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Manaus 2006
FICHA TÉCNICA
Governador
Eduardo Braga
Vice–Governador
Omar Aziz
Reitor
Lourenço dos Santos Pereira Braga
Vice–Reitor
Carlos Eduardo S. Gonçalves
Pró–Reitor de Planej. e Administração
Antônio Dias Couto
Pró–Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários
Ademar R. M. Teixeira
Pró–Reitor de Ensino de Graduação
Carlos Eduardo S. Gonçalves
Pró–Reitor de Pós–Graduação e Pesquisa
Walmir de Albuquerque Barbosa
Coordenador Geral do Curso de Matemática (Sistema Presencial Mediado)
Carlos Alberto Farias Jennings
NUPROM
Núcleo de Produção de Material
Coordenador Geral
João Batista Gomes
Projeto Gráfico
Mário Lima
Editoração Eletrônica
Helcio Ferreira Junior
Revisão Técnico–gramatical
João Batista Gomes
Inclui bibliografia
Palavra do Reitor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149
PERFIL DOS AUTORES
A realidade amazônica, por si só, é um desafio à educação tradicional, aquela que teima em ficar arraigada
à sala de aula, na dependência única dos métodos triviais de ensino. A Universidade do Estado do
Amazonas já nasceu consciente de que o ensino presencial mediado é a única estratégia capaz de respon-
der aos anseios de um público que, por estar disperso, tem de ser atendido por projetos escudados em
dinamismo técnico–científico.
Assim, a Licenciatura Plena em Matemática, ancorada no Sistema Presencial Mediado, nasceu para ofere-
cer aos discentes as habilidades necessárias para que eles venham a construir seus próprios objetivos exis-
tenciais, estimulando–lhes a ousadia de aceitar o novo e de criar novas possibilidades de futuro, dando–lhes
uma visão multifacetada das maneiras de educar.
Os livros–textos em que o curso se apóia são produzidos com o rigor didático de quem sabe que a história
da educação, no nosso Estado, está sendo reescrita. Os agentes desse processo têm visão crítica e apos-
tam na formação de novos professores que saberão aliar inteligência e memória, não permitindo que o ensi-
no em base tecnológica ganhe a conotação de “um distanciado do outro”.
A autonomia de agir que cada um está aprendendo a conquistar virá, em breve, como resposta aos desafios
que se impõem hoje.
A B
No livro, Euclides expõe, em ordem lógica, os • Dois pontos distintos determinam uma úni-
principais assuntos da geometria. Inicia apre- ca reta.
sentando os entes primitivos e algumas
definições. A seguir, considera alguns postula-
dos e, finalmente, demonstra uma série de teo- • Três pontos não-colineares determinam um
remas que serviriam de base para a demons- único plano.
tração de outras propriedades.
O livro é considerado a primeira compilação
formal do saber matemático ocidental. A rígida
organização da obra forneceu o padrão de
apresentação para tudo que se fez posterior-
mente em matemática, daí o nome Geometria
Euclidiana. • A reta que passa por dois pontos distintos,
Conceitos Primitivos – São aqueles apresen- pertencentes a um plano, também está con-
tados intuitivamente, ou seja, sem definição. tida nesse plano.
Nascem em nossa mente pela observação e
experiência.
Exemplos: o ponto, a reta e o plano.
Os demais conceitos são apresentados por
uma definição que se utiliza de conceitos já
conhecidos.
11
UEA – Licenciatura em Matemática
Postulado de Euclides
• Hipótese: os ângulos são opostos pelo vér-
Por um ponto P, não pertencente a uma reta tice (o.p.v).
r, passa uma única reta paralela a essa mes-
ma reta r. • Tese (ou conclusão): os ângulos são con-
gruentes.
Demonstração do teorema
Teoremas
Um teorema é composto de duas partes:
12
Geometria I – Noções primitivas
TEMA 02
13
UEA – Licenciatura em Matemática
→
Indicação: AB
Segmentos congruentes
(lê-se semi-reta AB)
Dois segmentos são congruentes quando pos-
Retas coplanares suem a mesma medida, tomada numa mesma
unidade.
Duas ou mais retas são coplanares quando es-
tão contidas no mesmo plano.
⎯ ⎯
Os segmentos AB e BC possuem um extremo
comum: B.
⎯ ⎯
Logo: AB e BC são segmentos consecutivos.
a) A ....... r b) A..... s c) A....... t
Segmentos colineares d) B..... r e) B...... s f) C...... α
Dois segmentos são colineares quando estão g) C ...... r h) C........s i) D....... α
contidos na mesma reta. j) D....... r I) r .......α m)s..... α
14
Geometria I – Noções primitivas
Solução Resposta
a) ∈ b) ∈ c) ∉ a) 3,5cm b) 5.5cm
d) ∉ e) ∈ f) ∈ c) 6,5cm d) 7,5cm
g) ∈ h) ∉ i) ∈
j) ∉ l) ⊂ m) ⊂
15
UEA – Licenciatura em Matemática
TEMA 03
Os Babilônios, povo da Antiguidade, habita-
va a região onde hoje se situa o Iraque. Esse
ÂNGULOS povo tinha um calendário de 12 meses lunares,
com 30 dias cada mês, totalizando 360 dias
No dia-a-dia, observa-se que existem diversos
(12 x 30). Eles acreditavam que esse era o
objetos que possuem uma certa abertura, dan-
tempo que o Sol levava para dar uma volta
do-nos idéia de ângulo. Os ângulos são usa-
completa em torno da Terra, girando em órbita
dos, na engenharia, na fabricação de móveis, no
circular. Assim, a cada dia o Sol percor-
lançamento de foguetes, na utilização de saté-
lites, na rota de avião, estacionamentos, em de- ria um arco correspondente a dessa cir-
senhos, etc.
cunferência. Hoje, sabe-se que o Sol não “gira”
em torno da Terra e que o ano tem mais de 360
dias. Mas devemos lembrar que os babilônios
fizeram suas observações e seus cálculos há
mais de 4 mil anos.
As noções de ângulo foram desenvolvidas na
Grécia antiga. Deve-se a Hiparco de Nicéia (II
a.C.), considerado pelos gregos como o pai da
Astronomia, a primeira divisão do círculo em 360
partes iguais, com o objetivo de medir ângulos.
A cada um desses 360 arcos em que a cir-
cunferência foi dividida, associamos um ângu-
Definição
lo cuja medida chamamos de 1 grau.
Medida de um ângulo
Para medir ângulos, utiliza-se o transferidor, um
instrumento que tem como unidade o grau.
→ →
As duas semi-retas OA e OB dividem o plano em
duas regiões: uma convexa e outra não-convexa.
A reunião de duas semi-retas de
mesma origem chama-se ângulo.
16
Geometria I – Noções primitivas
Ângulos consecutivos
Dois ângulos são consecutivos quando pos-
suem um vértice e um lado comuns.
A circunferência possui 27πrd.
decimal de medidas).
Correspondência entre as unidades de medida:
17
UEA – Licenciatura em Matemática
Bissetriz de um ângulo
Os ângulos AÔC e CÔB são congruentes, e a
→
semi-reta OC é a bissetriz do ângulo AÔB .
Ângulos suplementares
Ângulo reto, agudo e obtuso Dois ângulos são suplementares quando a so-
ma de suas medidas é 180°.
De acordo com suas medidas, os ângulos re-
cebem nomes especiais. AÔB e BÔC são suplementares.
Ângulo reto é aquele que tem por medida 90°. m(AÔB) + m(BÔC) = 180°.
Exemplo:
b)
Ângulos complementares
Dois ângulos são complementares quando a
soma de suas medidas é 90°. ^
a+^
b+^
c+^
d = 180º
18
Geometria I – Noções primitivas
1. Qual o valor de x?
a)
^
a+^
b+^
c+^
d = 360º Solução
• As bissetrizes de dois ângulos adjacentes, X + 60º = 90º
de lados exteriores em linha reta, formam um X = 90º – 60º
ângulo reto, ou seja, são perpendiculares. X = 30º
Solução
X + 53º = 180º
X = 180º – 53º
X = 127º
Solução
10º + X+ 25º = 90º
X = 90º – 35º
X = 55º
b)
Solução
60º + X + 40º = 180º
X = 180º – 100º
X = 80º
19
UEA – Licenciatura em Matemática
c)
TEMA 04
ÂNGULOS
Solução
70º + 90º +5X = 360º
5X = 360º – 160º 1. Use o transferidor para encontrar a medida do
5X = 200º ângulo destacado nas figuras:
X = 40º a) b) c)
a) a e b b) b e s c) r e s d) a e r
Solução 3. Transforme:
Y + 58º = 180º
a) 60 graus em radianos;
Y = 180º – 58º
b) 50 grados em graus;
Y = 122º
c) π/6 radianos em graus.
X + Y = 180º
X + 122º = 180º 4. Dado um ângulo de medida X, indicar:
X = 180º – 122º a) seu complemento;
X = 58º b) seu suplemento;
c) o dobro do seu complemento;
4. Dois ângulos opostos pelo vértice têm medi-
das expressas por 2x – 100° e x + 30°. Qual o d) a metade do seu suplemento;
valor de x? e) o triplo de seu suplemento.
Solução
5. A metade da medida de um ângulo mais a
2x – 100° = x + 30°
medida do seu complemento é igual a 58o.
2x – x = 30° + 100º
Quanto mede o ângulo?
x = 130º
6) A medida de um ângulo somada a 1/3 da medi-
5. Transforme 100 grados em graus.
da de seu complemento é igual a 66º. Quanto
Solução mede esse ângulo?
Aplicando uma regra de três simples:
7. A medida de um ângulo somada à metade da
400gr 360º
100gr x medida de seu complemento dá 55º. Quanto
mede o suplemento desse ângulo?
= ⇒ 400 x = 360 . 100 ⇒
8. Somando-se a medida do complemento com a
400 x = 36000 ⇒ x = ⇒ x = 90º
medida do suplemento de um ângulo obtém-
Portanto 100 grados correspondem a 90 graus. se 130°. Quanto mede esse ângulo?
20
Geometria I – Noções primitivas
9. Qual o valor de X? c)
d)
⎯
OP é bissetriz de AÔB
AOP = 3x – 5°
BOP = 2x + 10°
a) b) e)
c)
a)
b)
21
UEA – Licenciatura em Matemática
PARALELISMO
Retas paralelas
Há inúmeras situações no dia-a-dia que nos
dão idéias de paralelismo. Por exemplo, pode-
se ressaltar os fios de alta tensão, as ruas de
sua cidade, etc.
Portanto:
^
2=^
6, ^
4=^
8, ^
1=^
5, ^
3=^
7.
Exemplo:
No encontro das duas retas com a transversal,
ficam determinados oito ângulos com vértices no Se m e n são duas retas paralelas e a = 50º,
ponto de intersecção, conforme a figura abaixo: verifique como determinar a medida dos outros
ângulos:
22
Geometria I – Noções primitivas
Solução
^
a = 60º correspondente;
^
c = 60º (o.p.v)
^
b + 60º = 180º ⇒^
b = 180º– 60º = 120º
Portanto:
Determine: ^
a = 60º ; ^
b = 120º ; ^
c = 60º
a) quatro pares de ângulos correspondentes
b)
Solução
b e f; d e h; a e e; ceg
b) dois pares de ângulos alternos internos
Solução
e e f; eed
c) dois pares de ângulos alternos externos
Solução
e e h; beg Solução
n = 72º ( o.p.v);
2. Na figura, a reta t é uma transversal às retas
m = 108º n + m = 180 colaterais internos n
paralelas m e n.
=72º, logo 72º + m =180; m = 180 – 72 = 108;
p = 72º pois p + m =180 (suplementares)
p = 180 – 108 = 72.
Portanto n = 72º , m =108º e p = 72º
23
UEA – Licenciatura em Matemática
b) ^
m e^
p correspondentes. c)
3. Sabendo que r//s, calcule, em cada caso, o 6. Sendo r paralela a s, qual é o valor de x?
valor de x:
a)
a)
7x
b) 4
70°
b)
3x 20°
b)
x
30°
5
s
x
15°
2
24
Geometria I – Noções primitivas
b)
TEMA 06
PERPENDICULARISMO
Introdução
Duas retas são perpendiculares se, e somente
8. Se r // s e // u, qual deve ser o valor de cada
se, são concorrentes e formam ângulos adja-
ângulo indicado por letra na figura?
centes suplementares congruentes.
9. Duas retas paralelas e uma transversal deter- Dois segmentos de retas são perpendiculares
minam dois ângulos correspondentes cujas se estão contidas em retas perpendiculares.
medidas são 2x – 30° e x + 10°. Calcule as me-
Retas oblíquas
didas dos ângulos obtusos determinados por
essas retas. Se duas retas são concorrentes e não são per-
pendiculares, diz-se que essas retas são oblí-
10. Duas retas, cortadas por uma transversal, for- quas.
mam ângulos correspondentes expressos em
25
UEA – Licenciatura em Matemática
perpendicular ao outro:
p’ projsr
26
Geometria I – Noções primitivas
27
UNIDADE II
Polígonos
Geometria I – Polígonos
⎯ ⎯ ⎯
AB ≅ BC ≅ AC
Isósceles: quando apenas dois lados são con-
Elementos de um triângulo gruentes.
⎯ ⎯
AB ≅ AC
Escaleno: quando os três lados têm medidas
diferentes.
Vértices: pontos A, B e C.
Lados: segmentos AB, BC e CA.
Ângulos internos: ângulos Â, Ê e ê.
Ângulos externos: ângulos â, b e ê. ⎯ ⎯ ⎯ ⎯
med (AB) ≠ med (AC)≠ med (BC)≠ med(AB).
O triângulo é o único polígono que não possui
diagonais. Triângulos quanto aos ângulos
A soma das medidas dos ângulos internos (Si) Quanto aos ângulos, os triângulos classificam-
de um triângulo é dada por: Si = 180°. se em: acutângulo, retângulo e obtusângulo.
A soma das medidas dos ângulos externos • Acutângulo: quando os três ângulos inter-
(Se) de um triângulo é dada por: Se = 360°. nos são agudos (medida menor que a de
um ângulo reto).
Usa-se o símbolo Δ para representar a palavra
triângulo. Assim, um triângulo ABC pode ser • Retângulo: quando um dos ângulos é reto.
nomeado, ΔABC. • Obtusângulo: quando um dos ângulos é
obtuso.
Pode-se estabelecer uma relação entre os la-
dos e os ângulos internos de um triângulo, que
Condições de existência de um triângulo
será importante em nossos estudos.
⎯
Dado o ΔABC, sendo a medida do lado BC, b
⎯ ⎯
Classificação dos Triângulos medida do lado AC e c medida do lado AB,
pode-se escrever as seguintes relações:
Os triângulos podem ser classificados quanto
aos lados ou quanto aos ângulos. a<b+c
31
UEA – Licenciatura em Matemática
b<a+c
c<a+b
1. Observe a figura:
Solução: Escaleno.
Do paralelismo de r e BC, considerando a
⎯ b)
transversal AB, decorre que:
1≡^
B
⎯
Do paralelismo de r e BC, considerando a
transversal AC, decorre que:
Solução: Eqüilátero.
^
2 ^
≡C
c)
Portanto
^
A+^
B+^
C = 1800
Solução: Isósceles.
32
Geometria I – Polígonos
X= BC =18
1. Observe a figura:
X=7
25 20
3. O triângulo ABC é isósceles de base BC. Sa-
Lado X– 7
bendo-se que AB = 2x – 7 e AC = x + 5, deter-
22 – 7
mine x.
15
Portanto, os lados são: 15, 20 e 25.
33
UEA – Licenciatura em Matemática
CONGRUÊNCIA DE TRIÂNGULOS
Introdução
⎯ ⎯
b) AB ≅ A’B’
^
B≅^
B’ ⇒ ΔABC ≅ ΔA’B’C’
⎯ ⎯
BC ≅ B’C’
B ≅^
B
⎯ ⎯
BC ≅ B’C’ ⇒ ΔABC ≅ ΔA’B’C’
C ≅ ^
C’
34
Geometria I – Polígonos
⎯ ⎯
AB ≅ A’B’
⎯ ⎯
AC ≅ A’C’ ⇒ ΔABC ≅ ΔA’B’C’
⎯ ⎯
BC ≅ B’C’
⎯ ⎯ 2y – 3y = – 2 – 17
BC ≅ B’C’
–y = –19 (–1)
B ≅^
B’ ⇒ ΔABC ≅ ΔA’B’C’
Y = 19
A ≅^
A’
O segmento CD=AB
x + 5 = 15
x = 15 – 5
x = 10
1. Em cada item abaixo, os dois triângulos são Por tanto: x =10 e y = 19
congruentes. Indique o critério de congruência
utilizado
a) b)
35
UEA – Licenciatura em Matemática
c)
a)
7. Na figura, o triângulo CBA é congruente ao
triângulo CDE. Sabendo que AB = 35, CE = 22,
AC = 2x – 6 e DE = 3y + 5, calcule x e y.
b)
4. Na figura, a = b, PQ = PR e c = d.
36
Geometria I – Polígonos
Pode –se:
Determinar o ponto médio M do lado BC. Pode –se:
⎯
O segmento AM é chamado de mediana relati- Traçar pelo ponto A um segmento perpendicu-
va ao lado BC. lar ao lado BC.
Mediana de um triângulo é o segmento que une ⎯
um vértice ao ponto médio do lado oposto. O segmento AH é a altura relativa ao lado BC.
Todo triângulo possui três medianas, que se O ponto H é o “pé da altura” relativa ao lado AB.
encontram em um ponto chamado de baricentro.
Altura de um triângulo é o segmento que liga
As três medianas se encontram no ponto G,
um dos vértices ao lado oposto (ou ao seu pro-
que é o baricentro do ΔABC.
longamento) e que é perpendicular a esse lado.
Bissetriz
Todo triângulo tem três alturas. O ponto de
Considerando um triângulo qualquer ABC, encontro das retas que contêm as alturas é
pode-se: chamado de ortocentro (O).
Mediatriz
37
UEA – Licenciatura em Matemática
Solução
AM é a mediana, portanto MC = 1,9cm logo o
lado BC = 3,8cm
P = 2,2cm + 3,5cm + 3,8cm
P = 9,5cm.
3. Responda:
a) Qual é o nome do ponto de intersecção das
mediatrizes dos lados de um triângulo? A
que corresponde esse ponto?
1. Reconheça nos seguintes triângulos o seg-
⎯ b) Qual é o nome do ponto de intersecção das
mento AO como mediana, bissetriz ou altura:
bissetrizes internas de um triângulo? A que
a) b) corresponde esse ponto?
c)
⎯ ⎯ ⎯
5. Classifique os segmentos AR, AS e AT do triân-
gulo ABC, como: altura, mediana ou bissetriz.
Solução
Mediana; Bissetriz e Altura
38
Geometria I – Polígonos
⎯ ⎯
AD ≡ BC
• Escaleno: os lados não-bases não são con-
Elementos: gruentes.
• Vértices: A, B, C e D;
• Ângulos: ^
A (D^
AB), ^
B (A^
BC), ^
C (B^
CD) e
^ ^
D(CDA);
⎯ ⎯ ⎯ ⎯
• Lados: AB, BC, CD, AD
⎯ ⎯
• Diagonais: AC e BD. AD < BC
39
UEA – Licenciatura em Matemática
Quadrado
• Retângulo, possui dois ângulos retos.
Definição
Os ângulos ^
Be^
C são suplementares.
Paralelogramo
Definição
Um quadrilátero plano convexo é um paralelo-
gramo se, e somente se, possui os lados opos- ABCD é quadrado ⇔ ^A≡^
B≡^
C≡^
D e
tos paralelos. ⎯ ⎯ ⎯ ⎯
AB ≡ BC ≡ CD ≡ DA.
Propriedades
Trapézio qualquer
Retângulo
Definição
Um quadrilátero plano convexo é um retângu-
lo se, e somente se, possui os quatro ângulos
⎯ ⎯ ⎯ ⎯
De fato, como AB // CD temos AD e BC retas
congruentes. transversais. Então:
Trapézio isósceles
Demonstração
Losango ou Rombo
Definição • Pelos vértices da base menor traçamos re-
tas perpendiculares às bases.
Um quadrilátero plano convexo é um losango
se, e somente se, possui os quatro lados con-
gruentes.
40
Geometria I – Polígonos
1. Num trapézio isósceles, os ângulos adjacentes 2. Prove que a bissetriz de dois ângulos conse-
à mesma base são representados por 2x + 15º cutivos de um paralelogramo cortam-se em um
e 3x – 25º. Determinar a medida de cada um ângulo reto.
dos ângulos do trapézio. Solução
Solução Observe o paralelogramo ABCD,
2x + 15 = 3x – 25 ⇒ x = 40º, logo os ângulos
das bases são: 95º e 85º.
Trapézio isósceles
mentares, logo ⇒^
V = 90º
Demonstração
⎯ ⎯ ⎯
Por hipótese, AB // CD, então AC é transver-
⎯ ⎯ ⎯
sal, logo ^
A+^ C = 180º e, AC // BD, então CD
é transversal, daí ^
C+^ D = 180º. Podemos concluir, pela congruência dos triân-
⎯ ⎯ ⎯ ⎯
gulos, AD ≡ BC e AB ≡ CD.
. De modo análogo, mos-
Em todo paralelogramo, as diagonais dividem-
tramos ^
B≡^
C. se ao meio.
41
UEA – Licenciatura em Matemática
Dado o paralelogramo ABCD, suas diagonais e Pretende-se abrir um túnel numa montanha de
a respectiva intersecção entre elas. A para B, tendo sido determinada a direcção
AE de tal forma que o seu prolongamento
passa por B. Mas pretendendo também traba-
lhar de B na direcção de A, determinou-se
E^AD = 82º, A^ DC = 98º e D^ CB = 112º.
^
Quantos graus deve medir o C BF para que o
Os triângulos ABM e CMD são congruentes, caso prolongamento de BF passe por A.
⎯ ⎯
ALA (M^ AB ≡ MCB, AB ≡ CD e A^BM ≡ M^DC).
⎯ ⎯ 4. Determine a medida x indicada no paralelo-
Então, DM ≡ MB ⇒ M é ponto médio da dia-
⎯ ⎯ ⎯ gramo abaixo.
gonal BD e AM ≡ MC ⇒ M é ponto médio da
⎯
diagonal AC, como queríamos demonstrar.
a) b)
42
Geometria I – Polígonos
a) 36º b) 60º
c) 72º d) 108º
e) 144º
c) 158º Demonstração
d) 168º
e) 178º
⎯ ⎯
14. (CESGRANRIO) As base MQ e NP de um
trapézio medem 42cm e 112cm respectiva-
mente. Se o ângulo M^
QP é o dobro do ângulo ⎯ ⎯
⎯ Hipótese: ABCD é paralelogramo e AC ≡ DB.
P^NM, então o lado PQ mede:
Tese: ABCD é retângulo.
a) 154cm
Tomemos os triângulos:
b) 133cm
c) 91cm
d) 77cm
e) 70cm
43
UEA – Licenciatura em Matemática
⎯ ⎯ ⎯ ⎯
Observe que AD ≡ BC, AC ≡ DB (hipótese) e
⎯
CD é comum. Pelo caso LLL, podemos afirmar
que ΔBCD ≡ ΔACD, então, B^ CD ≡ A^
DC. Como
^ ^ ^ ^
A BC ≡ A DC e D AB ≡ B CD, ABCD é um parale-
logramo. Temos:
^
A≡^
B≡^
C≡^
D = 90º, logo ABCD é retângulo.
44
Geometria I – Polígonos
⎯ ⎯ BASES MÉDIAS
Hipótese: ABCD é losango, e AC e BD são
suas diagonais. Triângulo
⎯ ⎯
Tese: AC ⊥ BD. São os segmento que têm como extremidades
os pontos médios de dois lados de um triângulo.
Demonstração Demonstração
⎯ ⎯ ⎯ ⎯
Hipótese: AX ≡ XB e AZ // ZC.
⎯ ⎯ ⎯ ⎯
Hipótese: ABCD é paralelogramo e AC ⊥ BD. Tese: XZ // BC.
Tese: ABCD é losango. Por C traçamos uma reta paralela ao segmen-
⎯
Basta tomar os mesmos triângulos da demons- to AB, encontramos sua intersecção com a re-
⎯
tração anterior usando, agora o caso LAL de ta suporte do segmento XZ.
congruência.
Quadrado
Temos: ⇒ B^
AC ≡ A^
CD, alternos inter-
Todo quadrado é retângulo e losango.
nos. Pelo caso ALA, temos ΔAXZ ≡ ΔCDZ ⇒
⎯ ⎯ ⎯
CD ≡ AX ≡ XB ⇒ BCDX é um paralelogramo e,
⎯ ⎯
portanto, XZ // BC.
⎯ ⎯
Observe também que XZ ≡ ZD, logo Z é ponto
⎯
médio de XD. Então, . O que nos leva
a outra propriedade.
É retângulo, pois ^
A ≡ ^
B ≡ ^
C ≡ ^
D = 90º, e é A base média é igual à metade do terceiro
⎯ ⎯ ⎯ ⎯
losango porque AB ≡ BC ≡ CD ≡ DA. lado.
45
UEA – Licenciatura em Matemática
⎯
Do ΔADE temos: M ponto médio do lado AD e N
⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯
ponto médio do lado DE, daí MN // AB e MN // CD.
Observe, também que , como
1. No triângulo ABC de lados AB = 13cm, BC =
9cm e AC = 8cm, e M, N e P, pontos médios ⎯ ⎯
⎯ ⎯ ⎯ BE ≡ CD (ΔBEN ≡ ΔCDN), concluímos que
dos lados AB, BC e AC, respectivamente.
Calcule o perímetro do triângulo MNP. . Podemos, então, enunciar:
46
Geometria I – Polígonos
a) 7cm b) 8cm
c) 9cm d) 10cm
e) n.r.a.
a) 5cm b) 6cm
c) 8cm d) 9cm
e) n.r.a.
a) b)
c) d)
e)
47
UEA – Licenciatura em Matemática
Elementos de um polígono
Um polígono possui os seguintes elementos:
48
Geometria I – Polígonos
ENEADECÁGONO 19 ICOSÁGONO 20
Alguns polígonos regulares
TRIACONTÁGONO 30 TETRACONTÁGONO 40
mais de 20 lados e menos de 100 lados, basta é dado por , onde n é o número
combinar os prefixos e os sufixos a seguir:
de lados do polígono.
Dedução
49
UEA – Licenciatura em Matemática
Daí:
d = 119 diagonais. Se = n . 180º – Si ⇒ Se = n . 180º – n . 180º + 2.180º
⇒ Se = 360º
2. Dê o nome do polígono convexo que possui 54
• A medida do ângulo interno de um polígo-
diagonais.
no regular de n lados (ai) é dada por
Solução
.
Dedução
Vamos tomar um polígono convexo com n vér-
tices: 3 Qual é o polígono regular cujo ângulo interno
vale 1,5 do ângulo externo?
Solução
50
Geometria I – Polígonos
b)
TEMA 14
POLÍGONOS
de lados e classifique-o.
⎯ ⎯
6. Sabendo que AP e PC são bissetrizes, calcule 12. Na figura abaixo, encontre a medida de ^
α.
x nas figuras abaixo:
a)
51
UEA – Licenciatura em Matemática
52
UNIDADE III
Elementos na circunferência
Geometria I – Elementos na circunferência
Circunferência
TEMA 15 Definição
É o conjunto de todos os pontos de um plano
que eqüidistam de um ponto dado.
CIRCUNFERÊNCIA E CÍRCULO
“Construindo” a definição
FERNÃO DE MAGALHAES
Tome um ponto no plano (O), determine um
A tentativa de circunavegar a Terra
outro ponto (P) distinto do primeiro, chame de
r a distância entre eles; determinar a circunfe-
rência é “encontrar”, no plano, todos os pontos
que distam r unidades de O.
55
UEA – Licenciatura em Matemática
Observe que obtemos dois arcos com os pon- Assim como no caso dos arcos, o setor circular
tos A e B. É necessário fornecer um outro determina uma situação dúbia. Salvo outra infor-
ponto do arco que se quer tomar ou ângulo ao mação, para evitar dubiedade, consideraremos
qual está associado. sempre o menor arco ou o menor setor circular.
Setor circular ⎯
Se M é ponto médio de AB, a reta suporte de
Considere os pontos distintos A e B de um cír- ⎯
OM é perpendicular à reta s.
culo de centro O; chamamos de setor circular
Demonstração
o conjunto formado pela união dos pontos dos
⎯ ⎯
segmentos AO e OB e dos pontos do circulo
que são interiores ao ângulo AÔB.
56
Geometria I – Elementos na circunferência
Tangente
É a reta que intercepta a circunferência num
único ponto.
Toda reta perpendicular a um raio na sua
d < r1 – r2
extremidade da circunferência é tangente à
circunferência. Externas
Exterior
A reta não intercepta a circunferência.
r1 – r2 < d < r1 + r2
Tangente interna
d=R–r ⇒R–r=6
d = r1 – r2 .
Tangente externa
Segmentos Tangentes
Os segmentos das tangentes traçadas de um
ponto exterior a um círculo são congruentes.
Demonstração
d = r1 + r2 Dados o círculo δ e um ponto P exterior ao
57
UEA – Licenciatura em Matemática
⎯ ⎯
círculo, tracemos os segmentos AP e AB tan-
gentes a δ. TEMA 16
CIRCUNFERÊNCIA E CÍRCULO
Os triângulo ΔAOP e ΔBOP são congruentes (ca- 1. Determine o raio dos círculos abaixo:
⎯ ⎯
teto e hipotenusa congruentes), então AP ≡ BP.
a)
⎯ ⎯
2. Na figura abaixo, temos PA = 2x + 20 e PB =
5x – 7, calcule x. b)
⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯
Pelo teorema anterior AQ ≡ AM, MB ≡ BP, PC ≡
⎯ ⎯ ⎯
CN e ND ≡ DQ. Daí, temos: a) b)
⎯ ⎯ ⎯ ⎯ c) d)
logo, AB + CD = AD + CB.
e)
58
Geometria I – Elementos na circunferência
a)
b)
c)
d)
e)
a) 39,5 b) 40
c) 40,5 d) 41
e) 41,5
mostre que .
59
UEA – Licenciatura em Matemática
Ângulos de segmento
É todo ângulo cujo vértice pertence à circunfer-
ência, sendo um de seus lados secante e o
outro tangente à circunferência. A medida de
Ângulo inscrito um ângulo de segmento é igual à metade do
É todo ângulo cujo vértice está na circunferên- arco por ele determinado.
cia e cujos lados são secantes a ela. A medida
do ângulo inscrito é igual à metade da medida
do arco correspondente.
60
Geometria I – Elementos na circunferência
Encontre α.
Solução TEMA 18
ÂNGULOS NA CIRCUNFERÊNCIA
3. Na figura, o ângulo ^
P, medido em graus, exce-
de de 12º, o arco CD e é igual a 3/8 do arco AB;
encontre a medida do arco CD.
a)
Solução
b)
X = 24º
d)
61
UEA – Licenciatura em Matemática
a) 20º b) 22º
c) 25º d) 50º
e) n.r.a.
9. Determine a razão entre os ângulos α e β da figu-
4. Na figura, B^
AC = 46º e B^
CA = 28º; calcule ra abaixo, sabendo que a reta r tangencia a cir-
^
A BC. cunferência no ponto A e que os arcos AB, BC, e
AC são proporcionais aos números 2, 9 e 7.
a) 96º b) 106º
c) 112º d) 115º
e) 118º
10. Determine o menor ângulo formado por duas
retas secantes a uma circunferência, conduzi-
5. Em um círculo de centro O, prolonga-se uma
das por um ponto P externo, sabendo que es-
corda AB de um segmento BC igual ao raio de
um comprimento BC igual ao raio. A reta CO sas secantes determinam na circunferência dois
corta o círculo em D e E (D entre O e C). Se arcos cujas medidas valem 30º e 90º.
A^
CE = 20º, A^ OE mede:
11. (PUC–SP) Na figura, AB é diâmetro da circun-
a) 60º b) 80º
ferência. O menor dos arcos (AC) mede:
c) 40º d) 45º
e) n.r.a.
a) 100º b) 120º
c) 140º d) 150º
e) 160º
62
Geometria I – Elementos na circunferência
a) 76º b) 80º
c) 90º d) 108º TEMA 19
e) 120º
c) 36º d) 44º
e) 46º
Solução
12 + 19 = 14 + 2r ⇒ 2r = 17 ⇒
2P = 2.(x + y + 1) e x + y = 10
2P = 22cm
63
UEA – Licenciatura em Matemática
• (apótema)
Hexágono regular
• R = l
• (apótema)
Solução
64
Geometria I – Elementos na circunferência
• l= Solução
• a=r
• h = 3r r= ⇒ r = 2cm
Quadrado R= ⇒ R = 4cm
• l = 2r
• a=r
Hexágono regular
• a=r
•
65
UEA – Licenciatura em Matemática
a) 10 b) 11
c) 12 d) 13
e) 14
66
UNIDADE IV
Relações métricas no triângulo
Geometria I – Relações métricas no triângulo
Um breve histórico
Teorema de Tales
Viajando muito pelos centros antigos de co-
nhecimento, Tales de Mileto deve ter obtido Se duas retas são transversais de um feixe de
retas paralelas, então a razão entre dois seg-
informações sobre Astronomia e Matemática,
mentos quaisquer de uma delas é igual à ra-
aprendendo Geometria no Egito. Na Babilônia,
zão entre os respectivos segmentos corres-
sob o governo de Nabucodonosor, entrou em
pondentes da outra.
contato com as primeiras tabelas e instrumen-
tos astronômicos, e diz-se que, em 585 a.C.,
conseguiu predizer o eclipse solar que ocorre-
ria neste ano, assombrando seus contemporâ-
neos; é nesta data que se apoiam para indicar
aproximadamente o ano em que nasceu, pois
na época deveria contar com quarenta anos
mais ou menos. Calcula-se que tenha morrido
com 78 anos de idade.
Poderíamos também tomar a pro-
69
UEA – Licenciatura em Matemática
Solução ⎯
4. Se AP é bissetriz do ângulo externo em A,
determine x.
1, Sendo r // s // t, calcule x e y:
a)
c)
⎯
3. Calcule x e y no triângulo, sabendo que AD é
bissetriz do ângulo  e x + y = 22. 2. Este mapa mostra quatro estradas paralelas que
são cortadas por três vias transversais. Algumas
das distâncias entre os cruzamentos dessas vias
e estradas estão indicadas no mapa (em km),
mas as outras precisam ser calculadas. Com-
plete o mapa com as distâncias que faltam.
Solução
⇒ x = 10 e y = 12
70
Geometria I – Relações métricas no triângulo
⎯
3. (Unicamp) A figura mostra um segmento AD
⎯ ⎯
dividido em três partes: AB = 2cm, BC = 3cm
⎯ ⎯
e CD = 5cm. O segmento AD’ mede 13cm e
as retas e são paralelas à . Deter-
⎯ ⎯
mine as medidas dos segmentos AB’, B’C’ e
⎯
C’D’.
⎯ ⎯
4. No triângulo, DE // BC, então o valor de x é:
a) 4 b) 6
c) 8 d) 14
e) 16
⎯ ⎯ ⎯
5. Calcule a medida, em cm, da altura CH do 10. Sendo AS e AP bissetrizes dos ângulos inter-
⎯ ⎯ ⎯
ΔABC, sabendo que MN // AB. nos e externos em A, determine o valor de CP,
dados BS = 8m e SC = 6m.
⎯
7. Na figura, AS é bissetriz interna do ângulo Â.
Calcule o valor de x.
71
UEA – Licenciatura em Matemática
a)
TEMA 22
SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS
Definição
ΔABC ~ΔDEF ⇔ ^
A≡^
D, ^
B≡^
E
Demonstração
72
Geometria I – Relações métricas no triângulo
2. Sendo r // s, determine x:
a)
b)
Solução
Caso A.A. 3. (U. Rio Grande–RS) Dado o triângulo abaixo,
⎯
ABC, calcule a medida dos segmentos BD e
⎯ ⎯
DF, sabendo que o segmento DE é paralelo ao
⎯ ⎯ ⎯
segmento BC, sendo AB = 18cm, BE = 4cm
b) ⎯
e EC = 8cm.
Solução
4. (Cesgranrio) Certa noite, uma moça, de 1,50m
Caso L.A.L.
de altura, estava a 2m de distância de um
poste de luz de 4m de altura. O comprimento
da sombra da moça no chão era de:
73
UEA – Licenciatura em Matemática
a) 0,75m b) 1,20m
c) 1,80m d) 2,40m
e) 3,20m
a) 2 b) 4
c) 6 d) 3
e) 8
⎯ ⎯ ⎯
8. Na figura, temos: AB = 8, BC = 15, AC = 17
⎯
e EC. Determine x e y.
74
Geometria I – Relações métricas no triângulo
TEMA 23 , como m + n = a,
temos:
•
De ΔABC ~ΔACD temos:
•
De ΔABD ~ΔACD temos:
75
UEA – Licenciatura em Matemática
TEMA 24
a) 11 b) 19
c) 15 d) 7
e) 22
76
Geometria I – Relações métricas no triângulo
a) b)
TEOREMA DE PITÁGORAS
c) d) Definição
a)
a: hipotenusa;
b, c: catetos.
b) a2 = b2 + c2 → Teorema de Pitágoras
Triângulo retângulo
Do vértice do ângulo reto de um triângulo re-
tângulo, se abaixarmos uma perpendicular à
hipotenusa:
7. Determine o perímetro de um triângulo eqüi- Primeiro, cada cateto é meio proporcional entre
látero de altura 6m. a hipotenusa inteira e o segmento adjacente.
77
UEA – Licenciatura em Matemática
ou h2 = m.n
b2 + c2 = a.a
b2 + c2 = a2
a2 = b2 + c2
Solução
(r + R)2 = x2 + (R – r)2
Solução
r2 +2Rr + R2 = x2 + R2 –2Rr + r2
y = 1 + 7 → y = 50 → y =
2 2 2 2
x2 = 4Rr
y2 = x2 + x2 → 50 = 2 x2 → x = 5 x=
Portanto o valor de x é igual a 5 Logo, o valor de x é igual a
78
Geometria I – Relações métricas no triângulo
x ≈ 19,1m
c) d)
5. Calcular a altura de um triângulo equilátero de
lado igual a x cm. e)
Solução
2. Determine a diagonal de um retângulo de
perímetro 20m e base 6m.
a) m b) m
c) m d) m
e) m
x2 = h2 + (x/2)2 a)
2 2 2
x = h + x /4
b)
4x2 = 4h2 + x2
3x2 = 4h2 c)
h= d)
e)
a) 23m b) 35m
c) 12m d) 17m
e) 20m
5. Sabendo que a soma dos quadrados dos ca-
79
UEA – Licenciatura em Matemática
tetos com o quadrado da hipotenusa de um 11. Um ponto P, interno de um ângulo reto, dista,
triângulo retângulo é igual a 200, determine a respectivamente, m e 2m de um lado e da
medida da hipotenusa desse triângulo. bissetriz do ângulo. Determine a distância en-
a) 24 b) 12 tre P e o vértice desse ângulo.
c) 17 d) 18
a) m b) m
e) 10
c) m d) m
6. Calcule o perímetro do triângulo isósceles de e) m
16cm de base e 6cm de altura.
a) 36cm b) 19cm 12. Um ponto P, externo de um ângulo de 60 º,
dista m e m dos lados do ângulo,
c) 34cm d) 46cm
sendo que nenhuma dessas distâncias é até o
e) 16cm vértice do ângulo. Qual é a distância entre P e
a bissetriz do ângulo?
7. Num triângulo isósceles de altura 8, inscreve-
se uma circunferência de raio 3. Calcule a me- a) 15m b) 11m
dida da base do triângulo. c) 12m d) 16m
a) 14 b) 12 e) 10m
c) 11 d) 15
e) 13 13. Em um triângulo retângulo, o quadrado da
hipotenusa é o dobro do produto dos catetos.
8. Do mesmo lado de uma reta, são traçados três Calcule um dos ângulos agudos do triângulo.
círculos tangentes à reta e tangentes entre si
a) 90º b) 180º
dois a dois. Sabendo que dois deles têm raio
c) 60º d) 45º
igual a 16, calcule o raio do terceiro.
e) 30º
a) 7 b) 3
c) 9 d) 4 14. Determine o raio de um círculo inscrito num
e) 5 setor circular de 60º e 6dm de raio.
a) 4dm b) 3dm
9. Determine a altura relativa à base de um triân-
c) 5dm d) 6dm
gulo isósceles em função da base a e do raio
e) 2dm
do círculo inscrito r.
80
Geometria I – Relações métricas no triângulo
81
UEA – Licenciatura em Matemática
82
Geometria I – Relações métricas no triângulo
83
UEA – Licenciatura em Matemática
TEMA 27
84
Geometria I – Relações métricas no triângulo
a² = b² + c² + 2cx
Solução
h2 + x2 = 52 ⇒ h2 = 25 – x2
h2 + (x + 3)2 = 62 ⇒ h2 = 36 – (x + 3)2
25 – x2 = 36 – (x + 3)2
1. Determine o valor de x na figura abaixo: 25 – x2 = 36 – (x2 + 6x + 9)
6x = 2
x = 1/3
Logo o valor de x é igual a 1/3.
Solução
(1) 62 = x2 + h2 → h2 = 36 – x2
(2) 102 = (13 – x)2 + h2 → 100 = 169 – 26x +
x2 + h2
100 = 169 – 26x + x2 + 36 - x2
26x = 205 – 100
x = 105/26
Portanto x vale 105/26.
Solução
82 = 52 + 62 + 2.6.x → 64 = 25 + 36 + 12x
3 = 12x
x = 1/4
Portanto a medida da projeção é igual a x = ¼
85
UEA – Licenciatura em Matemática
4. Os lados de um triângulo medem 12m, 20m e 15. Dado o triângulo ABC de lados 6cm, 8cm e
28m. Determine a projeção do menor sobre a 12cm. Determine a medida da projeção do
reta do lado de 20m. maior lado sobre o lado que mede 8cm.
86
Geometria I – Relações métricas no triângulo
87
UNIDADE V
Áreas de superfícies
Geometria I – Áreas de superfícies
91
UEA – Licenciatura em Matemática
(PT)2 = (PA).(PB)
Demonstração
⎯ Solução
Considere o segmento secante PA, sua parte
⎯ ⎯
exterior PB e um segmento PT tangente a λ. Por hipótese temos que
EA . EB = EC . ⇒ 3.6.16 = 2EC2 ⇒
EC = 12 e ED = 8
Logo CD = 20
Considere os triângulos PAT e PTB:
3. Determine o valor de x na figura abaixo:
92
Geometria I – Áreas de superfícies
a) 11cm e 14cm
b) 7cm e 18cm
c) 16cm e 9cm
d) 5cm e 20cm
e) 8cm e 17cm
93
UEA – Licenciatura em Matemática
94
Geometria I – Áreas de superfícies
geômetras solucionavam isso por meio de três cunferência entende-se a linha da periferia do
cordas, colocadas de modo a formar os lados círculo, sendo este uma superfície. Já os anti-
de um triângulo retângulo. Essas cordas tinham gos geômetras observavam que, para demar-
comprimentos equivalentes a 3, 4 e 5 unidades car círculos, grandes ou pequenos, era ne-
respectivamente. O teorema de Pitágoras expli- cessário usar uma corda, longa ou curta, e
ca por que em todo triângulo retângulo a soma girá-la em torno de um ponto fixo, que era a
dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado estaca cravada no solo como centro da figu-
da hipotenusa (lado oposto ao ângulo reto). E ra. O comprimento dessa corda – conhecido
32 + 42 = 52, isto é, 9 + 16 = 25. hoje como raio – tinha algo a ver com o com-
primento da circunferência. Retirando a corda
Para medir superfícies Os sacerdotes encar- da estaca e colocando-a sobre a circunferên-
regados de arrecadar os impostos sobre a cia para ver quantas vezes cabia nela, pude-
terra provavelmente começaram a calcular a ram comprovar que cabia um pouco mais de
extensão dos campos por meio de um sim- seis vezes e um quarto. Qualquer que fosse o
ples golpe de vista. Certo dia, ao observar tra- tamanho da corda, o resultado era o mesmo.
balhadores pavimentando com mosaicos Assim, tiraram algumas conclusões: a) o com-
quadrados uma superfície retangular, algum primento de uma circunferência é sempre
sacerdote deve ter notado que, para conhe- cerca de 6,28 vezes maior que o de seu raio;
cer o total de mosaicos, bastava contar os de b) para conhecer o comprimento de uma cir-
uma fileira e repetir esse número tantas vezes cunferência, basta averiguar o comprimento
quantas fileiras houvesse. Assim, nasceu a do raio e multiplicá-lo por 6,28.
fórmula da área do retângulo: multiplicar a Nos tempos da antiga Grécia, a Geometria
base pela altura. sempre foi uma ciência aplicada, ou seja,
Quando se deparavam com uma superfície empregada para resolver problemas práticos.
irregular da terra (nem quadrada, nem trian- Dos problemas que os gregos conseguiram
gular), os primeiros cartógrafos e agrimen- solucionar, dois merecem referência: o cálcu-
sores apelavam para o artifício conhecido lo da distância de um objeto a um observador
como triangulação: começando num ângulo e o cálculo da altura de uma construção.
qualquer, traçavam linhas a todos os demais No primeiro caso, para calcular, por exemplo,
ângulos visíveis do campo, e assim este fica- a distância de um barco até a costa, recorria-
va completamente dividido em porções trian- se a um curioso artifício. Dois observadores se
gulares, cujas áreas somadas davam a área postavam de maneira que um deles pudesse
total. Esse método – em uso até hoje – pro- ver o barco sob um ângulo de 90o com relação
duzia pequenos erros, quando o terreno não à linha da costa e o outro sob um ângulo de
era plano ou possuía bordos curvos. 45o. Feito isso , a nave e os dois observadores
ficavam exatamente nos vértices de um triân-
gulo isósceles, porque os dois ângulos agu-
dos mediam 45o cada um e, portanto, os cate-
tos eram iguais. Bastava medir a distância
entre os dois observadores para conhecer a
distância do barco até a costa.
O cálculo da altura de uma construção, de
um monumento ou de uma árvore é também
muito simples: crava-se verticalmente uma
De fato, muitos terrenos seguem o contorno estaca na terra e espera-se o instante em que
de um morro ou o curso de um rio. E con- a extensão de sua sombra seja igual à sua
struções há que requerem uma parede curva. altura. O triângulo formado pela estaca, sua
Assim, um novo problema se apresenta: sombra e a linha que une os extremos de
como determinar o comprimento de uma cir- ambos é isósceles. Basta medir a sombra
cunferência e a área de um círculo. Por cir- para conhecer a altura.
95
UEA – Licenciatura em Matemática
Procedimentos:
TEMA 31 1. Com a ponta-seca do compasso em A e a
abertura do compasso maior que a metade
da medida do segmento AB, traçam-se dois
→
ATIVIDADE LABORATÓRIO arcos: um abaixo e outro acima de AB.
Atividade 1 2. Com a ponta-seca do compasso em B e a
mesma abertura do compasso, traçam-se
Bissetriz de um Ângulo
dois arcos que cortam os primeiros em C e
Material necessário: régua e compasso em D.
Objetivo: obter a bissetriz de um ângulo AÔB
dado.
Procedimentos:
→
M é o ponto médio de AB
→ →
CD é a mediatriz de AB.
Atividade 3
Atividade 2
Mediatriz de um segmento
96
Geometria I – Áreas de superfícies
TEMA 32
ABC é um triângulo
Triângulo ABC Região triangular ABC Área do triângulo ABC
m(AB)=b, CX ⊥ AB
= b.h/2
e m(CX)=h
A = s.h/2 =
97
UEA – Licenciatura em Matemática
Observação – Triângulos com bases congru- 2. Na figura, ABCD é retângulo. Determine a razão
entes e alturas congruentes possuem a mesma entre as áreas do triângulo CEF e do retângulo.
área.
Solução
Propriedade – A razão entre as áreas de dois
A=
triângulos semelhantes é igual ao quadrado da
razão entre os comprimentos de quaisquer
dois lados correspondentes.
98
Geometria I – Áreas de superfícies
99
UEA – Licenciatura em Matemática
e Teon cita em seus trabalhos um teorema de são números da ordem de milhões; com
Arquimedes encontrado no Tratado sobre a essas condições, uma das incógnitas deve
Teoria dos Espelhos. ser um número com mais que 206 500 dígi-
tos!
Os tratados sobre geometria espacial são:
Sobre a Esfera e o Cilindro, escrito em dois Há dois trabalhos de Arquimedes sobre mate-
volumes e constituído de cinqüenta e três mática aplicada: Sobre o Equilíbrio de Figuras
proposições; trata, entre outras coisas, do Planas e Sobre os Corpos Flutuantes. O
teorema que fornece as áreas de uma esfera primeiro deles consta de dois livros e contém
e de uma calota esférica. Mostra que a área vinte e cinco proposições em que, mediante
de uma superfície esférica é exatamente dois um tratamento postulacional, obtêm-se as
terços da área da superfície total do cilindro propriedades elementares dos centróides e
circular reto circunscrito a ela e que o volume determinam-se centróides de várias áreas
da esfera é exatamente dois terços do volume planas, terminando com a do segmento para-
do mesmo cilindro. O livro II inclui o problema bólico e a de uma área limitada por uma
de seccionar uma esfera com um plano de parábola e duas cordas paralelas. Corpos
maneira a obter dois segmentos esféricos Flutuantes é obra composta por dois livros
cujos volumes estejam numa razão dada. com noventa proposições, e representa a
Esse problema leva a uma equação cúbica, primeira aplicação da matemática à hidros-
em em função da qual é feita uma discussão tática. O tratado baseia-se em dois postula-
relativa às condições sob as quais a cúbica dos, desenvolvendo primeiro as leis familiares
pode ter uma raiz real positiva. da hidrostática e depois considera alguns
problemas muito mais difíceis, concluindo com
Arquimedes escreveu pequenas obras sobre
um estudo notável sobre a posição de repou-
aritmética, uma delas é O Contador de Areia,
so e estabilidade de um segmento (reto) de
que trata de uma curiosa questão: como
parabolóide de revolução mergulhado num
determinar a quantidade de grãos de areia
fluido.
capaz de preencher uma esfera de centro na
Terra e raio alcançando o Sol, ou seja, do O tratado O Método encontra-se na forma de
tamanho do universo. Nessa obra, encontra- uma carta endereçada; é importante devido
mos observações relacionadas à astronomia, às informações que fornece sobre o método
em que Arquimedes utilizou o modelo de uni- que Arquimedes usava para descobrir muitos
verso de Aristarco de Samos, que antecipou a de seus teoremas. Arquimedes usava-o de
teoria heliocêntrica de Copérnico. Arquime- maneira experimental para descobrir resulta-
des vai calculando a quantidade de areia dos que ele então tratava de colocar em ter-
necessária para encher um dedal, um está- mos rigorosos.
dio, o volume da Terra e assim por diante, até
Atribuem-se dois outros trabalhos perdidos a
encher todo o universo. Ao mesmo tempo e
Arquimedes: Sobre o Calendário e Sobre a
paralelamente, vai desenvolvendo um sis-
Construção de Esferas. Neste último, havia a
tema de numeração (que levou a invenção
descrição de um planetário construído por ele
dos logaritmos) capaz de exprimir os valores
para mostrar os movimentos do Sol, da Lua e
encontrados nesse calculo. Há também o
dos cinco planetas conhecidos em seu
Problema do Gado que envolve oito incógni-
tempo. Provavelmente o mecanismo era
tas inteiras relacionadas por sete equações
acionado pela água.
lineares e sujeitas ainda a duas condições
adicionais a saber, que a soma de certo par A invenção mecânica de Arquimedes mais
de incógnitas é um quadrado perfeito e que a conhecida é a bomba de água em parafuso,
soma de outro par determinado de incógnitas construída por ele para irrigar campos, drenar
é um número triangular. Sem as condições charcos e retirar água de porões da navios. O
adicionais, os menores valores das incógnitas engenho ainda hoje é utilizado no Egito.
100
Geometria I – Áreas de superfícies
Atividade 1:
TEMA 33 Usando as 7 peças, podem-se montar os
números de 0 a 9.
ATIVIDADE DE LABORATÓRIO
Exercício 01
Exercitando:
p. 135-136).
101
UEA – Licenciatura em Matemática
102
Geometria I – Áreas de superfícies
Área do trapézio
Figura 02 Em um trapézio, existe uma base menor de me-
dida b1, uma base maior de medida b2 e uma
altura com medida h.
103
UEA – Licenciatura em Matemática
3. A área de um retângulo é 40cm2, e sua base 14. A altura de um trapézio isósceles mede m,
excede em 6cm sua altura. Determine a altura a base maior 14m e o perímetro 34m.
do retângulo. Determine a área desse trapézio.
104
Geometria I – Áreas de superfícies
105
UEA – Licenciatura em Matemática
106
Geometria I – Áreas de superfícies
Após isso, realizamos as somas dessas áreas 3. Raio da circunferência inscrita é o apó-
triangulares. tema do polígono, isto é, a distância do cen-
tro do polígono ao ponto médio de um dos
Área(ABCDEFX) = área(XAB) + área(XBC)
+...+ área(XEF) lados.
107
UEA – Licenciatura em Matemática
108
Geometria I – Áreas de superfícies
O mesmo ocorre com o cálculo da área do círcu- 3. Dado um hexágono regular (ABCDEF) de lado
lo, pois à medida que o número de lados da L, calcule a área do quadrilátero ACDE em
região poligonal inscrita aumenta, as áreas des- função de L.
sas regiões se aproximam da área do círculo.
Esse também é um processo através de limites. 4. Sendo A a área de um quadrado inscrito em
uma circunferência, qual a área de um quadra-
do circunscrito na mesma circunferência?
109
UEA – Licenciatura em Matemática
110
Geometria I – Áreas de superfícies
Construção:
TEMA 36 1. Num papel-cartão ou cartolina, recorte qua-
tro triângulos retângulos congruentes,com
medidas a = 4cm e b = 3cm, por exemplo.
ATIVIDADE DE LABORATÓRIO
2. Em seguida, recorte um quadrado cujo lado
Teorema de Pitágoras tem comprimento igual a c = 5cm, compri-
Usando o material concreto, demonstre o mento da hipotenusa dos triângulos retân-
Teorema de Pitágoras gulos.
O Teorema de Pitágoras diz que, em um triân- Com as cinco peças construídas e em mãos, é
gulo retângulo, o quadrado da hipotenusa é possível encaixá-las e montar o conjunto, re-
igual à soma dos quadrados dos catetos. Se presentado na figura a baixo.
construirmos quadrados sobre os lados a, b e
c do triângulo retângulo, esses quadrados te-
rão áreas a2, b2 e c2. Assim, podemos enunciar
o Teorema de Pitágoras da seguinte forma: a
área do quadrado construído sobre a
hipotenusa é igual à soma das áreas dos
dois quadrados construídos sobre os cate-
tos. Podemos tornar o entendimento do Teo-
A montagem realizada representa um quadra-
rema mais lúdico por meio de recorte que nos
ajudem a visualizar sua demonstração. A partir do de lado c, inscrito num quadrado maior, cujo
de critérios de recorte aplicados aos quadra- lado tem comprimento a+b. Essa montagem
dos menores (construídos sobre os catetos), permite a prova do Teorema de Pitágoras.
podemos montar o quadrado maior (construí- Como o quadrado maior tem lado de compri-
do sobre a hipotenusa) por meio de quebra- mento a + b, então a área A tem por medida:
cabeças que ilustram, e até mesmo demon-
A = (a + b)2.
stram, o Teorema de Pitágoras!
Em contrapartida, como esse quadrado maior
é composto das cinco peças do quebra-cabe-
ças (quatro triângulos retângulos e um quadra-
do), somando as áreas, encontramos:
111
UEA – Licenciatura em Matemática
que permite sustentar essa conclusão é o fato quadrado maior (de 1 e 2). Como os
de que a soma dos ângulos agudos de um triân- quadriláteros 1, 2, 3 e 4 possuem um ângulo
gulo retângulo é 90o. Portanto, quando os triân- reto, eles encaixam-se no quadrado maior. O
gulos retângulos são encaixados para formar quadrado vermelho restante tem lado AC, pois
uma só figura, os lados de dois triângulos con- CD-AD=AC e CD=BF.
secutivos ficam alinhados. Critério de recorte 02
Os critérios de recorte apresentados abaixo se-
OUTRAS MANEIRAS DE DEMONSTRAR O rão nossas hipóteses na demonstração. Consi-
TEOREMA DE PITAGORAS.’ dere o triângulo retângulo ABC. Construa, so-
Critério de recorte 01 bre os lados AB e AC, os quadrados ABDE e
ACFG. “Dobre” (reflita) o quadrado de lado AB
Os critérios de recorte da figura serão nossas em torno deste lado.
hipóteses na demonstração. As diagonais pon-
Marque os pontos D’, E’ e N. Trace uma reta
tilhadas desenhadas na figura vão auxiliar a vi-
perpendicular ao segmento BC passando por
sualização durante a demonstração. Considere
B e outra passando por C. Chame de H o ponto
o quadrado médio (de lado AB) e encontre o
de interseção da segunda reta perpendicular
centro M desse quadrado. Trace retas parale- com o segmento FG. Construa o retângulo de
las aos lados do quadrado maior (de lado BC) lados BC e CH e chame-o de BCHI. Trace uma
passando por M. O quadrado médio está, reta perpendicular ao segmento BG passando
agora, divido em quatro partes. por I e chame de J a interseção.
Demonstração Demonstração
Observe que basta transladar os triângulos co-
loridos para que as peças se encaixem. Porém,
para a demonstração, precisamos enxergar a
congruência dos triângulos destacados. Os
triângulos ABC e FHC são congruentes (ALA).
Use a soma de ângulos para ver essa con-
gruência. O quadrilátero BCHI é um quadrado,
pois os lados BC e CH são congruentes (de 1).
Os triângulos amarelos são congruentes, pois
ambos são congruente ao triângulo ABC (pro-
cure fazer demonstração análoga ao item 1). IJ
= AB (de 3) e AB = BD’ (lados do quadrado).
Observe que, para montar o quadrado grande, Os triângulos verdes são congruentes (LAAo).
basta transladar as peças do quadrado médio Os ângulos dos triângulos verdes são congru-
e completar o centro com o quadrado menor. entes aos ângulos dos triângulos vermelhos:
Os vetores de translação têm origem no ponto ambos têm ângulo reto; têm ângulos opostos
M e extremidades nos vértices do quadrado pelo vértice e o terceiro vem do “teorema
maior. A “figura-chave” desta demonstração é 180o”. Os segmentos NC e LH são congru-
o paralelogramo BCDF. Os quadriláteros 1, 2, 3 e entes, pois BC=IH e BN=IL. Os triângulos ver-
4, que compõem o quadrado médio, são con- melhos são congruentes (ALA). Assim, vemos
gruentes, pois os lados DF e EG resultam da que as peças destacadas nos quadrados
rotação das diagonais, mantendo, assim, a área menores encaixam-se no quadrado maior.
das figuras constante. Tente observar na figura
com o auxílio das diagonais pontilhadas. Os
segmentos DF e CB são congruentes, assim
como os segmentos CD e BF, pois são lados
opostos de um paralelogramo. Procure obser-
var na figura. Os segmentos DM, MF, EM e MG
são congruentes (de 1) e portanto, com com-
primento igual à metade da medida do lado do
112
Geometria I – Áreas de superfícies
Critério de recorte 03
Os critérios de recorte abaixo serão nossas TEMA 37
hipóteses na demonstração. Considere o triân-
gulo retângulo ABC. Construa quadrados so-
bre os lados deste triângulo. Considere agora ÁREA DE FIGURAS PLANAS – CÍRCULO E
o quadrado maior (de lado BC). Reflita o triân- SUAS PARTES
gulo ABC em torno do Lado BC, de modo que Definição
o triângulo refletido fique dentro do quadrado
maior. Construa mais três triângulos retângulos Perímetro do círculo e da circunferência
congruentes ao inicial sobre os lados do qua- Perímetro da circunferência de um círculo é o
drado maior, como sugere a figura. Divida dois valor limite da seqüência dos perímetros dos
destes triângulos em outros dois triângulos, de polígonos regulares inscritos de n lados na cir-
modo que um desses triângulos seja retângulo cunferência à medida que o número n de lados
isósceles. O recorte do quadrado maior está aumenta indefinidamente.
pronto. Área do círculo é o valor limite da seqüência
Demonstração das áreas das regiões poligonais regulares ins-
critas no círculo quando o número n de lados
Os triângulos isósceles 3 e 5 tem catetos de
das poligonais aumenta arbitrariamente.
medida AC por construção. Logo, encaixam-se
no quadrado menor (de lado AC). Os triângu-
Relações associadas ao perímetro
los 1 e 6 possuem um dos catetos com medi-
da AB e outro com medida AC e sua hipote- 1. Com base nessas duas definições, temos
nusa mede BC, pois são congruentes ao triân- um importante resultado sobre a relação
gulo ABC. Os triângulos 2 e 4 são congruentes. existente entre o perímetro e o diâmetro da
Seus lados maiores medem BC. Os lados me- circunferência:
nores medem AB-AC (procure ver na figura). A A razão entre o perímetro e o diâmetro de
figura 7 é um quadrado, pois todos os seus ân- uma circunferência é uma constante
gulos são retos e os seus lados medem AB-AC
2. Sejam duas circunferências de diâmetros D1 e
(veja na figura). Considerando as afirmações 2,
D2, com perímetros P1 e P2, respectivamente.
3 e 4, concluímos que as figuras 1, 2, 3, 4, 5, 6
A razão entre os perímetros P1 e P2 é igual à
e 7 encaixam-se no quadrado de lado AB, como
razão entre os diâmetros D1 e D2. Como o
mostra a figura. Assim, está provado que a
diâmetro é o dobro do raio, então, o mesmo
área do quadrado maior pode ser decomposta
ocorre para a razão entre os raios r1 e r2.
na área dos dois quadrados menores.
Exercitando
Muitas demonstrações antigas do teorema de 3. Para todo círculo (e também circunferên-
Pitágoras eram apresentadas apenas mediante cia), a razão entre o perímetro e o diâmetro
figuras geométricas, e cabia ao leitor observar é uma constante, denominada Pi, denotada
a figura e tentar demonstrá-lo oralmente. pela letra grega π que é um número irra-
Forme grupos de três pessoas em sala de aula cional (não pode ser escrito como a divisão
e discuta de que forma estas duas figuras ilus- de dois números inteiros). Uma aproxima-
tram o teorema de Pitágoras. ção para Pi com 10 dígitos decimais é:
Área do círculo
Área de um círculo de raio r é o limite das áreas
das regiões poligonais regulares inscritas nele.
Nesse caso, o diâmetro D = 2r. As fórmulas
para a área do círculo são:
Área = πr² = 1/4 πD²
113
UEA – Licenciatura em Matemática
Proporção com áreas – Sejam dois círculos Se o ângulo relativo ao arco AB mede m graus,
de raios, respectivamente, iguais a r1 e r2, áreas obtemos:
A1 e A2 e diâmetros D1 e D2. A razão entre as
360 graus ……… 2 π r
áreas desses dois círculos é a mesma que a
razão entre os quadrados de seus raios ou os m graus ……… Comprimento de AB
quadrados de seus diâmetros. logo:
comprimento do arco AB = mrπ/ 180
Se o ângulo relativo ao arco AB mede m radi-
Arcos anos, obtemos:
114
Geometria I – Áreas de superfícies
C = 20πcm
2πr = 20π ⇒ r = 10cm
A = πr2
assim: A = π.102 = 100πcm2
Solução
S1 = Área do círculo.
S2 = Área do triângulo equilátero.
A área do segmento ACB pode ser obtida sub- S = Área hachurada.
traindo-se a área do triângulo AOB da área do
S1 = πr2 ⇒ S1 = π.122 = 144π
setor OACB.
Área(segmento) = Área(setor OACB) – S2 =
Área(triângulo AOB)
A área do segmento ADB pode ser obtida sub- S=
traindo-se a área do segmento ACB da área do
círculo ou somando a área do triângulo AOB à
área do setor OADB.
1. Calcular a área de um círculo limitado por uma 3. Determine a razão entre as áreas dos círculos
circunferência de perímetro igual a 20πcm. circunscrito e inscrito em um quadrado ABCD
de lado a .
115
UEA – Licenciatura em Matemática
4. Determine a razão entre as áreas dos círculos 15. Determine a área de um círculo inscrito em um
inscrito e circunscrito a um hexágono regular. setor circular de 60º, sendo 12π cm o compri-
mento do arco do setor.
5. Determine a área de um segmento circular de
60o de um círculo que contém um setor circular
de 6πcm2 de área, sendo 2π cm o comprimen-
to do arco desse setor.
8. Qual a razão entre o raio de um círculo circun- 1. Na Bíblia Sagrada, no primeiro livro de
scrito e o raio de um círculo inscrito em um Reis 7:23, existe a passagem:
triângulo ABC de lados a, b, c e perímetro 2p? “Fez também o mar de fundição; era re-
dondo e media dez côvados duma borda
9. Dado um triângulo eqüilátero e sabendo que à outra, cinco côvados de altura e trinta
existe outro triângulo inscrito com os lados de circunferência.”
respectivamente perpendiculares aos do pri-
A passagem sugere que os construtores
meiro, calcule a relação entre as áreas dos
da casa de Salomão usavam o valor 3
dois triângulos.
para a razão entre o diâmetro e o compri-
mento da circunferência.
10. Calcule a área de um ret6angulo, sabendo que
cada diagonal mede 10cm e forma um ângulo 2. Arquimedes (287-212 a.C.) mostrou que o
de 60º. valor da razão entre o diâmetro e o com-
primento da circunferência estava entre
11. Um losango e um quadrado têm o mesmo perí- 3+1/7 e 3+10/71.
metro. Determine a razão da área do losango 3. O símbolo usado para a razão entre o
para a área do quadrado, sabendo que o ân- diâmetro e o comprimento da circunferên-
gulo agudo formado por dois lados do losango cia somente foi introduzido no século XVIII.
mede 60º.
4. O valor de π correto com 10 dígitos deci-
12. Determine a área de um quadrado inscrito num mais foi usado no cálculo do comprimen-
círculo em função da diagonal menor d de um to da linha do Equador terrestre.
dodecágono regular inscrito no mesmo círculo. 5. Uma vez conhecida uma unidade de
comprimento, é impossível construir um
13. As projeções que os catetos de um triângulo segmento de comprimento π por meio de
retângulo determinam na hipotenusa medem régua e compasso.
16cm e 9cm. Determine a razão entre a área
6. O número π exerce um papel muito im-
do círculo inscrito e a área do círculo circun-
portante na Matemática e nas ciências,
scrito a esse triângulo.
predominantemente quando determina-
mos perímetros, áreas, centros de gravi-
14. Determine o lado de um losango em função do
dade, informações sobre segmentos e
raio r do círculo inscrito, de modo que a área
setores circulares e elípticos, inclusive em
do losango seja igual ao dobro da área desse
cálculos de navegação, etc.
círculo.
116
Geometria I – Áreas de superfícies
12 3,10582 3,21540
24 3,13262 3,15967
48 3,13935 3,14609
96 3,14103 3,14272
256 3,14151 3,14175 2.o Passo: Traça-se AB sobre uma reta- suporte
512 3,14157 3,14163 r.
1024 3,14159 3,14160
117
UEA – Licenciatura em Matemática
Exercício 02
med(BC) = 3cm
med(CM) = 2cm
118
Geometria I – Áreas de superfícies
TRANSFORMAÇÃO DE UM TRIÂNGULO EM
RETÂNGULO
TEMA 39
No triângulo, temos a reta HE passando pelos
pontos médios dos lados AB e AC, e o seg-
ATIVIDADE DE LABORATÓRIO mento AG perpendicular a essa reta. Conforme
indicam as cores, usando o trapézio BCEH e
POLÍGONOS EQÜIDECOMPONÍVEIS
os triângulos AHG e EAG, construímos retân-
Existem teoremas simples e interessantes em gulo com a mesma área do triângulo. Intuiti-
Matemática, por meio dos quais podemos de- vamente, podemo-nos convencer de que as
senvolver boa parte de conteúdos que fazem peças que compõem o triângulo encaixam-se
parte dos programas de nossas escolas. Se perfeitamente na composição do retângulo. Se
nossa abordagem é dentro do espírito da geo-
temos um objetivo bem definido a ser atingido,
metria dedutiva, devemos mostrar que as re-
no caso a demonstração de um resultado inter-
giões triangulares que completam o retângulo
essante, certamente o desenvolvimento de
obtido a partir do trapézio são de fato congru-
conceitos e propriedades torna-se muito mais entes aos triângulos menores que fazem parte
significativo, e com isso os alunos aprendem do triângulo dado.
com entusiasmo.
Um exemplo disso é o seguinte teorema:
“Se dois polígonos têm a mesma área,
então sempre é possível decompor um
deles em polígonos menores de modo a DEMONSTRAÇÃO
compor o outro.”
Sobre o triângulo dado ABC, construímos um
Em outras palavras, podemos decompor os retângulo com base igual à de um dos lados
dois polígonos em polígonos menores, dois a do triângulo e o lado paralelo à base, passan-
dois congruentes. Isso significa que os dois do pelos pontos médios de AB e AC. Traçamos
polígonos podem ser decompostos igualmen- o segmento AG perpendicular à HE. Devemos
te, e por isso são ditos “polígonos eqüidecom- mostrar que os dois triângulos no triângulo dado
poníveis”. são congruentes aos triângulos pontilhados do
retângulo. De fato, isso acontece. Os triângu-
Em algumas situações, dependendo da forma los AGH e BDH são congruentes, pois:
e do dimensionamento dos polígonos, pode-
mos descobrir facilmente uma eqüidecompo- • os lados AH e BH são congruentes já que H
é ponto médio de AB;
sição. Por exemplo, nos pares de polígonos
abaixo • os ângulos AGH e BDH são retos;
Quadrado e retân-
gulo com mesma
área.
Assim podemos concluir que as peças que
Daniela Stevanin Hoffmann e Maria Alice Gravina compõe o triângulo ABC se encaixam perfeita-
mente no retângulo construído.
119
UEA – Licenciatura em Matemática
TRANSFORMAÇÃO DE UM POLÍGONO EM
UM QUADRADO
TEMA 40
As transformações feitas até agora resolvem
facilmente o problema de transformar um polí-
gono em quadrado de mesma área. Inicial- ATIVIDADE DE LABORATÓRIO
mente, decompomos o polígono em triângulos DOBRADURAS PARA IDENTIFICAR OS
e transformamos cada um destes em retângulo: PONTOS NOTÁVEIS DE UM TRIÂNGULO
Material necessário: papel oficio, tesoura, lápis,
régua.
Objetivos:
• Obter a Mediana, Bissetriz e Altura referen-
tes a um dos lados de um triângulo.
• Obter o baricentro, o incentro, e o ortocen-
tro referentes a um triângulo.
A seguir, transformamos cada um dos retângu-
los em quadrado: Procedimentos:
Usando um triângulo, obtenha a bissetriz, a al-
tura e a mediana relativas ao ângulo A, por
meio da técnica da dobradura.
2. Altura
A altura do triângulo relativa ao ângulo A é obti-
120
Geometria I – Áreas de superfícies
→
da, quando se dobra a base BC do triângulo de
modo que esta fique sobre ela mesma. O seg-
→
mento BC é a altura relativa ao ângulo A
→
O segmento AH é a altura do triângulo.
Faça o mesmo procedimento em relação aos
outros ângulos, e encontre o ortocentro.
Ponto médio
Para encontrar o ponto médio de um triângulo
relativo ao ângulo A, deve-se dobrar o triângu-
lo, fazendo os pontos extremos da base B e C
coincidirem.
3. Mediana
A mediana de um triângulo é obtida unindo-se
o ponto médio ao ângulo oposto.
→
O segmento AM é a Mediana do triângulo.
Faça o mesmo procedimento em relação aos
outros ângulos, e encontre o baricentro.
121
UNIDADE VI
Atividades de laboratório
123
Geometria I – Atividades de laboratório
BISSETRIZ DE UM ÂNGULO
Procedimentos:
Material necessário: régua e compasso
1. Com a ponta-seca do compasso em A e a
Objetivo: obter a bissetriz de um ângulo AÔB
dado. abertura do compasso maior que a metade
da medida do segmento AB, traça-se dois
Procedimentos: →
arcos: um abaixo e outro acima de AB.
1. Com a ponta-seca do compasso em O, 2. Com a ponta-seca do compasso em B e a
traça-se um arco determinando M e N. mesma abertura do compasso, traçamos dois
2. Com a ponta-seca do compasso em M e arcos que cortam os primeiros em C e em D.
depois em N, traçam-se, com a mesma
abertura do compasso, os arcos que se cor-
tam em D.
→ →
3. Trace a reta CD, que cruza AB, no ponto M.
→ →
3. Traça-se a semi-reta OD . A semi-reta OD
é a bissetriz do ângulo AÔB.
→
M é o ponto médio de AB
→ →
CD é a mediatriz de AB.
Exercitando:
Com a ajuda de um transferidor, trace um ân-
gulo de 70º. Usando esse procedimento, cal- ATIVIDADE 3
cule a bissetriz desse ângulo.
ATIVIDADE 2
MEDIATRIZ DE UM SEGMENTO
125
UEA – Licenciatura em Matemática
Objetivo:
Confecção:
Atividade 1.
Exercitando: ATIVIDADE 6
1. Usando o geoplano, forme um quadrilátero e
classifique-o.
ATIVIDADES COM GEOPLANO
2. Forme um retângulo qualquer no geoplano e
determine o perímetro e a área desse retângulo.
• Contagem.
126
Geometria I – Atividades de laboratório
• Gráficos e tabelas.
ATIVIDADE 7
• Ângulos e arcos,
• Madeira ou acrílico.
• Pregos e pinos.
• Martelo.
127
UEA – Licenciatura em Matemática
128
Geometria I – Atividades de laboratório
ações abaixo:
Quadrado e retân-
gulo com mesma
área
TRANSFORMAÇÃO DE UM TRIÂNGULO EM
RETÂNGULO
Assim podemos concluir que as peças que
No triângulo temos a reta HE passando pelos compõe o triângulo ABC se encaixam perfeita-
pontos médios dos lados AB e AC, e o segmen- mente no retângulo construído.
to AG perpendicular a esta reta. Conforme
indicam as cores, usando o trapézio BCEH e os TRANSFORMAÇÃO DE UM POLÍGONO EM
triângulos AHG e EAG construímos retângulo UM QUADRADO
com a mesma área do triângulo. Intuitivamente
podemos nos convencer que as peças que com- As transformações feitas até agora resolvem
põem o triângulo se encaixam perfeitamente na facilmente o problema de transformar um polí-
composição do retângulo. Se nossa abordagem gono em quadrado de mesma área. Inicialmente
é dentro do espírito da geometria dedutiva deve- decompomos o polígono em triângulos e trans-
mos mostrar que as regiões triangulares que formamos cada um destes em retângulo:
completam o retângulo obtido a partir do
trapézio são de fato congruentes aos triângulos
menores que fazem parte do triângulo dado.
129
UEA – Licenciatura em Matemática
ATIVIDADE 11
Procedimentos:
Pergunta-se: O que aconteceria se o triângulo
• Usando um triângulo obtenha a bissetriz,
altura e a mediana relativas ao ângulo A, fosse isosceles?
através da técnica da dobradura.
Ponto Médio
Para encontrar o ponto médio de um triângulo
relativo ao ângulo A, deve-se dobrar o triângu-
lo, fazendo os pontos extremos da base B e C
coincidirem.
1) Bissetriz
2) Altura
130
Geometria I – Atividades de laboratório
ATIVIDADE 12
Construir o triângulo ABC, sabendo que: Dados dois lados e a mediana relativa a um deles.
med(AB) = 4cm Construir o triângulo ABC, considerando que:
med(AC) = 3,5cm med(AB) = 5cm
med(CH) = 2cm
med(BC) = 3cm
CH é altura relativa ao lado AB
med(CM) = 2cm
1º Passo: Faz- se um esboço.
CM é a mediana relativa ao lado AB
1º Passo: Faz- se um esboço
131
UEA – Licenciatura em Matemática
⎯ ⎯ ⎯ ⎯
5º Passo: Traçam-se AD e BC,(ou AD’, BC’).
ATIVIDADE 13
CONSTRUÇÃO DE QUADRILÁTEROS
Exercício 01
Construir um paralelogramo ABCD, sabendo
que:
⎯
med ( AB) = 4,0 cm
⎯
med ( AD) = 3,0 cm
h = 2,5 cm
⎯ Exercício 02
h é a altura relativa à base AB
1º Passo: Faz-se um esboço. Construir um quadrado ABCD, sabendo que
⎯
sua diagonal AC mede 3,5 cm.
1º Passo Faz-se um esboço.
⎯
2º Passo: Traça-se AB sobre a reta r.
⎯
2º Passo: traça-se a diagonal AC.
3º Passo: Constrói-se s // r, tal que d (s,r) = 2,5 cm.
⎯
3º Passo: traça-se a mediatriz de AC, determi-
132
Geometria I – Atividades de laboratório
⎯ ⎯
nando-se M, ponto médio de AC. 2º Passo: Traça-se AB sobre uma reta r.
4º Passo: Com centro em M e raio com a medi- 4º Passo: Com centro em A e raio com a medi-
⎯ ⎯
da de AM, traça-se um arco, determinando-se da de AD, traça-se um arco, determinando-se
os pontos B e D. os pontos D e D’. (O problema apresenta duas
soluções.)
Exercício 03
133
UEA – Licenciatura em Matemática
Atividade 1.
ATIVIDADE 14 Usando as 7 peças do pode-se montar os
números de 0 a 9.
Exercício 01
Objetivo:
• Obter figuras geométricas usando todas as Exercitando:
peças do tangram.
1) Usando as cinco peças (N, G, M, R, T) do tan-
Material Necessário: Papel cartão, tesoura, gram, forme um quadrado.
régua, lápis.
2) Usando as sete peças do tangram, forme um
Confecção: triângulo, retângulo, paralelogramo, trapézio,
2. desenha-se, em uma folha de papel, um Quadrado.
quadrado de 12cm de lado e divide-se de 4
em 4 centímetros;
3. seguindo os modelos, obtém-se um que-
bra-cabeça com sete peças; ATIVIDADE 15
134
Geometria I – Atividades de laboratório
(a + b)2 =
135
UEA – Licenciatura em Matemática
136
Geometria I – Atividades de laboratório
Critério de Recorte 03
Demonstração
Exercitando
137
Respostas de Exercícios
Geometria I – Respostas de exercícios
4. a) 90° – x
TEMA 01 b) 180° – x
c) 2 (90° – x)
NOÇÕES E PROPOSIÇÕES PRIMITIVAS
d)
1. FVVFV
e) 3(180° – x)
2. B
5. 70°
3. VVVVVVF
6. 54°
4. Demonstração
7. 160°
8. x = 15°
9. x = 15°
10. a) x = 40°
TEMA 02
b) x = 20°
x = 7cm
TEMA 05
b)
PARALELISMO
x = 11cm
6. X = 5 e AB = 22
⎯ ⎯ 1. a) b e c colaterais internos
7. a) MB = 3cm b) BN = 2cm
⎯ ⎯ b) m e p correspondentes
c) NC = 2cm d) MN = 5cm
⎯ 2. a) a e p alternos internos
e) AN = 8cm
b) a e q correspondentes
3. a) X = 25°
b) X = 40°
TEMA 04 4. a) Alternos internos
X = 15°
ÂNGULOS b) Alternos externos
X = 50°
1. Use o transferidor c) colaterais internos
a) y = 60º b) w = 135º c) z = 90º X = 50°
2. a) concorrentes b) paralelas 5. a) X = 70°
141
UEA – Licenciatura em Matemática
b) Y = 100° b) 3; RS, RT ST
c) Z = 30° c) 3; R, S T .
6. a) X = 12° 2. a) Sim, pois 7 < 5 + 3.
b) Y = 144° b) Não, pois 7 não é menor que 2 + 3.
c) Z = 36° c) Sim, pois 3 < 3 - 2.
7. a) X = 80° e Y = 85° d) Não, pois 10 não é menor que 5 .•. 5.
b) X = 110° e Y = 60° 3. X = 12cm
8. X = 50° ; Y = 130° ; Z = 50° 4. x = 4, y = 3 e o lado mede 7
9. 130° 5. P= 39 cm
10. x = 5° 6. 18cm ou 24cm
7. 3cm, 4cm e 5cm
8. A = 90° B = 60° C = 30°’ retângulo
D = 45°, E = 75°; acutângulo
TEMA 06
9. 60°
PERPENDICULARISMO 10. x = 30° e y = 40°
1. a) F b) V
c) V d) F
2. a) V b) F TEMA 09
c) F d) V
CONGRUÊNCIA DE TRIÂNGULOS
e) V
3. a) F b) V
1. a) ALA b) LAL c) LAA
c) V d) V
2. a) Caso de congruência: LLL
e) F f) F
X = 40cm ; Y = 60cm ; Z = 80cm
g) V
b) Caso de congruência: A.L.A
4. a) F b) F
X = 40cm ; Y = 95º
c) V d) V
3. Caso de congruência A.L.A
e) F f) V
x = 5: y = 10
g) F
4. a) ALA b) TR
5. a) V b) F
5. 5cm
c) F d) F
6. x = 66º e y = 11º
e) F
7. x = 10cm e y = 12cm
8. x = 7cm e y = 12cm
UNIDADE II – Polígonos
TEMA 10
TEMA 08
PONTOS NOTÁVEIS NO TRIÂNGULO
TRIÂNGULOS
1. Construção
1. a) 3; R, S T . 2. Construção
142
Geometria I – Respostas de exercícios
QUADRILÁTEROS
TEMA 14
1. a) 2330
b) 850
POLÍGONOS
2. a) ^
A≡^
D = 600 e ^
B≡^
C = 1200
b) ^
A = 700, ^
C = 1000 e ^
D = 800
1. a) triacontakaitrigono
c) 250
b) eneadecágono
d) 1100
c) tetracontakaihexagono
3. 680
d) hexacontakaioctagono
4. 470
e) enneacontakaiheptagono
5. 1400 e 400
2. 8 lados, octógono.
6. 34cm
3. ai = 156º e ei = 24º
7. 30cm e 12cm
4. 70
8. 1300
5. c
9. 1430
6. a) 50o
10. e
b) 52o30’
11. d
7. 150o
12. 1300
8. 90
13. 1480
14. e 9. 330o
10. 14 e 54
11. 360o
12. 10o
1.
143
UEA – Licenciatura em Matemática
CIRCUNFERÊNCIA E CÍRCULO
Exercícios Propostos
TEMA 20
1. a) 11
POLÍGONOS INSCRITOS E CIRCUNSCRITOS
b) 5
2. C
1. 18
3. A
2. a) 6
4. 8cm e 3cm
b) 12
5. 12cm ou 18cm ou 24cm ou 30cm.
c) 4
6. D
3. D
7. B
4. a) r = 3 cm
9. a) Tangente externamente
b) l = 6 cm
b) Secantes
c) r = 3 cm
c) Externas
d) R = 6 cm
d) Tangentes internamente
5. C
10. 76cm
6. E
7. D
8. a) cm
TEMA 18
b) cm
ÂNGULOS NA CIRCUNFERÊNCIA
c) cm
9.
1. a) 65o
b) 30o 11. D
c) 80o
d) 12o
2. 80o UNIDADE IV – Relações métricas no triângulo
3. C
4. B
5. 60o TEMA 21
o
6. 35
TEOREMA DE TALES
7. 70o, 50o e 60o
8. 30o
1. a) x = 28 e y = 36
9. b) x = 12 e y = 4
144
Matemática Elementar II – Conjuntos Numéricos
c) x = 18 e y = 36 2. m = 4 e n = 12
2. x = 10 km 3. AB = 15 u, AC = u e CB = u
y = 30 km 4. D
z = 22,5 km 5. C
⎯ ⎯ ⎯
3. AB’= 2,6 cm, B’C’ = 3,9 cm e C’D’= 6,5 cm. 6.
4. B a)
5. 10cm b) 7
6. 30 7) 12 m
7. 9 8) 17m
8. 5 e 4
9) 3m
9. 9m
10) 21cm
10. 42m
11. 40cm 11)
12. 15
TEMA 26
TEMA 22
TEOREMA DE PITÁGORAS
SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS
1. B 2. A
1. 4 cm, 9 cm e 8 cm.
3. C 4. D
2. a) 6
5. E 6. A
b) 7. B 8. D
⎯ ⎯ 9. A 10. A
3. BD = 6cm e DF = 8 cm
11. B 12. C
4. B
13. D 14. E
5. C
15. D
6. B
7. 10cm
8.
TEMA 28
9. 2cm
1. 17/4
TEMA 24 2. 1 e 2
3. 12m
RELAÇÕES MÉTRICAS NO 4. 6m
TRIÂNGULO RETÂNGULO
5. 19/8cm
6.
1. a = 9, m = 5 , h = eb= .
145
UEA – Licenciatura em Matemática
7. Obtusângulo
6. 48 cm2
8. 1
7. 150cm2
9. 57/18
10. 19/16 8.
11. Obtusângulo
12. 26/3 9. 2( + 1)cm2
13. 8 10. 3 r2
14. 6 11. 3 cm
15. 43/4cm
12. cm
13.
UNIDADE V – Áreas de superfícies
14. 12( + 1)cm
15. 10m2
TEMA 30
1. 20cm TEMA 34
2. 3cm
3. 4cm ÁREA DE FIGURAS PLANAS -
4. 4 QUADRILÁTEROS
5. C
6.
1. 4cm
7. Demonstração
2. 4cm; 6cm
8. cm
3. 12cm; 6cm
9. ( – 1)R
10. 2cm ou 3cm 4. 24cm2
TEMA 32 9. cm2
1. 96m2 11. 84 m2
2. 24m 2
12. 33 m2
3. 320cm2
13. 96 m2
4. 48 cm2
14. 95 m2
5. 15. 600 m2
146
Matemática Elementar II – Conjuntos Numéricos
TEMA 35
1. 3 cm2
2. 1/2 da área do quadrado original
3. L2
4. 2A
5. 3
6. 6 – 2π
7.
8.
TEMA 37
ÁREA DE FIGURAS
PLANAS - CÍRCULO E SUAS PARTES
1. 16πcm2
2. 81πcm2
3. 2
4. 3/4
5. 3(2π – 3 )cm2
6.
7. 2(3 – π)
8.
9. 3
10. 25 cm2
11.
12. 2d2
13.
14. πr
15. 144πcm2
147
REFERÊNCIAS
Ávila, G. Cálculo 1; funções de uma variável. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científico, 1982
MORGADO, A. C., WAGNER, E., JORGE, M. Geometria I. 3a Ed. Rio de Janeiro, RJ: Francisco Alves, 1986.
DOLCE, Osvaldo, POMPEO, José Nicolau. Fundamentos de matemática elementar, 9: Geometria plana. 7a
Ed. São Paulo, SP: Atual, 1993.
DANTE, Luiz Roberto. Didática da resolução de problemas. São Paulo, ática, 1989.
GIONANNI, José Ruy., CASTRUCI, Benedito., GIOVANNI JR, José R. A conquista da matemática. São
Paulo, FTD, 1998
GONÇALVES JUNIOR, Oscar. Coleção Matemática por assunto. São Paulo: Scipione, Vol. 6. 1988.
IEZZI, Gelson e outros. Coleção Fundamentos de Matemática Elementar. São Paulo: Atual, Vol. 1. 1985.
www.portalmatematico.com/historia2.shtml
www.matematicahoje.com.br/telas/mat_hoje/livro/oitava.asp?aux=B
www.pt.wikipedia.org/w$iki/Pol%C3%ADgono
www.obm.org.br
149