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Mestrado em Sociologia
Évora
2010
SAIAS DA UNIÃO COOPERATIVA DO
REDONDO – VITORINO
A "23 de Setembro"
Tem muito que se lhe diga
Na freguesia do Freixo
Nasceu uma cooperativa
Oh ribeira do Calado,
Cá me ficas na lembrança
Corres numa cooperativa
Que se chama "Boa Esperança"
INTRODUÇÃO..................................................................................................1
A IMPLEMENTAÇÃO DA REFORMA AGRÁRIA.............................................6
OS OCUPANTES........................................................................................8
AS NOVAS UNIDADES DE PRODUÇÂO......................................................9
O FIM DO SONHO E AS DESOCUPAÇÕES................................................11
35 ANOS DEPOIS....................................................................................12
CONCLUSÃO.................................................................................................17
BIBLIOGRAFIA...............................................................................................18
INTRODUÇÃO
A Reforma Agrária em Portugal constituiu-se como uma situação de crise, uma vez
que se identificam situações de conflitos de interesses que originaram um clima de
instabilidade, alterando o equilíbrio na vida de um grupo de indivíduos e onde,
inclusivamente, se registaram confrontos.
Assistiu-se a uma crise regional que atingiu o Alentejo e parte do Ribatejo, de natureza
política, social e económica.
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1. A REFORMA AGRÁRIA
Para Barros (1979) “a Reforma Agrária (R.A) tem como aspecto essencial e
simultaneamente como ponto e partida a transferência da posse e/ou apropriação da
terra entre duas ou mais classes sociais”.
Tudo o que é realizado quer pelos poderes públicos quer pelas populações
interessadas no sentido de introduzir alterações na estrutura agrária das quais resulte
a modificação do sistema vigente de repartição do rendimento do sector agrícola num
sentido de maior equidade social é considerado reforma agrária.
O seu elemento central está no facto de repartir o rendimento social agrícola a favor
das classes mais desfavorecidas.
Mas a transferência de terras por si só não constitui R.A. terão também que se
efectuar alterações ao nível de toda a estrutura social de forma a proporcionar as
condições necessárias para que na terra transferida surjam novas formas de
organização da actividade agrícola, novas e distintas relações de produção e
inovadores sistemas de agricultura.
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3) A introdução de inovações e tecnologias agrícolas não conduza a novas
sujeições sociais e económicas ou leve ao agravamento das existentes;
A Reforma Agrária não é apenas uma medida de carácter económico, mas acima de
tudo uma luta de classes que contém diversas implicações económicas, politicas,
ideológicas e sentimentais. O aspecto humano envolve um trabalho de
consciencialização dos trabalhadores agrícolas e empresários desfavorecidos social e
economicamente, das reais causas da sua estagnação, das suas dificuldades, para
que desperte neles o interesse pelas transformações agrícolas necessárias para que a
situação se altere. É parte integrante de um plano de desenvolvimento da agricultura
inserido num plano de desenvolvimento económico global.
Antes de 1910 no Alentejo rural não existia um movimento operário organizado. Por
isso, embora se verificassem algumas greves gerais estas eram inspiradas pela
agitação política e sociais vindas de fora.
Entre 1910-1911 o país enfrentava uma “crise de trabalho”, como eram chamados os
períodos de desemprego sazonal, que não passaria de mais uma não se tivesse dado
em Outubro a queda da monarquia. A crise de trabalho de 1910 leva ao movimento
grevista de 1911.
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O Alentejo encontra-se depois de Outubro de 1910 e até Janeiro de 2011 em agitação
permanente com dezenas de conflitos locais a nível de aldeias e concelhos, abundam
os pequenos conflitos locais, a revolta e esboço de greves, reuniões, manifestações e
alguns incidentes. Alguns destes conflitos caracterizam-se pela violência e coacção
quer dos grevistas quer das autoridades. Os trabalhadores reclamam essencialmente
os baixos salários e as más condições de trabalho de que eram vítimas.
Durante os anos de 1911 e 1912 houve uma série de greves gerais em todo o
Alentejo, bem como agitações e incidentes resultantes dos baixos salários, de conflitos
entre trabalhadores rurais por existir quem trabalhasse abaixo da tabela e também
devido a recusa de cumprimento da tabela por parte dos lavradores.
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uma condição digna do trabalhador face ao lavrador e autoridades. As formas de
acção são também semelhantes e resumem-se à recusa de “pegar” no trabalho sem
que se dê um acordo salarial, greves, ameaça de abandono do trabalho,
manifestações e concentrações (PEREIRA, SD).
A situação que se observava nos campos Alentejanos antes da revolução de Abril era,
como se pode observar, geradora de um forte conflito social, que resultava da situação
relativa à posse da terra. De um lado, os lavradores, um pequeno grupo de pessoas
que detinha a grande maioria dos campos cultiváveis da região por outro lado, um
amplo conjunto de pessoas que não tinha praticamente nada, a não ser a sua força de
trabalho, para se conseguir alimentar a si e à sua família.
Face ao reduzido peso das outras actividades económicas na região, era a agricultura
e a posse da terra que estabeleciam a estratificação social da sociedade alentejana e
que determinavam as relações de poder e de trabalho. Esta grande desigualdade na
detenção de bens reflectia-se, naturalmente, numa imensa diferença a nível social que
opunha a maioria da população à pequena elite latifundiária. Os assalariados agrícolas
viviam em condições péssimas, abaixo da linha de pobreza. Durante o antigo regime,
os proprietários das terras tinham um forte apoio por parte do governo pelo que
estavam numa situação claramente privilegiada. No entanto, o Partido Comunista,
desde a década de 30, foi desempenhando o seu trabalho no Alentejo, levando a sua
consciência de classe e os seus ideais junto dos trabalhadores rurais, pelo que estes
viram nele um apoio importante para as suas reivindicações.
As tentativas de revolta por parte dos trabalhadores agrícolas foram sempre paradas
pelas forças do poder. As conquistas sociais e laborais, como o horário das 8 horas,
em 1962, foram o resultado de um enorme esforço e de uma luta desigual. Catarina
Eufémia, Alfredo Lima e José Adelino dos Santos foram mortos pela GNR quando
lutavam por melhores salários.
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decadência. Depois de décadas de repressão, o povo saiu para a rua sem medo. No
Alentejo, como por todo o país, o 25 de Abril de 1974 trouxe ao meio rural uma
enorme esperança de trabalho melhor. O projecto de democracia apresentado pelo
MFA (Movimento das Forças Armadas), e apoiado publicamente pelo Partido
Comunista Português, significava para os trabalhadores rurais o oposto da situação
vivida até então.
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A 1ª fase ocorreu desde os finais de 1974 até ao final de Julho de 1975, não sendo
muito fácil situar com rigor o momento do seu início. As acções que conduziram ao
seu acontecimento representaram, inicialmente, respostas de seareiros e assalariados
a situações de absoluta carência de terra e/ou trabalho e incidiram sobre herdades em
estado de abandono ou manifesto subaproveitamento. Em termos territoriais, esta fase
é a menos expressiva; neste período forma ocupados 13,4% do total que viria a ser
ocupado.
Até Agosto de 1975, não houve qualquer regulamentação legal que estabelecesse
uma orientação para estes acontecimentos. Foram publicadas, então, leis, as então
chamadas Leis da Reforma Agrária que regulamentavam especificamente as acções
de expropriação e nacionalização. Nesta altura, as ocupações deixaram de ser vistas
e sentidas como acções marginais e ilegais, passando os ocupantes a considerarem
estar a agir como executores das leis em vigor e, não aguardando o processamento
dos trâmites legais em curso, ocorreram avanços para ocupações de terras sem que o
estado tivesse processado as respectivas expropriações.
Um outro factor que foi preponderante para este avanço repentino dos acontecimentos
foi o facto de, dada a altura do ano, estarem terminadas as colheitas. Os proprietários,
ao sentirem a ameaça das possíveis expropriações e nacionalizações, procuravam
proceder à venda dos produtos com a maior rapidez possível, por forma a realizarem
ainda lucro e deixarem descapitalizadas as empresas que, segundo a lei, seriam
transferidas para a posse dos trabalhadores.
A 3ª fase, remonta ao período que vai desde Outubro ao final do ano de 1975, sendo
marcado o seu final pela viragem política ocorrida no decurso do 25 de Novembro de
1975, que iria bloquear este movimento. É a fase de maior amplitude de ocupações.
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sentiam dificuldades na sua gestão e se deparavam comummente com propriedades
nas quais era necessário fazer algum investimento para tornar possível a produção.
Um outro factor de motivação relevante prende-se com o facto de esta ser a época
das sementeiras. Assegurar a produção era um objectivo primordial e um modo eficaz
de o alcançar seriam os trabalhadores procederem à sementeira; não seria garantido
que um proprietário em expropriação eminente tomasse essa iniciativa e também não
seria tão pouco litigiosa a ocupação de uma terra já semeada…
OS OCUPANTES
Assumiram um papel preponderante nestes processos os assalariados eventuais (ou
temporários) e, dentro destes, as mulheres.
O papel das mulheres foi também relevante. Às mulheres estavam destinadas, nos
campos, tarefas específicas e eram especialmente tocadas pelo desemprego e pelo
facto de os seus salários serem acentuadamente mais baixos do que os dos homens.
Também no que toca à vida familiar, eram as mulheres quem mais sentia a dureza e
os efeitos das parcas condições de vida e de trabalho. Este grupo assumiu em todo o
processo, mas especialmente na sua primeira fase, um papel de elevada
combatividade, por vezes até claramente radical (Barros, 1979).
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Segundo testemunhos narrados por Barreto (1983), eram os próprios soldados que
diziam aos trabalhadores e aos empresários: «Antigamente, a GNR estava com os
patrões. Agora, as Forças Armadas estão com os trabalhadores.».
Quanto às razões pelas quais não houve resistência física ou mesmo violenta por
parte dos proprietários, é afirmado: «Como era possível resistir? Não só os
trabalhadores eram muitos mais, como, sobretudo, vinham com eles destacamentos
de soldados armados, comandados por oficiais, frequentemente armados. Tratava-se
de facto de uma ocupação militar, e a isso se devem as ocupações e a ausência de
resistência.» (Barreto, 1983).
Com esta perda de património, que nalguns casos representava a sua fonte de
rendimento directo e principal, assistiu-se à aniquilação económica de uma classe
social na região: os latifundiários ou, como também surgem referenciados, os agrários.
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»(…) esse regime e esse estatuto também não podem nem devem brotar
unilateralmente do Estado: têm de nascer, eles também, em larga medida, da iniciativa
e das lutas locais, da vontade das assembleias que (…) forem assinalando o controlo
do processo produtivo pelas classes trabalhadoras» (Barros, 1979).
Era, pois, privilegiado o combate político ao poder das classes dominantes tradicionais
nos campos e não a definição de um modelo produtivo e organizacional. Assim, as
Novas Unidades de Produção surgiram como confluência de interesses e motivações
locais e regionais, fortemente participadas e em que intervieram também diversos
projectos políticos partidários.
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O FIM DO SONHO E AS DESOCUPAÇÕES
A Zona de Intervenção da Reforma Agrária vira cumprir-se um sonho. Porém, não
demoraria muito para surgirem as contradições no seio das NUP’s. Para além dos
conflitos inerentes à vida em grupo, um conjunto de factores, associados à evolução
política nacional, viriam a contribuir para a erosão rápida da experiência de gestão
colectiva.
A derrota da Reforma Agrária portuguesa pode ser explicada pela dinâmica das
estruturas do poder no seio dos governos de coligações mais ou menos heterogéneas
e com uma política que era pouco ou mesmo nada consistente com os interesses dos
trabalhadores (Fernandes, 2004).
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com os proprietários nos momentos de desocupação das propriedades tornaram-se
uma constante.
35 ANOS DEPOIS
Passados 35 anos, a ocupação de terras no Alentejo é um processo fechado. Com
cicatrizes profundas entre as partes que estiveram em conflito e uma ignorância geral
nas camadas mais jovens, filhas e netas de gerações que durante mais de um século
contestaram o modo de produção das planícies do Sul.
Ao nível político, as interpretações também são diferentes. O PCP faz questão de não
esquecer essa página "heróica" da sua história. Partidos como o PSD ou o CDS nem
se referem à questão, e o Bloco de Esquerda ainda não existia quando os GNR deram
as últimas vergastadas nos trabalhadores. Quanto ao PS, um dos primeiros
impulsionadores da Reforma Agrária, a mudança radical de direcção política poucos
meses após as primeiras ocupações e a promulgação da Lei Barreto, que enterrou em
definitivo o processo legal de ocupação de terras, é assunto que nem quer comentar.
"A terra a quem a trabalha" era a frase de 1974/75. Os que a ocuparam para trabalhar
reformaram-se ou morreram. Os filhos abandonaram o interior e os netos vêem com
mais bons olhos um comando de PlayStation nas mãos que o cabo da enxada. Os
proprietários que receberam as terras de volta, a maioria com melhoramentos em
relação ao tempo em que as perderam, tiveram uma recompensa acrescida: a União
Europeia paga-lhes para não trabalhar a terra. Aos herdeiros, só resta beneficiar-se da
política de subsídios e aguardar por um espanhol que veja nessas terras a
possibilidade de obter lucro…
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2. APLICAÇÃO DA TEORIA DA CRISE AOS ACONTECIMENTOS
RELACIONADOS COM A REFORMA AGRÁRIA
Conceito de Crise
Segundo a Natureza:
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Sociais: Quando os actores que fazem parte de um mesmo sistema social se
confrontam (conflitos étnicos, religiosos, culturais); por consequência de movimentos
migratórios (imigração clandestina, movimento e massas) ou como protesto perante
novos desafios ou problemas estruturais (movimentos radicais violentos, atitudes de
desobediência massiva), estas manifestações alcançam o nível de crise quando as
suas consequências se reflectem na estabilidade do sistema.
Estamos perante uma crise regional que atingiu o Alentejo e parte do Ribatejo,
de natureza política, social e económica, uma vez que as raízes do conflito se
prendem com a propriedade da terra, salários justos, melhores condições de
trabalho, apoio social, resumindo uma verdadeira luta de classes em busca dos
direitos do trabalhador e da dignidade do trabalho.
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O estado de latência perdura até 1910-1911, altura em que os trabalhadores começam
a insurgir-se publicamente, pois a exploração por parte dos proprietários começa a
tornar-se insuportável e o clima político existente após a I República é mais propício à
sua insurreição (Catalisador Geral) através de greves, motins e manifestação e alguns
conflitos locais (Desafio). Esta crise foi absorvida, sem chegar a uma fase de fortes
confrontos e retornando ao estado de latência, dada a força dos poderes repressivos
dos proprietários e do Estado (resistência).
Um segundo ciclo conflitual pode ser identificado nas décadas 40 a 60. Tendo como
ponto de partida a situação de latência decorrente da fase anterior (Conflito de
Interesses), ressurge nesta época fruto de uma nova motivação dos trabalhadores
para a luta, dado o incrementar da sua educação política e da sua consciência social,
muito graças às acções dos primeiros Sindicatos e das estruturas (clandestinas) do
Partido Comunista Português (Catalisador Geral), continuando a observa-se várias
manifestações, greves e tumultos mas desta vez com uma maior intensidade e
durabilidade (Desafio). Este ciclo de conflitualidade é marcado pela forte repressão
exercida pelas forças policiais sobre os trabalhadores uma vez que o apoio do governo
continuava a manter os proprietários numa situação bastante privilegiada
(Resistência), registando-se as mortes de alguns trabalhadores que ficarão
eternizados como mártires da luta (Confrontação).
Desde os anos 60 até ao 25 de Abril de 1974, a situação conflitual foi contida (através
dos meios repressivos e de coacção), considerando-se como um novo estado de
latência, alimentado pelo grande desequilíbrio de poder existente entre as duas partes
do conflito, em que os proprietários partiam numa posição privilegiada para uma luta
desigual.
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O Desafio é aqui o início dos movimentos de ocupação de terras, em que os
trabalhadores enfrentam os proprietários e os desalojam. O poder é transferido da
classe proprietária para a classe proletária.
Poderia então, criar-se a ideia de que se tinha atingido a resolução do conflito através
de um Compromisso entre as partes. No entanto, assim não foi…
Ao contrário do que sucedera na fase de ocupação, esta fase caracteriza-se por fortes
confrontos. Os trabalhadores não aceitaram entregar as terras com a mesma
serenidade com que o tinham feito os proprietários (Resistência). É esta forte
resistência que leva à fase de Confrontação, que até aqui não houvera surgido de um
modo totalmente claro e indiscutível.
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CONCLUSÃO
O conflito de interesses nunca foi dado como encerrado, decorrendo durante quase
100 anos, através de ciclos oscilantes de insurgência que retornaram sempre ao
estado de latência. Apenas com o 25 de Abril de 1974 e com as alterações sociais e
políticas introduzidas, com a passagem de poder do patronato para o proletariado
podemos assistir ao confronto propriamente dito, mais precisamente na fase de
ocupação-desocupação das terras, em que se assistiram a vários confrontos violentos
entre as duas classes.
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BIBLIOGRAFIA
BARROS, Afonso de, 1979, A Reforma Agrária em Portugal. Das ocupações de Terra
à Formação das Novas Unidades de Produção, Oeiras, Instituto Gulbenkian de
Ciência;
PEREIRA, José Pacheco, sd, Conflitos Sociais nos campos do sul de Portugal, 2º
Volume de A REFORMA AGRÁRIA, Mem Martins, Publicações Europa-América;
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