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DIREITO TRIBUTÁRIOS: NOÇÕES INICIAIS – RESUMO
AUTOR: NADIACMS
ARQUIVO: RESUMO-TRIB-0001.DOC

Noções introdutórias

Tributo é toda prestação pecuniária compulsória em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada.

Atividade plenamente vinculada: a lei não dá qualquer margem de liberdade ao agente


da Administração tributária no que diz respeito à cobrança de tributos. Isso está
associado ao princípio da indisponibilidade do interesse público.

Espécies tributárias (CF-88 e STF): impostos, taxas, contribuições de melhoria,


empréstimos compulsórios, contribuições.

• Tributos vinculados: são aqueles cujo fato gerador é alguma atividade estatal
específica relativa ao contribuinte. Ex: taxas, contribuições de melhoria.
• Tributos não-vinculados: são aqueles cujo fato gerador não é nenhuma atividade
estatal específica relativa ao contribuinte. Ex: impostos.

• Tributos de arrecadação vinculada: são aqueles cuja receita de arrecadação está


previamente destinada a órgão, fundo ou despesa. Ex: empréstimo compulsório.
• Tributos de arrecadação não vinculada: impostos, taxas, CM.

Impostos: proibição constitucional expressa de que a lei estabeleça destinações


específicas ao produto de sua arrecadação (CF, art. 167, IV), ressalvadas as
vinculações estabelecidas na própria CF.

STF: ilegitimidade de vinculação legal do produto de arrecadação de taxas a entidades


privadas ou PJ de direito privado.

• Tributos de natureza fiscal: têm por finalidade preponderante arrecadar dinheiro. Ex:
IR, IPTU, IPVA.
• Tributos de natureza extrafiscal fiscal: têm como preponderantes outras finalidades.
Ex: II, IE.

• Tributos reais: são aqueles em que a lei tributária valoriza, objetivamente, a


operação ou o bem envolvidos na relação jurídica tributária, desconsiderando as
características pessoais do contribuinte. Ex: IPVA.
• Tributos pessoais: são aqueles em que a lei tributária valoriza as características
pessoais do contribuinte, a fim de determinar o alcance da imposição tributária. Ex: IR.

• Tributos diretos: o contribuinte eleito pela lei tributária efetivamente suporta o ônus
do tributo. Ex: IPVA, ITR, IPTU, IR.
• Tributos indiretos: o contribuinte eleito pela lei tributária (contribuinte de direito), que
tem a obrigação de efetuar seu pagamento, não suporta efetivamente o ônus
tributário.
Denomina-se repercussão do ônus financeiro essa transferência direta do encargo
tributário ao contribuinte de fato. Ex: IPI, ICMS.

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Espécies de tributo

Impostos: imposto é tributo cujo fato gerador é uma situação que independe de uma
contraprestação estatal específica relativa ao contribuinte.

Art. 145, § 1º. Os impostos devem ser graduados de acordo com a capacidade
econômica do contribuinte.

Taxas
Tributos vinculados.

Taxa de serviço:
FG: a utilização efetiva ou potencial de serviço público;
O serviço deve existir efetivamente em condições razoáveis de utilização.
O serviço público deve ser específico e divisível.
Específico: pode ser destacado em unidades autônomas de intervenção, utilidade ou
necessidade públicas.
Divisível: quando suscetível de utilização, separadamente, por cada um dos usuários.

Taxa de polícia:
FG: o exercício regular do poder de polícia.
Polícia administrativa: restrição ou condicionamento ao exercício de atividades
privadas, visando ao bem-estar da coletividade.

Poderá instituir a taxa aquele ente público que tem a atribuição de realizar a atividade
fiscalizadora. A instituição só é possível se a atividade fiscalizadora realmente existir.
Ainda que ela exista, não há obrigatoriedade de instituição por parte do Estado. A
instituição é mera faculdade.

Art. 145, §2º, CF. As taxas não poderão ter base de calculo própria de impostos.
Art. 77, p. único, CTN. A taxa não pode ter base de cálculo ou FG próprios de impostos,
nem ser calculada em função do capital das empresas.

BC da taxa: deve ter alguma relação com o custo do serviço prestado ao contribuinte,
ou posto à sua disposição. Não pode ser o valor de uma atividade econômica prestada
pelo contribuinte ou o valor de um bem integrante de seu patrimônio.

Taxa Preço público


É tributo Não é tributo
Só pode ter como sujeito ativo PJ de direito público Pode ser exigido por PJ de direito
privado, inclusive não integrante da Adm. Pública
Receita derivada: obtida pelo Estado em razão de seu poder de império. Advém do
patrimônio dos particulares Receita originária: obtida em razão da exploração de bens
públicos.
Sujeita-se aos princípios de Direito Tributário Sujeita-se aos princípios de D.
Administrativo
Prevista em lei Previsto em contrato administrativo
Cobrança não proporcional ao uso Cobrança proporcional ao uso
Compulsória Facultativo
Pode ser cobrada pela utilização potencial de serviço público Cobrado apenas pela
utilização efetiva de serviço público
Pode ser cobrada pelo exercício do poder de polícia Não pode ser cobrada pelo
exercício do poder de polícia

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Contribuições de melhoria

Competência para instituição – comum a todas as pessoas políticas.


Cobrança vinculada a uma atividade estatal específica: a realização de uma obra
pública que beneficie imóveis determinados ou determináveis.

STF: somente admite a cobrança de CM após a realização de obra pública ou, pelo
menos, de parcela da obra suficiente para justificar a ocorrência de acréscimo de valor
ao imóvel beneficiado.

FG: realização de uma obra pública da qual decorra valorização imobiliária. Sujeito
ativo: pessoa política que realiza a obra.

Assenta-se no princípio do não-enriquecimento injusto.

Limites (CTN):
• Individual – acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
• Total – corresponde à despesa realizada.

Antes de haver a publicação da lei instituidora (CTN, art. 12):


• Publicação de edital contendo uma série de informações à população interessada;
• Memorial descritivo do projeto;
• Orçamento da obra;
• Parcela do custo que será financiada ou amortizada pela CM;
• Delimitação da área beneficiada;
• Fixação dos coeficientes de valorização.

Empréstimos compulsórios

Situações em que a CF autoriza sua instituição:


I - Calamidade pública, guerra externa ou sua iminência;
II – Investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional.

Características:
• Competência da União;
• Instituição por LC;
• Arrecadação vinculada;
• STF – a devolução deve ser feita em moeda;
• FG: definido na LC.

EC do tipo I: não estão sujeitos à anterioridade ou à noventena;


II: obedecem a estes princípios.

Art. 15, parágrafo único, CTN. A lei fixará obrigatoriamente o prazo do empréstimo e as
condições do seu resgate.

Contribuições especiais

Características comuns (contribuições sociais, contribuições corporativas, CIDE):


• Competência para instituição exclusiva da União;
Exceção: E, DF e M que possuam RPPS para seus servidores devem instituir
contribuição a ser cobrada dos servidores para custeio do regime previdenciário.
• Todas as contribuições podem ser instituídas por meio de lei ordinária.

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Exceção: contribuições da seguridade social instituídas por meio da competência


residual (LC).

STF: podem ter base de cálculo e fato gerador próprios de impostos.

• São tributos – obedecem aos princípios tributários. Exceções:


• Contribuições da seguridade social (inclusive PIS/PASEP) e CPMF: são exceções à
anterioridade, mas estão sujeitas à noventena.
• CIDE-combustíveis: no caso específico do “restabelecimento de alíquotas” não está
sujeita à anterioridade, mas está sujeita à noventena.
• Todas as outras CIDE e outras contribuições que não sejam da seguridade social
estão sujeitas normalmente à anterioridade e à noventena.

STF: as contribuições não dependem de estabelecimento em LC de seus FG, BC e


contribuintes previamente à sua instituição.

Contribuições sociais

1) Contribuições da seguridade social:

Imunidade:
• Entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências
estabelecidas em lei (LC);
• Há imunidade a todas as CS relativamente às receitas decorrentes de exportação
(CF, art. 149, § 2º,I).

Exceções ao princípio da anterioridade, obedecem á anterioridade nonagesimal.

Art. 195, § 4º, CF – possibilita ao legislador eleger outras fontes destinadas à


manutenção ou à expansão da seguridade social. Nesse caso, elas deverão obedecer
ao disposto no art. 154, I, CF – não-cumulativas, FG e BC não coincidentes com os de
outras CS.

2) Contribuições do interesse de categorias profissionais e econômicas:

• Contribuição confederativa: não é tributo. Fixada pela assembléia geral da categoria,


não por lei. Só é devida pelos filiados à organização social respectiva.
• Contribuição sindical: é tributo.

3) CIDE:
• Todas as CIDE são de competência exclusiva da União, sem qualquer exceção. Estão
sujeitas aos princípios tributários.
• Imunidade sobre receitas decorrentes de exportação. Incidem sobre a importação de
produtos estrangeiros ou serviços. Podem ter alíquotas específicas ou ad valorem.

Conceito: são tributos para o custeio de gastos e serviços empreendidos pela União
decorrentes da intervenção em algum setor da economia. Essa intervenção se dá por
fiscalização, atividades de fomento.

CIDE-combustíveis: incidem sobre as atividades de importação ou comercialização de


petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível.

A sua alíquota pode ser diferenciada por produto.

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Os recursos arrecadados são destinados:


Financiamento de projetos ambientais;
Pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool, gás natural e petróleo,
Financiamento de programas de infra-estrutura de transportes.

Exceção à legalidade: pode ter suas alíquotas alteradas por ato do Poder Executivo.
No caso específico do “restabelecimento de alíquotas” não está sujeita à anterioridade,
mas está sujeita à noventena

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Espécies de tributo

Impostos: imposto é tributo cujo fato gerador é uma situação que independe de uma
contraprestação estatal específica relativa ao contribuinte.

Art. 145, § 1º. Os impostos devem ser graduados de acordo com a capacidade
econômica do contribuinte.

Taxas
Tributos vinculados.

Taxa de serviço:
FG: a utilização efetiva ou potencial de serviço público;
O serviço deve existir efetivamente em condições razoáveis de utilização.
O serviço público deve ser específico e divisível.
Específico: pode ser destacado em unidades autônomas de intervenção, utilidade ou
necessidade públicas.
Divisível: quando suscetível de utilização, separadamente, por cada um dos usuários.

Taxa de polícia:
FG: o exercício regular do poder de polícia.
Polícia administrativa: restrição ou condicionamento ao exercício de atividades
privadas, visando ao bem-estar da coletividade.

Poderá instituir a taxa aquele ente público que tem a atribuição de realizar a atividade
fiscalizadora. A instituição só é possível se a atividade fiscalizadora realmente existir.
Ainda que ela exista, não há obrigatoriedade de instituição por parte do Estado. A
instituição é mera faculdade.

Art. 145, §2º, CF. As taxas não poderão ter base de calculo própria de impostos.
Art. 77, p. único, CTN. A taxa não pode ter base de cálculo ou FG próprios de impostos,
nem ser calculada em função do capital das empresas.

BC da taxa: deve ter alguma relação com o custo do serviço prestado ao contribuinte,
ou posto à sua disposição. Não pode ser o valor de uma atividade econômica prestada
pelo contribuinte ou o valor de um bem integrante de seu patrimônio.

Taxa Preço público


É tributo Não é tributo
Só pode ter como sujeito ativo PJ de direito público Pode ser exigido por PJ de direito
privado, inclusive não integrante da Adm. Pública
Receita derivada: obtida pelo Estado em razão de seu poder de império. Advém do
patrimônio dos particulares Receita originária: obtida em razão da exploração de bens
públicos.
Sujeita-se aos princípios de Direito Tributário Sujeita-se aos princípios de D.
Administrativo
Prevista em lei Previsto em contrato administrativo
Cobrança não proporcional ao uso Cobrança proporcional ao uso
Compulsória Facultativo
Pode ser cobrada pela utilização potencial de serviço público Cobrado apenas pela
utilização efetiva de serviço público
Pode ser cobrada pelo exercício do poder de polícia Não pode ser cobrada pelo
exercício do poder de polícia

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Contribuições de melhoria

Competência para instituição – comum a todas as pessoas políticas.


Cobrança vinculada a uma atividade estatal específica: a realização de uma obra
pública que beneficie imóveis determinados ou determináveis.

STF: somente admite a cobrança de CM após a realização de obra pública ou, pelo
menos, de parcela da obra suficiente para justificar a ocorrência de acréscimo de valor
ao imóvel beneficiado.

FG: realização de uma obra pública da qual decorra valorização imobiliária. Sujeito
ativo: pessoa política que realiza a obra.

Assenta-se no princípio do não-enriquecimento injusto.

Limites (CTN):
• Individual – acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
• Total – corresponde à despesa realizada.

Antes de haver a publicação da lei instituidora (CTN, art. 12):


• Publicação de edital contendo uma série de informações à população interessada;
• Memorial descritivo do projeto;
• Orçamento da obra;
• Parcela do custo que será financiada ou amortizada pela CM;
• Delimitação da área beneficiada;
• Fixação dos coeficientes de valorização.

Empréstimos compulsórios

Situações em que a CF autoriza sua instituição:


I - Calamidade pública, guerra externa ou sua iminência;
II – Investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional.

Características:
• Competência da União;
• Instituição por LC;
• Arrecadação vinculada;
• STF – a devolução deve ser feita em moeda;
• FG: definido na LC.

EC do tipo I: não estão sujeitos à anterioridade ou à noventena;


II: obedecem a estes princípios.

Art. 15, parágrafo único, CTN. A lei fixará obrigatoriamente o prazo do empréstimo e as
condições do seu resgate.

Contribuições especiais

Características comuns (contribuições sociais, contribuições corporativas, CIDE):


• Competência para instituição exclusiva da União;
Exceção: E, DF e M que possuam RPPS para seus servidores devem instituir
contribuição a ser cobrada dos servidores para custeio do regime previdenciário.
• Todas as contribuições podem ser instituídas por meio de lei ordinária.

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Exceção: contribuições da seguridade social instituídas por meio da competência


residual (LC).

STF: podem ter base de cálculo e fato gerador próprios de impostos.

• São tributos – obedecem aos princípios tributários. Exceções:


• Contribuições da seguridade social (inclusive PIS/PASEP) e CPMF: são exceções à
anterioridade, mas estão sujeitas à noventena.
• CIDE-combustíveis: no caso específico do “restabelecimento de alíquotas” não está
sujeita à anterioridade, mas está sujeita à noventena.
• Todas as outras CIDE e outras contribuições que não sejam da seguridade social
estão sujeitas normalmente à anterioridade e à noventena.

STF: as contribuições não dependem de estabelecimento em LC de seus FG, BC e


contribuintes previamente à sua instituição.

Contribuições sociais

1) Contribuições da seguridade social:

Imunidade:
• Entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências
estabelecidas em lei (LC);
• Há imunidade a todas as CS relativamente às receitas decorrentes de exportação
(CF, art. 149, § 2º,I).

Exceções ao princípio da anterioridade, obedecem á anterioridade nonagesimal.

Art. 195, § 4º, CF – possibilita ao legislador eleger outras fontes destinadas à


manutenção ou à expansão da seguridade social. Nesse caso, elas deverão obedecer
ao disposto no art. 154, I, CF – não-cumulativas, FG e BC não coincidentes com os de
outras CS.

2) Contribuições do interesse de categorias profissionais e econômicas:

• Contribuição confederativa: não é tributo. Fixada pela assembléia geral da categoria,


não por lei. Só é devida pelos filiados à organização social respectiva.
• Contribuição sindical: é tributo.

3) CIDE:
• Todas as CIDE são de competência exclusiva da União, sem qualquer exceção. Estão
sujeitas aos princípios tributários.
• Imunidade sobre receitas decorrentes de exportação. Incidem sobre a importação de
produtos estrangeiros ou serviços. Podem ter alíquotas específicas ou ad valorem.

Conceito: são tributos para o custeio de gastos e serviços empreendidos pela União
decorrentes da intervenção em algum setor da economia. Essa intervenção se dá por
fiscalização, atividades de fomento.

CIDE-combustíveis: incidem sobre as atividades de importação ou comercialização de


petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível.

A sua alíquota pode ser diferenciada por produto.

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AUTOR: NADIACMS
ARQUIVO: RESUMO-TRIB-0001.DOC

Os recursos arrecadados são destinados:


Financiamento de projetos ambientais;
Pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool, gás natural e petróleo,
Financiamento de programas de infra-estrutura de transportes.

Exceção à legalidade: pode ter suas alíquotas alteradas por ato do Poder Executivo.
No caso específico do “restabelecimento de alíquotas” não está sujeita à anterioridade,
mas está sujeita à noventena.

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Impostos da União

1) IOF (CTN, art. 63 ao 67; CF, art. 153, parágrafo 5o)

As operações com ouro – definido como ativo financeiro ou instrumento cambial –


estão sujeitas apenas ao IOF.
Alíquota mínima: 1%
Transferência do montante da arrecadação: 30% para E, DF ou Território de origem;
70% ao Município de origem.

Fatos geradores:
a) Operações de crédito – a entrega do montante ou do valor que constitua o objeto da
obrigação ou sua colocação à disposição do interessado;
b) Operações de câmbio – a entrega da moeda nacional ou estrangeira ou de
documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado, ou
montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posto à disposição
por este;
c) Operações de seguro: o recebimento do prêmio do seguro;
d) Operações relativas a títulos ou valores mobiliários: a aquisição, cessão, resgate,
repactuação ou pagamento para liquidação de títulos e valores mobiliários;
e) Operações com ouro, ativo financeiro ou instrumento cambial – primeira aquisição
feita por instituição autorizada. Ocorre: na data da aquisição ou no desembaraço
aduaneiro.

Exceção à legalidade e à anterioridade.

Contribuinte de iure: instituição financeira, responsável pelo seu recolhimento.


Contribuinte de facto: o tomador de crédito, o segurado, o adquirente de moeda
estrangeira, o aplicador em títulos e valores mobiliários.

Não incide sobre os depósitos judiciais (STF).

Função predominantemente extrafiscal: intervir na política de crédito, câmbio e


seguro.

2) IR

Art. 43, CTN. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de


qualquer natureza, tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou
jurídica:
I- De renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de
ambos;
II- De proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais
não compreendidos no inciso anterior.
§ 1º. A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento,
da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de
percepção.
§ 2º. Na hipótese de receita ou de rendimentos oriundos do exterior, a lei estabelecerá
as condições e o momento em que se dará a sua disponibilidade, para fins da
incidência do imposto definido neste artigo.

Fato gerador: é um fato periódico e complexivo.

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Deve respeitar os critérios da progressividade, generalidade e universalidade.


Progressividade: quanto maior a renda, maior a alíquota;
Generalidade: todas as pessoas estarão sujeitas ao imposto.
Universalidade: todos os rendimentos do contribuinte estarão sujeitos ao imposto.

Base de cálculo: art. 44, CTN – é o montante real, arbitrado ou presumido, da renda ou
proventos tributáveis.

Contribuinte:
• O titular da disponibilidade econômica ou jurídica das rendas e proventos de
qualquer natureza;
• A lei pode considerar contribuinte o possuidor dos bens produtores de renda ou dos
proventos tributáveis;
• A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos tributáveis a condição
de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe caibam.

3) IPI ( art. 153, IV e § 3º, CF; arts. 46 a 51, CTN):

Função predominantemente fiscal.

FG:
• O desembaraço aduaneiro, quando for produto de procedência estrangeira;
• A saída do produto de qualquer estabelecimento considerado contribuinte do
imposto;
• A arrematação do produto, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão.

Base de cálculo:
• Importação: preço + II + taxas de entrada do produto no país e demais encargos
cambiais;
• Saída de estabelecimento contribuinte: o valor da operação de que decorrer o preço
da mercadoria ou, na sua falta, o preço corrente da mercadoria, ou similar, no mercado
atacadista da praça do remetente;
• Produto apreendido ou abandonado e levado a leilão – o preço da arrematação.

Alíquotas de 0 a 300%. A alíquota zero costuma ser usada para que determinados
produtos não sofram o ônus do IPI, sem a necessidade de lei instituidora de isenção.

Imunidades:
• Não incidirá sobre a exportação de produtos industrializados para o exterior ( art.
153, § 3º, III, CF);
• Não incidirá sobre a saída da indústria de livros, jornais, periódicos e o papel
destinado à sua impressão;
• Não incidirá sobre energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados do
petróleo, combustíveis e minerais ( art. 155, § 3º, CF);
• Não incidirá sobre o ouro quando definido em lei como ativo financeiro ou
instrumento cambial.

Não-cumulativo.
Art. 49, parágrafo único, CTN.: o saldo verificado em determinado período a favor do
contribuinte (créditos maiores que débitos) transfere-se para o período ou períodos
seguintes.

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O imposto será seletivo em função da essencialidade do produto.


Exceção à legalidade e à anterioridade. Obedece à anterioridade nonagesimal.
O IPI terá reduzido o seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte
do imposto, na forma da lei.

Lançamento por homologação.

Grande parte do valor arrecadado a título de IR e IPI (47%) é entregue ao Fundo de


Participação dos Estados e DF (21,5%), ao Fundo de Participação dos Municípios
(22,5%) e a programas de desenvolvimento do setor produtivo das regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste (3%) (art. 159, I, CF).

4) II

Art. 20, CTN – base de cálculo do II:


a) Quando a alíquota for específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;
b) Quando a alíquota for ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar,
alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre
concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no país;
c) Quando se trate de produto apreendido ou abandonado levado a leilão, o preço da
arrematação.

Alíquota específica: valor determinado em moeda, proporcionalmente a uma unidade


de medida. Ex: R$ 50, 00/ Kg.
Ad valorem: percentual que incide sobre um valor.

Art. 153, I, § 1º, CF: autoriza o Poder Executivo a alterar a alíquota do II, IE, IPI, IOF,
atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei. A base de cálculo não pode
ser alterada por decreto.

Exceção à anterioridade, à legalidade e à noventena.

FG: entrada de produtos no território nacional para permanência definitiva.

Contribuinte:
• O importador, ou quem a lei a ele equiparar;
• O arrematante de produtos apreendidos ou abandonados.

Função predominantemente extrafiscal: disciplinar a situação econômica e proteger a


industria nacional.

5) IE ( art. 153, II, CF; arts. 23 a 28, CTN):

FG: saída de produtos no território nacional.

Base de cálculo do IE:


a) Quando a alíquota for específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;
b) Quando a alíquota for ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar,
alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre
concorrência.

Salvo disposição de lei em contrario, quando o valor tributário esteja expresso em


moeda estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao

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câmbio do dia da ocorrência do FG da obrigação (art. 143, CTN).

Contribuinte: exportador, ou quem a lei a ele equiparar.

Exceção à legalidade, à anterioridade e à noventena.

6) ITR ( art. 153, VI e § 4o, CF; arts. 29 a 31, CTN):

FG: é a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como definido
na lei civil, localizado fora da zona urbana do município.

BC: valor fundiário.

Contribuinte: o proprietário do imóvel, o titular de seu domínio útil ou o seu possuidor a


qualquer título.

Imunidade:
Não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o
proprietário que não possua outro imóvel.

O ITR será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a


manutenção de propriedades improdutivas – caráter extrafiscal.

O imposto será cobrado e fiscalizado pelos Municípios que assim optarem, na forma da
lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outro tipo de renúncia
fiscal.

Pertencem aos Municípios 50% do produto da arrecadação do imposto, relativamente


aos imóveis nele situados. Se os Municípios optarem por fiscalizar e cobrar o ITR,
caber-lhes-á a totalidade do imposto.

Função extrafiscal: instrumento de combate aos latifúndios improdutivos.

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Impostos dos Estados e do DF

1) ITDC – Imposto sobre transmissão “causa mortis” e doação de quaisquer bens ou


direitos a eles relativos (art. 155, I e §1º, CF; arts. 35, 38 e 42, CTN).

FG: transmissão dos bens ou direitos a eles relativos por motivo “causa mortis” ou
doação. Nas transmissões “causa mortis” ocorrem tantos fatos geradores distintos
quantos forem os herdeiros ou legatários.

Base de cálculo: valor venal dos bens ou direitos transmitidos.

Contribuinte: qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei.

Imunidade: operações de transferência de imóveis desapropriados por motivo de


reforma agrária.

STF: o ITDC é devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura da sucessão. É


calculado sobre os bens na data da avaliação. Não é exigível antes da homologação do
cálculo.

Alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal.

2) ICMS – Imposto sobre operações relativas á circulação de mercadorias e sobre


prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação,
ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior (art. 155, II e §§2º a 5o,
CF; arts. 35, LC 87/96).

Não-cumulativo. Função predominantemente fiscal.

A isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação:


a) Não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou
prestações seguintes;

Obs.: o constituinte permitiu que o legislador estadual alterasse esta norma,


permitindo, em alguns casos, que mesmo não sendo tributada a operação, seja
mantido o crédito para a etapa seguinte. Este benefício fiscal é denominado crédito
presumido.

b) Acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores.

Obs.: Também neste caso o legislador estadual pode dispor de modo diverso,
concedendo um benefício fiscal denominado manutenção de crédito.

O ICMS poderá ser seletivo, em virtude da essencialidade das mercadorias e dos


serviços.

STF: não cabe a atualização monetária do crédito fiscal pertinente ao ICMS, salvo se
houver lei estadual nesse sentido ou atrasos decorrentes de dificuldades
indevidamente impostas pela administração tributária.

Art. 155, §2º, CF. O ICMS atenderá ao seguinte:

IV – Resolução do Senado Federal, de iniciativa do PR ou de um terço dos Senadores,

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aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis


ás operações e prestações, interestaduais e de exportação;
V – É facultado ao Senado Federal:
a) Estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de
iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros;
b) Fixar as alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico
que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta
e aprovada por 2/3 de seus membros.

Alíquotas Iniciativa Aprovação


Interestaduais e de exportação PR ou 1/3 do SF Maioria absoluta do SF
Internas mínimas 1/3 do SF Maioria absoluta do SF
Internas máximas Maioria absoluta do SF 2/3 do SF

VI – salvo deliberação em contrário dos Estados e DF (...) as alíquotas internas não


poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais.

Quando a alíquota interna é maior que a interestadual, verifica-se o chamado


“diferencial de alíquota”. O imposto correspondente à diferença cabe ao Estado da
localização do destinatário da mercadoria (art. 155, §2º, VIII, CF).

As deliberações em contrário serão tomadas nos termos de convênios celebrados com


aspectos formais ditados por LC federal.

Operações e prestações que destinem bens a consumidor final localizado em outro


Estado – alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto.
Alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele.

O ICMS incidirá também:


a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou
jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua
finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao
Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da
mercadoria, bem ou serviço.

Os transportes transmunicipal e interestadual dão ensejo ao ICMS, de competência do


Estado onde teve início a prestação.

Não incidirá (art. 155, §2º, X, CF):


a) Sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços
prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento
do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores;
b) Sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes,
combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, energia elétrica;
c) Ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial;
d) Nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora
e de sons e imagens de recepção livre e gratuita.

Art. 150, §7º, CF. A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a
condição de responsável pelo pagamento do imposto ou contribuição cujo FG deva
ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia
paga, caso não se realize o FG presumido.

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3) IPVA – Imposto sobre a propriedade de veículos automotores (art. 155, III, CF):

FG: é a propriedade de veículo automotor STF: apenas veículos terrestres.


Base de cálculo: valor do veículo automotor.

Contribuinte: é o proprietário na época da ocorrência do FG, sendo o adquirente


pessoalmente responsável pelo imposto que não tenha sido pago até a data da
aquisição (art. 131, I, CTN).

Art. 155, §6º, CF. O IPVA terá:


I – Alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal;
Poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização.

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