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O casamento sem o consentimento do pai era ofensa passvel de pena legal. O consentimento da me no
era necessrio nem suficiente.
O acordo de casamento feito entre os pais era um contrato de noivado e qualquer uma das partes poderia
processar a outra pela quebra da promessa de matrimnio. A partir do noivado, a mulher no podia dispor
dos seus bens sem o consentimento do noivo.
Uma mulher casada no tinha existncia legal. Os cnjuges eram uma s pessoa e, pela lei, a existncia da
mulher era integrada do marido.
Terras eram uma exceo: ele no poderia vend-las, mas tinha posse e usufruto at sua morte, quando
ento passariam aos filhos.
Quaisquer ganhos da mulher, como os, lucros de um negcio, eram propriedade do marido. Salrio, rendas
anuais, etc. eram pagos diretamente a ele, sendo ilegal o pagamento a ela prpria.
A mulher podia deixar um testamento, se o marido permitisse, mas ele tinha o direito de revogar sua
permisso a qualquer momento, inclusive depois da morte da esposa.
A custdia legal dos filhos pertencia sempre ao pai. Ele podia separ-los da me, entreg-los aos cuidados
de outros e dispor deles como lhe aprouvesse. A partir de 1839 as mes passam a ter alguns limitados
direitos sobre bebs.
Era obrigao do marido sustentar a mulher, enquanto ela compartilhasse sua cama e seu teto, mas no
havia, concretamente, uma forma de obrig-lo a isso. A mulher automaticamente abdicava do seu direito
ao abandonar o lar.
A lei especificamente estabelecia que o marido no podia emprestar nem alugar sua esposa, decretando
tais aes contra a decncia pblica, porm considerando-as ofensas leves.
O marido no podia dar esposa tratamento cruel que fosse alm de uma punio razovel.
O divrcio s poderia ser concedido por Ato do Parlamento, um procedimento caro e demorado, raro
mesmo entre os aristocratas.
O marido podia solicitar o divrcio com a acusao de adultrio; para a esposa essa acusao no bastava,
sendo necessrio que provasse delitos graves, como crueldade fsica, bigamia ou incesto. Entre 1697 e 1801
somente quatro divrcios foram concedidos a mulheres.
Em 1811 uma corte judicial declarou que nada menos que terror e violncia justificariam o recurso ao
divrcio.
Sir William Blackstone: Essas leis so para proteo e benefcio da mulher, to grande favorito o sexo
feminino nas leis da Inglaterra.