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O projeto-pai pode ser lido em anexo deste nmero inaugural com farta bibliografia
de suporte. Razo pela qual esta apresentao se limita a breves colocaes de ordem geral
que enfatizam as consideraes preliminares do primeiro pargrafo.
Como temos deixado entender pela remisso ao nome de Lcia Santaella, existe
tambm um importante meio de dilogo do lado da mdia. Os novos meios de informao e de
comunicao colocam a nossa disposio certas prteses que prolongam a nossa vida de
relao: a internet nos liga a regies vizinhas e distantes. A televiso, antes mesmo de chegar
interao que promete o digital, j um provedor de lazer cultural, de narraes e de
situaes, de transposies e adaptaes como o cinema. Dispomos de um vasto frum para
debater os problemas mais agudos de nosso cotidiano. Nossa democracia pode avanar com
botas de sete lguas, desde que haja uma comisso de tica para conter certas conivncias
desses meios de transmisso cultural com o consumismo sem vergonha e o sensacionalismo.
Mas certamente o bem que eles trazem sobrepuja o mal que por eles ameaa, principalmente,
quando se pensa que a liberdade de cada um diante de um produto de televiso ou de trechos
flmicos tem sempre uma parte de imprevisibilidade. Prefiro, portanto, pensar na positividade
da transmisso fabulosa e do dilogo cultural que esses engenhos proporcionam. A maioria
das grandes obras da tradio letrada que eram at recentemente o patrimnio de uma
pequena frao de privilegiados est disponibilizada, atravs destes meios, quase em sua
totalidade, nao brasileira.
Sbastien Joachim
(UEPB /UFPE/ /CNPq/Fapesq)*
*
Sbastien Joachim Doutor em Letras pela Universidade Laval/Canad e Professor Titular aposentado, docente
do Mestrado em Literatura e Interculturalidade da UEPB, do Programa de Ps-Graduao da Universidade
Federal de Pernambuco, Bolsista DCR (UEPB/CNPq-Fapesq).