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Determinacdo do pH stimo de floculagdo e dosagem minima de coagulantes Alvaro Cunha : Quimico-chefe do Laboratério de Quimica Sulfato de Aluminio O sulfato de aluminio é um sal acide, isto é, em solucdéo aquésa hidroliza em hidréxido de aluminio e Acido sulfurico: (SO*); AP + 6 H’O = 2 AI(OH)* + 3 H°SOt Esta reagio, entretanto, ndo se dé sem que haja, na 4gua, sufici- ente alcalinidade natural ou alcalinidade adicionada, como carbonato de sddio ou cal, para reagir com o Acido sulftirico libertado. Dentro de determinada zona de pH, o Acido libertado reage com a alcalinidade, quer natural, quer produzida artificialmente, para formar sulfato de calcio ou de sédio, bidxido de carbono e hidréxido de aluminio. As reacées sfo as seguintes : 1°) Com alcalinidade natural : (SO‘)* AP + 3 Ca(HCO*)? = 3 CaSO! + 2A1(OH)? + 6 CO? 2.°) Com alcalinidade creada com adig&o de cal (SO*)? AP? + 3 Ca(OH)? = 2 Al(OH)? + 3CaSO* 3.°) Com alealinidade creada com adi¢io de carbonato de sdédio: (SO')* Al? + 3 Na®CO* + 3H°O = 2 Al(OH)? + 3 SOt Na* + 3 CO® As reagées acima s&o tedricamente certas, mas no. representam a@ quantidade de alcali que reage praticamente com o sulfato de alu- minio em qualquer Agua, devido 4 interferéncia de outros fatores. Os valores teéricos, entretanto, tragam uma diretriz e estio computados na seguinte lista 10 p.p.m. de sulfato de aluminio reagem com 4, 5 p.p.m. de alcalinidade natural em CaCO,? ou com 3,15 p.p.m. de cal a 80% de CaO, ou 3,69 p.p.m. de Ca(OH)? a 90%, ou 4,8 de carbonato de sédio em Na?CO*. Nota: p.p.m. = partes por milhéo. 116 Boierm™ pA Rerarticio pe Acuas & Esc670s Observa-se que nas reagées 1 a 3 ha producio de bioxido de car- bono, a0 passo que na reacio 2, com cal, isso nfo se dé. Ha, pois, ne- cesssidade de maior consumo de reagente alcalino para neutralizar 0 CO* produzido, afim de ser evitada a corroséo. Assim, a quantidade total de reagente alcalino usado no tratamento é, nfo somente, a ne- cessdria 4 reagio com o sulfato de aluminio, mas, também a neces- saria & neutralizagio do bioxido de carbono produzido na reacio, acrescido ainda do que a agua ji pudesse conter independente das reagdes resultantes do tratamento. As quantidades de reagente alcalino mencionadas sdo teéricas e as quantidades realmente exigidas sao indicadas por ensaios praticos exe- cutados nas estagdes de tratamento. Na coagulacaéo das 4guas de fraca alcalinidade e coloridas e cuja floculagdo se processa em pH baixo, é dispensavel a adicdo de alcali até certo limite de dosagem de sulfato de aluminio. Porém, quando as do- Sagens se elevam além de certo limite, a adig&o de alcali se faz pre- cisa para satisfazer as exigéncias da reacdo. Para a eficiencia do tratamento das Aguas, com o emprego de coagulantes, especialmente com o sulfato de aluminio, o contréle do PH de floculacdo é condigéo indispensavel. Nas Aguas pouco alcalinas, coloridas e de pequena turbidez, como sao geralmente as nossas, a flo- culagdo se processa em pH baixo, entre pH 5,0 e 6,5, excepcionalmente mais baixo. Nas aguas mais alcalinas e turvas o pH de floculagdo pode atingir até 7,4. Cada agua tem um pH timo de floculacdo e ésse pH péde variar para a mesma agua de acérdo com as variagdes que se operarem na sua composigao. A deficiencia de contréle desse pH podera comprometer a efici- éncia do tratamento,resultando um consumo maior de coagulantes, deficiéncia de remog&o de cér e turbidez, deficiéncia de decantacdo, com consequente aumento de trabalho para os filtros, aumento de alumina residual na agua tratada. Afastamentos grandes do pH em re- lagdo ao ponto étimo, determinam mesmo a dissolucéo completa dos flocos. . Para a eficiéncia técnica e econémica é preciso que as dosagens de coagulante sejam aplicadas perfeitamente de acérdo com a quali- dade da agua a ser tratada. A néo ser assim, poderia ser aplicada uma quantidade de coagulante acima do necessdrio, com disperdicio de material e consequénte aumento do custo da agua tratada. Por outro Jado a aplicacéo do coagulante em quantidades inferiores as necessd- vias, produzira um efluente de m4 qualidade. Para que o tratamento das Aguas esteja a salvo dos prejuizos men- tionados, é indispensavel que as estagdes de tratamento possuam apa- yelhamento para os ensaios que orientam a aplicagéo das dosagens e que ésses ensaios, bastante simples para o operador treinado, sejam executados com a frequéncia necessdria ditada pelas variagdes da qua- lidade das Aguas. uu? Boxetm™ Da Reparticdo ne Acuas © Escétos Acido Suifirico — Este produto, si bem que nao seja considerado um coagulante, presta um grande auxilio ao sulfate de aluminio, na coagulacéio de aguas que requerem pequenas déses de sulfate de alu- minio para a remogao de suas impurezas, porém, cuja alcalinidade natural, sendo alta, exige, quantidades de sulfato de aluminio muito mais elevadas do que o necessaério para a clarificagao da agua, visto parte do sulfato de aluminio ser utilizado para fazer baixar o pH da agua até o ponto otimo de floculagio. Uma 4gua péde ter uma coloragao tal que seja facilmente re- movida com 10 p.p.m. de sulfato de aluminio; entretanto, a sua alca- linidade natural pode ser bastante alta para exigir 15 ou 20 p.p.m. afim de que o seu pH seja reduzido até o ponto dtimo de floculagio. Nessas condic¢des, o que excede da dosagem de 10 p.p.m. de sulfato de aluminio, esta constituindo um disperdicio desse produto e péde ser substituido por Acido sulftirico, cujo prego é muito mais baixo. Admi- tido que o excesso de sulfato de aluminio fosse de 10 p-p.m., esta quan- tidade poderia ser substituida por 4 p.p.m. de Acido sulfirico (H*SO*).. De modo mais geral, equivale a dizer que 1 p.p.m. de acido sulfurico corresponde a 2,5 p.p.m. de sulfato de aluminio. Considerando a tone- lada do sulfato de aluminio 4 Cr$ 900,00 e a do acido sulfirico a Cr$ 500,00, vé-se que a utilizacdo deste ultimo, quando possivel utiliza- lo para um abaixamento do pH, é 4,5 vezes mais barato que o pri- meiro. O Acido sulfurico péde ser aplicado concentrado, mas preferivel- mente deve-se aplicé-lo diluido. Os recipientes devem ser revestidos de chumbo, assim como registros, tubulagdes e dosadores, A diluigéo deve ser feita juntando-se Acido a 4gua e nunca 4gua ao acido, o que pro- vocaria projegées perigosas para o operador. Como demonstram os esclarecimentos anteriores, a determinagdo do pH étimo de floculag&io e da dosagem de coagulantes, sao operacdes indispensaveis numa estagao de tratamento, para que se obtenham bons resultados técnicos e economicos. Damos a seguir a descrigfo do apa- relho para ésse fim ¢ o modo de se proceder aos ensaios. Aparelho para ensdios de coagulagdo — O aparelho para ensaio de coagulagdo, como mostra a figura 1, consta de uma plataforma de madeira ou metal com quatro colunas perpendiculares, duas em cada extremidade, que sustentam uma outra piataforma paralela & primei- ra. A plataforma superior possue 6 orfficios pelos quais passam eixos perpendiculares, cada um com coréa na parte superior, pela qual lhe € comunicado 0 movimento de rotago por um eixo horizontal axiona- do por um pequeno motor elétrico, de modo que os 6 eixos verticais se movem ao mesmo tempo e com a mesma velocidade. Esses eixos verticais devem guardar um do outro uma distan- cia suficiénte para permitir que cada um seja introduzido no centro de um vaso cilindrico de 12,5 centimetros de diametro e 20 centime- tros de altura. Esses eixos verticais, que devem ser de latao ou outro 18) Bouerm™ pa Repagtigho px Acuas © Escétos material resisténte 4 acdo da agua, devem ser constituidos de duas partes, uma parte inferior éca, de modo que a parte superior que é mais fina e lhe é ligada pela parte interna, por um parafuso de fixa- gAo, possa ser levantada, afroxando-se o parafuso, de modo a poder- se colocar ou retirar os vasos que contém as amostras d’agua para ensaio. Figura 1 Na extremidade de cada eixo vertical é fixada uma lamina ou pa de latao ou ebonite, de mais ou menos 10 centimetros de comprimento e 3 a 5 centimetros de largura, formando assim o dispositivo para a agitacdo da Agua contida no interior dos vasos. O conjunto devera ser dotado de redutores de velocidade, de modo que as pas girem com 60 a 100 rotagées por minuto. Os vasos de vidro para ensaio deverao ter capacidade para re- ceber 2 litros d’dgua sem perigo de transbordamento durante a agi- tacao. Ensaio — Para se proceder acs ensaios, deve-se ter sempre nos laboratérios das estagdes de tratamento, estoque de solugGes de coa- gulantes e outros reagentes, de concentragdes conhecidas, de modo a se poder adicionar com facilidade, 4s amostras a ensaiar, quanti- dades varidveis e de facil converséo a partes por milhdo, isto é, as condigées praticas do tratamento na estagéo. O efeito das diferentes doses do coagulante podera ser observado Nos diversos vasos. Evidentemente a dosagem 6tima ser4 aquéla que produzir o melhor floco no menor tempo. O melhor floco sera aquele que for firme e compacto e cujo tamanho seja aproximadamente o da cabeca de um alfinete. Flocos maiores sao frageis e vagarosos na sedimentacdo. Flocps bem formados sao carecterizados pela claridade da agua no espago entre éles, em vez de uma leve turbidez ou ne- bulosidade, o que é caracteristico de uma coagulag&o pébre. U9 Bo.erms pa Rerartigio pz Aguas © EscétTos As solugdes para o ensaio deverfio ser preparadas com o proprio material utilizado na pratica, néo sendo preciso conhecer a sua pureza, de modo a permitir um controle exato das déses experimen- tais usadas nos vasos em ensaio. 10 grs. de qualquer das substaéncias usadas no tratamento, dis- solvidas num litro de agua (solugéo a 1%), dard uma solugéo da qual 1 cc. adicionado a 1 litro de 4gua a ensaiar equivale 4 dése de 10 partes por milhao ou 10 grs. por metro cubico, expressio esta muito usada em grande parte das nossas estacdes de tratamento. Solugéo de sulfato de aluminio ou qualquer outra solugdo coa- gulante, assim como carbonato de sédio, sio preparados dissolven- do-se 10 grs. da substancia em 1 litro de agua destilada. Como a cal nao é soluvel a nao ser em baixa concentragdo, a preparacdo de solugéo nas mesmas condi¢ées nao é possivel. Em tal concentracao obter-se-ia uma suspenséo de cal que precisaria ser agi- tada cada vez de usar e, mesmo agitada, nao haveria seguranca de se retirar porgGes sempre com a mesma concentragdo, 4 vista da ra- pidez com que as particulas de cal tendem a decantar. A vista disso, aconselhamos o emprego de agua de cal saturada, euja concentragéo, nas condigées normais, é de 1,2 gramas de oxido de calcio por Sitro, aproximadamente. Nessas condig6es, 1 cc. de agua de cal saturada adicionado em 1 litro da 4gua submetida a ensaio, correspofide a 1,2 p.p.m. de oxido de calcio ou a 1,5 p.p.m. de cal a 80% de oxido de calcio, ou a 1,76 p.p.m. de cal hidratada a 90% de hidréxido de calcio (90% de Ca(OH)’). A sotug&o de dcido sulfirico convém mais ser preparada por vo- jume em vez de ser por peso. O Acido comercial a 66.° Bé. tem o peso especifico 1,84 (Acido a 96% de H’SO‘). 1 ec. désse Acido pésa 1,84 gramas. Para termos 10 gramas désse dcido, que é a quantidade que devemos dissolver em litro d’4gua, basta dividir 10 por 1,84 e o re- sultado é 5,43 cc. Cada centimetro cubico dessa solugao adicionado em um litro da Agua em ensaio equivale a 10 partes por milhao. © numero de centimetros cubicos de Acido de qualquer densi- dade, que se deve tomar para se ter as 10 grs. a serem dissolvidas n’um litro d’4gua, para o preparo da solug&o é facilmente encontra- do, dividindo-se 10 pelo peso especifico do acido. Assim, no caso acima tem-se : 10 Ta = 5,48 ce. Si em vez de acido a 66.9 Bé. fosse Acido a 50.° Bé. (Acido a 63% de H*SO*), cujo peso especifico é 1,53, teriamos: 10 1,53 = 6,53 ce. . 120 Bowetm™ pa Rerartigio vz Acuas & EscdTos Para se executar o ensaio, 6 de toda vantagem que o operador tenha uma idéia aproximada da dosagem requerida pela agua, para evitar que as déses experimentais fiquem entre limites que nfo abranjam as exi- géncias da 4gua, o que levaria a repetir o ensaio com doses diferentes. O operador bem pratico ou habituado com as exigéncias de uma agua estaria afastado de dificuldades nesse sentido. Damos aqui uma tabela que néo obstante estar longe de uma significagao rigida, ofereceraé uma diretriz a ser seguida inicialmente. TABELA 1 Quantidades médias de sulfato de aluminio requeridas para coagu- lar dguas de alcalinidade moderada, de varias intensidades de cér. Sulfato de Aluminio Sulfato de Aluminio P. p. m. p. p.m. 29 32 7 By 48 53 38 TABELA 2 Quantidades médias de sulfato de aluminio requeridas para coa- gular dguas de vdrias intensidades de turbidez. ‘Turbidez Sulfato de aluminio Turbidez Sulfato de aluminio Pp. pm. requerido -p. p.m. ppm requerido - p. p. m. 10 10 250 33 15 uw 300 36 20 7 400 39 40 9 300 2 60 2 600 47 80 2 700 x0 100 4 | 800 38 120 % 900 38 150 a 1000 5 200 30 _ _ Nota: Como foi dito, numeros maiores ou menores do que os in- dicados nas tabélas 1 e 2 poder4o ser os exigidos. Para a verificacao da dosagem requerida por uma dgua, deve-se conhecer préviamente 0 pH dtimo de floculacéo. Consideremos uma mw Borerm Da Rrparticio ve Acuas & EscéTos agua colorida de fraca alcalinidade. Para isso tomam-se seis amostras de 2 litros (ou 1 litro se for desejado), nos vasos destinados ao ensaio de coagulag&o, adiciona-se a cada uma das seis amostras a mesma quantidade de solugdo de coagulante, agita-se ligeiramente e em se- guida adicionam-se quantidades crescentes de 4gua de cal saturada ou solugio de carbonato de sédio. Submete-se a agitacio durante 15 mi- nutos, no aparelho indicado na figura 1, com velocidade nao superior a 100 rotacgdes por minuto. A seguir observa-se 0 resultado da floculacdo nos diversos vasos. A tabéla 3 da os caracteristicos dos {locos n’um exemplo de ensaio. TABELA 3 Determinagéo do pH Stimo de floeulagdo Cal pH es de apse apés a RESULTADOS » B. ™.| comulagie 40 24 3,3 Floeco fraco 5,0 3,0 3,5 Floco bom 5,5 38 5,7 Floco bom Bo 36 39 Floco fraco 7,0 42 63 Floco _fraco 80 48 6,7 Sem floco 20 20 20 20 20 20 A melhor floculagao foi obtida com pH 5,7. A dosagem de coagulante usada no ensaio acima (20 p.p.m.) foi tomada um tanto arbitrariamente e pode estar bem longe daquéla real- mente exigida para a remocdo da cor da agua. Conhecido como esté o pH timo de floculagdo, procede-se entdo & determinag&o da dosagem étima de coagulante, isto é, 4 da menor dosagem capaz de produzir uma agua com os requisitos desejados. Para isso tomam-se 6 amostras da agua e adicionam-se quantida- des crescentes de sulfato de aluminio, como se vé no exemplo da ta- bela 4, O pH deve ser o mesmo em todas elas, isto é, em todas deve ser mantido o pH étimo de floculagio encontrado, que é 5,7. A ajustagem désse pH em cada uma das amostras é obtida com adig&o de 4gua de cal. Em seguida as amostras séo agitadas no aparelho, durante 15 minutos. As amostras assim floculadas sao filtradas em papel de filtro, verificando-se qual a menor dosagem que produziu uma agua com os requisitos desejados. Be Boverm pa Reparticho pe Acuas & Escétos TABELA 4 Determinagéo da menor dose de coagulantes Nimero do vaso Cor da égua filtrada Release ee No ensaio indicado na tabgla, a menor dosagem que proporcionou os resultados desejados foi a de 14 p.p.m. No caso de uma agua de coloragdo baixa e alcalinidade relativa- mente alta, exigindo, portanto, uma elevada dése de sulfato de aluminio para baixar o seu pH ao ponto étimo de floculacgiio, pode-se proceder ao ensaio, utilizando-se Acido sulftrico juntamente com o sulfato de aluminio. Em tal caso uma dgua poderia ter sua cér removida com apenas 15 p.p.m. de sulfato, ao passo que para baixar o pH até o ponto 6timo seriam necessérios 25 p.p.m. Um exemplo de determinacdo do PH dtimo de floculag&o, com auxilio de Acido sulfurico, é dado na tabéla 5. TABELA 5 Determinagdo do pH 6timo de floculagio com auxilio do deido sulférico Namero |_tltte de aha | Keido suttiirico ° oy pH RESULTADOS 1 5 25 0 ° 64 Sem floeo 2 3 2% 08 4 60 Fieco pobre 3 5 25 18 8 56 Floco brando 4 3 5 at | 12 34 Floco bom 3B 3 Ps 32 16 Be Fioco bom 6 5 25 40 | 20 Floco brando Para determinacao da dosagem minima com auxilio do dcido sul- furico, em aguas mais alcalinas, como acima referido, juntam-se as amostras quantidades decrescentes de sulfato de aluminio e levam-se todas as amostras ao mesmo pH étimo, préviamente determinado, adi- cionando-se as quantidades necessdrias de Acido sulfurico. Claro esta que as quantidades de sulfato e de Acido suiftirico indicadas no ensaio, como satisfatérias, seraéo levadas 4 pratica na estacéo de tratamento. 3 Boeri pA RePaRTI¢Ao ve Acuas £ EscéTos Nos ensaios de aguas turvas e alcalinas sao aplicadas dosagens crescentes de sulfato de aluminio, observando-se a menor dosagem que produziu béa formaciio de floco, e o pH correspondente a essa dosagem. A observacao podera ser confirmada, filtrando-se a 4gua assim trata- da através de papel de filtro e determinando-se a turbidez e alumina residual do liquido filtrado. As demais operacdes se processam de ma- neira idéntica 4s ja mencionadas. Cumpre notar que as dosagens indicadas por ésses ensdios de La- boratorio poderao sofrer ligeiras alteragGes quando aplicadas na prati- ca, Em geral na pratica as dosagens sao ligeiramente mais baixas, tudo dependendo das condigées da estagao de tratamento, especialmente das camaras de mistura, onde se processa o condicionamento dos flocos, das velocidades em canaes e condutos, agitacgdes violentas, etc. Cabe aos operadores tirarem o maior partido possivel das dosagens aplicadas, fazendo as devidas ajustagens para obter resultados os mais eficientes. Tratamento corretivo da agua filtrada. Como é sabido, a floculacéo com sulfato de aluminio se realiza em pH baixo. S6 excepcionalmente a floculagio se dé em pH pouco acima de 7. Em geral o pH esta abaixo de 7, podendo cair a 5 e mesmo menos, Nas reagdes que cercam a coagulagéo ha producdo de gaz car- pénico resultante da ag&o do sulfato de aluminio, seja sobre a alcalini- dade natural da dgua, seja sobre o reagente alcalino utilizado para au- xiliar a reag&o, quando este 6 um carbonato. A agua coagulada é pois uma agua que contém acidez e com alca- linidade reduzida. Nessas condigGes ela passa pelas camaras de mistura, pelas bacias de decantagio e pelos filtros e com essas caracteristicas apresenta-se a 4gua filtrada. As aguas contendo oxigénio dissolvido e pequena quantidade de bioxido de carbono livre corroem excessivamente o ferro e o aco. O problema da corrosdéo pode, porém, ser resolvido com relativa. facilidade. O essencial para isso é a produgéo de uma Agua livre de bioxido de carbono “agressivo” e no ponto de saturacao do carbonato de calcio. No ultimo caso, quando o tratamento corretivo é feito até atingir o ponto de saturagiio referido, o carbonato de calcio é precipitado sébre as paredes internas da canalizacéo, formando uma pelicula que isola o metal do contato com a Agua. Mas nésse tratamento é preciso um contréje seguro e ininterrupto da alcalinidade, para que ndo haja alca- linidade caustica ou redissolugéo da pelicula formada, e por isso mes- mo o tratamento corretivo até ésse ponto nao pode ser executado a nao ser onde todas as condicdes sejam favordveis a esse contréle. Por essa razio é que aqui nos limitamos a indicar o tratamento destinado a eliminar o gaz carbénico agressivo, 0 que pode ser condu- zido a todo tempo, com bastante facilidade. Ser Botermm pa Rerantigfo pe Acuas = Escdros A eliminagéo do gaz carbénico agressivo restringe os efeitos da corrosio e impede o aparecimento de aguas ferruginosas e manchas de terrugem tao comuns nos aparelhos sanitdrios. Uma dgua agressiva, nas condigées acima, tem a propriedade de dissolver o carbonato de calcio, quando em contato com essa substan- cia, havendo consequentemente um aumento de pH. O processo mais simples para revelar a corrosividade da 4gua em consequéncia do gaz carbénico agressivo e o meio de corre¢io pela ele- vagdo do pH, é o seguinte: Toma-se uma amostra da 4gua, cuja corregdo deseja-se fazer; a Agua vertida dos filtros com pH baixo, que € o caso comum. Divide-se a mostra em duas partes. Determina-se em uma das partes a alcalini- dade, usando-se metilorange como indicador e também o pH, anotan- do-se 0 resultado obtido. A outra amostra coloca-se num frasco neutro, esmerilhado, com um excesso de carbonato de calcio em pé, tendo-se o cuidado de, ao fechar o frasco, nado deixar dentro déle qualquer quan- tidade de ar. Agita-se o frasco por alguns minutos, deixa-se permane- cer durante 12 horas no minimo, depois filtra-se e sébre o filtrado determina-se 0 pH e a alcalinidade. Sia alcalinidade e o pH encontrados forem mais altos do que na primeira amostra, a agua é corrosiva e dis- solve o carbonato de calcio. O tratamento corretivo consiste em juntar 4 4gua verificada agres- siva, suficiente quantidade de cal para elevar o pH até o ponto indicado na determinacao procedida na agua filtrada depois de estar em con- tato com 0 carbonato de calcio. Essa prova deve ser feita com a frequéncia necessdéria para que se possa conduzir o tratamento de modo a ser distribuida sempre uma Agua isenta de gaz carbénico agressivo. 125,

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