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27/7/2010 Trópico - A revolução será digitalizada

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novo mundo
CIRCUITO
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e leitura direita
A revolução será digitalizada
a.r.t.e. Por Giselle Beiguelman
audiovisual
cosmópolis
dossiê Formatos emergentes reinventam os modos de difusão das imagens e
em obras anunciam o cinema da era da conexão
ensaio
entrevista
estante
Nunca tantas imagens foram produzidas. E, mais importante, nunca foram
livros
novo mundo
colocadas tantas imagens em circulação. A popularização das câmeras digitais
política
e a multiplicação dos canais de distribuição explicam essa situação. Mudam
prosa.poesia com isso modos de produzir e consumir vídeo e cinema, implicando novas
três palavras concepções de imagem e circuito, como o Open Video e o Cinema 4K.

busca
O Open Video não é um formato, mas um sistema que engloba a discussão de
parâmetros e princípios para garantir o desenvolvimento, a distribuição e a
criação de vídeo online em plataformas livres e em formatos de código aberto.
nos arquivos

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A revoluç ão s erá digitalizada O debate ganhou força com o HTML 5, atualização da linguagem que está por
trás do conteúdo na internet (o HTML), que pretende eliminar a necessidade de
A tens ão polític a das redes s oc iais
plugins para visualização de conteúdo multimídia (como vídeos e animações em
O vídeo depois do T ubo Flash).
I nfec ç ões artís tic as
O Cinema 4K é um cinema digital de altíssima definição, com uma resolução de
Res pos tas para Y ouT ube mais de 8 milhões de pixels. Na prática isso quer dizer 4 vezes a definição da
T witter para quê? imagem em vídeo HD e 24 vezes a das imagens que vemos na televisão.
Rebelião na internet
Apesar de ser uma forma de imagem idealizada para projeção em telas de
Filmes exec utáveis grande dimensão, já começa a se infiltrar na Internet e alguns vídeos
O ovo da s erpente 2 .0 produzidos com essa tecnologia podem ser assistidos no YouTube.

M apas além-G oogle


Contudo, dependem ainda de monitores bastante grandes, não muito comuns,
A era da infoes tétic a e de placas de vídeo poderosas, além de bandas de transmissão de altíssima
A imagem entre- linguagens
velocidade que impedem ainda a fruição da ultradefinição desses vídeos na
web.
A c aptaç ão do invis ível

U ma alternativa à guerra mundial Estas duas tendências têm pesquisadores relevantes no Brasil e mostram,
C es ta bás ic a da internet
como fizeram Ivana Bentes e Erick Felinto, em um livro recente, que é tempo
de pensar a ecologia das imagens digitais, refletindo sobre a cadeia de
D e fronteiras nac ionais a limites embutidos
produção e o consumo em relação às estéticas que engendram e aos seus
C ompanheironomias contextos de recepção.

A interfac e c ultural do P owerP oint


Em entrevista a Trópico, Diego Casaes, Pedro Markun e Daniela B. Silva,
O mic romínimo c omum membros do Mozilla Drumbeat no Brasil, “ciberlaboratório” de Fundação Mozilla,
T ec nopolític as em aç ão
falam do Open Video e das iniciativas a ele relacionadas. Na sequência,
conversamos com Jane de Almeida e Cícero Silva, da equipe de coordenação do
O futuro é híbrido projeto 2014K, que pretende transmitir a próxima Copa em 4K.
O grande vídeo

"Sin c ity": c ontra


São inúmeras possibilidades que se abrem, com apenas uma certeza: a
realidade das imagens, entre telas de pequeno, médio e grande formato, está
A favor de "Sin c ity" sendo reinventada.
O pai da mídia tátic a
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N otas s obre o c oletivis mo artís tic o no Bras il

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O vigor da arte avant-pop
Uma das razões, possivelmente, para a explosão do vídeo na internet é o
fato
O fenômeno da manipulaç ão de imagens de sua produção e sua publicação dispensar conhecimentos de
programação. Isso muda com o Open Video? Além do domínio da câmera
A arte s em fio
e do processo de edição, será necessário dominar o HTML5?
V elhas máquinas , novas potênc ias

Diego Casaes, Pedro Markun e Daniela: Na verdade, com o HTML5, o


processo de se colocar um vídeo dentro de uma página web fica muito mais fácil,
tão fácil quanto é hoje colocar uma imagem. Por outro lado, esse novo padrão
permite realizar uma série de operações complexas com o vídeo sem a
necessidade de um processo de edição. Para isso, claro, o internauta vai
precisar dominar o HTML5 e outras tecnologias abertas como e SVG, mas essas
são apenas possibilidades de uso avançado, e não condicionantes para quem só
quer publicar seu vídeo na web.

Do ponto de vista estético, o que muda no vídeo com o HTML5?

A grande revolução do HTML5 e da tag é que a partir de agora, o vídeo é


considerado um “first class citizen” em uma página web. Quer dizer, ele é tão
simples de implementar e tão maleável quanto qualquer outro objeto web, uma
imagem, um link, um texto...

Sozinho, o elemento não traz muitas novidades para quem já está acostumado
com o Youtube e outros players em flash, mas, quando combinado com formatos
abertos, como Canvas, SVG, CSS3, e outras tecnologias que também fazem
parte da especificação do HTML5, ele ganha novo gás e podemos fazer coisas
como aplicar efeitos, trabalhar com formas...

Em síntese, o vídeo não precisa mais ficar preso àquele suporte retangular de
480 x 360 e pode adquirir rotação e outros efeitos de transição, por exemplo.
Tudo isso acontecendo em tempo real e podendo ser alterado dinamicamente
com o uso, de recursos de programação específicos.

Com essas novas possibilidades a mão, é sensacional que artistas, cineastas,


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videomakers se envolvam no processo, ajudando a criar novas pirações
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conceituais que podem de fato transformar a experiência de vídeo na internet.

Uma das possibilidades que vem sendo explorada com a explosão do


vídeo online é a criação coletiva. Como é o projeto do documentário
colaborativo que vocês estão preparando e que foi desenvolvido no FISL
(Fórum Internacional Software Livre), em Porto Alegre, entre 22 e 24 de
julho de 2010?

O Web Made Movie Sprint tem a seguinte proposta: nos dois primeiros dias de
FISL, uma equipe de videomakers (parceiros da Casa do Cinema, em Porto
Alegre) trabalham em captação e edição de imagens sobre o Fórum –que é uma
superexpressão dos valores da internet aberta e livre. No terceiro dia, os
hackers de vídeo podem usar essas imagens pra experimentar novas
possibilidades de trabalhar com na web.

O cineasta Brett Gaylor, do filme “RIP - Remix Manifesto” vai coordenar o


processo com colaboradores do Brasil. Ele também participa e lidera o projeto
Web Made Movie na Drumbeat –um laboratório de inovação que junta
videomakers e hackers justamente para transformarem juntos o que é o vídeo na
internet.

4K, O Cinema em Grande Escala

Vocês apresentaram recentemente, durante a Copa do Mundo, em


Johanesburgo, um filme 3D em ultradefinição. Essa apresentação está
relacionada ao projeto de vocês de transmitir a Copa de 2014 em 4K?

Jane de Almeida e Cícero Silva: O que apresentamos é um filme-demo do

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projeto 2014K -com imagens captadas em Porto Alegre da final do campeonato
gaúcho no dia 2 de maio, entre Grêmio e Internacional. Foram necessárias duas
câmeras Red One, presas em um Rig especial para este tipo de câmera, em uma
montagem estereoscópica que durou seis horas só para o setup das câmeras e
que pesam por volta de 150 kg. Disponibilizamos no nosso site o making of.

Trabalhamos com o estereógrafo Keith Collea, que tem feito vários trabalhos em
Hollywood em 3D (ele trabalhou com James Cameron em “Titanic”, fez “Iron Man”
etc.), mas esta foi a primeira vez que filmou um jogo de futebol em 3D com
câmeras Red (4K).

Como o público reage?

O público sempre reage muito bem ao 3D. As pessoas tiram os óculos, tentam
tocar as imagens. Exatamente como nos primeiros cinemas, quando elas iam
atrás da tela verificar o truque. Temos a impressão de que dificilmente esta
tecnologia será deixada de lado e que talvez, no futuro, nossos filhos dirão:
"Como as pessoas viam antes em 2D?".

Desde que começamos este projeto (nós e Eunezio A. de Souza - Thoroh),


temos em mente o seguinte: este pode ser um deslocamento importante do
campo visual, exatamente como o que aconteceu com a perspectiva no pré-
renascimento e com os aparelhos ópticos no meio e no fim do século 19.

Talvez, inclusive, nossos olhos consigam ver uma imagem "tresderizada" no


futuro. Isto já pode ser percebido em algumas demonstrações de 3D light,
quando tiramos os óculos. Nossa imagem-chave é a do filme “Les Carabiniers”
(1963), do Godard, na qual o personagem, que está num cinema, vai até a tela e
a rasga para poder tocar a moça tomando banho!

Já existe alguma estrutura para a disponibilização dos jogos em cinemas


aqui no Brasil, em 2014?

Nada ainda. O que temos são vários parceiros no exterior que querem participar
do projeto. A ideia é que cada cidade-sede veja esta transmissão de seus jogos.
Algumas delas já têm conexão, outras deverão ser preparadas.

Como as emissoras de TV estão reagindo a essa possível concorrrência? E


os fabricantes de TV para imagem 3D?

Não concorremos com emissoras de TV, pois a projeção ultrapassa a resolução


exigida por telas pequenas. Estamos falando de telas de 8 m X 10 m, no mínimo.
Porém, as emissoras podem se beneficiar no futuro com as experiências de
transferência de dados de imagem com alta resolução entre seus setores. Essa é
uma pesquisa estratégica para um país com as dimensões continentais como o
Brasil.

Numa época em que tanto se enaltece o filme “on demand”, que pode ser
assistido em casa, por que revitalizar a sala de cinema?

Pelo tamanho da tela, pela experiência coletiva, por ser algo que retoma o
espaço público, que pode vir a interferir nas cidades, recolocar o papel das
projeções em grandes proporções.... Pode dialogar com a arquitetura, com as
questões urbanas. É um pouco como a experiência do evento Arte/Cidade, que
interfere nos espaços urbanos e cria novas significações para eles. E, com o
futebol, isto pode ser percebido com bastante freqüência: as pessoas preferem
ver jogos com outras pessoas. Todos têm TVs, mas as salas com telões ficam
sempre cheias.

link-se

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27/7/2010 Trópico - A revolução será digitalizada
Open Video Alliance - http://www.openvideoalliance.org

Guia do Vídeo OnLine - http://culturadigital.br/videoonline/

Jane de Almeida - Oito milhões de pixels em imagens de quatro quilates: 4K -


http://www.scribd.com/doc/4005477/4K-imagens-de-4-quilates

What's bigger than 1080p? 4K video comes to YouTube - http://youtube-


global.blogspot.com/2010/07/whats-bigger-than-1080p-4K-video-comes.html

Ivana Bentes e Erick Felinto. “Avatar: O Futuro do Cinema e a Ecologia das


Imagens Digitais” - http://www.editorasulina.com.br/detalhes.php?id=504

Mozilla Drumbeat - http://www.drumbeat.org/

2014K - http://www.2014K.org/

WebMadeMovies - http://www.drumbeat.org/webmademovies/

RIP – A Remix Manifesto - http://ripremix.com/

Les Carabiniers (Tempo de Guerra), de Jean-Luc Godard -


http://www.imdb.com/title/tt0056905/

Publicado em 26/7/2010

Giselle Beiguelman
É artista multimídia e professora da PUC-SP. Editora da seção "Novo Mundo" de
Trópico e Diretora Artística do Instituto Sergio Motta. Site: www.desvirtual.com
Twitter: http://twitter.com/gbeiguelman

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