Sie sind auf Seite 1von 5

O CRESCIMENTO URBANO E OS IMPACTOS SÓCIOAMBIENTAIS NO

MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS: o caso da Ponta D’Areia – SÃO LUÍS/MA/BRASIL.


Francisco Wendell Dias Costa (Geografia-UFMA) – wendeldis@ibest.com.br
Getúlio Estefânio Duarte Martins (Geografia-UFMA) – gestefanio@gmail.com
Márcia Fernanda P. Gonçalves (UFMA-DEGEO)-marciafernandageo@hotmail.com

1 INTRODUÇÃO

Desde os tempos mais remotos o homem utiliza as áreas costeiras pelos


processos de ocupação e extração para sua própria sobrevivência. Com o
crescimento populacional, atualmente, cerca de 2/3 da população mundial se
concentra nas zonas costeiras. No Brasil essa área concentra 23% da população
absoluta do país, o equivalente a 40,6 milhões de habitantes (IBGE, 2000). A zona
costeira brasileira se caracteriza pela sua extensão, cerca 8.698 km de extensão e
ela diversidade de ecossistemas como dunas, restingas, recifes, golfos, mangues,
baías, estuários e falésias.
No Brasil essas paisagens têm sofrido constantemente transformações,
com a construção de portos, pela especulação imobiliária ou mesmo pelo uso
desordenado de seus recursos, o que tem causado sérios problemas de
desequilíbrios ambientais. Tal processo desencadeou a acelerada destruição desses
ecossistemas sendo gradativamente substituídas ou modificadas pela ação
antrópica.
No Maranhão essa faixa possui 640 km de extensão, correspondendo a
segunda maior do Brasil, na qual se encontra características geoambientais
diversificadas, tendo grande potencial pesqueiro, turístico, portuário e um rico
ecossistema, essas características provocaram a ocupação da mesma. No município
de São Luís, capital do Maranhão, mais precisamente na área da Ponta D’Areia, a
ocupação ocorreu em virtude do crescimento populacional da cidade. Nessa linha de
pensamento, o governo do Estado percebendo o potencial do local, começa a
desenvolver projetos visando à urbanização e aproveitamento sócioespacial da área.
Nesse momento, a área passa por um processo de especulação imobiliária e
projetos voltados para a indústria do turismo, entretanto, vem apresentando sérios
problemas sócioambientais.
2 JUSTIFICATIVA
O presente trabalho justifica-se pela necessidade de verificar e
esclarecer que a ocupação e uso do espaço costeiro têm acelerado problemas
sócioambientais.

3 OBJETIVOS
3.1 Geral
 O objetivo geral pretende analisar a expansão urbana e os impactos
sócioambientais na mediação do bairro da Ponta D’Areia.
3.2 Específicos
 Os objetivos específicos pretendem compreender como ocorreu o processo
de ocupação e o crescimento urbano.
 Descrever como ocorreu o processo de formação do bairro.
 Detectar os principais impactos sócioambientais.

4 METODOLOGIA
Para realização e obtenção dos resultados do presente trabalho foi
utilizado o método fenomenológico, baseado em observações diretas feitas dos
fenômenos da área estudada. Para tanto, foram adotados os seguintes
procedimentos: levantamento bibliográfico e material cartográfico específico;
trabalho em campo e utilização de recursos digitais para obtenção e seleção de
fotos.

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Segundo Pacheco (2006), trabalho de campo, a área era habitada nas
décadas de 1950 e 1960, por colônias de pescadores que utilizavam suas
embarcações para o transporte de pessoas que pretendiam se deslocarem do centro
cidade para a praia da Ponta D’Areia. O local onde se encontra o atual bairro, de
acordo com Santos (1993, p. 52), possuía uma exuberante vegetação (arbórea e
arbustiva) e dunas recobertas por vegetação típica de áreas costeiras. Após a
construção da Ponte José Sarney, o acesso à área foi facilitado, iniciando as
modificações da paisagem natural, através da remoção de dunas e desmatamento,
visando à abertura de estradas e ao loteamento da área.
Nesse mesmo período Diniz (2004, p. 16), afirma que o crescimento
urbano da cidade ocorreu conjuntamente ao aumento do contingente populacional,
período que se observou à construção de vários bairros. O bairro da Ponta D’Areia
se destaca com um dos mais importantes da capital, visto com referência no
processo de verticalização da cidade.
Com a retirada da vegetação nativa e das dunas para a construção de
lotes certificou-se a presença de processos erosivos, afetando no crescimento das
plantas e na capacidade de retenção da água, originando os deslizamentos de
terras. Visando atenuar tal processo, foram construídas barreiras de contenção.
Constatou-se que a área é um grande atrativo para os diversos empreendimentos do
setor imobiliário, de grande especulação, constituindo uma área nobre da cidade,
sem nenhuma preocupação com a questão ambiental, comprometendo os recursos
naturais existentes no local, sobretudo o solo, a água e a vegetação.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O uso do espaço costeiro se caracteriza pela atividade capitalista
representada por obras construídas pelo homem. Atribui-se ao crescimento urbano e
populacional da cidade à construção de diversos bairros para comportar todo esse
contingente. O bairro da Ponta D’Areia surgiu como uma área destinada a acomodar
pescadores, evoluindo com o passar dos tempos até obter a atual configuração
espacial.
Na área de estudo as atividades antrópicas forma tão intensas que
substituíram a paisagem natural, retirando a vegetação nativa e removendo as
dunas, cedendo lugar às obras de engenharias, estas possuem grande valor
imobiliário e concentra uma parcela nobre da população.
Todos os impactos acabaram comprometendo o espaço costeiro da área
em estudo, pois as atividades humanas estão colocando em risco a saúde da
população, na medida em que todo o esgoto do local é lançando na praia, sendo
assim, inviabiliza as práticas do turismo e lazer.
Entretanto, faz-se necessários cobrar das instituições ligadas a
preservação do meio ambiente medidas serias e a curto prazo, bem como a
conscientização da população, visando amenizar os problemas dessa importante
área municipal.
REFERÊNCIAS
DINIZ, J. S. As condições e contradições do espaço urbano de São Luís-MA: traços
periféricos. In: III Ciclo de Estudos de História e Geografia do Maranhão. São
Luís. nov. 2004.

IBGE. Indicadores desenvolvimento sustentável: coordenação de recursos


naturais e estudos ambientais e coordenação de geografia. Rio de Janeiro: IBGE,
2004.

Apontamentos de aula de campo, 22 de agosto de 2006. Profº Ms. João Batista


Pacheco.

SANTOS, J. H. S. dos. Levantamento preliminar dos problemas ambientais de


uma zona litorânea de São Luís-MA. Monografia de conclusão do curso de
especialização aplicada ao planejamento ambiental, São Luís, 1993.
O CRESCIMENTO URBANO E OS IMPACTOS SÓCIOAMBIENTAIS NO
MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS: o caso da Ponta D’Areia – SÃO LUÍS/MA/BRASIL.
Francisco Wendell Dias Costa (Geografia-UFMA) – wendeldis@ibest.com.br
Getúlio Estefânio Duarte Martins (Geografia-UFMA) – gestefanio@gmail.com
Profª. Espc. GONÇALVES, M. F. P. (UFMA-DEGEO)-
marciafernandageo@hotmail.com

O uso e a ocupação do espaço costeiro sempre fizeram parte das atividades


humanas. No Brasil a ocupação dessa área foi mais intensa após a Segunda Guerra
Mundial. No Maranhão esse processo ocorreu mais precisamente nas décadas de
1960 e 1970. o presente trabalho, justifica-se pela necessidade de verificar e
esclarecer que a ocupação e uso do espaço costeiro têm acelerado problemas
sócioambientais. O objetivo geral pretende analisar a expansão urbana e os
impactos sócioambientais na mediação do bairro da Ponta D’Areia. Os objetivos
específicos pretendem compreender como ocorreram o processo de ocupação, o
crescimento urbano e detectar os principais impactos. Para obtenção dos resultados
do presente trabalho foi utilizado o método fenomenológico, contemplando as
seguintes etapas: levantamento bibliográfico; material cartográfico especifico; visita a
Biblioteca Central da UFMA; IBGE (MA); Núcleo de Documentação, Pesquisa e
Extensão Geográfica (NDPEG); trabalho em campo e utilização de recursos digitais
para obtenção e seleção de fotos. Após esses procedimentos, constatou-se que a
ocupação da área está diretamente ligada ao crescimento populacional e urbano da
cidade. Nas décadas de 1960 e 1970, a área era habitada apenas por pescadores e
possuía uma vasta cobertura vegetal e cordões de dunas. Com a construção da
ponte José Sarney o acesso a área tornou-se mais intenso, desde então, a
paisagem natural sofreu grandes modificações, dando lugar ao loteamento e
posteriormente as obras de engenharias (construção do bairro), sem nenhuma
preocupação com a questão ambiental. Tais modificações atraíram vários setores da
construção civil, transformando o bairro numa área de grande valor imobiliário. Em
virtude das atividades antrópicas, fica evidente a presença de vários problemas de
cunhos erosivos, poluição da praia, está ocorre pelo lançamento de esgoto in natura,
comprometendo a qualidade da água, inviabilizando a pratica do turismo e lazer.

Palavras-chaves: Ocupação. Crescimento urbano.Impactos sócioambientais.

Das könnte Ihnen auch gefallen