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  • Artigo Scientific American Brasil - O Que Os Bebês Sabem e Os Adultos Desconhecem

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    e os adultos “% desconhecem Criancas desvendam o mundo da mesma forma que cientistas. Fazem experimentos, analisam estatisticas e estabelecem teorias O Universo “perde” energia E parece desafiar a fisica fundamental Como os Bebés Pensam Criangas muito pequenas sabem, vivenciam e aprendem muito mais que cientistas acreditavam POR ALISON GOPNIK Fotos de Timothy Archibald CONCEITOS-CHAVE As aptidies cogitvas de bobs © iangas peguenassuplantam cde longe as atrbuidas por psico- Jogos durante muito tempo. Eles ‘80 capazes, por exerplo, de Jmaginar a expertncia de outa pessoa ecompreender a nogio de causa ecteito, 1 Griangas aprendem a desvendar ‘omundo de modo muito seme- Thane ao de centistas— de ato, las condurem experimentos, analisam estatistcaseformam teorias para explicr suas obsenvacies, |W O protongado desamparo ea lmpoténca de bebés podem ser tum prego evolucanério, uma consequéncia necessria de tor um cérero equipado pare face nas prdigiosas de aprentiza- gem e ciatvidade. = Os editores Jf 430 Nos, a maiora dos psicdlogos, filésofosepsiquiatasjulgava que be- bis ecriangas pequenas eram iracio- ais, egocéntricose amorais. Acre tavam que ees se limitavam a0 con eto, aoaguie agora ~incapazes de compreender ausase efeitos, imaginar as experincias de ortss pessoas, ou apreciar a diferenca entre realdade © fantasia. Frequentemente,crianga ainda so vistss como adultos impertios. Nas iltimas és décadas,porém, ciemistasdes- cobriram que até os rebentos mais jovens saber hem mais que poderfamos imaginar. Além disso, estuds sugerem que a criancada desvenda 0 mun: do deum modo muito semelhante ao utlizado por Genistas ~ por meio de experimentos, de anlises estaisica ede formayio de teria intuitvas no Ambito dos mundos fisico,biol6geoe picolgico. Deseo ano 2000, mais ou menos, pesquisadores comegaram a compreender os mecansinos compu: racionais,evolutvos e neurolégicos subjacentes ue escoram notéveis apides precoces. Bssas des cobertasrevolucionsvias nio apenas madam nos ss concetos sobre bebés; elas apresentam uma nova perspectiva sobre natura humana emi FISICA PARA BEBES POR QUE NOS ENGANAMOS tanto, ¢ durante tanto tempo, sobre 0s bebés? De fato, se observarmos cra ‘gasde-4anos oumenos a faixaeitiaabordada neste 62 sciewtiric amenican seas artigo), podemos conduic que no hi grande atv deimelecual. Afra, bbs no sabem fala E atéas criangasemidadepr-esclar no ém muita deszeza para rlataro que pensam.Faga ams penguins waga atuma ering de 3 anos e provavelmenterecehers coms respstaum indo, masincompeeesive mond logo deflaxo de conscinca. Precursores no campo das pesquisa comoo pscélog sug pion Jean Page, conliram qu prprio pensmento infan- tern itracional lic, eocénticae “précatsal” ~sem nogio decausa eee. A nova cinca iniada no final da déada de 70, depence de tcnicas que focalizam o que bebés e eriancas pequenasfazem, eno o que falar. Bebés olham mais demoradament para suacBes novase inesperadas que para a previsives os pesquisado- res podem utlzar ese comportamento para tntar descobrir 0 que eles esperam acontecee Enretanto, ‘osresutadosmaiscoorundentes vim de estudos que carb observam ages: ue objets os bes en- tamagarrarou alcangarengainhando? Como ees asctiangas pequenasimitam a abs das pessons? Enigoa as muito jovenstenham grande cifclda- dle para nox dizer o que pensam, poderos tliat a lnguagem com maissutleza para induz-asarevear ‘.quesabems Por exeenpo, Heney Wellman, da Uni- ‘versity of Michigan em Ana Arhos, analison geava- ies deconversasinfatsespontincaspara ober is tassobre como os pequeninos psa, Pademos hes fazer uma pergunea mato cet, como pedi qie Agosto 2010 Os pequenos olham mais demoradamente para situagées novas e inesperadas que para as mais previsiveis. Pesquisadores utilizam esse comportamento para descobrir qual sua expectativa TA AauTORAT ‘Alison Gopikersirapclogae flosfa na Uivesy of Colfer Berkley, la eazou pesquisa inva hres sore como cians cesera ver "una tora damente”, a cap ade de entender que autas pessoas smmeee e podem acta euque rer cies dfrertes dels luda formulae aera da tera a ecu as cians ape como eeitasiestigags sre 3 manta inant poeta juarasa sober rounds questes fess, como 0 Iti concer, argumenta la colham entre apenas daa altemativas em ver de ou trams vaga eaberta Em meados dos anos 80 e até a década soguints, ‘os centsts que aplicaram essa técnica descobrira «que os bobs sabem muita eos a respeito do mun do que os cerca. Esse conhecimento vai muito alm. do conereto, das sensagdesde aque agora, Pesquisa ores como Rene Ballangeon, da University of Ii no's ¢ Bizabeth S. Spelke, da Harvard University, ‘omsataram que bebisentendem relages fisicasele- rmentases,como trajetriasde movimento, gravidade « contengio. Olham mais pausadamente para un ‘arrnbo que parce atravessar uma parede lida que para stuagSes que se encaixam em peneipios funda- mentais da isiea cordiana ‘Aoatingiem 3 on4 anos, as criangas tém ideias basicas sobre biologia e uma compreensio inicial de crescimento, heranga e doenga. Isso revela que clas vao além das aparéncias perceptivas superi- ciais quando pensam sobre objetos. Susan A. Gel ‘man, igualmente de Michigan, descobriu que elas acreditam que animais plantas tém uma “ ~ algo invsivel que peemaneceimutivel, mes- ‘mo quando os aspects externos mudam. Pa be bse criangas pequenas, o conbecimento mais im- portant detodos €ode outras pessoas. Andrew N. Melezoff, da University of Washington, demons- trou que recém-nascdos jf entendem que pessoas ho especias eimitarSo suas expresses faias Fm 1996, Bery Repachol ea constatamos que bebésde ano e meio etendem que cu posso querer ‘uma ens, enquanto vost quer outa. Uma pes dora mostroua criangasde 1 anoe 2mesese t anoe meio uma tigela cam brécolis e outa com bscotos em forma de peisinhos deposexpeeimentou umn ppowoo dos dois, zero uma expresso de desagra- do on apreciagio. Em sega, ela extendeu.a moe perguntou: “Voeés podem me dar um pouco?”. As

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