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novo mundo
CIRCUITO
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e leitura direita
A revolução será digitalizada
a.r.t.e. Por Giselle Beiguelman
audiovisual
cosmópolis
dossiê Formatos emergentes reinventam os modos de difusão das imagens e
em obras anunciam o cinema da era da conexão
ensaio
entrevista
estante
Nunca tantas imagens foram produzidas. E, mais importante, nunca foram
livros
novo mundo
colocadas tantas imagens em circulação. A popularização das câmeras digitais
política
e a multiplicação dos canais de distribuição explicam essa situação. Mudam
prosa.poesia com isso modos de produzir e consumir vídeo e cinema, implicando novas
três palavras concepções de imagem e circuito, como o Open Video e o Cinema 4K.
busca
O Open Video não é um formato, mas um sistema que engloba a discussão de
parâmetros e princípios para garantir o desenvolvimento, a distribuição e a
criação de vídeo online em plataformas livres e em formatos de código aberto.
nos arquivos
5
A revoluç ão s erá digitalizada O debate ganhou força com o HTML 5, atualização da linguagem que está por
trás do conteúdo na internet (o HTML), que pretende eliminar a necessidade de
A tens ão polític a das redes s oc iais
plugins para visualização de conteúdo multimídia (como vídeos e animações em
O vídeo depois do T ubo Flash).
I nfec ç ões artís tic as
O Cinema 4K é um cinema digital de altíssima definição, com uma resolução de
Res pos tas para Y ouT ube mais de 8 milhões de pixels. Na prática isso quer dizer 4 vezes a definição da
T witter para quê? imagem em vídeo HD e 24 vezes a das imagens que vemos na televisão.
Rebelião na internet
Apesar de ser uma forma de imagem idealizada para projeção em telas de
Filmes exec utáveis grande dimensão, já começa a se infiltrar na Internet e alguns vídeos
O ovo da s erpente 2 .0 produzidos com essa tecnologia podem ser assistidos no YouTube.
U ma alternativa à guerra mundial Estas duas tendências têm pesquisadores relevantes no Brasil e mostram,
C es ta bás ic a da internet
como fizeram Ivana Bentes e Erick Felinto, em um livro recente, que é tempo
de pensar a ecologia das imagens digitais, refletindo sobre a cadeia de
D e fronteiras nac ionais a limites embutidos
produção e o consumo em relação às estéticas que engendram e aos seus
C ompanheironomias contextos de recepção.
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27/7/2010 Trópico - A revolução será digitalizada
O vigor da arte avant-pop
Uma das razões, possivelmente, para a explosão do vídeo na internet é o
fato
O fenômeno da manipulaç ão de imagens de sua produção e sua publicação dispensar conhecimentos de
programação. Isso muda com o Open Video? Além do domínio da câmera
A arte s em fio
e do processo de edição, será necessário dominar o HTML5?
V elhas máquinas , novas potênc ias
Sozinho, o elemento não traz muitas novidades para quem já está acostumado
com o Youtube e outros players em flash, mas, quando combinado com formatos
abertos, como Canvas, SVG, CSS3, e outras tecnologias que também fazem
parte da especificação do HTML5, ele ganha novo gás e podemos fazer coisas
como aplicar efeitos, trabalhar com formas...
Em síntese, o vídeo não precisa mais ficar preso àquele suporte retangular de
480 x 360 e pode adquirir rotação e outros efeitos de transição, por exemplo.
Tudo isso acontecendo em tempo real e podendo ser alterado dinamicamente
com o uso, de recursos de programação específicos.
O Web Made Movie Sprint tem a seguinte proposta: nos dois primeiros dias de
FISL, uma equipe de videomakers (parceiros da Casa do Cinema, em Porto
Alegre) trabalham em captação e edição de imagens sobre o Fórum –que é uma
superexpressão dos valores da internet aberta e livre. No terceiro dia, os
hackers de vídeo podem usar essas imagens pra experimentar novas
possibilidades de trabalhar com na web.
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27/7/2010 Trópico - A revolução será digitalizada
projeto 2014K -com imagens captadas em Porto Alegre da final do campeonato
gaúcho no dia 2 de maio, entre Grêmio e Internacional. Foram necessárias duas
câmeras Red One, presas em um Rig especial para este tipo de câmera, em uma
montagem estereoscópica que durou seis horas só para o setup das câmeras e
que pesam por volta de 150 kg. Disponibilizamos no nosso site o making of.
Trabalhamos com o estereógrafo Keith Collea, que tem feito vários trabalhos em
Hollywood em 3D (ele trabalhou com James Cameron em “Titanic”, fez “Iron Man”
etc.), mas esta foi a primeira vez que filmou um jogo de futebol em 3D com
câmeras Red (4K).
O público sempre reage muito bem ao 3D. As pessoas tiram os óculos, tentam
tocar as imagens. Exatamente como nos primeiros cinemas, quando elas iam
atrás da tela verificar o truque. Temos a impressão de que dificilmente esta
tecnologia será deixada de lado e que talvez, no futuro, nossos filhos dirão:
"Como as pessoas viam antes em 2D?".
Nada ainda. O que temos são vários parceiros no exterior que querem participar
do projeto. A ideia é que cada cidade-sede veja esta transmissão de seus jogos.
Algumas delas já têm conexão, outras deverão ser preparadas.
Numa época em que tanto se enaltece o filme “on demand”, que pode ser
assistido em casa, por que revitalizar a sala de cinema?
Pelo tamanho da tela, pela experiência coletiva, por ser algo que retoma o
espaço público, que pode vir a interferir nas cidades, recolocar o papel das
projeções em grandes proporções.... Pode dialogar com a arquitetura, com as
questões urbanas. É um pouco como a experiência do evento Arte/Cidade, que
interfere nos espaços urbanos e cria novas significações para eles. E, com o
futebol, isto pode ser percebido com bastante freqüência: as pessoas preferem
ver jogos com outras pessoas. Todos têm TVs, mas as salas com telões ficam
sempre cheias.
link-se
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27/7/2010 Trópico - A revolução será digitalizada
Open Video Alliance - http://www.openvideoalliance.org
2014K - http://www.2014K.org/
WebMadeMovies - http://www.drumbeat.org/webmademovies/
Publicado em 26/7/2010
Giselle Beiguelman
É artista multimídia e professora da PUC-SP. Editora da seção "Novo Mundo" de
Trópico e Diretora Artística do Instituto Sergio Motta. Site: www.desvirtual.com
Twitter: http://twitter.com/gbeiguelman
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