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– Fé em Cristo. Com Ele, podemos tudo; sem Ele, somos incapazes de dar sequer um passo.
Pedro ganha confiança e, levado pelo seu amor, que o faz desejar estar
quanto antes com o Mestre, faz-lhe um pedido inesperado: Senhor, se és tu,
manda- me ir até onde estás por sobre as águas. A audácia do amor não tem
limites. E a condescendência de Jesus também é inesgotável. E ele disse- lhe:
Vem. Pedro, descendo da barca, começou a andar sobre as águas em
direcção a Jesus.
“Que importa que tenhas contra ti o mundo inteiro, com todos os seus
poderes? Tu... para a frente!
Nos perigos, nos tropeços, nas dúvidas, é para Cristo que devemos
olhar: Corramos com perseverança para o combate que nos é proposto, pondo
os olhos no autor e consumador da fé, Jesus6, podemos ler na Epístola aos
Hebreus. Cristo deve ser para nós uma figura clara, nítida e bem conhecida. Já
o contemplamos tantas vezes que não podemos confundi-lo com um
fantasma!, como os discípulos no meio da noite. Os seus traços são
inconfundíveis, bem como a sua voz e o seu olhar. Olhou para nós tantas
vezes! É n’Ele que começa e culmina a vida cristã. “Se queres salvar-te –
escreve São Tomás de Aquino –, olha para o rosto do teu Cristo”7. O nosso
trato habitual com Ele na oração e nos sacramentos é a única garantia de
podermos conservar-nos de pé, como filhos de Deus, no meio de um mar
agitado como o que nos envolve.
O Senhor tem sempre a sua mão estendida, para que nos agarremos a ela.
Nunca permite que nos afundemos, se fazemos o pouco que está ao nosso
alcance. Além disso, colocou ao nosso lado um Anjo da Guarda, para que nos
proteja de todas as adversidades e seja uma ajuda poderosa no nosso
caminho para o Céu. Procuremos a sua amizade, recorramos a ele com
frequência ao longo do dia, peçamos-lhe ajuda nas coisas grandes e
pequenas, e alcançaremos a fortaleza de que necessitamos para vencer.
(1) Cfr. Mt 14, 22-36; (2) P. Berglar, Opus Dei, Rialp, Madrid, 1987, pág. 270; (3) cfr. São João
Crisóstomo, Homilias sobre o Evangelho de São Mateus, 50; (4) P. Rodríguez, Fe y vida de fe,
EUNSA, Pamplona, 1974, pág. 128; (5) São Josemaría Escrivá, Caminho, n. 482; (6) Hebr 12,
1-2; (7) São Tomás, Comentário à Carta aos Hebreus, 12, 1-2; (8) São João Crisóstomo,
Homilia De gloria in tribulationibus.