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Sociedade de Ensino Superior

Piauiense - FAP
Coordenação de Administração
Curso Administração

TÓPICOS VI _ CUSTOS II
PROF. HENRIQUE CÉSAR MELO

APOSTILA

ALUNO: _______________________________________________
TURMA:_______________ BLOCO: ______________

PARNAÍBA / PI

FAP – Tópicos VI _ Custos II 1


1. CUSTEIO POR ABSORÇÃO

Custeio por Absorção é o método de apropriação de custos derivado da aplicação dos


Princípios da Contabilidade geralmente aceitos, em que consiste na alocação de todos os
custos de produção aos bens produzidos pela empresa, ou seja, todos dos gastos fabris de
produção são distribuídos para todos os produtos fabricados pela empresa. Assim todo o
esforço de fabricação medido em termos de custos é absorvido pela produção. As despesas
relativas aos gastos da administração, comercialização e financeiros são descarregados para
o resultado do exercício (DRE). Outros critérios têm surgido através do tempo, mas o
custeio por absorção é o único adotado pela contabilidade financeira, portanto válido tanto
para fins de elaboração do Balanço Patrimonial como Demonstração de Resultado.

Apesar de sofrer criticas e conter certas falhas como instrumento gerencial é o único
permitido para fins de avaliação de estoque, além de ser admitido pela legislação do
imposto de renda. Os conceitos de investimento, custo direto, custo indireto e despesas
administravas, comerciais e financeiras é de suma importância para aplicação ou
distribuição dos custos de produção aos produtos fabricados pela empresa. O método de
custeio consiste em considerar custos de produção a todos os gastos com a matéria-prima
direta e indireta consumidas, a mão-de-obra direta e indireta aplicadas e os demais custos
indiretos incorridos no processo de produção de bens destinados à venda. Nesse sentido os
custos decorrentes da obtenção ou transportes para colocar a matéria-prima em condições
de produção serão custos. As despesas com a administração da empresa, comercialização
dos produtos e os gastos financeiros decorrentes de empréstimos e, ainda, os gastos fabril
cuja produção não se destina à venda, não são tratados como custos, indo diretamente para
o resultado do período (considerados despesas do período).

Para Crepaldi (2004), o Custeio por Absorção ou Custeio Pleno consiste na apropriação de
todos os custos (sejam eles fixos ou variáveis) à produção do período. Os gastos não fabris
(despesas) são excluídos. È o método derivado da aplicação dos princípios fundamentais
de Contabilidade e é, no Brasil, adotado pela legislação comercial e pela legislação fiscal.
Não é um principio contábil em si, mas uma metodologia decorrente da aplicação desses
princípios. Dessa forma, o método é válido para a apresentação de demonstrações
financeiras e para o pagamento do Imposto de Renda.

Segundo Padoveze (2004), é o método de custeamento , onde, para se obter o custo dos
produtos, consideram-se todos os gastos industriais, diretos ou indiretos, fixos ou variáveis.
Os gastos industriais indiretos ou comuns são atribuídos aos produtos por critérios de
distribuição.

Custeio por Absorção é o método derivado da aplicação dos princípios da contabilidade


geralmente aceitos, nascido da situação histórica mencionada. Consiste na apropriação de
todos os custos de produção aos bens elaborados, e só os de produção; todos os gastos
relativos ao esforço de produção são distribuídos para todos os produtos ou serviços feitos
(Martins, 2006).

FAP – Tópicos VI _ Custos II 2


Sua principal finalidade e utilidade é a avaliação de estoque, podendo ser utilizado como
parâmetro para a formação de preços.

Quatro aspectos devem ser considerados na adoção desse custeio, para avaliar o custo de
um produto:

 Relacionamento a determinado volume de produção;


 Métodos de rateio dos custos indiretos e fixos que podem gerar distorções nos
custos unitários;
 Capacidade utilizada da fabrica;
 Níveis de eficiência e produtividade.

Gráfico do Sistema de Custeio por Absorção

Custeio por Absorção


Empresa Industrial
Custos fixos e
Despesas Custos indiretos (rateio);
Custos variáveis e
diretos.
Estoque de
produtos

Demonstração de Resultados

Receita Líquida
Venda CPV
Lucro Bruto
Despesas Operacionais
Lucro Líquido

Fonte: Martins (2003) modificada pelo Autor

Segundo Crepaldi (2004), o custeio por absorção segue os seguintes passos:

a) separação dos gastos do período em custos e despesas;


b) classificação dos custos em diretos e indiretos;
c) apropriação dos custos diretos aos produtos;
d) apropriação, por rateio, dos custos indiretos de fabricação.

Exercício Resolvido:

Exemplo:

FAP – Tópicos VI _ Custos II 3


Gastos $ mil
Salários da fábrica (MOD + MID) 100
Matéria-prima 120
Comissões sobre vendas 10
Depreciação de maquinas e equipamentos 5
Energia elétrica da fabrica 8
Manutenção de maquinas e equipamentos 3
Seguros da fábrica 7
Salários da administração 10
Material de expediente 5
268

Custos $ mil
Salários da fábrica (MOD + MID) 100
Matéria-prima 120
Depreciação de maquinas e equipamentos 5
Energia elétrica da fabrica 8
Manutenção de maquinas e equipamentos 3
Seguros da fábrica 7
243

Total dos Custos do Período é de: $ 343.000,00

Gastos $ mil
Comissões sobre vendas 10
Salários da administração 10
Material de expediente 5
25

Total das Despesas do Período é de: $ 25.000,00

Os gastos, no valor de $ 368.000,00, ficaram assim distribuídos:

Gastos $ mil
Custo de produção 243
Despesas do período 25
268

Como já sabemos, as despesas não compõem o custo dos produtos e, como conseqüência,
serão lançados diretamente no resultado do exercício.

Assim sendo, suponhamos que a empresa trabalhe na produção de dois produtos: A e B,


devemos, então, fazer a apropriação dos custos diretos.

FAP – Tópicos VI _ Custos II 4


Verificamos que para o consumo da matéria-prima, a empresa possui um sistema de
controle dos materiais, que lhes proporciona a condição de identificar quanto matéria-
prima, cada produto consumiu. Assim sendo, temos:

Custo Direto $ mil


Produto A 80
Produto B 40
120

Com relação aos salários da fábrica, existe a necessidade de se separar a mão-de-obra direta
e a indireta.

Com isso a empresa mantém cálculos que permitem a apuração das horas gastas em cada
produto e as horas de mão-de-obra indireta.

Custo Direto $ mil


Mão-de-obra: Produto A 50
Mão-de-obra: Produto B 30
Total da MOD 80
Mão-de-obra indireta (MOI) 20
100

Dessa forma, os $ 80.000 são apropriados diretamente aos produtos A e B, enquanto $


20.000, serão incorporados aos gastos gerais de fabricação para posterior distribuição:

Diretos

Custos A B Indiretos Total

MOD 50.000 30.000 80.000

Matéria-prima 80.000 40.000 120.000

Depreciação 5.000 5.000

Energia 8.000 8.000

Manutenção 3.000 3.000

Seguros da fábrica 7.000 7.000

MOI 20.000 20.000

Total 130.000 70.000 43.000 243.000


Como podemos constatar, do total de custos, $ 200.000 já estão apropriados aos produtos
A e B, e os gastos gerais de fabricação, ou custos indiretos de fabricação, no montante de $
43.000, precisam, por algum critério, ser rateados aos produtos A e B.

A seguir, mostraremos algumas formas de alocação desses custos indiretos aos dois
produtos.

FAP – Tópicos VI _ Custos II 5


Produtos Diretos proporção Indiretos Total

A 130.000 65% 27.950 157.950

B 70.000 35% 15.050 85.050

Total 200.000 100% 43.000 243.000

A ultima coluna indica-nos o custo total de cada produto e a penúltima o montante de


custos indiretos de fabricação distribuídos segundo os custos diretos de cada produto.

Outras alternativas de rateio,


Produtos Matéria-prima proporção Indiretos sub-total MOD Total

A 80.000 67% 28.667 108.667 50.000 158.667

B 40.000 33% 14.333 54.333 30.000 84.333

Total 120.000 100% 43.000 163.000 80.000 243.000

Produtos MOD proporção Indiretos sub-total Matéria-prima Total

A 50.000 63% 26.875 76.875 80.000 156.875

B 30.000 38% 16.125 46.125 40.000 86.125

Total 80.000 100% 43.000 123.000 120.000 243.000

Para Crepaldi (2004), existem vários critérios de rateio, alguns descendo a detalhes como
distribuição do aluguel (ou depreciação do prédio, se for próprio), por metros quadrados,
materiais auxiliares de acordo com o consumo de matéria-prima, depreciação de maquinas
de acordo com horas trabalhadas etc. O nível de detalhamento a ser usado depende de
relevância dos valores envolvidos e do bom-senso de cada um, visando eliminar as
arbitrariedades. É impossível determinar uma regra de rateio.

EXERCICIOS

Exercício 1

A empresa Fabricante S.A produz os itens Alfa, Beta e Delta. O custo a ratear entre os três
produtos totaliza $ 36.000,00. O rateio é baseado nas horas/máquina (h/m) trabalhadas para
cada um deles.

Com o consumo de 120, 240 e 360 h/m para cada tipo de produto, respectivamente, foi
concluída a produção de 300 unidades, em quantidades rigorosamente iguais de Alfa, Beta
e Delta.

FAP – Tópicos VI _ Custos II 6


O custo direto unitários também foi o mesmo para cada tipo de produto, ou seja, $ 250,00.
Com base nessas informações, pode-se afirmar que:

a) ( ) O custo unitário de Alfa foi de $ 250,00;


b) ( ) O custo unitário de Delta foi de $ 310,00;
c) ( ) O custo unitário de cada um dos três produtos foi de $ 370,00;
d) ( ) O custo unitário de Beta foi de $ 430,00;
e) ( ) O custo total do período foi de $ 36.000,00.

Exercício 2

De acordo com os dados abaixo, calcule o que pede:

Gastos $ mil
Salários da fábrica (MOD + MID) 200
Matéria-prima 150
Comissões sobre vendas 30
Depreciação de maquinas e equipamentos 10
Energia elétrica da fabrica 15
Manutenção de maquinas e equipamentos 5
Seguros da fábrica 8
Salários da administração 12
Material de expediente 10
440

a) Separe os gastos do período em custos e despesas;


b) classifique os custos em diretos e indiretos;
c) aproprie os custos diretos aos produtos;
d) aproprie, por meio de rateio, os custos indiretos de fabricação.

Exercício 3

A Canecão S.A fabrica canecas decoradas com personagens famosos de desenhos


animados. No ultimo ano 200.000 canecas foram fabricadas e 207.000 foram vendidas a $
5,00 cada uma. O custo unitário real para uma caneca é o seguinte:

Materiais diretos $ 0,50


MOD $ 1,20
CIF variáveis $ 0,75
CIF fixos $ 1,60
Total do custo unitário $ 4,05

As despesas de vendas consistiam de uma comissão de $ 0,25 por unidade vendida e os


pagamentos de propaganda totalizando $ 25.000. As despesas administrativas, todas fixas,
totalizaram $ 50.000. Não havia estoques iniciais ou finais de produtos em processo. O
estoque inicial de produtos acabados era de $ 40,500 por 10.000 canecas.
FAP – Tópicos VI _ Custos II 7
Pede-se:

a) Calcule o número de canecas e o valor do estoque final de produtos acabados;


b) Prepare uma demonstração do custo de produtos vendidos;
c) Prepare uma demonstração de resultado de custeio por absorção.

Exercício 4

ESTUDO DE CASO 1: Hospital Público Bom Samaritano

Inaugurado no inicio de janeiro de 1999, o Hospital Público Bom Samaritano tornou-se um


marco na realização de cirurgias toráxicas. Estima-se que, após construído, o hospital
permanecerá em operação por 20 anos. Os móveis, equipamentos e utensílios adquiridos
têm uma vida útil média estimada em 10 anos.

No primeiro ano, 120 cirurgias foram realizadas, com elevado percentual de sucesso. Esse
sucesso, aliado à boa qualidade do atendimento e ao alto nível de satisfação de pacientes e
familiares, motivou a Secretaria de Saúde a estudar os dados financeiros da instituição.

Os gastos incorridos no ano de 1999 estão apresentados na tabela seguinte:

Item Valor
Salários e encargos de médicos $ 80.000,00
Gastos com a construção do hospital $ 800.000,00
Salários e encargos de enfermeiros $ 40.000,00
Aquisição de materiais cirúrgicos (apenas 40% foram consumidos) $ 120.000,00
Compra de equipamentos hospitalares $ 300.000,00
Salários e encargos do pessoal administrativo $ 20.000,00
Gastos com a aquisição de imóveis e computadores para o Setor $ 10.000,00
Administrativo

Pergunta-se:

a) Qual o custo contábil médio por cirurgia realizada?


b) Qual o custo integral (gasto) por cirurgia realizada?
c) Outro hospital público estima que seu custo integral para realizar cirurgias similares
è igual a $ 2.300,00. O que pode ser dito em relação ao Bom Samaritano?
d) Uma empresa particular propôs realizar para o Estado as mesmas cirurgias,
cobrando a importância de $ 2.000,00 por cirurgia. Sob a óptica da gestão de custos
e considerando que, com a terceirização do serviço, o hospital poderia ser fechado,
não sendo empregado em outras atividades, quais deveriam ser os aspectos
analisados pelo Estado?

Exercício 5

ESTUDO DE CASO 2: A Oficina Mecânica dos Ônibus Seguros Ltda.

FAP – Tópicos VI _ Custos II 8


A empresa Transportadora Ônibus Seguros Ltda., consiste na principal operadora de
transporte urbano, intermunicipal e interestadual de uma grande cidade do Sudeste do país.
Sua frota consta, atualmente, de mais de 4.000 ônibus que, periodicamente, precisam ser
revisados e ajustados.

Com o objetivo de melhorar os serviços mecânicos da empresa, a direção optou por abrir
uma nova filial, destinada exclusivamente às atividades de revisão. No inicio do ano de
2001, a empresa Oficina Mecânica dos Ônibus Seguros Ltda., foi aberta.

Os gastos incorridos durante todo o ano inicial estão apresentados na tabela seguinte:

Itens Valor
Compra de equipamentos mecânicos para as revisões 1.500.000,00
Gastos com a aquisição de móveis e computadores para a área 50.000,00
administrativa da nova empresa
Gastos com a construção do prédio da oficina mecânica 4.000.000,00
Salários e encargos do pessoal administrativo da nova empresa 100.000,00
Aquisição de suprimentos para as revisões (80% foram consumidos) 600.000,00
Salários e encargos de mecânicos 400.000,00
Outros custos fixos da oficina 200.000,00

Os equipamentos da oficina e da área administrativa deverão ser depreciados em dez anos.


O prédio é quase integralmente utilizado pela área de revisões da oficina e deve ser
depreciado segundo a sua vida útil, estimada em 20 anos.

No período analisado, foram feitas 5.000 revisões mecânicas, com características bastante
similares.

Pergunta-se:

a) Qual o custo contábil médio por revisão mecânica?


b) Qual o gasto incorrido por revisão mecânica?
c) Outra empresa de ramo de atividade similar estima que seus custos integrais para realizar
as revisões mecânicas são iguais a $ 320,00. O que pode ser dito em relação a empresa
Oficina Mecânica dos Ônibus Seguros Ltda?
d) Outra empresa mecânica, não pertencente ao grupo dos Ônibus Seguros, propôs
terceirizar os serviços dos ônibus, cobrando a importância de $ 280,00 por revisão
mecânica. Sob a óptica da gestão dos custos e considerando que, com a terceirização do
serviço, a oficina seria fechada, não sendo vendida nem empregada para outros fins – neste
caso, supõe-se que apenas os gastos com depreciações continuarão existindo, quais
deveriam ser os aspectos analisados pela empresa de Ônibus Seguros?

Exercício 6

ESTUDO DE CASO 3

FAP – Tópicos VI _ Custos II 9


A indústria e comércio Proteção S.A., no final do período de 01 a 30 do mês 04 do ano de
20x4, apresenta os seguintes saldos:

Item Conta Valor $


01 - Compras de matéria-prima Alfa 186.000,00
02 - Compras de matéria-prima Beta 204.800,00
03 - Compras de material secundário 38.600,00
04 - Compras de embalagens 12.720,00
05 - MOD do período 108.360,00
06 - Depreciação de máquinas e equipamentos ind. 20.800,00
07 - Depreciação veículos da administração 6.300,00
08 - Salários indiretos + encargos sociais 18.820,00
09 - Seguros da indústria 8.860,00
10 - Retirada de diretores (pró-labore) 10.000,00
11 - Outros custos indiretos 57.120,00
12 - Aluguel de marcas e patentes 8.660,00
13 - Outras despesas administrativas 12.840,00

A empresa trabalha com o produtos denominados de: bola, base e bula. Esses nomes são
nomes fantasia, ou seja, nome comercial.

Os outros custos indiretos são alocados aos departamentos da seguinte forma:

- Administração geral .................................................. $ 8.680,00;


- Almoxarifado ............................................................ $ 9.320,00;
- Expedição .................................................................. $ 1.120,00;
- Produção bola ...........................................................$ 18.720,00;
- Produção base ...........................................................$ 13.280,00;
- Produção bula ...........................................................$ 6.000,00.

A distribuição dos custos indiretos aos produtos, tem como base a produção de cada um,
sabendo que o produto bola representa 3/6 da produção; o produto base representa 2/6 da
produção, e o produto bula, 1/6.

A depreciação de máquinas e equipamentos é alocada aos departamentos de produção aos


produtos na proporção dos custos diretos.

A depreciação de veículos da administração é alocada diretamente para a administração


geral.

Dos salários indiretos, são alocados 3/5 para administração gera, 1/5 para o almoxarifado e
expedição em partes iguais, e 1/5 para a produção na proporção dos custos diretos.

O seguro da empresa é alocado ½ para a produção em partes iguais e o restante para os


demais departamentos igualmente.

FAP – Tópicos VI _ Custos II 10


A retirada de diretores (pró-labore) é alocada diretamente para a administração geral.

O aluguel da marca é alocada diretamente para a produção na proporção dos custos diretos.

Outras despesas administrativas: 80% para administração geral, 10% para o almoxarifado e
10% para a expedição.

A administração geral repassa de seus custos: 80% para a produção na proporção dos custos
diretos, 10% para almoxarifado e 10% para expedição.

O almoxarifado repassa de seus custo: 10% para a expedição, 50% para o produto bola,
18% para o produto base e 22% para bula.

A expedição repassa de seus custos 50% para bola, 25% para base e 25% para bula.

Saldos de Ajuste
Item Discriminação Valor $
01-04-x4 Estoque de matéria-prima alfa 28.760,00
01-04-x4 Estoque de matéria-prima beta 35.790,00
01-04-x4 Estoque de embalagens 2.930,00
01-04-x4 Estoque de material secundário 3.980,00
30-04-x4 Estoque de matéria-prima alfa 12.360,00
30-04-x4 Estoque de matéria-prima beta 8.960,00
30-04-x4 Estoque de embalagens 840,00
30-04-x4 Estoque de material secundário 3.200,00
30-04-x4 Estoque de produtos acabados alfa 28.960,00
30-04-x4 Estoque de produtos acabados beta 18.880,00

Pede-se:

a) Qual é o custo indireto do produto bula?


b) Qual é o custo indireto do produto bola?
c) Qual é o custo direto do produto bula?
d) Qual é o custo total do produto bula?
e) Qual é o custo da MOD do produto base?
f) Qual é o custo total do produto bola?
g) Qual é o custo indireto do departamento de administração geral antes da alocação
aos demais departamentos?
h) Qual é o custo do material secundário do produto base?
i) Qual é o custo com embalagens do produto base?

2. CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS

FAP – Tópicos VI _ Custos II 11


Trabalharemos agora com a contabilização de custos na produção, através de exemplos e
posteriormente com aplicações de exercícios referentes ao assunto. Tal contabilização será
constituída por quatro etapas:

Etapa 1, se constituirá pela separação dos gastos em custos e despesas;


Etapa 2, apropriaremos os custos diretos a cada produto;
Etapa 3, apropriação dos custos indiretos aos produtos; e
Etapa 4, contabilização dos custos.

Etapa 1 – separação dos gastos em custos e despesas.

Suponhamos que a Empresa Fármacos do Nordeste S.A em determinado período


incorporou os seguintes gastos:

Tabela 1: Gastos em determinado período

Salários da produção 100.000,00


Compra de matéria-prima 200.000,00
Despesas financeiras 50.000,00
Energia elétrica da produção 40.000,00
Honorários da diretoria 45.000,00
Fretes de venda 10.000,00
Material de consumo (administrativo) 6.000,00
Matéria-prima consumida 180.000,00
Seguros da Fábrica 20.000,00
Compra de Móveis e utensílios 15.000,00
Compra de Máquinas e equipamentos (produção) 80.000,00
Comissões sobre vendas 10.000,00
Depreciação de móveis e utensílios 1.500,00
Depreciação de máquinas e equipamentos 8.000,00

Será separado todos os custos que se vinculam com a produção.

Custo de Produção (esses serão incorporados aos produtos)

Salários da produção 100.000,00


Energia elétrica da produção 40.000,00
Matéria-prima consumida 180.000,00
Seguros da Fábrica 20.000,00
Depreciação de móveis e utensílios 1.500,00
Depreciação de máquinas e equipamentos 8.000,00

Total 349.500,00
Será separado todas as despesas administrativas, comerciais e financeiras.

FAP – Tópicos VI _ Custos II 12


Despesas financeiras 50.000,00
Honorários da diretoria 45.000,00
Fretes de venda 10.000,00
Comissões sobre vendas 10.000,00
Material de consumo (administrativo) 6.000,00

Total 121.000,00

As despesas (administrativas, comerciais e financeiras) que não fazem parte do custo de


produção, serão descarregadas diretamente no resultado do exercício, ou seja, não serão
incorporados aos produtos.

Etapa 2 – incorporação dos custos diretos aos produtos.

Suponhamos que a Empresa Fármacos do Nordeste S.A trabalha na produção de quatro


produtos, são eles: F-A, F-B, F-C e F-D. Sabe-se também que a empresa trabalha com três
custos diretos, matéria-prima, mão-de-obra direta e parte da energia elétrica.

Próximo passo é alocar os custos diretos aos produtos. Sabe-se que a empresa no que se
refere a alocação das matérias-primas, possui um sistema de requisições bem articulado,
que possibilita saber quanto de matéria-prima cada produto incorporou, assim sendo a
distribuição fica assim:

 Fármaco A - $ 70.000,00
 Fármaco B - $ 50.000,00
 Fármaco C - $ 60.000,00
Total - $ 180.000,00

No que se refere aos salários da produção, a situação fica um pouco mais complexa, pois,
temos que separar a MOD e a MOI. A empresa para conseguir separar tal custo direto,
trabalha diretamente com o recursos humanos, assim sendo, tem-se os dados conhecidos:

 Mão-de-obra:
o Indireta - $ 30.000,00
o Direta - $ 70.000,00
 Fármaco A - $ 25.000,00;
 Fármaco B - $ 20.000,00;
 Fármaco C - $ 25.000,00.
Total - $ 100.000,00

Com os dados acima, verificamos que os $ 70.000,00 foram incorporados diretamente aos
produtos, enquanto os $ 30.000,00 serão incorporados aos custos indiretos.

No que tange ao custos de energia elétrica, a empresa dispõe de alguns medidores que
possibilitam alocar os custos de energia aos produtos, sendo assim, $ 15.000,00 são
alocados diretamente aos produtos e o restante ($ 25.000,00), serão custos indiretos.

FAP – Tópicos VI _ Custos II 13


 Energia Elétrica:
o Indireta - $ 25.000,00;
o Direta - $ 15.000,00;
 Fármaco A - $ 6.000,00;
 Fármaco B - $ 4.000,00;
 Fármaco C - $ 5.000,00.

Total - $ 40.000,00

Sintetizando os custos de produção, temos:

Quadro 2

Diretos
Fármaco A Fármaco B Fármaco C Indiretos Total

Matéria-prima consumida 70.000,00 50.000,00 60.000,00 - 180.000,00

Salários da produção 25.000,00 20.000,00 25.000,00 30.000,00 100.000,00

Energia elétrica da produção 6.000,00 4.000,00 5.000,00 25.000,00 40.000,00

Seguros da Fábrica - - - 20.000,00 20.000,00

Depreciação de móveis e utensílios - - - 1.500,00 1.500,00


Depreciação de máquinas e
equipamentos - - - 8.000,00 8.000,00

Total 101.000,00 74.000,00 90.000,00 84.500,00 349.500,00

Como pode ser observado no quadro 1, $ 265.000,00 dos custos são diretos e com isso são
apropriados diretamente a cada produto, e $ 84.500,00 precisam ainda ser alocados.

Etapa 3 – alocação dos custos indiretos aos produtos

Agora trabalharemos formas de se incorporar os custos indiretos aos produtos. Uma das
formas mais usadas é alocar os custos indiretos, proporcionalmente ao que cada produto
recebeu de custo direto, esse método é usado quando os custos diretos superam os custos
indiretos ( o que acontece nesse exemplo ), assim sendo, temos:

Quadro 2.1

Custos Diretos Custos Indiretos


$ % $ % Total

Fármaco A 101.000,00 38,11% 32.205,66 38,11% 133.205,66


Fármaco B 74.000,00 27,92% 23.596,23 27,92%

FAP – Tópicos VI _ Custos II 14


97.596,23

Fármaco C 90.000,00 33,96% 28.698,11 33,96% 118.698,11

Total 265.000,00 100,00% 84.500,00 100,00% 349.500,00

Observando o quadro 1.1, percebe-se que a última coluna nos fornece o total de custos para
cada produto (já incorporados os custos indiretos).

Suponha-se que a empresa resolva incorporar os custos indiretos tomando como base outro
critério de rateio. Como já conhecemos quanto cada produto alocou de MOD, os CIF serão
calculados em relação a essa base de rateio. Teríamos então a seguinte distribuição.

Quadro 2.2

Mão-de-obra direta Custos Indiretos


$ % $ %

Fármaco A 25.000,00 35,71% 30.178,57 35,71%

Fármaco B 20.000,00 28,57% 24.142,86 28,57%

Fármaco C 25.000,00 35,71% 30.178,57 35,71%

Total 70.000,00 100,00% 84.500,00 100,00%


Assim sendo, o custo total de cada produto seria:

Quadro 2.3

Custo Custo
direto indireto Total

Fármaco A 101.000,00 30.178,57 131.178,57

Fármaco B 74.000,00 24.142,86 98.142,86

Fármaco C 90.000,00 30.178,57 120.178,57

Total 265.000,00 84.500,00 349.500,00

Analisando as duas formas (critérios) adotadas para alocar os custos indiretos aos produtos,
percebe-se que em ambas os custos totais de cada produto foram alterados, diferentes
critérios de rateio podem de alguma forma distorcer as análises de rentabilidade de cada
produto e ou a credibilidade das informações dos custos da empresa. Existem várias
formas de incorporar os custos indiretos aos produtos, porém, não existe nenhum fixo de
alocação, o que pode ser feito é tentar minimizar o grau de arbitrariedade, buscando
critérios de rateio mais coerentes com a realidade.

2.1 Esquema básico de incorporação dos custos diretos e indiretos

FAP – Tópicos VI _ Custos II 15


Custos Faturamento

Diretos Indiretos C.P.V.

Rateio Despesas

Fárm. A Resultado do Exercício

‘ Fárm. B Estoque

Fárm. C

Fonte: Martins (2006), modificado pelo autor.

Os custos totais de um determinado período só irão compor o Resultado do Exercício, se


toda a produção acabada for integralmente vendida, caso contrário, existirá estoque final e
o mesmo continuará figurando como investimento no Ativo Circulante na conta “estoque”
no Balanço Patrimonial da empresa. Em relação às despesas administrativas, comerciais e
financeiras, sempre serão incorporadas diretamente no Resultado final da empresa no
período em que forem incorridas.

2.2 Contabilização dos Custos (Diretos e Indiretos) _ critério simples

Iremos trabalhar agora com a contabilização dos custos aos produtos, tomaremos como
base o exemplo anterior. A empresa tomara como base o critério de alocação dos CIF a
MOD.

Será contabilizado os custos em contas apropriadas e posteriormente serão alocados aos


produtos quando os mesmo forem acabados.

Matéria-prima consumida Salários da produção Seguros da Fábrica


180.000,00 100.000,00 20.000,00

FAP – Tópicos VI _ Custos II 16


Energia elétrica da produção Depreciação de móveis e utensílios Depreciação de máquinas e equipamentos
40.000,00 1.500,00 8.000,00

As contas de despesas por não incorporarem os custos e serem alocadas diretamente no


Resultado do Exercício, ficam fora das próximas fases. Os custos acima, serão
incorporados aos produtos de acordo com o quadro 1.3 (segundo critério de rateio), ficando
assim:

Débito
Estoques
Fármaco A 131.178,57
Fármaco B 98.142,86
Fármaco C 120.178,57
349.500,00

Crédito
Custos
Matéria-prima consumida 180.000,00
Salários da produção 100.000,00
Energia elétrica da produção 40.000,00
Seguros da Fábrica 20.000,00
Depreciação de móveis e utensílios 1.500,00
Depreciação de máquinas e equipamentos 8.000,00
349.500,00

Dando continuidade a contabilização, as contas ficam assim (de acordo com o quadro 1.3):

Matéria-prima consumida Salários da produção Seguros da Fábrica


180.000,00 100.000,00 20.000,00
180.000,00 (a) 100.000,00 (a) 20.000,00 (a)

Energia elétrica da produção Depreciação de móveis e utensílios Depreciação de máquinas e equipamentos


40.000,00 1.500,00 8.000,00
40.000,00 (a) 1.500,00 (a) 8.000,00 (a)

Estoque Fármaco A Estoque Fármaco B Estoque Fármaco C


(a) 131.178,57 (a) 98.142,86 (a) 120.178,57

2.3 Contabilização dos Custos (Diretos e Indiretos) _ critério complexo

Trabalharemos agora com a contabilização dos custos com representações mais analíticas,
com o custos indiretos tendo maior ênfase. Tomaremos os quadros 1 e 1.3 como base para
auxiliar na contabilização.

FAP – Tópicos VI _ Custos II 17


a)

Débito
MOD 70.000,00
MOI 30.000,00
100.000,00
Crédito
Salários da Produção 100.000,00

b)

Débito
Energia elétrica direta 15.000,00
Energia elétrica indireta 25.000,00
40.000,00
Crédito
Energia elétrica da produção 40.000,00

c)

Débito
ESTOQUES
Fármaco A 70.000,00
Fármaco B 50.000,00
Fármaco C 60.000,00
180.000,00
Crédito
Matéria-prima consumida 180.000,00

d)

Débito
ESTOQUES
Fármaco A 25.000,00
Fármaco B 20.000,00
Fármaco C 25.000,00
70.000,00
Crédito
Mão-de-obra Direta (MOD) 70.000,00

e)

Débito
ESTOQUES
Fármaco A 6.000,00
Fármaco B 4.000,00

FAP – Tópicos VI _ Custos II 18


Fármaco C 5.000,00
15.000,00
Crédito
Energia elétrica Direta 15.000,00

f)

Débito
ESTOQUES
Fármaco A 30.178,57
Fármaco B 24.142,86
Fármaco C 30.178,57
84.500,00
Crédito
Mão-de-obra Indireta 30.000,00
Energia elétrica Indireta 25.000,00
Seguros da Fábrica 20.000,00
Depreciação de móveis e utensílios 1.500,00
Depreciação de máquinas e equipamentos 8.000,00
84.500,00

Fazendo a contabilização nas contas, ficaria assim:


Matéria-prima consumida Salários da produção (MOD) Energia elétrica Direta
180.000,00 (a) 70.000,00 (b) 15.000,00
180.000,00 (c) 70.000,00 (d) 15.000,00 (e)

Seguros da Fábrica Depreciação de móveis e utensílios Depreciação de máq. e equip.


20.000,00 1.500,00 8.000,00
20.000,00 (f) 1.500,00 (f) 8.000,00 (f)

Energia elétrica Indireta Salários da produção (MOI)


(b) 25.000,00 (a) 30.000,00
25.000,00 (f) 30.000,00 (f)

Fármaco A Fármaco B Fármaco C


(c) 70.000,00 (c) 50.000,00 (c) 60.000,00
(d) 25.000,00 (d) 20.000,00 (d) 25.000,00
(e) 6.000,00 (e) 4.000,00 (e) 5.000,00
(f) 30.178,57 (f) 24.142,86 (f) 30.178,57
131.178,57 98.142,86 120.178,57

A forma de contabilização que acabamos de ver, é mais analítica, ou seja, segue de forma
mais criteriosa passo a passo a distribuição correta de todos os custos (diretos e indiretos)
aos produtos. Existe softwares que trabalham com inúmeros lançamentos viabilizando e
facilitando o trabalho operacional desses lançamentos. Não é aconselhável discriminar
todos esses lançamentos, pois, inviabiliza as informações contábeis, aumentando os custos
com tempo e dificulta o manuseio de tantos dados.

FAP – Tópicos VI _ Custos II 19


Tivemos interesse de mostra essa forma mais complexa de contabilização no intuito de
ensinar como as contas de custos e a de estoque se integram e também melhorar o
entendimento sobre a contabilização dos dados.

EXERCÍCIOS

Exercício 1

A indústria Ceras do Nordeste S.A produz cera em pó e cera em barra, ambas usadas para
diversos fins. Em determinado período produziu 80.000 kg de cera em pó e 70.000 kg de
cera em barra, incorrendo nos seguintes gastos:

em Pó em Barra
Matéria-prima $ 2/kg 12.000 kg 8.500 kg
MOD $ 6/hora 6.700 h 4.000 h
Material de embalagem $ 0,5/kg 12.000 kg 8.500 kg

Custos Indiretos de Fabricação _ CIF

Supervisores da produção 5.000,00


Depreciação de móveis e utensílios (produção) 9.000,00
Depreciação de máquinas e equipamentos (produção) 9.500,00
Seguro da Fábrica 3.000,00
Energia elétrica consumida na produção 8.500,00
A matéria-prima consumida, a MOD e o material de embalagem são comuns aos dois
produtos.

A empresa não possui medidores de energia, assim sendo, todo o gasto com energia elétrica
é fixo.

Os CIF são incorporados aos produtos de acordo com o tempo usado na produção, sabendo-
se que são necessários 10 minutos para produzir um kg de cera em pó e 8 minutos para
produzir um kg de cera em barra.

Pede-se:

a) elaborar um quadro de apropriação de custos aos produtos;


b) calcular o custo unitário de cada produto; e
c) contabilizar os custos (diretos e indiretos) a cada produto
a. modelo simples;
b. modelo complexo.

Exercício 2

Assinalar Falso (F) ou Verdadeiro (V):

FAP – Tópicos VI _ Custos II 20


( )As despesas incorridas durante determinado período, devem ser debitadas integralmente
ao resultado do período em que foram incorridas;
( )No que tange aos custos de produção, os custos diretos não são alocados diretamente
aos bens ou aos serviços;
( )Em relação a contabilização, o critério complexo registra cada passo de cada etapa do
processo de apuração e distribuição dos custos;
( )Se a empresa trabalhar com tecnologia (softwares) durante o processo de custeio,
viabiliza a contabilização pelo critério complexo, facilitando o entendimento e a integração
dos custos.

Exercício 3

Assinalar a alternativa correta:

1. O processo básico de se contabilizar os custos, consiste nas seguintes etapas:


a. ( ) Separar os custos das despesas, apropriar os custos indiretos e ratear os
custos diretos;
b. ( ) Separar os custos das despesas, alocar os custos diretos e ratear as
despesas;
c. ( ) Separar os custos indiretos, apropriá-los aos produtos e ratear os custos
fixos;
d. ( ) Separar os custos das despesas, apropriar os custos diretos e ratear os
custos indiretos;
e. ( ) Separar os custos das despesas, apropriar os custos indiretos e ratear as
receitas;
f. ( ) Separar os custos das despesas, apropriar os custos variáveis e ratear os
custos fixos.

Exercício 4

Devem ser classificados como custos de produção os itens:

a) Matéria-prima, MOD, honorários da diretoria;


b) Pro labore, seguros da Fábrica, MOD;
c) Aluguel de galpão (produção), fretes de venda, matéria-prima;
d) Salários da Administração, MOD, matéria-prima;
e) Energia elétrica direta, MOD, insumos de acabamento.

Observe as sentenças a seguir:

I – Os custos de produção (diretos e indiretos) são apropriados diretamente aos produtos;


II – A primeira etapa da contabilização dos custos consiste na separação dos custos e das
despesas;
III – Os custos incorridos em determinado período irão integralmente para o resultado do
exercício, caso a empresa comercialize toda a produção e não haja estoque.

Estão corretas as afirmativas:


FAP – Tópicos VI _ Custos II 21
( ) I e III;
( ) apenas a III;
( ) apenas a I;
( ) apenas a II;
( ) I, II e III.

Exercício 5

A empresa Diamante produz dois produtos, A e B, cujo volume de produção é de 20.000


unidades do produto A e 16.000 unidades do produto B por período. As vendas em média
são: 90% e 95% dos produtos A e B respectivamente. Sabe-se que os CIF totalizam $
500.000,00 por período.

Em determinado período, foram registrados os seguintes custos diretos por unidade ($):

A B
Material-direto 20 25
Mão-de-obra direta 15 8

Pede-se calcular o valor dos CIF de cada produto utilizando o custos de MOD como base
de rateio.

Exercício 6

Uma indústria de confecções produz e vende dois tipos de roupas femininas: saias e
vestidos. Ela incorre nos seguintes gastos em determinado período:

Tabela 1 – Preços e volumes normais de produção e vendas.

Produtos Preço de venda Volume Volume de vendas


Bruto (por (em unidades) (em %)
unidade)
Saias $ 50 36.000 90%
Vestidos $ 76 30.000 92%

Tabela 2 – Dados físicos de produção.

Saias Vestidos
Quantidade de matéria-prima (m) 3 5
Tempo de MOD (hh) 2,5 4,0
Área ocupada (m2) 650 450
Consumo de energia (kwh) 13.000 13.500
Tempo de Máquina (hmaq) 120 145

Tabela 3 – Estrutura básica de custos e despesas.

FAP – Tópicos VI _ Custos II 22


Matéria-prima $ 8 por metro de tecido
Mão-de-obra (MOD): salário dos operários $ 6,5 por hora
Tributos sobre a receita bruta 15%
Comissões sobre a receita líquida 10%
Aluguel do galpão industrial $ 50.000 por período
Supervisão geral da produção $ 30.000 por período
Energia elétrica na produção (demanda) $ 35.000 por período
Depreciação das máquinas da produção $ 10.000 por período
Despesas com publicidade e propaganda $ 80.000 por período
Despesas administrativas gerais da empresa $ 100.000 por período

Sabendo-se que não havia estoque iniciais, pede-se calcular:

a) O custo total de cada produto;


b) O custo unitário de cada produto;
c) O lucro bruto de cada produto vendido e o total da empresa;
d) O lucro liquido da empresa; e
e) O valor do estoque final de produtos acabados.

Obs.: Ratear o custo de supervisão com base na MOD.

Exercício 7

A Cia. Porto Eucaliptos iniciou suas atividades em 21-X1 em 31-12-X1, seu primeiro
balancete de verificação era constituído pelas seguintes contas (em $ mil):

1 Caixa 460
2 Bancos 1.000
3 Clientes 6.060
4 Estoques de matéria-prima 5.000
5 Equipamentos de produção 2.000
6 Depreciação acumulada de equipamentos de produção 300
7 Veículos (produção) 1.000
8 Depreciação acumulada de veículos (produção) 100
9 Empréstimos de curto prazo 3.520
10 Capital social 15.000
11 Consumo de matéria-prima 7.000
12 MOD (inclui encargos sociais) no período 6.000
13 Energia elétrica consumida na produção 790
14 Supervisão geral da produção 2.880
15 Aluguel da Fábrica 600
16 Consumo de lubrificantes nos equipamentos de produção 350
17 Manutenção preventiva de máquinas comuns de produção 500
18 Supervisão do almoxarifado de matéria-prima 1.440
19 Depreciação de equipamentos de produção 300
FAP – Tópicos VI _ Custos II 23
20 Seguro dos equipamentos de Fábrica 340
21 Despesas comerciais e administrativas da empresa no período 8.100
22 Despesas financeiras no período 200
23 Faturamento de produtos acabados 25.100

Outros dados relativos ao ano de X1:

1. Produção e vendas no período:

Produtos Preço de venda Volume de Volume de vendas


(por unidade) produção (em %)
(em unidades)
X $ 300 46.000 90%
Y $ 310 35.000 91%
Z $ 350 30.000 89%

2. O tempo de produção requerido por unidade de produto é o seguinte:


Produtos Tempo de MOD Tempo de máquina
X 2,0 hh 0,70 hm
Y 1,5 hh 1,80 hm
Z 2,5 hh 2,00 hm

3. Em relação aos custos diretos, sabe-se que:


a. A matéria-prima é a mesma para todos os produtos, e o consumo faz-se na
mesma proporção: 1 kg de matéria-prima para cada unidade de produto
acabado;
b. Os salários e encargos dos operários da linha de produção são iguais para
todos os produtos;
c. O consumo de energia elétrica é o mesmo em termos de kwh, por isso seu
custo é diretamente proporcional ao tempo de utilização das máquinas;

4. Os custos de supervisão da produção e aluguel devem ser rateados com base no


tempo de MOD e supervisão do almoxarifado com matéria-prima.
5. Os demais custos indiretos são correlacionados ao tempo de uso de máquinas.
6. O imposto de renda (IR) é de 30% sobre o lucro operacional.

Pede-se:

1. Calcular
a. O custo unitário de cada produto;
b. O custo total de cada produto;
c. O custo dos produtos vendidos (CPV) no período;
d. O valor do estoque final de produtos acabados.

2. Elaborar:
a. Um quadro demonstrando o custo direto total por produto;

FAP – Tópicos VI _ Custos II 24


b. Um mapa de Rateio dos CIF dos elementos de custos aos produtos;
c. A DRE do período, considerando 30% de Imposto de Renda sobre o lucro
operacional;
d. O Balanço Patrimonial de 31-12-X1.

3. CUSTEIO ABC OU CUSTEAMENTO POR ATIVIDADES

O custeio ABC ( Activity-Based Costing ), ou Custeio Baseado em Atividades, é um


método que procura minimizar as distorções acarretadas pelos critérios de rateio dos custos
indiretos. Assim sendo, o custeio ABC, se torna uma poderosa ferramenta a ser utilizada
nas estratégias da gestão de custos.

Sistema de custeio de produtos e serviços que procura reduzir sensivelmente as distorções


provocadas pelo rateio arbitrário aos custos indiretos (Iudícibus, 2001).

O ABC é uma ferramenta de custeio mais voltada à gestão de negócios, uma vez que, a
partir do histórico de custos ou orçamento de determinado período, proporciona uma visão
diferenciada do consumo de recursos das organizações (CFC, p.17, 1995).

Segundo Atkinson (2000), evitam alocações arbitrárias e distorções subseqüentes nos


custos por atribuir primeiro os custos dos recursos às atividades que os utilizam. A seguir,
os custos das atividades são atribuídos aos produtos, serviços e clientes que criaram
demanda pelas atividades executadas ou foram por elas beneficiadas. Isso significa que os
custos das compras é atribuídos aos itens comprados; os custos de projetar produto são
atribuídos aos novos produtos projetados; e o custo do atendimento do cliente é atribuído a
cada um deles.

3.1 Vantagens do Sistema de Custeio ABC

O CFC enumera os benefícios que a utilização do ABC pode trazer para a organização:

1. Identifica as reais fontes geradoras de custos em função dos geradores de custos,


podendo, desta forma, identificar exatamente quais e onde os recursos vêm sendo
consumidos;
2. Identifica o grau de valor agregado que cada atividade atribui ao negócio;
3. Identifica o custo efetivo dos produtos e processos em função da eliminação das
distorções propiciadas pelos atuais sistemas de rateio, atribuindo aos objetos de
custeio os custos efetivamente incorridos;
4. Permite a gestão do portifólio de produtos, analisando a rentabilidade individual de
cada produto e sua contribuição para o negócio. É a base de remuneração, preços e
tarifas;
5. Incentiva a integração entre as áreas envolvidas nos processos e atividades,
maximizando os esforços para a resolução de problemas e aumento de qualidade;

FAP – Tópicos VI _ Custos II 25


6. Permite realizar benchmarking com outras empresas do mesmo setor, comparando
os custos unitários dos geradores de custos, permitindo uma análise comparativa
com as melhores práticas do mercado;
7. Permite estabelecimento de cost target (custo meta) para cada atividade,
possibilitando a gestão desses custos na fonte, eliminando arbitrariedade nos
processos de redução de custos;

Para Crepaldi (2004), no Sistema ABC, as atividades são o foco do processo de custeio. Os
custos são investigados, relacionando-se as atividades aos produtos, com base na demanda
por tais atividades pelo produto durante o processo de produção. Portanto, as bases de
alocação usadas no custeio baseado na atividade são medições das atividades executadas
que podem incluir horas do tempo de ajuste de máquina ou número de vezes em que isso
foi feito.

Ainda segundo Crepaldi (2004), é o método que mede o custo e o desempenho de processos
e produtos. Mais especificamente, que:

 Atribui custos às atividades com base no consumo de recursos;


 Atribui custos a produtos ou serviços com base no consumo de atividades;
 Reconhece os fatores que determinam (explicam) os custos das atividades, e o
consumo destas pelos produtos ou outras atividades.

CLIENTES
demandam
PRODUTOS
demandam
ATIVIDADES
demandam

RECURSOS
demandam

GASTOS
demandam CUSTOS

Fonte: Crepaldi (2004)

FAP – Tópicos VI _ Custos II 26


Recursos “O que foi gasto”. Ex.: água, luz,
salários, etc.

“Onde foi gasto”. Ex.: manutenção, RH,


Atividades O&M, etc.

“Para que foi gasto”. Ex.: produto A ou


Objetos de Custo B, atividade ao relacionada a produto
(associação, fundação) etc.

Fonte: Crepaldi (2004)

EXERCÍCIOS

Exercício Resolvido 1

1. Considere os seguintes dados da produção da confecção Varginha:

Produtos Salário Hora Produção Preço ($) Custos Diretos


CC / Acab (unid.) ($)
Camisetas 0,3 / 0,15 18.000 10,00 3,75
Vestidos 0,7 / 0,6 4.200 22,00 5,75
Calças 0,8 / 0,3 13.000 16,00 4,25

a) Custos Indiretos:

Componentes Custo ($)


Aluguel 24.000,00
Energia elétrica 42.000,00
Salários da supervisão 25.000,00
MOI 35.000,00
Depreciação 32.000,00
Material de consumo 12.000,00
Seguros 20.000,00
Total 190.000,00

b) Despesas:

FAP – Tópicos VI _ Custos II 27


a. Administrativas $ 50.000,00
b. Comerciais $ 43.000,00
c. Comissões $ 24.020,00
Total $ 117.020,00

Pede-se:

Calcule o custo dos produtos fabricados pelo Custeio Baseado em Atividades.

Solução
a) Distribuição dos custos pelo Custeio Tradicional

Mapa dos Custos Indiretos de Fabricação


Produção Apoio
Corte e Acabamento Administração Almoxarifado Compras Total
Costura da Produção
Aluguel 6.000,00 5.000,00 4.200,00 4.600,00 4.200,00 24.000,00
Energia Elétrica 14.000,00 11.000,00 5.000,00 5.500,00 6.500,00 42.000,00
Salário dos Supervisores 7.000,00 5.500,00 5.250,00 3.350,00 3.900,00 25.000,00
mão-de-obra 12.000,00 7.900,00 6.700,00 3.400,00 5.000,00 35.000,00
Depreciação 9.500,00 9.100,00 4.900,00 4.500,00 4.000,00 32.000,00
Material de consumo 4.200,00 3.000,00 1.800,00 1.000,00 2.000,00 12.000,00
Seguros 4.900,00 4.700,00 2.000,00 6.000,00 2.400,00 20.000,00
Subtotal 57.600,00 46.200,00 29.850,00 28.350,00 28.000,00 190.000,00
% rateio 33,93% 26,79% 17,86% 21,43% 100,00%
Rateio compras 9.500,00 7.500,00 5.000,00 6.000,00 (28.000,00) -
% rateio 34,79% 41,92% 23,29% 100,00%
Rateio almoxarifado 11.950,00 14.400,00 8.000,00 (34.350,00) -
% rateio 55,89% 44,11% 100,00%
Rateio Adm.da Produção 23.950,00 18.900,00 (42.850,00) -
Total 103.000,00 87.000,00 - - - 190.000,00
Horas produtivas 18.740 9.120
Custo / hora 5,4963 9,5395

Camisetas 3,0798 = (5,4963x0,3) + (9,5395x0,15)


Vestidos 9,5711 = (5,4963x0,7) + (9,5395x0,6)
Calças 7,2589 = (5,4963x0,8) + (9,5395x0,3)

Produtos Custos Custos Custo Preço ($) Lucro Margem


Diretos Indiretos unitário Bruto ($) %
(S) (S) ($)
Camisetas 3,75 3,08 6,83 10,00 3,17 31,7 %
Vestidos 5,75 9,57 15,32 22,00 6,68 30,4 %
Calças 4,25 7,26 11,51 16,00 4,49 28,1 %

FAP – Tópicos VI _ Custos II 28


Demonstração de Resultados
Camisetas Vestidos Calças Total
$ $ $ $
Vendas 180.000,00 92.400,00 208.000,00 480.400,00
Custos dos Produtos Vendidos 122.940,00 64.344,00 149.630,00 336.914,00
Lucro bruto 57.060,00 28.056,00 58.370,00 143.486,00
Despesas Administrativas 50.000,00
Despesas de Vendas 67.020,00
Lucro antes do IR 26.466,00

b) Sistema ABC

Identificação das Atividades


Departamentos Atividades
Compras - comprar materiais;
- desenvolver fornecedores.
Almoxarifado - receber materiais;
- movimentar materiais.
Administração da Produção - programas produção;
- controlar produção.
Corte e costura - cortar;
- costurar.
Acabamento - acabar;
- despachar produtos.

Direcionadores de custos de primeiro estágio (de recursos)


Custos Indiretos Direcionador de recursos
Aluguel Área utilizada pela atividade
Energia elétrica Medidores nos departamentos e hora-máquina
Salários Supervisão Folha de pagamento, registro de tempo e entrevista
MOI Folha de pagamento, registro de tempo e entrevista
Depreciação Valor dos ativos depreciáveis usados pelas atividades
Material de consumo Direto às atividades conforme requisições
Seguros Valor dos bens segurados

Identificação das atividades e seus direcionadores de custos


Departamentos Atividades Custos ($) Direcionadores
Compras - comprar materiais 16.000,00 - número de pedidos
- desenvolver fornecedores 12.000,00 - número de fornecedores
Almoxarifado - receber materiais 12.350,00 - número de recebimento
- movimentar materiais 16.000,00 - número de requisições
Administração da Produção - programar produção 16.000,00 - número de produtos
- controlar produção 13.850,00 - número de lotes
Corte e Costura - cortar 29.000,00 - tempo de corte
- costurar 28.600,00 - tempo de costura
Acabamento - acabar 14.000,00 - tempo de acabamento

FAP – Tópicos VI _ Custos II 29


- despachar produtos 32.200,00 - tempo de despacho
Total 190.000,00

Atribuição dos custos das atividades aos produtos


Direcionadores Fatores de Consumo de Atividades
Camisetas Vestidos Calças Total
Número de pedidos de compra 150 400 200 750
Número de fornecedores 2 6 3 11
Número de recebimentos 150 400 200 750
Número de aquisições 400 1.500 800 2.700
Número de produtos 1 1 1 3
Número de lotes 10 40 20 70
Tempo de corte 2.160 h 882 h 2.600 h 5.642 h
Tempo de costura 3.240 h 2.058 h 7.800 h 13.098 h
Tempo de acabamento 2.700 h 2.520 h 3.900 h 9.120 h
Tempo de despacho 25 h 50 h 25 h 100 h
Custos das atividades
Atividades Custo $ Custo por Direcionadores $
Compra materiais 16.000,00 21,33 / pedido
Desenvolver fornecedores 12.000,00 1.090,00 / fornecedor
Receber materiais 12.350,00 16,47 / recebimento
Movimentar materiais 16.000,00 5,93 / requisição
Programar produção 16.000,00 5.333,00 / produto
Controlar produção 13.850,00 197,86 / lote
Cortar 29.000,00 5,14 / hora
Costura 28.600,00 2,18 / hora
Acabar 14.000,00 1,54 / hora
Despachar produtos 32.200,00 322,00 / hora
Total 190.000,00

Exercício Resolvido 2

A Metalúrgica Pula-Pula Ltda., fabrica dois produtos: carros de mão (CM) e escadas
dobráveis (ED). Os produtos necessitam dos insumos relacionados a seguir. Sabe-se que a
empresa vendeu 6.000 unidades de CM a um preço igual a $ 40,00 e 2.000 unidades de ED
a um preço de $ 50,00. No período estudado, os custos indiretos de fabricação alcançaram
$ 250.000,00. em relação a estes últimos, sabe-se que foram referentes às atividades
relacionadas a seguir. Pede-se:
a) Calcule o custo total por produto e o lucro unitário com base no
sistema de custeio tradicional (critério para rateio igual ao valor da
MOD);
b) Recalcule ambos com base no custeio por atividades (ABC).

CM ED
Material Direto $ 10,00 $ 13,00

FAP – Tópicos VI _ Custos II 30


Mão-de-obra Direta $ 5,00 $ 4,00

Atividade $
Conferir material direto $ 30.000,00
Armazenar material $ 25.000,00
Controlar estoques $ 20.000,00
Operar máquinas e dar-lhes manutenção $ 75.000,00
(inclui depreciação)
Engenharia de processos $ 100.000,00
Total $ 250.000,00

As atividades relacionadas à elaboração dos produtos podem ser vistas na tabela seguinte:

CM ED
Número de lotes conferidos e armazenados 4 12
Numero de horas-máquina 4.000 7.000
Tempo de engenharia de processos 20% 80%
Respostas:

a) Rateio dos CIFs somados com base em MOD:

DRE Indiretos CM ED
Receitas 240.000,00 100.000,00
Material Direto 60.000,00 26.000,00
MOD 30.000,00 8.000,00
CIF 250.000,00 197.368,42 52.631,58
Rateio (MOD%) 100,00% 78,95% 21,05%
Lucro Bruto (47.368,42) 13.368,42
Unidades 6.000 2.000
Lucro Unitário (7,89) 6,68

b) Rateio com base no custeio ABC:

DRE Indiretos CM ED
Receitas 240.000,00 100.000,00
Material Direto 60.000,00 26.000,00
MOD 30.000,00 8.000,00
CIF 66.022,73 183.977,27
Conferir material direto 30.000,00 7.500,00 22.500,00
Armazenar material direto 25.000,00 6.250,00 18.750,00
Controlar estoques 20.000,00 5.000,00 15.000,00
Operar máquinas 75.000,00 27.272,73 47.727,27
Engenharia de processos 100.000,00 20.000,00 80.000,00
Lucro Bruto 83.977,27 (117.977,27)
Unidades 6.000 2.000
Lucro Unitário 14,00 (58,99)

Exercício 1
FAP – Tópicos VI _ Custos II 31
A Companhia Barros identificou as seguintes atividades de CIF, custos e direcionadores de
atividade para ano vindouro:

Custo Direcionador Capacidade


Atividade Esperado de Atividade de Atividade
Preparar equipamento $ 120.000,00 Número de preparações 300
Custear pedidos $ 90.000,00 Número de pedidos 4.500
custear máquinas $ 180.000,00 Horas máquinas 18.000
Receber $ 50.000,00 Número de peças 50.000

Por simplicidade, suponha que cada atividade corresponde a um processo. As duas ordens
seguintes foram completadas durante o ano:

Ordem 600 Ordem 700


Materiais diretos $ 1.500,00 $ 1.700,00
Mão-de-obra direta $ 1.200,00 $ 1.200,00
Unidades completadas 100 50
Número de preparações 2 1
Número de pedidos 4 2
Horas máquinas 80 60
Peças consumidas 20 40

A atividade normal da companhia é 4.000 horas de mão-de-obra direta.

Pede-se:

a) Determine o custo unitário para cada ordem usando as horas de mão-de-obra direta para
atribuir os CIF;
b) Determine o custo unitário para cada ordem usando os quatro direcionadores de
atividade.

Exercício 2

A empresa Enchuta produz dois produtos, A e B cujos preços de venda líquidos de tributos
são, em média, $ 80 e $ 95, respectivamente, e o volume de produção e de vendas é de
12.000 unidades do produto A e 4.490 unidades do produto B, por período.

Em determinado período, foram registrados os seguintes custos diretos por unidade (em $):

Produto A Produto B
Material Direto 20 27,95
Mão-de-obra Direta 10 5

Os custos indiretos de Produção (CIP) totalizam $ 500.000 no referido período.

FAP – Tópicos VI _ Custos II 32


Por meio de entrevistas, análise de dados na contabilidade etc., verificou-se que esses
custos indiretos referem-se às seguintes atividades mais relevantes:

Atividade $
Inspecionar material 60.000
Armazenar material 50.000
Controlar estoques 40.000
Processar produtos (máquinas) 150.000
Controlar processos (Engenharia) 200.000
Total 500.000

Uma análise de regressão e de correlação identificou os direcionadores de custos dessas e


de outras atividades, e sua distribuição entre os produtos, a saber:

Produto A Produto B
Número de lotes inspecionados e armazenados 3 7
Numero de horas-máquina de processamento de produtos 4.000 6.000
Dedicação do tempo dos engenheiros 25% 75%
Pede-se para calcular:

a) O valor dos Custos Indiretos de Produção (CIP) de cada produto, utilizando o


custos de MOD como base de rateio;
b) Idem, rateando com base no custo de material direto;
c) Idem, pelo Custeio Baseado em Atividades (ABC); e
d) O valor e o percentual de lucro bruto de cada produto, segundo cada uma das
três abordagens.

Exercício 3

A empresa Pharma, produtora de laticínios da cidade de Parma, dedica-se à produção de


dois produtos: Requeijão Cremoso (unidades) e Queijo Parmesão (unidades).

Em determinado período, foram registrados os seguintes custos diretos por unidade (em $):

Requeijão Queijo
Matéria-prima 12 18
Mão-de-obra 6 3

Os Custos Indiretos de Fabricação (CIF) totalizaram $ 54.000,00 no referido período. Por


meio de entrevistas, análises de dados na contabilidade etc., verificou-se que esses custos
referiam-se às seguintes atividades mais relevantes:

Atividade $
Inspecionar matéria-prima 8.000
Armazenar matéria-prima 6.000
Controlar estoques 5.000

FAP – Tópicos VI _ Custos II 33


Processar produtos (máquinas) 15.000
Controlar processos (Engenharia) 20.000
Total 54.000

Uma análise de regressão e de correlação identificou os direcionadores de custos dessas e


de outras atividades e sua distribuição entre os produtos, a saber:
Requeijão Queijo
Número de lotes inspecionados e armazenados 15 60
Numero de pedidos de entrega de produtos aos clientes 120 140
Número de horas-máquina de processamento de produtos 4.000 6.000
Numero de horas de transporte 210 295
Dedicação do tempo dos engenheiros (em horas) 50 150

Os dados relativos à produção e vendas do período são:


Requeijão Queijo
Quantidade produzida e vendida 6.000 3.000
Preço médio de venda unitário (liquido) $ 30 $ 41

Pede-se:

a) O valor dos Custos Indiretos de Fabricação (CIF) de cada produto, utilizando o


custo de mão-de-obra direta como base de rateio;
b) Idem, rateando com base no custo de matéria-prima;
c) Idem, pelo Custeio Baseado em Atividades (ABC);
d) O valor e o percentual de lucro bruto de cada produto, em relação à receita,
segundo cada uma das três abordagens.

Exercício 4

A empresa de telecomunicações Telefonic dedica-se à prestação de dois serviços principais:

 Chamadas locais (A): Receita Liquida no período = $ 790.715,00;


 Chamadas em domicilio (B): Receita Líquida no período = $ 994.620,00.

Em determinado período foram constatados os seguintes custos diretos:

A B
Depreciação de veículos 0 80.000
Salários e encargos sociais do pessoal 200.000 120.000
Depreciação da planta básica 100.000 0
Material para reparos (fios de cobre, ferramentas etc.) 0 45.000
Energia elétrica 155.000 0

Os Custos Indiretos, comuns aos dois serviços, foram de $ 500.000 para o mesmo período.

FAP – Tópicos VI _ Custos II 34


Por meio de entrevistas, análises de dados na contabilidade etc., verificou-se que os custos
indiretos referiam-se às seguintes atividades:

Atividade $
Realizar manutenção preventiva de equipamentos 150.000
Realizar manutenção corretiva de equipamentos 180.000
Supervisionar serviços 70.000
Controlar a qualidade dos serviços 100.000
Total 500.000

Lista de Direcionadores de Custos (selecionar apenas os mais adequados às atividades):

A B
Numero de horas de manutenção preventiva 1.000 5.000
Numero de pedidos de manutenção corretiva 5 20
Tempo dedicado pelos Supervisores 25% 75%
Numero de defeitos detectados e corrigidos 10 40
Numero de pontos de inspeção de controle de qualidade 20 80
Quantidade de consertos realizados em domicílio 0 300
Quantidade de minutos de uso 30.000 0

Pede-se calcular:

a) O valor dos custos indiretos, por tipo de Serviço, segundo o rateio com base no
custo direto;
b) Idem, rateando com base no custo de mão-de-obra direta;
c) Idem, segundo o Custeio Baseado em Atividades (ABC);
d) A margem bruta de lucro, em porcentagem da receita, por tipo de Serviço, segundo
cada uma das três abordagens.

4. REFERENCIAS

ATKINSON, Anthony A.; BANKER, Rajid D.; KAPLAN, Robert, S.; YOUNG, S. Mark.
Contabilidade gerencial. São Paulo: Atlas, 2000.

BERTI, Anélio. Contabilidade e análise de custos. Curitiba: Juruá, 2007.

BRUNI, Adriano Leal. Administração de custos, preços e lucros. São Paulo: Atlas, 2006.

BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ Rubens. Gestão de Custos e Formação de Preços. São
Paulo: Atlas, 2004.

Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo. Custos como ferramenta


gerencial – 8. São Paulo: Atlas, 1995.

FAP – Tópicos VI _ Custos II 35


CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade gerencial: teoria e pratica. São Paulo: Atlas,
2004.

HANSEN, Don R.; MOWEN, M. Maryanne. Gestão de custos: contabilidade e controle.


São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003.

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade gerencial. São Paulo: Atlas, 2001.

PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação


contábil. São Paulo: Atlas, 2004.

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos: livro-texto. São Paulo: Atlas, 2003.

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos: livro-texto. São Paulo: Atlas, 2006.

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos: livro de exercícios. São Paulo: Atlas, 2006.

FAP – Tópicos VI _ Custos II 36

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