENTO EXECUTIVO PER. — 005 DE RECUPERACAO_ ene gina 64 de 112 REPARO PARCIAL DE PLACA. gina 65 de 112 Figura 3» Barras de LgagSo ineridas 1 OBJETIVO Este procedimento (P-E.R.-005) tem por finalidade estabelecer a ‘metodologia de Reparo Parcial das Patologias Funcionais tais como peque- nos buracos, delaminagoes, erosdo e marcas de patas de cavalo e cachorro. © Reparo Parcial se aplica sempre que a profundidade do reparo for menor que um terco da espessura da placa de concreto. A Patologia ou 0 Defeito devers ter no minimo 3,5 cm de largura e 15.0 cm de comprimen- to, para poder receber 0 reparo parcial ‘O material de reparo deverd ser compativel com o concreto jé exis- tente (ubstrato) da placa, isto 6, ele devers ter nivel de resistencia, médulo de elasticidade e coeficiente de dilatagdo térmica semelhante ao do substrato, boa aderéncia e baixa retragao por secagem, Esta compatibili- dade fundamental, para evitarmos a formacao de fssuras e a falta de aderancia entre ambos. Fste material pode ser um microconeroto industri alizado 2 PROCEDIMENTO EXECUTIVO ® Delimitar a drea danificada de tal forma que o reparo tenha um formato geométrico de um quadrado ou retangulo, cujas dimensées mini ‘mas sejam: Comprimento > 30 cm e largura > 20 cm. As arestas delimitadoras deverdo ultrapassar em 7,5 em, para cada lado, do defeito, Se houver duas dreas a serem reparadas,distando uma da outra em 60 cm, no maximo, sugere-se que se faca um tinico reparo parcial; ® Cortar‘o concreto verticalmente (a fim de se evitaro lascamento do Feparo © auséncia de aderéncia com o concreto acjacentel, seguindo 0 Perimetro da drea delimitada com serra circular de corte (serra de disco), ‘numa profundidade minima de 5,0 cm e maxima de 8,0 em. A parte inter na deverd ser removida empregando-se marteles de 7 kg e em iltimo caso ELABORACAO ‘APROVAGAO. ELABORACAO ‘APROVAGAO PAULO FERNANDO PAULO FERNANDO {6 0 Manal de Patologia e Manutencdo de Pvimentos ‘Manual de Patloga e Manutengo de Pavimentos 67 PROCEDIMENTO EXECUTIVO Pl DE RECUPERACAO PROCEDIMENTO EXECUTIVO | PERA DE RECUPERACKO a REPARO PARCIAL DE PLACA. ina 66 de 112 REPARO PARCIAL DE PLACA ina 67 de 112 os de 13 kg. O uso de marteletes leves tem por finalidade evitar a rmicrofissuragio do substrato e a possivel falta de aderéncia entre material de reparo e concretos adjacentes. O martelete deverd ser empregado for- ‘mando um Angulo de 45° com a horizontal; '= Remover 0 concreto velho; ‘= Limpar o substrato (fundo e paredes) com jato de areia ou dgua a alta pressio (20 MPa < P'S 40 MPa), a fim de remover particulas soltas € fracamente aderidas. Apés isto aplicar um jato de ar limpo; 1: Com a superficie limpa e seca aplicar uma fina camada de Ponte de ‘Aderéncia, a base de Epéxi.A aplicacao devers ser efetuada sobre o fundo do reparo, paredes e sobre uma parte (3 cm) da superficie do concreto adjacente, com emprego de uma escova de cerdas rigidas; ‘= Apés a aplicacio do epéxi e antes que ele seque, langar pausa- damente o material de reparo e vibré-lo de forma a eliminar @ ar apri- sionado, principalmente préximo as bordas, para evitar a formagao de vyazios. O material a ser empregado deverd ter uma Resisténcia Carac- teristica 3 Tragio na Flexao {fctm,k) de 4,5 MPa aos 28 's Pintar as bordas com uma fina camada de pasta de cimento (1 parte de cimento para 1 parte de gual, utilizando uma tincha, 20 longo do pert- metro do reparo, para evitar a delaminago do material de reparo ea entra- da de gua; 1 Texturizar 0 reparo do mesmo modo que 0 conereto adjacente; 1 Imediatamente apés a texturizacao, iniciar a cura quimica, a uma taxa minima de 0,4 t/m?. Quando 0 concreto resistir& penetragao de um ‘dedo, iniciar a cura timida, empregando-se sacos ou mantas mantidas per- | manentemente (imidas por um perfodo minimo de 7 dias; ® A libero ao trfego se daré quando o valor do fctm.k for ating 3 OBSERVAGOES ‘As Patologias ou defeitos cujos comprimentos sejam inferiores a 15 Cem ¢ largura inferior a 3,5 cm (Sreas superficiais sejam inferiores a 52,5 ‘cme profundidade maior que 0,7 cm, deverao ser restaurados através do emprego de concreto ou argamassa de resina epoxtdica ou poliuretinica. Estes produto sio compostos de resina mais agregado mais um iniciador de “pega’-Devese seguir igorosamente as recomend es ds fabican- Quando a profundidade do defeito superficial for inferior a 0,7 cm (marcas de patas de animais, pneumiticos ou impregnagao de material orginico), ndo € necesséria nenhuma medida conetiva, entretanto elas 1,3 mm. ‘ATrinca Muito Fina equivale a "Hair Line Crack” em inglés. € de dict percepsao. ‘As Trincas Média e Grossa normalmente apresentam alguma deterio- ragio (erosio) em suas bordas. “7m Manual de Patologis e Manutongo de Pivimentos DICAS SOBRE REVESTIMENTO ASFAITICO B a) CIMENTO ASFALTICO DE PETROLEO (C.AP), EMULSAO E ASFALTO DILUIDO. Na temperatura ambiente 0 C.A.P. é s6lido ou semi-solido. Entretanto, para que 0 C.A.P. possa ser usado ele tem que estar ro estado liquido, a fim de recobrire ligar 0s agregados. Para torné-lo liquido temos que aquecé-lo, ou dissolvé-lo em um solvente (asfalto diluido) ou misturé-lo com agua {emulsio}, No caso do uso do asfaltodiluido ou da emulsio, quando do seu langamento no pavimento, o solvente ou a agua evapora e deixa 0 CAP, ‘envolvendo os agregados. Entende-se por Asfalto Diluido ou “Cutback” & mistura de C.A.P. com solvente. Quanto maior for a quantidade de solvente. tanto mais fluido ser © asfalto diluido. Os solventes mais comuns empregados sii: Gasolina ou ‘Querosene. A viscosidade do “Cutback” varia de 30a 3000 cps. Em fungio do tempo de cura os Asfaltos Diluidos podem ser clasificados em: Cura Rapida = CR (usa-se a gasolina como sclvente); Cura Média = CM (usa-se o querosene como solvente); Cura Lenta = CL (usa-se 0 dleo combustivel como solvente). asfalto diluido CM-30 é muito usado para Imprimagao. Entende-se por Emulsio Asfltica 3 mistura de C.A.P. com gua e um agente emulsficante. A Emulsdo Asféltica consiste d2 mindsculos glébulos de C.AP, suspensos em gua, devido aos agentes emulsticantes. Antes da uptura (separacao do C.A.P. da égua) a Emulsio tem cor marrom. Depois a ruptura a Emulsdo tem cor preta. Em funcdo do tempo de ruptura as Emulsdes podem ser classificados em: Cura Répida; Cura Média; Cura Lenta, ‘Manual de Patologla © Manutingio de Pavimentos 79 Com relagao 8 Carga de Particula as Emulsées podem ser classifi- cadas em: + Emulsio Ani6nica; Emulsio Catidnica. ‘A Emulsdo AniGnica tem globulos de C.A.P. com carga negativa, A Emulsio Catidnica tem gldbulos de C.AP. com carga positva. O tipo de carga ‘lérica é muito importante no cobrimento e na aderéncia da emulso com 0 Sgregndo (cuja superficie devers ter carga elética conrria & da ermulsso) ‘A Imprimagio tem por finalidade: Impermeabilizar a base; Promover a aderéncia base / camada asfltica; + Cobrire ligar particulas soltas + Endurecer a superficie. — 30, mas pode-se usar a Normalmente se usa para Imprimar 0 CM — 30. Cumpre salientar Emulsio Asfltica com uma taxa menor que 0 CM que muitos profsionais brasileitos s6 acetam o uso do CM 30 ‘Ataxa de CM ~ 30 sugerida é de 0,9 1/ ma 2,3 1/m’, No caso de se sar Emuledo esta taxa serd de 0,5 1/ ma 1,4 1/ mt para vada 25 mm de profundidade. ‘A-camada asfltica s6 poderd ser lancada apés'a cura do CM ~ 30 ou a ruptura da emulsio (quando a maior parte da gua evapora). “Tem que ser dado tempo para o CM ~ 30 penetrar © a camada asatica 6 poder ser lancada apts a cura deste asfalt diluido (CM ~ 30) dade ligar um pavimento existente ‘A Pintura de Ligagio tem por final da aplicagao de uma fina camada ‘com uma nova camada asfaltica, através de Emulsao (a qual nao precisa penetrar na camiada velha. ‘A taxa de Emulsio recortada (Iparte de Emulsio para 1 parte de gua &de0,251/ m a0,7 1/m ‘A camada asfltica s6 poderd ser langada apés a ruptura da Emulsio, ‘ern que er dado tempo para agua evapora antes da carada ast ser langada. (90m Manual de Patologia € Manutengo de Pavirentos Caso a aplicagao fique desuniforme (é < forme (éreas com diferentes taxas de wo " 0 pode at tole de pecs, dese ober uma uniform: tura (desde que a Emulsdo esteja fresca. sta rolagem minimiz 2 possbilidae de excso de pintura em reas ocalzaday, as quals mals tarde poderao escorregar ou exsudar. a Cuidado com os de Emule no inca, 2s chuva, se reemulsionam. ee b) DEFORMAGOES DOS PAVIMENTOS. Quando da passagem dos veiculos . a los comercias sobre um pavimento Fl ive, este sofre Deflexdo (a), qual gta uma Deformacio Espectfica(]€ 7 consent Tero de Tago (tn face inferior da camada asic, além de im eno Campenni, ts ds so ancients A ao do veiulo sabre o pviret € efeada através las cargas de roda dos pneus. A carga de roda é trateda como carregamento estético, enquanto 08 efeitos dinamicos esto embutidos nos médulos de resiliéncia de cada camada (MRca, MRb, MRsb, MRs). A figura abaixo apre- senta a carga e as tenses envolvidas. : Figura B.1 = Carga e Tenses Atuantes em um pavimento, ‘A Deformacao Especttica Total (c,) soi ran Ouomaso pectic Restete aM, Nam ts aoe ica. Assim tere- ® 6, = Deformacio Especifica Total, causada por um pulso de ten- slo da carga de roda num pavimento de profundidade z © &, = Deformagao Especifica Resiliente (ou recuperével). " &, = Deformacdo Especitica Plistica (ou irrecuperavel). ‘Manal de Patologia e Manutngio de Pavimentos 81 {Alta e indicam sinais de problemas, Um pavimento mal constuido apresenta elevadas ee baixas 6, J um pavimento bem construde apresenta rmenores £, € maiores f- TAs tonabes e deformaces sio causadas, além das Cargas de Roda, pelo gradiente de temperatura e umidade relativa ©) FADIGA. Para entendermos Fadiga vamos fazer uma andlise simples de um pedaco de arame 0 qual curvaremos para um lad e para 0 outro. Apés um porto ntmero de repeticies deste curvamento (= N,) 0 arame se rompers. Esta ruptura pela ago eicica de um esforco & que se chama Fadiga. © trincamento por Fadiga representa o fendmeno de Fratura que ocorre sob ‘Tensdes Repetidas ou Oscilantes no tempo. Estas tensdes atuantes (de 1r2- ‘Gao de cisalhamento) sio menores que a Resisténcia do Material. Em um Pavimento Flexivel, o Niimero Admisstvel de Repeticdes, Ny fungao da resisténcia & Fadiga da Camada Asfatica e da Deformacso Fspe- cifica do Pavimento, Em um Pavimento Semi-Rigido, 0 Namero Admissivel de Repetisiess Ny 6 fungi da resistncia & Compress e Tragio na Flexio da camads Cr trentad, da Tensio de TracSo atuantee da resisténcia& Fadiga a0 Cisalhamento da camada Asfatica, : ) RECAPEAMENTO. © Desempenho de um Pavimento Recapeado depende de quao de- terioradas estio as camadas subjacentes a estes Recapearentos, Caso a sit perfiie asfica apés a fresagom apresentese muito fissurada, sugere-se 8 Petocacio de uma “SAMI” (‘Sess Absorbing Membrane Inermidiate”). Est ‘Camoda Intermedisria ‘SAMI") pode ser um TS.S. com asfalto borracha, 04 sD, ou 2 cm de uma camada fina de Reperilagem, ou como media palativa um Geotéxtil(Bidim). A “SAMI” € 0 Geotéxtil tem por finalidade, tevitar ou retardar a Reflexao de Fissuras. ‘82 Mangal de Patologia e Manutengso de avimentos Figura B.2 » Colocacio de Geotéxt ©) ASFALTO BORRACHA. o Asfalto Borracha consiste na mistura do CAP. (Cimento Asfaltico de com pedagos de pneu de borracha finamente © aquecido: citar proces coneccomo vi i vilcase emer pode Gre ‘eoredante de CAP. 78%) €2% de lo quimico (para tar a mistura.£ importante celecionar 0 tipo de p = ? cu, pois as propriedades Pode varia em fang dor mesos © uso deborah como paar es an aa itn CA En me, juando se modifica o CAP, o que se busca & ene cl fink ams ee = Diminue a Sensibilidade Térmica; = Aumenta a Longevidade da mistura; ® Aumenta a Temperatura de Trabalho; = Aumenta a Aderéncia; = Reduz 0 Ruido, atin or te Armoecimento indica «Temperatura a pat da qual 0 Bit comesa ca qui, Com o salto no xa auido hs mais per Sit volte ave doa flexbildade 20 CAP) por evapora, o que pert 0 Emelhecimento,O uso de boracha granada ou moida em con ‘© CAP. aumenta 0 Ponto de Amolecimento com isto se tem menor padasdewltesecon eeetancte ine Amenor sensibilidade Térmica). a ‘Manual de Patloga e Manutengo de Pavimentos 83 1e) contide na borracha ird aju- ado ao aumento do ponto de ‘da Longevidade da mis- (0 Carbono preto (agente antioxidant 0 da Oxidagao e, al dar 0 CAP. contra a ago da 2 amolecimento(antievaporante, tem-se um aumento tura asiltica temperaturas de Como 0 Asfalto Modificado € mais viscoso, as temperatur Usinagem e Rolagem si0 mais elevadas. ser apicado oma a produc do Aso Boacha le deve 2 seeve poeal eo maximo 2 b= Tempo de ge), fim de evr @ above, o ques vers corer ereros ue per Si ficativa das caracteristicas da mistura modificada. SMA. COSMA. (’Stone Mastique Asphalt” ou “Stone Matrix. aha oa site de uma misturaastlica, na qual uma Matriz pétvea de aafeeite, © da com masque. O mésiqe € composto de CA, fer, acto fina da aria efibra de cellos. As fibras, ja quantidade vara ere 9° 120.7%, tom por fnalidade evitar que 0 CAP. escorra quando da p ‘e compactagao. preenchi fos sobre agregados (um grande contato gro ios sio preenchidos com o méstique. Como, .dos no S.MA. € maior que 0 do C.B.U.Q4 ‘SIMA. (varia de 6% a 796) é maior que No SMA. temos agregadk a gro) € 0s vazios entre os agregadk fo volume de vazios entre os agrega Jogo o teor de betume empregado no no CB.U.Q. (5% a 6%) COSMA. diminue o Afundamento em Trilha de Roda ¢ 0 rufdo au- menta a resisténcia & derrapagem e a visibilidade. Na Europa a Vida Util do S.M.A, esté compreendida entre 10 ¢ 12 anos. BCPA. A.) 6 uma mistura asiltica com ‘A.Camada Porosa de Atrio (CP. om vado Volume de Vazios com At (de 1BY% a 25%). © teor de CAP, varia 3.7% a 4.2%, para um diémetro maximo de 9,5 mm. {84s Manual deFtoogia ¢ Manuteng30 de Fave A pelicula de ligante ao redor do agregado devers ser espessa, para ewvitar ou teduzir a desagregacio, No ensaio de Desgaste Cantabro, a perda deverd ser de no méximo 25%. Para seu emprego, a Camada Asfaltica sobre a qual ser colocado 0 CPA. deverd estar na condicio de Nio-trincada, hy TECNICAS DE MANUTENCAO SUPERFICIAL. Entencle-se por Tratamento Superficial Simples (T.S.S.) 0 revestimen- to constitudo por um ligante betuminoso (C.A.P.-7 ov emulsao) e agregado. Primeiro aplica-se oligante betuminoso e imediatamente aplica-se uma tini- ca camada uniforme de agregado (a qual é compactada). A pressio do rolo de PNEU deverd ser de 6 kg/cm? e a velocidade de 8 knvh. Normalmente vés da equagao: og Dag 3,01- 0,176 . log el No caso de base cimenticia, a Dy, ser de 50% da Dy Para base granular. No caso de tratamentos supericais (sobre base granular), & Dig serd igual a 2 vezes a D,,,, para base granular. 1A Dg € obtida através da equacdo: D+s [As deflexdes si0 medidas com 0 emprego da Viga Benkelman. O valor de corresponde & média artmética das Deflexdes (Dy) do S114 snalise, enquanto S corresponde ao desvio-padrao das Deflexdes , do: STH, em andlise. Cada S.TH, deveré ter comprimento minimo de 200 mv € maximo de 2 km. ‘94 Manual de Patologia e Manutengio de Pavimentos Ovvalor de R & obtido da equagio: R: emm 6. a Dg (x 107) mm [ 2D, Das) o- to] a bot] a a Dys (x 102)mm [ O célculo da Espessura da Secon ca Ge Hyem - IM Hekioa(-") kc Fator de Retugio de Deflexao, ae que no caso do C.B.U.Q. 640. Entretan Wo, a PRO-11 precisa ser calbrada. Logo teremos: a) Calculo de H, no caso de nao fresar lp Np“ = Natual XPP- 0? (Rin ne pi) 275 Dp teal é a deflexai 9 real & a deflexdo medida atualmente (no aro em andlise) b) Céleulo de H, no caso de fresar: ‘Manl de Patologia © Manuteno de Pavimentos 95 Hak. tog hr] | CAcustete ito De 0G i | sh = espessura fresada; N= @0.n2 N no ano da construgao do pavimento (Ny zo) s Idade do pavimento = tempo em anos que vai da data 7 ona ao até a data da contagem do trafego (a qual ¢ efetuada par executar um projeto de restauragao}; ‘a R= taxa de crescimento da frota de vefculo comercial ao ano; 1 Pp = periodo de projeto; Fen on N na data da contagem do weg, para restau NO = Naw ragio. Nit representa o n® N no aot UN soa ot) |Maaa = fepresenta o trafego médio | NU =No (t+ ROO Ae ano ero a0 eS Fe73 T contagem do trafego | estaca 0 S.LH. n2 01, 0 qual se inicia na estac Te 249,1m, Dx 88x 10?mmeDy, =45 ‘de Reforgo em C.B.U.Q. (H,). N30 fe NOME = 5.107. Exemplo 1 Sabendo q ce termina na estaca 15, tem R = R= 249, x 10? mm, pede-se calcular a Espessura haverd fresagem, logo h, = 0. Adotar Fe 1D... =10AG,01 -0,176. og N, 2%) = 10 4.01 -0,176 log 5.10) yyy = 45x 10? mm 196m Manual de Patologia € Manuteno de Pavimentos : 017% Como Fe=1 => Dem =1.10°'5.107 }= 45x10"2mm Quando Fe= 1 Di, = Dug Di, = (68. 10%). (10%) = (88. 10°). (10%) = (88. 10) .(1) « = (88. 107mm 88.107 H_=40. I ( 11,7em => Hy = 12m °8 45.107 a Conclusio: Como aD, >D,,,¢0 R > 106, caimos na hipétese © 0 tipo de intervencao consiste em um Reforgo (H, = 12 cm). Exemplo 2: Para 0 célculo do Raio de Curvatura (R) do exemplo dado, foram efetuadas medidas de Deflexdo (D, e D,,) com 0 emprego da Viga BenKelman, cuja relacao b/a (constante da Viga) = 2. O valor do Raio de Curvatura Médio (R) foi obtido conforme apresentado abaixo: face [tthe | t, | L, | | D610! mm | D0 10%mm | Rom fo | ree | 500 | 495 | ara a2 2 3129 2 | TRE | 500 | 494/470 0 6 2604 | l¢_| TRE | 500 | 495 | 480 0 30 3125 © | RE | 500 | 496 | 48 24 16 3906 6 TRE | 500 | 493 | 465 70, 56 2232 | 10 TRE | 500 | 492 | 460 20 6 1955 [12 [re _| 500 [489 | a50 100 78 142.0 re __[ tee [500 | 490 [458 & 64 1563 ee j= 249.0 m Exemplo 3: Admitindo-se que um pavimento foi construfdo em 1984 (= to} e que “hoje”, 2004 (= t), o mesmo com idade igual a 20 anos (= 2004 - 1984), necessita ser restaurado. Entio, “hoje” foi determinada a D,=35 x 107mm eo NE“ = N2004) = 3,6 x 10", Pedese calcularo Fator de |szeaeeae | tas tan? v4 rs TRI TER = a aati ‘anne . ” ‘ 10 | fechas dase a s Neal das Indice Gvidade Glob! ages ul tee Py Inverts yquandor [30 Ka= Fase quandoF BK ayquundory (2 soiGl= Mequnio FL K 100 a Manual deFtoogia ¢ Manteno de Fevimentos Manual de Patologia © Manutengio de Pvimentos 101 DRENAGEM DE RODOVIAS E a) DEFINICOES E IMPORTANCIA. Pode-se definir drenagem de uma rodovia como um “Conjunto de agGes e dispositivos destinados a encaminhar e/ou impedir os Excessos das quas provenientes do escoamento superficial e do escoamento do lencol fredtico, de forma a proteger 0 corpo estradal, o meio ambiente e garantir que a vida ttl da rodovia estipulada para 0 projeto seja atingida”. Uma boa Drenagem ajuda no aumento da Seguranca e Longevidade do Pavimento. A importéncia da drenagem dentro do contexto da rodevia é facilmente obser- vada, principalmente, durante e apés 0 perfodo chuvoso. Conforme explicado pelo professor Morales, é “sempre melhor rabalhar ‘com a dgua do que contra ela. A tentativa de obstruir seu caminho natural cria condigdes perigosas e onerosas © exige medidas adiciomais de protoglo 3 obra”. (Os danos causados pela égua podem ser assim resumidos: '= Reducio da Capacidade de Suporte das Camadas do Pavimento; = Bombeamento de Finos; ‘= Rupturas. Exister trés Sistemas de Drenagem: ® Drenagem Superficial; = Drenagem Subsupertical; » Drenagem Profunda. ‘A Drenagem Superficial tem porfinalidade coletar e remover as aguas das chuvas que escoam superficialmente sobre o pavimento. ‘A Drenagem Subsuperficial tem por finalidade coletar e remover a ‘gua que se infiltra no pavimento. “Manual de Patologia © Manuteno de Pavinenios 108 ‘A Drenagem Profunda tem por finalidade coletar e remover a gua ddo lengolfredtico (subterranea) ou de qualquer fluxo d'égua subterraneo para fora da rea drenada, Logo, em fungio do exposto pode-se concluir ue um Sistema de Dre= ragem ésempre necessirioe indispensivel quando o nivel de lenco iretico ‘E mhuito elevado ou quando existe a percolagéo de agua da chuva através do pavimento. So tds as ases importantes para bom funcionamento de um siste- ma de drenagem: 1 Projeto; = Construgao; = Manutencio. by PROJETO. ‘Um projeto de drenagem de rodovia tem por objetivo criar um sste= rma de drenagem que seja eficiente para a protecao do corpo estradal e do meio ambiente. © Projetsta precisa, ao conceber o sistema de drenagem, pensar tanto na execugao quanto nos servigos de manuten¢ao, @ fim de se obter um projeto de boa qualidade. 0 dispostvos de um Sistema de Drenagem so (Figuras E.1 a 4): '= Bueiros (Obras de Arte Corrente 1 Valetas de Protegio de Corte ou de Atero; s Sarjetas de Pé-de-Corte ou Crista de Aterto; = Caixas ou Pogos de Visita; 2 Répidos (ou Descidas D’Sgual; f= Dreno Transversal de Pavimento; = Dreno de Pavimento; = Dreno Fspinha-de-Peixe; ® Dreno Profundo Longitudinal; «= Colchao Drenante. 108 m Manual de Paoogia e Manutengso de Favients ‘lead prc Figura E1 © Elementos de Drenagem Superficial, caer Figura £2 » Obras de Arte Corrente (Buciros). ‘Manual de Patloga e ManutenSo de Pavimentas 105 Figura EA» Drenos Tansversais (Drenagem Profunda). 106m Manual de Patologia e Manutengo de Pvimentes Os dispositivos de drenagem tém por finaliéade Captar e Conduzir toda dgua que atinja 0 corpo estradal para local de deségtie adequado (ora do mesmo). .1) OBRAS DE ARTE CORRENTE. © projeto de OBRAS DE ARTE CORRENTE tem como objetivo 0 ddimensionamento de bueiros, Isso garante o escoamento das éguas de forma segura, de um lado para outro da rodovia. A diferenca entre Bueiro de Grota ¢ de Greide é que 0 Bueiro de Greide condu as éguas precipitadas nos taludes, valetas, etc, enquanto os Bueiros de Grota conduzem as aguas de cérregos & Canais (Figura E.2).0s Bueiros de Greide geralmente sio posicionados nos Ppontos baixos do greide ou fazem a transposico das aguas captadas quan- do 0s dispositivos de coleta atingem a sua capacidade maxima (valetas, sar- jetas, etc) © dimensionamento é feito baseando-se nos elementos fornecidos pelos estudos hidrolégicos e pelas informacées de campo. A inspegao de campo pode ser considerada como a etapa mais im- Portante desta primeira fase, pois poderau sex ubservados 0 comportamento £0 funcionamento das obras existentes, bem como a possibilidade de carga hidréulica a montante, Tudo isso possibilta dimensionar obras mais baratas, ‘mas com qualidade. No caso de implantago de rodovia, deverdo ser obser. vadas obras de arte correntes existentes a montante e jusante, para 0 dimensionamento dos bueiros da nova rodovia, Informagées de problemas causados pela agua e as méximas cheias contidas nos cérregos e ris, coletadas junto aos moradores mais proximos 0s principais usudrios da via (caminhao de leit, linhas de Gnibus, etc), 0 elementos fundamentais, que t8m como objetivo principal fazer 0 ajuste do {e6rico (projeto elaborado no escrtério) com o prtico (confirmagio do que e como realmente ocorre no campo). Manual de Patologia © Manutengo de Pavimentos m 107 .2) DRENAGEM SUPERFICIAL. © projeto de drenagem superficial tem como objetivo o dimen- sionamento dos dispositivs para que tenham capacidade de coletar e condu- Zir as 4guas que se preciptam sobre a rodovia e suas adjacEncias, para um Jocal de desigie seguro, garantindo a integridade do corpo estradale 0 fluxo ‘continuo dos veiculos com seguranca. (© cuidado principal que se deve ter num projeto de drenagem superfi- ‘Gal 60 seu desigtie, De acordo com a bibliografia existente sobre velocidades raximas de erosio de solos, haveria necessidade de dispositivos de protecio, {Gissipadores de energia) praticamente em todos os desig. Enretanto, com portamento de campo no confirma os valores estabelecidos, o que comprova Thais uma vez a importincia da experiéncia de campo. O projeto de drenagem supericial est ligado diretamente aos custos de manutencio. .3) DRENAGEM SUBSUPERFICIAL. Os Drenos de Pavimento ou Subsuperficiais sio dispositivos que tém por finalidade receber as Sguas drenadas pela camada de maior permeabilidade do pavimento ¢ conduzi-as até 0 local de desig. Hé dois tipos de Dreno de Pavimento: 1 Drenos Laterais de Base ou Longitudinais; = Drenos Transversais. Os Drenos Laterais de Base ou Longitudinais sao drenos posicionados no bordo do pavimento, para dentro da sarjeta, imediatamente abaixo da face superior da camada de maior permeabilidade (Figura E.5). Os drenos longitudinais poderdo set projetados com ou sem tubo perturado (dreno cego). A solucio serdfungao ta declividade longitudinal da pista, permeabilidade do solo e pavimento, isto & da capacidade de escoamento da vazio captada pelo dreno. 108 a Manual de Patologia © Maruti de Pavimentos Figura 5 « Drenos Lterais ou Longitudinas de Base. Os Drenos Transversais so di enos posicionados transversalmen- wronntanay Teatngceaggem ee Lago ds Squas percoladas nos ponts balnos de grid. (iguas £6 € 7) tes drenos devern estar lcalizados em pontos balos de cu vertcas, em locals onde existam aguas acumuladas em bases permed vei (caso de estauraio) e prximos as ponte. © nimero de ages pacamento é funcdo da permeabilidade do solo e do pavimento. ‘Manual de Patloga e ManutengSo de Pavimentas 109 PPERFIL LONGITUDINAL Ponto baio + Bren wansversal _— Ce oo ees is Y , 7 sec Figura £6 # Drenos Tansversais. PrRFIL LONGITUDINAL _ y i Sovmennst es awa : = T+ al Tro samen 7 + Figura 7 » Drenos Tansversis “110m Manual de Patologia Manutengo de Pvimentos Quando 0 V.D.M. — Volume Didtio Médio de Trafego for maior ou igual a 3.000 (trés mil) veiculos ea solugdo de pavimento preverrevestimento ‘com massa asfiltica, haverd necessidade do ensaio de permeabilidade das camadas do pavimento. Para rodovias de Baixo V.D.M,, com pista simples e revestimento em TS.D,, nao ha necessidade de estudo da permeabilidade das camadas do pavimento nem de dispositivos de dreragem. No caso de uma ou mais camadas do pavimento possuir uma boa permeabilidade K 2 10° cm/s (Tabela E.1) ¢ abaixo um solo com a permeabilidade mais baixa, haverd necessidade de se projetar um sistema drenante eficiente. Porém, quando todas as camadas do pavimento tiverem a permeabilidade K < 10* crv’s (praticamente impermedveis), no haverd necessidade de dreno de pavimento, ‘ipo de material Granulometia (nm) K fem) aS 73a 100 Bata a 50375 eat) Brita ¥ pemaees | Wane es Bita2 aos manie 3 Brita 7 “10220 sd ey ee 5 ‘Areia grossa ae tx | ‘rela fina 005 80a 1x10 te 0,005 a 0.05 Tx107 Agila ‘menor que 0,005 im ‘Tabela E:1 = Coeficiente de Permeabildade (K) versus Tipo de Material. Para a camada de base de um pavimento rodovisrio com 0 revest- mento em massa astéltica, nao devers ser utilizado material cujo Coeficiente de Permeabilidade esteja compreendido entre 10° crvs e 10* emus, pois neste imtervalo a agua consegue penetrar, entretanto, demora muito a sa (drena- ‘gem lenta), tomnando com isto ineficiente qualquer tipo de dreno de pavimen- to, Portanto, quando o projetsta encontrar esa situacao, deveré procurar como solucdo fazer uma mistura no material selecionado de forma a melhorar a sua permeabilidade, ou torné-lo praticamente impermesvel. “Manual de Patologia © Manteno de Pavinentos 111 'b.4) DRENAGEM PROFUNDA. © projeto de drenagem profunda tem como objetivo o dimen- sionamento dos dispositivos e a especificacio dos materiais mais adequa- dos, para promover 0 rebaixamento do lencolfrestico, protegendo as cama tdas de pavimento, interceptando e conduzindo as aguas provenientes do lencol fredtico e da infiltragao superficial nas camadas do pavimento |A visita técnica ao campo, também neste caso, & de fundamental im- portancia para a garantia ce um bom projeto A partir dela & possivel observa bs locais com excesso de umidade através de varios indicadores: afundamen- tos em trlhas de roda, existéncia de vegetacao caracteristica de regides Gimi- das, informacées junto aos usuérios da via de atoleiros no perfodo chuvoso, altura dos cotes e a extensdo e conformago da encosta de montante. © projetsta de drenagem deverd solicitar nas sondagens do subleito que, no momento da coleta de material, seja medida a umidade natural do solo para posterior comparagao com a umidade étima. Dever solicitar tar- bem 0 ensaio de granulometria do solo por sedimentagao para fins de estudo da faixa granulométrica ideal para os dispositivos de drenagem profunda. 'b.5) OBRAS DE ARTE ESPECIAIS. 0 projeto de obras de arte especiais pode ser dividido em tes fases: Estudo hidroldgico, Estudo Hidrdulico ¢ o Projeto da Estrutura. No estudo hidrol6gico calcula-se a vazao da bacia para o tempo de recorréncia recomendado pelo projeto, que em geral é de 25, 50 ou 100 No estudohidkulico, com os elementos fomecids pelo estudo hidroligico, caleulase a seco hidrdulica (vazdo) necessria para permitir © escoamento da ‘vazio de projto da bacia,cbtendo-se, assim, o comprimento eatura da estutura projetada (ponte e galeria). Neste caso também é importante a verificagao de campo com as informagées de maxima cheia no local da travessia e méximas cheias em “obras existentes préximas ao local da obra a ser projetada. Estas informacbes serdo decisivas na aferic3o do calculo de vazao e na determinacao do com primento e altura da ponte. 112 m Manual de Patologia e Maruti de Favimentos Deverd ser evitado en sempre que possivel 0 proto de corta-r ae Principio podera ser uma boa solucio hidréulica, pam a a ae -constug3o um problema constant para os seve, de manana ©) CONSTRUCKO. (s cuidados que se deve ter na construca 2 1a Construcdo dos dispositivos de dre- 1) DRENAGEM DE GROT/ * Para 0s tubos de concrete: nos buciros de gota, quando fore onstios fora do local do aegue ius vers ¢ feo a facta © proceso const e bata funda da ob werd necessidade da execugdo de dreno de talvegue, © nao. atendmento eta ecomendatdo€ una Ss caeas tas commne derompiment det ro, que ocr sent mor non ps a constru¢ao da rodovia; : 7 ee ® Inspegdo visual dos tubos para que se possa impedir 0 us tubos com problemas na sua confecci a * Dever sets os esos de controle da qualidade, princi mento decompress dametal, NBR88902008 que compe sem aches pcs foment comumotincaneo tubs dvido a baa esiténia do conc emprgado me fabricacao, falta de cura dos tubos (em geral as ear Co aan & {ues com uso, de lonas plasticas nua) bina sega de ao, Agua aba mosea um eso el, "Manual de Patologia © Manutencio de Pavimenios 113, Figura £8 w Trincas Transverse Longitudinais em Tubos,devido a Sub ~ Dimensionamento. bos sio regictradas as fo ensaio de Compressao Diarettal dos Tubos Carga Tend Rua nts pn, bons oe de 10% a 15% acima do limi dio valores de Carga de Trinca it tspecficado pela NBR 8890 / 2003 (Tubos de Conceto dese circular, para guns plus e esgotos saniiis ~ Requstos Métdos de Ensio. Segundo esta mesma norma os Taos lc clasificados em PAI, PA2, PAS e PAA, para gun plvil © EA2 EAS e EA, pa exgoo sari. Aclasieaio¢ feta om uncio amet ima de Trinca e Carga Mi do Diametro Nominal, Carga 8 Mii de Ruptura. Existem ainda exigéncias quanto a relagio égua / cimento, absorcao de Agua, e permeabilidade. = 0s tubos de concreto projetados, deverdo ser expetcados acordo com a carga a que serio submetidos, devido a altura de ‘aterto e 0 trem-tipo utilizado no dimensionamento do paviment igorosamente ao especifi O reaterro dos bueiros deve obedecer rigoross om projet, pois sendo bem executado no haverd as depres: 14 Manual de Patologia ¢ Manutono de Pavimentos se que hoje sio tdo comuns em nossa rodovias. Os primelzos 30 cm cima do tubo, bem como em suas atrais no poderaoee compactados com qualquer tipo de equipamento. Esta cobertarg inicial somente deveré ser APILOADA. Cumpre lembar que as Cargas atuantes sobre 0s Tubos s3o as cargas de terra (solo) ¢ as cargas de veiculo. Devido a estas cargas ha o aparecimento de ‘momentos fletores tanto na parte superior dos tubos, quanto nas laterais dos mesmos; * Na andlise do aproveitamento dos bueiros com tubos de concreto, deve-se verificar a possibilidade de haver algum problema como quebra de um tubo ou se eles apresentam-se selados. Deve-se ve. ‘ifcar, ainda, se o problema esté evoluindo ou se ocorreu no mo- ‘mento de sua construgao, fato este muito comum, pois muitas ve- es 0 aterro € feito com equipamento pesado e acaba quebrando (ou até mesmo deslocando algum tubo. Se 0 problema surgiu du- Fante a construcdo, mas o bueiro estiveratendendo a parte hidréu Viea, no houver abatimento do aterro nem erosio intema e se Corpo de aterro for consttuido de solo coesiva, 0 bueiro poder’ ser aproveitado mesmo sem intervencdo de recuperacio; = Na andlise do aproveitamento dos bueiros metdlicos aplica-se 0 mesmo raciocinio do item anterior. Caso encontremos bueiros fur rados pela corrosao e estes atenderem ao aspectohidréulico, pode- se aproveitar 0 bueiro fazendo a recuperacao com o uso do con reto armado no fundo até a uma altura de 1/3 de seu didmetro, Quanto ao problema da selagem do bueiro, muitas vezes esta acon. teceu na execucio do aterto, e caso no haja a possibilidade de ela evoluir, 0 bueiro poderd ser aproveitado. ©.2) DRENAGEM SUPERFICIAL. "= Para 0s tubos a serem utilizados nos bueitos de greide, recomen- da-se os mesmos controles para a drenagem de grota; "= O controle da qualidade dos materiais empregados & muito impor- {ante, pois mesmo que o dispositivo seja bem dimensionado, e os ‘materiais ndo atendam as especificacGes, poderé haver erosio, ‘comprometendo a integridade do corpo estradal e proporcionando Manval de Patologia ManutorSo de Pavimentos. 115, riscos para o usuario da via; = Outro problema para o qual se deve ficar atento na execugo dos dispositivos de drenagem superficial € garantia de que as dimen Ges espessura e resisténcia do concreto estejam 100% de aco do com o que foi projetado; 1 A fscalizagdo da obra deverd fazer o ajuste do projeto no campo, NO que dizrespeito& necessidade dos dspositvos projetadese sua local zac, pois muitas mocificagdes so feitas na obra. Exemplo: se em ‘uma obra asarjeta de corte eo bueiro de greide foram projetados num ‘corte, mas na obra foi preciso fazer um empréstimo neste corte, rtiran- tdo-se todo material, no havers mais necessidade de sareta de corte © muitas vezes poder eliminarse até mesmo 0 bueiro de greide; = 0 local das saidas d'agua de aterro onde o greide tiver uma declividade abaixo de 1,0% devers ser marcado com 0 uso de um ‘caminhio pipa. Exemplo: pege-se a mangueira do pipa e libera-se 2 gua na sarjeta até mostrar 0 ponto onde a 4gua se acumula; este seré o penin para execucio da saida d’agua; = O revestimento de concreto nas valetas de protegao de corte po- deré ser decidido durante a obra da seguinte forma: o revestimento deve ser feito nos locais onde no houver divida da necessidade ide revestir, Mas caso haja dvida e houver disponibilidade no. Cronograma de obras, de forma que o trecho passe um periodo de ‘chuvas em obra, a decisio de revestir deverd ser adiada para 0 periodo apds as chuvas, pos ficaré claro através de sinais, inicio de erosdes no fundo da vala; 1» Se.0 solo for coesivo, as descidas d’égua em aterro, quando este ji for consolidado, nao precisardo ser executadas em concreto armado, podendo ser somente em concreto simples. Para os ate fos novos ou mesmo em aterros antigos onde o solo ndo € oesivo, haverd necessidade de executar a descida d’égua concreto armado, 116 m Mangal de Patologia e Manutengo de Favimentos .3) DRENAGEM PROFUNDA. ® Na execugdo dos drenos prof dos drenos profundos, a fiscalizagio devers ue a construgio esteja de acordo com as especticacées aa ai ra ® 0 dreno profundo deverd ser posicionado, sob a sarjeta o mais distante possivel do bord de evitar futuros abatimentos; sempre que possivel, fo do pavimento, a fim Sempre que na execuco de ‘ecugiio de um dreno profundo for enc presenca de gus, este deve ser execu com bo peste da 8,10 04 0.15 m de dimeto, tite nia gett nce, il ndo-tecida, envolvendo a vala. Caso he enhen aja somente presenca de umidade, 0 10 ped Sr consid material pos is eateiay ee ® Quando utilizado tubo de concreto poroso ou perfurado, ‘ejuntamento deverd ser ri executado com argamassa com trago de = Nos drenos profun drenos profundos onde for utilizada areia no preenchimento da vala, ela deverd ser adensada com gua em duas etapas (mm 7 = fa com agua em duas etapas (meia . Oe ve paviment deve ser consid sempre no bord d x fentro, ou seja, 0 dreno ficaté posicionado " ste coms stint nent po mn au se consiga fazer um bom adensament cle pten feat som cstabilidade das camadas de pavimento; 7 = Sempre que possivel, desc: — arregar o dreno de pavimento no dreno ® Executar os termi *ecutar 0s terminais de dreno profundo e de pavimento, pois isto ird faclitar nos s a servicos de manutengdo. Cs terminais podera feitos em pegas pré-moldadas; ae ‘Manual de Patologia © Manutengo de Pavimenios 117 1 A falta da drenagem profunda ou a de pavimento tem como conse- aqiiéncia a diminuicao da vida itil do pavimento. Porém, & bom ressaltar que a falta de qualquer dispositivo, nunca ¢ em hipétese alguma, provoca a ruptura imediata da estrutura de um pavimen- to, ¢ isto 6 facil de provar: imaginemos um local de corte com excesso de umidade ou até mesmo com a presenca de lencol freatico nao tendo sido previsto e, portanto, nio fol construido qualquer dispositivo de drenagem. Com certeza a empresa execu- tora da obra ndo conseguiriaatingir o grau de compactagao com a ‘energia especiticada, Haveria necessidade da implantacao da dre- nagem profunda para possbilitar a execucio dos servicos de pavi- mentacao. ‘c-4) OBRAS DE ARTE ESPECIAIS. «A fiscalizaggo deveré garantir que a obra de arte especial serd ‘executada de acordo com o projeto e atenders as especificagbes da obra d) MANUTENCAO. (0s servigos de manutencio estdo diretamente ligados com o projeto com a construcio. Um mau projeto ¢ uma execucao inadequada provocardo um au- mento significativo nos custos da manutengao e até mesmo no niimero das intervengées, provocando conseqiientemente o aumento no custo operacional dos veiculos e um risco maior para os usuarios da via 0s servigos de manutengio so importantes para garantia do bom funcionamento do sistema de drenagem. Assim como se recomendam nos manuais de manutengao de rodovias, a no-execusao destes servicos pode provocar a diminuigao do tempo de vida atl da rodovia, bem como 0 au- ‘mento de acidentes com os veiculos. ‘As principais ocorréncias devido & falta da manutencao sao: erosdes no bordo da pista, escorregamentos de taludes de corte e aterro, rompimen- tos de atero, et. “118 Manal de Patologia e Manutenso de Pvimentos ‘causas do aumento d da man smento de acicentes em vista da ausénci ane sn tava de pss taps ances eo sinalizagao horizontal e vertical ste oa fmtznal evercalesangulamentos de pita devido Bs eo. Manual de Patologia © Manutngdo de Pavimentos mt 119 F: MATERIAL FRESADO DE C.BU.Q. F PARA BASE E SUB ~ BASE a) CONSIDERAGOES INICIAIS © presente capitulo sobre 0 emprego de material fresado de C.B.U.Q, esté baseado nos estudos do Engenheiro Paulo Rosa. © objetivo do uso do material fresado de se evitar gerar um passivo ambiental muito grande, pois somente no sistema Anchieta « Imigrantes 0 volume deste material é da ordem de 110.000 vano, além ‘da possibilidade de seu emprego como camada de base e sub-base. (© uso do material fresado requer corregdes em sua granulometria ¢ até mesmo a adigao de cimento. ‘A correcio da granulometria se faz através da adigio de brite pé-de~ pedra, a fim de que o material resultante se enquadre nas falxas sranulométricas especificadas pelo DNIT, para aB.G:S. Faixa A,B, C,eD). ara aumento da capacidade de suporte e da resistencia a compressao adiciona-se cimento (em teor de 5% em massa). b)_ENSAIOS NECESSARIOS 1s necessérios, a fim de caracterizé-los so: 1 Granulometia; 1 Compactagio; CBR; BB Médulo de Resiliéncia DNER ME 131/94 (Dt = 0,108) 1B Resisténcia & tracio por compressio diametral; Resistencia & Compressio axial. +120 Manval de Patologia e Manutengo de Pvirentos ©) ESTUDO DE CASO. A seguir apresenta-se um estuck se um estudo realizado palo Engenheir empregando-se matt fesado puro e com ese debi soa ‘oram realizados ensaios de C.B.R, Médulo de Relléneia Wwe resisténcia & compressio axial (fe). ern OS Material | | Fresado ‘or | } Mt chem) fe rea dias = M__| raias| 28s —— 2 5000310055008 10m | 105 [= | 3s0m 0000 [30 | a *) Material Fresat é © Manta ado Composo & aquele constitu de 65% de material , Mais 10% b,, Mais 10% de pedrisco, cae fsa, mal 10% by Pedrisco, mais 10% de po-de-pedra crue 32, PN = Energia do Proctor Normal; PL_ = Energia do Proctor Intermedistio; PM = Energia do Proctor Modificado, d) CONCLUSOES Do experimento apresentado pode-se cone! fresado: lo pode-se concluir que, o material . IF Poles usado na cama de efor, sub = base ou base I Necesitasorer comers ranlonéticas : Deve-se misturado em e: : lo em equipamento especifico; de boa trabalhabilidade; . Reduz os custos da obra de manutenao (economia de até 550%), bem como 0 passivo ambiental ‘Manual de Patologia © Manutonclo de Pavinentos ml 124 G~0 QUE FOI A“AASHO ROAD TEST”? G sao ns 5 pp pin secret tec eres no fim da década de 50 ¢ inicio da década de 60, em Ottawa, Minot (American Association of State Highway 0.1 OBJETIVO da AASHO ("Americ Y ah and_ Official" fo! coreacionar 0 Desempenho do Pavimento (Serventia ‘Atual) com que foi Projetado e com o Carregame (Os Objetivos da “AASHO ROAD TEST” foram: a ho de pavimento; & Cortelagao entre Projeto e Lesempent a = Estudo da influéncia dos Acostamentos Pavimentados; Estudo das Bases Tratadas; . : T_Desemsolver Procedimentos de Ensaio} Dados, Graficos e Férmulas, que mostrem as caracteristicas das diferentes seqdes ensaiadas. a wimento em servir ‘se por Serventia Atual 3 Capacidade do paviment aa aco momento, Aescala de Serverta varia de Oa 5 ae mada a Vida til do pavimento foi arbi- {A Serventia Final esta relat trada =1,5. (Os elementos que prejudicam a Serventia: ve tregulaidade Longitudinal (Q; = Afundamentos em Trilha de Roda (A.T.R.) = Fissura / Remendo. alt sivel correlacionar Serventia com través de Regressdo Miltipa fi possive Quociente de Irregularidade (Q., ATR e Fissura / Remendo. 122 Manual de Patologia @ Manteno de Pavimentos (Cs Pavimentos Fexiveis foram mais afetados pela mudanca de est. ‘0, devido a0 aciimulo de Danos, que os pavimentos rigidos. A Taxa de Dano foi maior na Primavera (para Flexivel) © menor no inverno (lexivel e rigid) © “Loop 1” no fo submetido a nenhuma slicitacko, ois o objet era observa a agéo do Meio Ambiente sobre 0 pavimento, Dois anos apée Sua construgio nao houve perda de serventia. As condicées da base ¢ cub, base neste “loop” sem iréfego foram mais desfavorévels. As conclusaes fo. ram: = Observou-se que na Primavera a umidade da base, era MAIOR que no verso; Observou-se que na Primavera o CBR da base, sub-base e aterro era MENOR que no verso; "Observou-se que na Primavera 0 Médulo de Resilincia da base, sub-base e aterro era MENOR que no verdo; "A Densidade Seca nio variou da primavera para o verso. '=As Deflexdes so MAIORES para “loop” sem trafego; RA Recuperagio da Resistencia dos Materia & mais lenta, que nos “loop” com tratego (Pavimentos com Trafego apresentam Resistencia mais alta) sub-base e aterro Foi adotado para o Pavimento Flexivel: "=Serventia Inicial: 4,2 ‘"Serventia Final : 1,5 (arbitrado) Os Coeficientes Estruturais do pavimento flexivel (at, a2 e a3) s30 Provenientes da Andlise Estatistica de Dados de Campo, ‘As Bases Tratadas (com cimento ou betume)tiveram um desempenho Superior ds ndo tratadas, ito é, menores deflexdes. Foi efetuado um estudo a fim de comelacionar Deflexio Méxima (Do), ‘Afundamento em Trilha de Roda (ATR) e Serventia: © Do = (Temperatura); © Do=fiAT.R) © Vida Uail (serventia) (Do) 'Na Primavera (quando do degelo) foram observadas Elevadas Deflexées, ‘Manual de Pstologia © Manuteno de Pavimenis 123 devido 20 maior Teor de Umidade na Base e Sub-Base, nesta estagao do ano. |A.Camada Astiltica foi mais eficaz em reduzir a Deflexéo que a base cow sub-base, principalmente durante a primavera, ‘A Deflexdo aproximadamente Constante, para a Temperatura do re- vestimento compreendida entre 26°C e 49°C. Abaixo de 26°C a Deflexio diminui, com o decréscimo da Temperatura. “Abaixo de 26°C oefeito da Espessura do Revestimento (1" ou 3" 00 5") pouco infuia na Delexio (sto €, a deflexdo para espesura de 3" 6 lgear ‘mente menor que para 1") Quanto maior a velocidade do veieulo, tanto menor seré a deflexio- ‘Uma Redugio na Temperatura implica em um aumento na Estabilida- de Marshal. (© comportamento da pressio no Sub-Leito foi semelhante 20 da Deflexio. COcorreram mais Trincas no revestimento durante os meses em que a “Temperatura do Pavimento era baixa ; © aumento do miimero de passagens dos vetculos implicou em: sAumento do ATR; ‘= Aumento da densidade; taReducio do Volume de Vazios de ar da Camada Asfaltica ‘As Hlevagées do pavimento (no inverno) foram devido & Expansio do solo do Aterro. (© Assentamento do pavimento foi devido a movimentos dentro da estrutura do pavimento. ‘Um estudo sobre o Potencial de Congelamento foi realizado pelo Cor po de Engenheiros dos Estados Unidos (USACE), em funcao do Grau de Sa fevacio, da Umidade e da Densidade. Em fungio dos resultados conclu {que quanto maior fr o Grau de Saturago do Solo, tanto menor ser 0 C BR A principal causa do A.T.R. f ai sweat TER, fol a Reducdo da Espessura (Consolidacai adicionaleou Deslocamento Lateral demateria ieee fo pavimento implica em um aumento do A.T.R. momen revestimento e sub- hen ib-base foram 0s que mais contribuiram para o i observado que Ha uma Densificaga on 1a Densificago, mas sta densificaga significativa para a base (principalmente na primavers). a. ‘Quando a espessura da bas a la base granular for maior a Serventia permaneceram constantes. ere ‘A Reducio da Espessura é MAI ra é MAIOR no Vera : oquioqepasabiesé¢animes Co wee Ha 3 classes de fissuras: Classe 1 : Fissuras Finas e Desconectadas; clase 2: Crescmento da Ch fda Clase 1 (Alligator Cack Chasse 3: Progessio da Case? rode © Relatério 5 (“Report 5" : {eport 5") apresentam varias equa cto apreeindas nee eum A eae a Glo “Manual de Patologia © Manutengio de Pavimenios 125, BIBLIOGRAFIA | Notas de Aula do C-213. Sistemas de Gerécia da Ina-Estutura Via, Sto José dos Campos, ITA, 2002, 7- Notas de Aula. do 16-25, Projeto Esratural de Paviments. So José dos Campos, TA, 2008. 3. Notas de Aula do 1G-214, Avaliagoe Restaura de Pavimentos. So José dos Cam os, ITA, 2003. ‘+ ommucntongbr>, Pesquisa Rodoviria da Confederago Nacional dos Tansportes (CNN, 2004, 5: Jomade Técnica sobre Rehabiltacién de Fmes Con Fevimentos Asicos. Mahi, rovembro de 2008. 6 Departamento Nacional de Esadas de Rodagem (ONER- ail DN, AvaliagSo beta (2 Supericie de Favimentos Flexiveis e Semi-RigidosProceimento. PRO-OOAS 7, Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER ~atual DN, Defeitos nos Pavimentos Flexives e Semi-Rigidas Terminologia. TER 01-78, 8. Departamento Nacional de Estadas de Rodagem (ONER - atual DNIN. Avalagdo FStrutural dos Pavimentos Flexivels,Procedimenta =A. PRO-1079, '%: Departamento Nacional de Estadss de Rodagem (DNER ~ atual DNI, Avaliagdo ‘Strutural dos Pavimentos Flexives, Procedimento ~B.PRO-11/7% 10. Notas de Aula do PTR 5807, Projeto de Misturas Astitcas, So Paulo, USP, 2004, 1 Distress identification Manual forthe Long-Term Pavemert Performance Project. Sr ‘eg Highway Research Program (National Research Council) SHRP-P.338, 12. Voigt Gerald Specification Synteis and Recomendatons for Repaiing Uncon- trolled Cracks that Occur During Concrete Pavement Construction: Estados Unidos da América, abril de 2000, '3.The Asphalt Institute. Asphalt in Pavements Maintenance, Manual Series NP 16 (MS- 16) Estados Unidos ds América. Tercera Edicao. "4. Meléndez, Alejandro etal, Técnicas de Rehabiltacién Superficial de Pavimentos ‘stiticos, Ministrio de Obras Publicas de El Salvador 2002. 1S Shahin, MY. Favernent Management fr Airports, Roads, and Parking Lots. Londres, 2002. ‘Manual de Patologia e Manutengo de Pavimentos mt 127 16. Siva, Paulo Femando. Durabilidade das Esuturas de Concreto Aparente em Atmoste ‘fa Urbana. S50 Paulo, Pini, 1995. ayers, Michael. How to Repair Concrete Pavement. Ilinois, 199. 1. American Concrete Pavement Association (ACPA). Guidelines for Partil-Depth Spal Repair Minos, 1999. te Pavement Association (ACPA). Guidelines for Full-Depth Repair. 19, American Con Wino, 16 ‘American Concrete Pavement Association (ACPAY. Joint and Crack Sealing and Repair for Concrete Pavement. Hlinis, 1999. 1. American Concrete Pavement Association (ACPA) The Concrete Pavement Restor tion Guide, linois, 1999. 22. American Concrete Pavement Association (ACPA). Diamond Griding, lino, 2 23, Wiliams, RT. Cement-Treated Pavements. United Kingdom, 1986. 24, Proceedings ofthe Asphalt Rubber 2003 Conference. Brasilia, 2003 25, Décimo Stim Encontro de Aalto, Instituto Brasileiro do Perea. Rio de Janeiro, 2004 nents (SUPERPAVE: The Product of the SHRP As ington, 1994 26, Superior Performing Asphalt Pa hak Resear Program. sir, Marcos Augusto, Drainage of Pavernent-Considerations forts Conception and Es vaptehmentIneratioral Symposium on Pavement Recycling, Sio Palo, 2005. 28, Morales, Paulo R. Dias. Manual Pritico de Drenagem. Rio de Janeiro, Fundacio Ricardo Franco, 20 29, Departamento Nacional de Inra-Estutura de Transportes. DNIT 005/2003-TER, Dee Tos nos pavimentes flexivelse semiigidos:trminologia, Rio de Janet PR 2003, 30. Departamento Nacional de Inira-Estutura de Transportes. DNIT 008/2003-PRO. Le ‘rrtamnento Visual Continuo para avaliagio da superficie de pavimentos flex Yeise semifgidos: procedimento, Rio de Janeiro: IPR, 2003, 128 = Manual de Patol

Das könnte Ihnen auch gefallen