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Mais de Deus

Vivemos num mundo onde tudo corre rapidamente. Na mesma velocidade que chegam
as novidades, elas também se vão, ficando obsoletas – ultrapassadas – mesmo estando novas. E
assim vivemos numa correria constante buscando sempre algo novo. O mesmo acontece muitas
vezes dentro das igrejas com relação à Palavra. O problema não é buscar algo novo, mas sim a
facilidade com que nos esquecemos do antigo. Primeiro vale ressaltar que o antigo não é
necessariamente ruim. Precisamos ter discernimento para perceber o que é bom e o que é ruim, e
isso não é identificado pelo “tempo de uso”.
Existe hoje uma busca desenfreada por “mais de Deus”, e eu me questiono sobre qual a
motivação ou com que propósito nós queremos “mais de Deus”. Parece que Deus se tornou uma
espécie de banco 24h e, como tudo nesse século, precisa se modernizar para não perder a clientela.
Então nós vemos “clientes” buscando e exigindo de Deus tudo aquilo que desejam e no tempo que
desejam, e caso fiquem insatisfeitos por uma possível negligência divina em não atendê-los, estão
prontos a mudar de “fornecedor” a fim de terem suas “necessidades” atendidas. É quase que
“satisfação garantida, ou o seu dinheiro de volta”. Daí o número impressionante de pessoas que
mudam de igreja como mudam de roupa, ora se está aqui, ora ali. Onde houver maior oferta de bens
ou promessas ali também haverá maior número de fiéis (ou seria de clientes?).
O que parece, é que essa busca tem sua origem na insatisfação que habita dentro do ser
humano. Insatisfação como a da sanguessuga, que se alimenta até morrer, ou seja, uma vida vivida
em função da auto-satisfação, mas que acaba levando à morte. Então ouvimos orações, pregações,
músicas, lemos em livros, na Internet, etc., mensagens que nos incentivam a buscar “mais de Deus”,
mas em contrapartida não vemos o resultado dessa busca ajudando a melhorar as pessoas enquanto
seres humanos. Não é errado buscar “mais de Deus”, desde que essa busca seja pelo Deus de Jesus
Cristo e como ele ensinou, o fato é que as pessoas buscam “mais de Deus” hoje como nunca
buscaram antes, mas o vazio e a distância do evangelho de Cristo continuam aumentando. Não
podemos ser levados em roda, como diz a Palavra, precisamos avançar, mas com firmeza. Não
devemos deixar essa ânsia por modernidade dominar os nossos corações ao ponto de começarmos a
exigir um Deus secularizado e capitalizado como alguns o tem apresentado.
Acredito que Deus seja muito mais do que tudo que vimos e ouvimos, creio que ele
esteja além da nossa capacidade de entendimento. Creio que ele esteja muito além de nossas
palavras, mas que ainda assim se importa conosco e está sempre perto, pronto para nos ouvir e para
se fazer ouvir àqueles que o desejam de todo coração. Então o que devemos fazer é buscar “mais de
Deus” mas mantendo nele e somente nele o nosso coração. Colocando nele o nosso tesouro, a nossa
riqueza. Ter “mais de Deus” implica em melhorar nosso comportamento em relação ao próximo e a
nós mesmos olhando sempre para o exemplo de Cristo, mas isso não é algo novo, não faz parte da
mensagem desse outro evangelho, e talvez por ser algo “antigo” tem sido deixado de lado com uma
facilidade impressionante. Então se nós quisermos andar com Deus precisamos parar e refletir sobre
qual a razão de nossa busca, se há um sentido no que fazemos ou se estamos apenas seguindo a
moda.
Que a nossa sede de Deus seja em conhecê-lo como ele é de verdade para que assim
possamos experimentar de fato “mais de Deus”.
Eu sei que tem muito mais...

Nelício Júnior
13.01.2008

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