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Universidade-aluno:
uma ponte em construção
Sócrates
Dedicatória
práticas de ensino.
Abstract
after questioning whether the propositions and institutional objectives in the Design
courses, turned into teaching practices, could in any way influence the motivation of
created in the academic universe. I started from the hypothesis that, specifically in area
of Visual Planning and Graphic Production, the insertion of new technologies, both in
creativity and production, made it possible for propositions and practices to get further
apart. I organized and deal with the data through the discourses analysis and content
analysis. Finally, I made use of concepts originated from the discourses analysis itself
and the dialogic sign’s notion of Bakhtin, to realize that the institutional discourses, as
university models, influenced the students to perceive defects which should not exist
in these propositions, creating, in this case, a hiatus between the students’ expectations
Lista de Tabelas VI
Lista de Gráficos VII
Introdução 1
Considerações finais 83
Discussão dos resultados 84
Novos rumos 94
Bibliografia 95
Anexos 99
Anexo 1 Declarações Institucionais 100
Anexo 2 Questionários de Avaliação da UFF 139
Lista de Tabelas
VI
Lista de Gráficos
VII
Introdução
Laboratório, entre outras. Tais disciplinas fazem parte da grade curricular de alunos de
Diferente do que ocorre na UFF, em que este campo de saber atua como um
complemento no curso, em outras universidades esta área, na maioria das vezes, está
curricular principal. Este quadro direcionou meus estudos para a área de Design,
Comunicação Social1.
Antes de iniciar minha carreira docente, atuei durante dez anos como profissional
Social, e mais especificamente nas disciplinas da minha área, havia claros indícios de
1
Vide FARBIARZ, 2000; 1998a; 1998b; 1998c; 1998d.
2
Vide Anexo 2.
2
sentido. Percebi, ainda, no contato direto com estudantes da área, o conflito entre a
futuro profissional.
avaliação das práticas docente e discente, além de possuir um espaço para críticas e
Planejamento Visual e Produção Gráfica. Neste item, 87% dos estudantes afirmam não
disciplina. Outro ponto relevante diz respeito ao interesse pela disciplina. Neste item,
64% dos estudantes dizem que só cursam as disciplinas da área pela necessidade dos
pretendem seguir carreira na área. E finalmente, é pertinente observar que 47% dos
estudantes dizem não terem noção do que escolher enquanto opção profissional,
curso. Para a obtenção dos resultados mencionados anteriormente, foram feitas uma
interesse muito grande, eu prefiro escrever textos. Até agora não tive muito contato
com essa área” ou “Me inscrevi porque constitui a grade básica do meu período”
prévios sobre a disciplina, respostas como “A única informação que tinha sobre esta
disciplina era que estava na grade e precisava cursar” ou “Acredito que a disciplina
trabalhe com a parte visual da comunicação, cheguei a essa conclusão pelo nome da
pretensões profissionais dos estudantes, respostas como “Sinceramente ainda não sei”
servem de exemplo.
de Comunicação Social da UFF, conforme era a minha visão. Além disso, considerei
alarmante que 47% dos estudantes de Comunicação Social que já estão pelo menos na
universidade.
escolha com doze opções3. Mais uma vez confirmei a existência de um problema no
à sua formação acadêmica. Para a análise dos resultados, realizei uma contagem
de início de curso.
3
Vide Anexo 2.2.
4
confirmei a medição anterior na qual 87% dos estudantes afirmavam não possuírem
Mais importante do que esta confirmação, contudo, foi a constatação de que 72% dos
alunos tiveram seu interesse nos conteúdos ministrados ampliados após o curso. Este
aumento pode ser creditado a uma prática de ensino voltada para a percepção das
necessidades dos alunos na sua confluência com o programa da disciplina, seja através
projeto de curso nos inspirou a pô-lo em prática como um projeto pós-curso” (5º
período) para a questão “Quais os pontos positivos do curso?” ilustram minha análise.
universidade nas disciplinas por mim ministradas. Para fundamentar minha prática de
para os cursos de Design. Tomei esta opção como forma de isolar a variável interesse
discente.
confusão acerca da utilização dos termos universidade e ensino superior, que traduzem
não apenas uma simples questão terminológica, mas principalmente uma questão
professor universitário junto não apenas ao corpo discente, mas também ao corpo
É preciso deixar claro que não busquei privilegiar o desejo do aluno ou mesmo
e perceber nos discursos dos atores envolvidos suas propostas, necessidades e carências
de ensino.
artesanal. Pelo lado do designer, o produto gráfico era planejado e finalizado com
ferramentas usuais como estilete, pena nanquim, cola, régua. Na área gráfica, o sistema
de impressão offset, há várias décadas, ocupa papel predominante, utilizando, por sua
surgir há cerca de quinze anos, drásticas mudanças foram se sucedendo neste cenário.
uma velocidade antes inimaginável. O processo de impressão gráfica sofreu uma ruptura
fornecidos os vinte e quatro computadores hoje existentes, após dois anos de espera.
Contudo, desde a instalação dos equipamentos ainda não foi efetivada nenhuma
atualização, o que, pelo menos, dificulta uma prática que vise a aproximação com a
4
Bureau, ou Birô - nacionalização do termo -, pode ser traduzido como escritório e, na área de design,
refere-se a uma empresa que trabalha com a digitalização e retoque de imagens, produção de
fotolitos digitais e, mais recentemente, impressão digital sem fotolito.
9
dos alunos escolhi a análise de conteúdo. Para análise dos dados coletados pela
Assim, optei por dividir minha pesquisa nos capítulos que resumo, a seguir:
ensino nos cursos de Design selecionados como meu universo de pesquisa e também
Neste capítulo estarei apresentando uma visão geral da minha pesquisa através
do referencial utilizado, seja ele teórico, metodológico ou analítico. Pretendo com isso
Os modelos de Universidade
americano. Uma posterior comparação entre eles buscará trazer subsídios para a
O modelo germânico
Assim, cabe ao Estado não apenas encorajar a pesquisa livre como também protegê-la
docente, da mesma forma que pela livre escolha discente de seu percurso acadêmico.
responsável e crítico.
intelectual.
12
Schelsky (1963, In: DREZE e DEBELLE, 1983) salienta que o modelo germânico
O modelo britânico
Suas idéias se expressavam através dos Colleges, onde haveria total abrangência do
com os estudantes. Eles são responsáveis não só pela formação acadêmica destes, mas
empresas, que gerem diversos bens e ações para sua subsistência. Os principais
superior na Grã-Bretanha, algumas mudanças tiveram lugar. Seu principal objetivo era
ensino superior, mas, de acordo com Burke (1987), mesmo esta modificação manteve
jovem, com novas disciplinas, com ênfase na pesquisa, mas sem a estrutura
departamental tradicional.
O modelo norte-americano
econômico acelerado.
Nesta filosofia, considera-se que a inteligência não é um talento de poucos, mas está
intelectual e vice-versa.
que outras.
montagem para o homem do sistema. O autor relata que sua maior preocupação está na
estreita relação entre a universidade e a iniciativa privada, fazendo parecer que, muitas
As ferramentas de pesquisa
dados coletados pela pesquisa bibliográfica será utilizada a analise de discursos, Para
organização e análise dos dados coletados pelo questionário será utilizada análise de
Coleta de dados
Declarações institucionais
páginas das universidades mantidas na internet. Gil (1987) afirma que este tipo de
5
Embora limitante e incompleta, enquanto perspectiva dos modelos universitários, esta classificação
mostrou-se útil e válida para concentrar compreender os Modelos de Universidade declarados.
16
tem por objetivo a apropriação de declarações públicas, de livre acesso aos interessados
Principalmente, a opção pela seleção deste tipo de texto busca coletar discursos
Declarações discentes
de pesquisa social expressa por Stubbs e Delamont (1976, In: LÜDKE e ANDRÉ,
1986:15), onde “(…) a natureza dos problemas é que determina o método (…)”.
Análise de Conteúdo
1986:41) a descreve como “uma técnica de pesquisa para fazer inferências válidas e
17
replicáveis dos dados para o seu contexto”. Já Lüdke e André (1986:41) caracterizam o
Após a definição das categorias, passei para uma etapa de análise dos dados, a
Osgood (1959).
medida de intensidade com que cada elemento aparece é indispensável na análise dos
necessário ou desnecessário, etc. É certo que entre estes dois extremos pode-se
também classificar a opinião como neutra, ou seja, nem positiva nem negativa, ou
tal opinião é expressa. Também dependendo do tema, este critério pode ter séries
Na composição destes dois critérios Osgood (1959) propõe uma escala de sete
pontos entre os valores [-3] e [+3], onde se pode avaliar simultaneamente tanto a
Osgood (1959) propõe outros encaminhamentos para este tipo de análise. Mas,
material e recursos de que dispõem ou dos objetivos que pretendem alcançar. Desta
forma, acredito ser adequado aos objetivos desta pesquisa limitar o uso dos
Osgood (1959) como o produto entre grau e freqüência, ou o uso dos componentes
Os conceitos de linguagem
dados.
social e não apenas restrita ao discurso e a seus interlocutores. Assim, é deste contexto
discursiva.
linguagem.
viés, a linguagem responde a algo e fala para algo. O eu e o outro são, então
polifonia. Segundo Brait (1994), os dois conceitos não são idênticos, já que o texto
refere às vozes que acompanham o falante em seu discurso. Seu grupo social, sua
20
família, os autores que leu, as novelas que assistiu, seus conhecimentos e experiências
são parte de seu discurso. Até mesmo outros diálogos ou seus interlocutores presentes
compõe este conjunto de vozes que acompanham seu discurso. Desta forma, um texto
entanto, o discurso nunca é totalmente monológico, pois por mais autoritário que seja,
(…) tudo que é dito, tudo que é expresso por um falante, por
um enunciador, não pertence só a ele. Em todo discurso são
percebidas vozes, às vezes infinitamente distantes, anônimas,
quase impessoais, quase imperceptíveis, assim como as vozes
próximas que ecoam simultaneamente no momento da fala.
(BRAIT, 1994:14)
Bakhtin enfatiza que não apenas o que é dito caracteriza a comunicação, mas
também o não dito. Brait (1994) define os preconceitos não expressos no discurso
como o “extra-verbal”. Apesar de não ser parte integrante do texto discursivo, o “extra-
pela entonação do falante. Desta forma, “A língua, no seu uso prático, é inseparável
falante e do meio social em que ele está inserido, ele expressa também os valores
21
deste meio social, seja ele presente ou passado. Ele “é um elo na cadeia da
pela voz daquele que fala, mas também pelos valores do grupo que ele representa.
gêneros são unidades estéticas e culturais sem vinculação direta com o presente, pois
estão estreitamente ligados ao passado, ao que já foi dito e estabelecido, mais do que
ao presente, ao que está sendo proferido. Eles estabelecem ligações temporais que
oralidade em seus mais variados níveis (do diálogo ao discurso filosófico); os gêneros
Em suma, Bakhtin (1997a) concentra seus estudos no mundo dos signos criados
pelo homem. Para ele, o signo é ideológico, uma vez que possui valores. De forma
A análise de discursos
seus produtos culturais nem da sua natureza social e histórica. A linguagem representa
e constitui a relação do homem com a sua realidade. Assim, ela não pode ser
social. Como o interlocutor está inserido socialmente, sua palavra traduz um ato social
de discursos não é a forma, mas sim o conteúdo explícito que é o objeto de estudo.
Para Orlandi (1988), o discurso faz parte de um “continuum”, uma vez que se
Pinto (1999) relaciona a polifonia discutida por Bakhtin a esta ligação entre
diversos textos. Do seu ponto de vista, esta “intertextualidade” apresenta duas facetas:
Nesta visão, Grumperz (1982) ressalta que cada interlocutor busca, no outro,
discurso deve ser inserido. Estes sinais são denominados “pistas de contextualização”.
pressuposições contextuais”.
percepção de um tipo social a que cada interlocutor pode ser referido. Como
entanto, em seu enfoque, os gêneros têm uma faceta perversa, enquanto modelos
sucedida”, uma vez que, a priori, restringem a liberdade de escolha dos interlocutores.
eles, mas também responsáveis pelas mudanças nas “relações de identidades” sociais.
Capítulo 2:
O Planejamento Visual e Produção Gráfica
capítulo 1. Ressalto que não viso, com esta análise, esclarecer as intenções inscritas
expressos no não-dito.
O campo de saber
análise das idéias, ou seja, da criação do produto. Ele tem seqüência na geração de
reprodutibilidade.
25
que o seu objeto de estudo e atuação prioritário está na linguagem não verbal, nos
elementos visuais, nos sinais gráficos. O texto, enquanto seu objeto de interesse, está
circunscrito aos seus aspectos gráficos – tamanho, fonte, disposição – mais do que ao
enquanto conteúdo explícito, ou implícito, e não sua forma, que é estudado neste
6
Atualmente os cursos de desenho industrial são chamados, formalmente ou não, de cursos de
27
pesquisa é a não inclusão de cursos como Publicidade e Propaganda, dado que esta é
uma das habilitações dos cursos de Comunicação Social. Segundo Bomfim (1997:18)
prioritário ao não verbal, o Design Gráfico apresenta condições muito mais positivas
Design.
28
Os cursos investigados
uma orientação pela excelência de seus cursos, buscando na pesquisa grande parte do
mercado de trabalho.
ao conteúdo programático como também no que tange ao perfil dos alunos. Acredita-
se, portanto, que uma mesma abordagem possa repercutir diferentemente na relação
Declarações institucionais
suposição de que poderia apresentar uma visão maior, em tom informal, do papel
institucional da universidade.
A PUC-Rio
Mensagem do Reitor
Da mensagem em sua íntegra7, destaquei os seguintes parágrafos:
7
Vide Anexo 1.1.1.
30
fato posterior hipotético condicionado a outro fato já passado. Logo, a fala do reitor
pressupõe que o leitor deva ser alguém interessado em saber a resposta que ele pode
oferecer. O termo “lugar”, usado onze vezes no texto, refere-se a um espaço físico
ocupado com uma finalidade determinada. O termo “encontro” é usado vinte e três
ou recreativo. O termo “acadêmico”, não utilizado, mas que trata da pessoa humana
no espaço acadêmico, refere-se àquele que só tem interesse teórico especulativo, sem
práticos.
31
Daí observa-se que, em sua fala, o reitor tem clareza quanto ao objetivo do
como espaço a ser ocupado por estudantes interessados em saber, como um espaço a
mas com um objetivo claro, “(...) é uma contribuição exatamente para que a
humanidade não apenas saiba, mas viva cada vez mais consciente de si mesma”.
A partir daí, o reitor estará, então, defendendo a sua hipótese sobre “o que é a
conhecer. Destaco a utilização, por doze vezes no texto, do termo “saber”, que se
contribuição exatamente para que a humanidade não apenas saiba, mas viva cada
que tem o saber oferece àquele que não tem, àquele que desconhece, portanto, que
pesquisa - termo utilizado no texto cinco vezes -, que é o espaço de reflexão, lugar
-, por sua vez, refere-se à ação de antever, da percepção aguda, da perspicácia. Este
último refere-se a alguém que tem conhecimento intuitivo, ou seja, inerente. Alguém
a PUC-Rio, uma vez que já se pode perceber nela sua configuração enquanto espaço
da elite.
além do ensino e da pesquisa, tem também que ocupar-se com a extensão”, refere-se
para a primeira pessoa do plural. Assim, a afirmação é verdadeira não apenas pelo
pensamento do sujeito “reitor”, mas, principalmente pelo aval dos sujeitos que são
“Estar presente”, termo utilizado seis vezes no texto, refere-se a quem assiste ou
comparece, àquele que está num lugar em determinado momento. O discurso “estamos
que o nosso saber (...) não pode ficar como um tesouro escondido, mas tem que abrir-
se para essa sociedade”. Novamente o uso da primeira pessoa do plural, coloca o saber
saber oculto que será revelado pela universidade à sociedade. No entanto, este
“tesouro” “tem que abrir-se”. O uso do imperativo expressa ordem. Uma imposição e
não um desejo natural. É no querer que “a pessoa humana não seja apenas uma pessoa
com um horizonte limitado a este mundo, mas um horizonte aberto para a eternidade”,
que se concede a ação de “abrir-se”. É através de “o encontro entre ciência e fé” que
De uma maneira geral, o texto é bastante delimitador, pois, através dele, tem-se
apresenta um narrador que faz uso da linguagem para levar o leitor a cooperar com a
manutenção da universidade 8, ele não é citado com mesma intensidade que o enfoque
saber acadêmico.
8
Vide Anexo 1.1.3.1.
34
reitor da PUC-Rio, este é mais uma obrigação da universidade por seu caráter
confessional.
esperada na medida em que o modelo universitário brasileiro, pautado pelo art. 207
presente na palavra do reitor, o que indica uma maior afinidade com o modelo
britânico de universidade.
universidade.
reforça mais uma vez que está nas mãos da PUC-Rio oferecer o conhecimento àqueles que
desconhecem (a sociedade), o que mais uma vez fortalece o modelo britânico de ensino.
História da instituição
A história da PUC-Rio é bastante extensa9. Um tópico de “Antecedentes
história mais recente tem início em 1939 com a criação da Universidade Católica do
Brasil.
9
Vide Anexo 1.1.3.1.
36
integração espacial tanto dos departamentos quanto dos estudantes, não só no que se
cultural que o campus da PUC-Rio oferece. Sem dúvida este enfoque dá claros indícios
Mas, como não poderia deixar de ser, a visão germânica também se faz
associada ao ensino.
O curso de design
Na página do Departamento de Artes & Design da PUC-Rio, destaquei partes de
tornou marca registrada desse curso a orientação no sentido de que o aluno trabalhe
em um contexto real, (...)”. Assim, temos aqui indícios de uma visão germânica de
saber universitário pela nova visão de ensino norte-americana, onde todo tipo de
10
Vide Anexo 1.2.2.1.
11
Vide Anexo 1.2.1.1.
38
“propicia” e “contribui”. Buscando a definição destes termos, vejo que eles vão ao
da pesquisa, tem também que ocupar-se com a extensão”. Mais uma vez a noção de
que oferece condições favoráveis” e “contribuir”, como “dar” reforçam a idéia de que
39
aquele que tem o saber (PUC-Rio) o oferece para aqueles que o desconhecem
da PUC-Rio, fica claro que o Departamento de Artes compactua com o ideal britânico
pelo campus da PUC-RIO, que reúne, em uma única e aprazível área geográfica,
declarada pelo Departamento de Artes & Design da PUC-Rio tem uma forte vertente
Industrial da PUC-Rio tem como característica principal “o contato do aluno (...) com
que, no entanto, foram desconsideradas por não fazerem parte do universo desta
pesquisa.
A ESDI/UERJ
Mensagem da Reitora
No caso da UERJ, decidi não utilizar o texto intitulado “Mensagem da Reitora13”,
tendo em vista que este possui um caráter mais editorial e pontual. Em sua substituição,
intenções que se aproxima mais dos objetivos da pesquisa. Devo ressalvar, no entanto,
que a intenção na redação do texto certamente teve um cunho político e não didático-
de uma análise mais cuidadosa na busca das informações relevantes à pesquisa. O link
Senhora Governadora,
12
Vide Anexo 1.2.3.1.
13
Vide Anexo 1.1.1.2.
41
glórias e suas mazelas. Mas há, como sempre, uma parte que é
inteiramente singular. Singular porque escrita por indivíduos que
interagem de maneira própria com esta instituição, que se situa
neste espaço geográfico e político determinado.
seguir, ela se distancia apresentando a sua singularidade. Neste sentido, ela é coletiva,
estreita relação com a de nosso Estado”, fica mais claro ainda que a universidade
aberto destinado ao trânsito de pessoas ou veículos, valorizando, mais uma vez, que a
UERJ ocupa um vão, uma brecha, na qual os indivíduos que compõem a universidade
uma negativa, ressalta a presença do interlocutor que pelo menos questiona o caráter
instituição, mas sim ao da sociedade (...)”. Mais uma vez, a utilização de outro discurso
44
geração a outra, leva o narrador a assumir um tom imperativo em sua própria defesa,
“Este é um patrimônio que não pode ser destruído (...)”. Ainda, a opção de um
discurso que parte da negativa, mais uma vez denuncia a presença de um interlocutor
de algo ou continuar vivo enquanto outros morrem. Já “descortino” pode ser traduzido
ou ser um agente ativo, “construir uma civilização” não excludente. De forma análoga,
dispostos a participar desse debate e a enfrentar este desafio”. Para tanto o narrador se
solidariza com a UERJ no sentido de não somente “participar”, ou seja, de tomar parte,
tange às conjunções, elas se afirmam nas facilidades referentes a esta mesma missão.
desta visão.
a visão de que “excelência acadêmica e compromisso social não são questões que se
americano de ensino. Porém, este modelo não se confirma, pois ele preconiza uma
que deve ser utilizado em prol de uma comunidade que necessita ser “salva”. A defesa
História da instituição
Não foi localizado nenhum texto sobre a história da UERJ, mas somente da
O curso de design
Embora as informações apresentadas nas páginas da ESDI não estejam
partir de diferentes textos para viabilizar a compreensão das propostas e dos objetivos
História da ESDI
Objetivos
como qualquer objeto que serve para auxiliar ou levar a cabo uma ação física ou uma
pessoa que serve de intermediária para qualquer coisa. Nesta visão o “objeto” e o
conceituais e formais”.
opção de uma ação futura. Assim, o estudante tem a opção de se sujeitar aos riscos de
da ESDI.
sociedade.
Um dos prováveis motivos para esta distinção de enfoques pode estar no fato
de que a ESDI, durante muitos anos a partir de sua fundação, foi uma escola
independente, com suas próprias diretrizes e objetivos. Somente depois é que a ESDI
49
foi incorporada à UERJ. Ainda hoje ela está localizada em uma sede própria,
A UniCarioca
informações estão bem organizadas, embora nem sempre tenha sido possível localizar
Palavra do Reitor
O texto localizado apresenta um caráter pontual, referindo-se a um evento
possa conter declarações sobre o perfil da UniCarioca, uma vez que tem um enfoque
TALENTO CARIOCA
que se refere a uma capacidade natural e especial, geralmente muito criativa; “natural”,
que é ter um caráter inato, particular, conferido pela natureza, não adquirido; e pelo
como possuidora de uma capacidade inata, especial e criativa, mas que precisa afirmar
sua qualidade, o que fica claro pelo uso de um verbo que significa “estabelecer a
e alunos”.
serve para auxiliar ou levar a cabo uma ação física qualquer. “Corriqueiro” pode ser
traduzido como comum, vulgar, banal. A opção por descrever de forma conjunta os
novas mídias digitais. Assim, vai sendo esclarecido no texto o objetivo dos cursos em
questão (comunicação social e design), ou seja, dar condições para que um espírito
digitais.
para esses profissionais que a UniCarioca dirige seus cursos”. É também neste
na qual já não há mais uma carreira independente, de que o mercado está trabalhando
com carreiras que se combinam e que a diferença está justamente no “saber usar” a
tecnologia. Mais uma vez o texto não se volta para as disciplinas de seus cursos, assim
como não se voltou para os estudantes, são as carreiras que estão em foco.
UniCarioca em um contexto coletivo. Logo, ela não almeja ser única, ou vislumbrar à
frente de seu tempo, pois ela sabe que possui um “talento natural” e isto lhe é
suficiente.
mente, e dos termos “agente”, como pessoa que age ou pratica; “transformação”, no
sentido de passar para um novo estado; “cidadão”, como indivíduo que nascido ou
naturalizado no Estado tem para com ele deveres ou obrigações e é titular de certos
nas outras universidades analisadas, enfoca uma sabedoria que parte da experiência,
sucesso financeiro.
História da instituição
Das informações contidas na página da “História da UniCarioca”14, pude
14
Vide Anexo 1.1.3.3.
53
O curso de design
O texto que traz informações sobre o curso de desenho industrial15 tem um
caráter descritivo. Como o anterior, ele contém apenas uma declaração que pode ser
configuração de idéias e projeto (...)”. Esta declaração, por sua vez, reforça a
15
Vide Anexo 1.2.1.3.
Capítulo 3:
Os alunos de Design
cursos no capítulo 2.
O instrumento de pesquisa
análise de conteúdo.
Tendo em vista que não era esperada uma clareza na expressão de uma visão
A opção pelo tratamento de dados por análise de conteúdo, e não por análise
como uma variedade de abordagens sobre o mesmo tema. Desta forma, acredito que o
mesmo manto declarações diversas, em formatos e estruturas diversas, mas que versam
sobre o mesmo tema, de forma a viabilizar, então, uma análise semântica, seja a mais
Design Gráfico dos cursos investigados. Este recorte visa: a) buscar maior unidade nas
visual, de forma a dispor de conteúdo abrangente sobre os temas desta pesquisa; c) ter
disciplina.
farbiarz@openlink.com.br
Procedimentos adotados
de dados pela análise de conteúdo, segui os seguintes passos: (1º) pré-análise; (2o)
em sete listagens reunindo, cada uma, todas as respostas dadas a uma mesma pergunta,
[A] e a outra indica a instituição do respondente, sendo [P] para PUC-Rio, [E], para a
• Uma letra indicando o sexo do respondente, sendo [M] masculino e [F] feminino;
resposta.
em sua apresentação dentro de cada listagem, por exemplo, ordem alfabética, ordem
teve início com o destaque, em cada um dos textos selecionados, das unidades de
resposta. Assim, para efeito de identificação das unidades de registro, acrescentei mais
uma letra, em minúscula, ao final do código, sendo [a], [b], [c] etc. Isto acarretou que
16
Como forma de preservar o anonimato do respondente e diferenciar os conjuntos de respostas.
59
A seguir, realizei a primeira análise quantitativa das categorias. Ainda no bojo das
cinco listagens organizadas por questão, contabilizei as unidades de registro por categoria,
que as unidades de maior incidência são as que refletem com maior precisão o conteúdo
das respostas, pude, então, verificar aquelas de maior influência na questão em pauta.
da questão.
determinar a direção dada pelo respondente à sua opinião. Esta estratégia apoiou-se
no fato de três, dentre as cinco questões analisadas, solicitarem uma primeira resposta
bipolar, e uma outra induzir ao mesmo caminho. O objetivo almejado foi o de coletar
Finalmente, na última etapa da análise, realizei uma nova avaliação das pré-
categorias e defini as categorias finais, e suas subcategorias, que serviram de base para
Resultados obtidos
questionário aplicado aos alunos dos três cursos de design investigados serão
apresentados em três etapas: (1ª) uma discrição objetiva do perfil dos respondentes,
As informações sobre o perfil dos alunos respondentes não são relevantes aos
objetivos desta pesquisa. Todavia, acredito que, por serem dados de fácil coleta, não
possa realizar outras inferências a esta pesquisa ou abordar outras possíveis vertentes.
de uma visão de ensino atribuída, ou percebida, pelos alunos à instituição. Para poder
relação entre teoria e prática, ou seja, entre saber e treinamento, também foi de suma
respondentes, que são: a) a consolidação das direções dadas a todas as respostas dos
caráter “positivo”, “negativo” ou “neutro”. Este indicador está sendo utilizado para
negativas ou neutras dadas pelos alunos, qual a direção da sua opinião sobre as
atribuído a todas as unidades de registro destacadas. Este índice foi formado pela
selecionadas das respostas dos alunos, podendo variar, no momento de sua atribuição,
entre (-3) - o valor de intensidade mais negativo - e (+3) - o valor de intensidade mais
positivo, passando pelo (0), neutro ou ambíguo. Diferente do indicador anterior, que
registro utilizada nesta pesquisa foi o núcleo de sentido, ou seja, um trecho dentro da
resposta que representa uma declaração sobre um dos temas abordados na pesquisa,
Qualidade do”. Neste caso, utilizo duas subcategorias cujas temáticas estão diretamente
duas mãos. Se, por um lado, as temáticas relevantes à pesquisa orientam na seleção de
unidades de registro com declarações sobre estes temas, por outro lado, as declarações
são formuladas a partir das questões apresentadas ao respondente, mas que também
pode apresentar outras opiniões ou revelar novas temáticas dentro da sua ótica
particular sobre o tema geral da pesquisa. Desta forma, a constituição de uma categoria,
É sob esta mesma ótica que passarei, depois, a avaliar e discutir os temas
das respostas dos alunos de cada um dos três cursos investigados. Estarei procurando,
Tabela 1: Correlação entre os temas gerais das subcategorias e os principais atributos dos modelos de universidade pesquisados.
64
são do sexo masculino e 70% situam-se na faixa entre 21 e 23 anos, sendo que o
pelos alunos aos temas expressos nas subcategorias “Prática, Necessidade da”,
“Realidade, Contato com a”, “Prática, Relação da Teoria com a”, “Informática como
quantidade de vezes que estes temas foram citados nas respostas e revelando sua
visão norte-americana de ensino, sendo que o primeiro tema numa intensidade bem
maior que o segundo. Esta correlação é reforçada pelo destaque negativo dado ao uso
66
informática”. Este último tema, apesar de não ter alcançado uma freqüência significativa,
destacada (-14) - o mais negativo do resultado geral. Desta forma, isto indica um
indicando uma visão de universidade britânica, mais preocupada com ensino do saber
germânica. Todavia, os graus de intensidade positiva tanto podem indicar este modelo
Desta forma, o que pude perceber através desta descrição dos resultados da
análise de conteúdo das respostas dos alunos da PUC-Rio é que, na visão destes
tabela 2, meramente como exercício valorativo, poder-se-ia dizer que o curso é 70%
de ensino, com presença tanto das propostas norte-americanas quanto das germânicas,
seguido pelo seu curso está condizente com as propostas do Departamento de Artes &
respostas de direção neutra reuniram somente 1% do total. Isto indica uma clareza dos
todas as unidades de registro destacadas, que teve como resultado (+22), como pode
qualidade do curso representa 22% do total dos temas abordados pelos alunos do
qualidade do ensino é sinalizada como bastante negativa, pelo grau (-10) – o terceiro
respostas dos alunos na formação de uma imagem geral positiva do curso não calcada,
selecionados aponta para uma visão positiva do curso como um todo, a partir dos 56%
professor.
As declarações de carência
Pelos resultados expostos na tabela 2, a temática mais relevante para os alunos
17% da soma total das freqüências. As unidades de registro desta subcategoria revelam
conteúdo e apreensão dos conceitos. Além de ser um tema de muito debate, ele
69
recebeu um grau de intensidade positiva alta (+24). Isto indica que os alunos são
aprendi tendo que pôr em prática, ou seja, para realizar o produto solicitado em sala
tópico se refere à necessidade, ou interesse, dos alunos em ter contato com uma
situação real de produção, como uma visita à gráfica, um contato com um cliente real,
um projeto sólido, real, além da disciplina PPD CV III que fiz uma peça (o manual)
aplicado para um cliente real com toda a identidade visual e suas aplicações”
freqüência atingida (21), o que revela que, apesar de importante, não houve consenso
a respeito desta questão. Um valor de intensidade positivo baixo indica que quase a
metade das unidades de registro tiveram direção negativa, ou seja, apontando para a
ao do “contato com a realidade”, só que negativo. Nas declarações dos alunos aparece
uma diversidade de visões sobre o tema. Enquanto alguns afirmam que o curso se dá
70
aulas tinham uma parte prática muito grande, às vezes a parte teórica chegava a ser
confusão e descontentamento.
grau de intensidade atribuído foi (-11), indicando que os alunos têm uma visão oposta
ao tema, ou seja, da pertinência do computador não como ferramenta, mas como parte
que obteve uma baixa freqüência (4), mas, em comparação, um grau de intensidade
muito alto (+10). As declarações são contundentes: “A Informática tem uma grande
grande descontentamento entre os alunos. Com valor freqüencial 7, mas com grau de
intensidade (-14), esta foi a questão qualificada mais negativamente pelos respondentes.
“(...) No início senti um pouco de dificuldade pois não tinha computador e era mais
complicado resolver manualmente os trabalhos (...) Acredito que seja muito complicado
PUC pôs seus alunos de design em contato com tecnologia de ponta, ou até mesmo
mas com visão negativa de sua iniciativa. Vejamos algumas falas: “Aprendi tudo
durante o curso. Contudo, na maior parte dos softwares que aprendi foi por
“Acredito que sim, apesar de que muitas vezes creio que certas disciplinas deveriam
que parece calcado na prática, ele tem de tomar a iniciativa de “correr atrás”, embora
No entanto, numa instituição como a PUC-Rio, que prima pela excelência de seus
com a”, “Informática como Ferramenta” e “Aluno, Iniciativa do”, que apresentaram os
na tabela 1, destaco que estes dois enfoques podem se referir tanto ao modelo
aluno (-3), revelando um aluno ativo, porém pouco participante, característico destes
dois modelos.
devido a este valor discreto, tendo em vista a alta freqüência do tema, arrisco-me a
74
dizer que a visão germânica de ensino, com enfoque conjugado entre teoria e prática
curso de Desenho Industrial da ESDI numa discreta, mas não definitiva correlação com
germânico de universidade.
atribuída, tanto pela UERJ quanto pela ESDI, ao modelo germânico de universidade.
conseguem perceber nas práticas de ensino do curso sua estreita ligação com o
respondentes, a direção de total das respostas, indica uma pequena rejeição ao curso
resultado (-51), como pode ser visto na tabela 3, revelando, novamente, uma visão
negativa do curso.
qualidade do curso representa 26% do total dos temas abordados pelos alunos, sendo
19% no total.
“Ensino, Qualidade do” e “Professor, Qualidade do”, se encontra o valor (-36), que
As declarações de carência
Os resultados da análise de conteúdo dos questionários respondidos pelos
prática, com freqüência 16 e intensidade (+13). A partir das declarações dos alunos
“(...) Falta de tempo para complementar com leituras o conteúdo basicamente prático
indicam visões opostas sobre o curso, ora carente na prática, ora carente na teoria. De
intensidade (-4) reforça esta posição “Como já disse, faltou prática em muitos casos.
(...)” (AE/FBG/22/F/5a[-2]).
As falas sobre a relação entre teoria e prática acrescentam outras visões, como
“Hove (sic) teoria e prática. Sempre, antes de um novo projeto ser dado à turma, havia
teóricas para transmitir todo o conteúdo desejado, necessário para desenvolver todos
execução de práticas, mas não como objeto de estudo. É uma visão positiva quando o
aluno afirma que “A informática foi encarada como uma ferramenta de auxílio para a
ter uma vertente positiva, como “(...) mas nós aprendemos conforme a necessidade na
que sei foi aprendida por minha própria conta” (AE/BCMS/21/F/5b[-1]). Estas duas
intensidade mais significativo, (-3). A afirmação a seguir esclarece este assunto: “Penso
que aprendi pouco na área de análise gráfica, porque quando fiz a matéria não dei a
devida importância e não pesquisei. Nas outras matérias acho que fui melhor”
(AE/JL/22/M/3[-2]).
ensino.
78
Quando o aluno passa a acreditar que seu futuro depende mais dele do que da
instituição - “(...) sendo necessário que os alunos aprendam por conta própria,
dá na idade de 25 anos.
Estas são: “Prática, Necessidade da”, “Realidade, Contato com a”, “Realidade, Mudança
com freqüência 15, e necessidade da informática, com freqüência 11, podem ser
primeiro. Desta forma, por terem recebido altos indicadores positivos (+11) e (+7),
tema mais importante para os alunos da UniCarioca, com 20% de participação total,
americano. O contato com a realidade, segundo tema mais abordado, com freqüência
(+8). Neste caso, porém, o enfoque num saber acadêmico revela indícios ou de um
Assim, com apoio no resultado da análise dos temas restantes, e amparado nas
abordados. Pela análise dos dados coletados, tudo indica que os alunos do curso
apresento é o grau de intensidade total, que é (+43), como pode ser visto na tabela 4.
enquanto o grau de intensidade atribuída ficou neutro (0) para o ensino e (+1) para o
Industrial da UniCarioca não estão muito preocupados com a avaliação do curso, até
outros aspectos indicados pelos alunos, e não a uma preocupação direta dos alunos
As declarações de carência
Dentre as subcategorias presentes no resultado da análise de conteúdo das
respostas dos alunos da UniCarioca, a única que obteve grau de intensidade total negativo
(-3) foi “Ensino, Grande amplitude do”, com freqüência 7. Esta subcategoria refere-se a
uma visão pelo aluno, positiva ou negativa, da diversidade de temas ou disciplinas que
fazem parte do seu curso. No caso da UniCarioca os alunos acreditam que “O tempo,
aliás a falta de tempo; são poucas aulas para uma matéria tão extensa (...)”
da UniCarioca, o que gera normalmente, por parte dos professores, uma tentativa de
temas foi positiva, precisei buscar algumas declarações negativas apresentadas em diversas
como se observa em “A informática e as novas tecnologias obrigão (sic) o usuário está (sic)
sempre ‘ligado’ as (sic) novidades (...)” (AC/AALS/24/M/3a[-2]). Outro assunto coletado foi a
falta de contato com a realidade na unidade de registro “(...) deveríamos ter mais vizitas
(sic) a gráficas p/ manter relação com a prática o ‘dia a dia’ de certo modo. (...)”
como se destaca nos textos “(...) deixando a desejar a parte prática” (AC/DAB/23/F/4b [-2]),
82
Sobre esta última questão, da falta de prática no curso, foi possível localizar diversas
outras unidades de registro com o mesmo ponto de vista em algumas subcategorias. Não
constituem uma maioria, mas chamam a atenção na medida em que um curso que objetiva
a formação profissionalizante não disponibilize os recursos para tal, ou pelo menos que tais
recursos não atendam ou não sejam percebidos por uma parte significativa do seu público.
Considerações finais
perceber até que ponto os alunos entendem os limites a que se propõe a universidade
em suas práticas, quando esta apresenta sua missão e objetivo enquanto instituição de
ensino. Penso que muitas vezes o aluno descreve uma realidade como negativa por
desconhecer ou por não perceber sua relevância, quando não era condizente com a
proposta da universidade atender a tal demanda. Por outro lado, considero que não se
propostos pela universidade na sua ação formadora, estando ele já no último semestre
84
do curso – momento da aplicação dos questionários –, é fato que houve alguma falha
comunicacional entre a instituição e seu aluno, uma vez que ele acabou não sendo
formado para considerar irrelevante algo que a universidade caracterizou como tal a
priori. É neste sentido que não estou me propondo a qualificar ou desqualificar, mas
sim a entender quais são as motivações valorativas dos estudantes dos cursos de
acadêmica, não estou reduzindo a real amplitude das propostas, mas, tão somente,
pesquisa. É, certamente, uma visão parcial de cada uma destas instituições, não
servem como base para uma melhor compreensão do papel desempenhado por cada
avaliar de forma prática, mas não absoluta, a compreensão das propostas universitárias
pelo seu corpo discente. É a partir da verificação positiva desta compreensão que se
pode partir para analisar as carências de prática e ensino apresentadas pelos alunos.
clareza na compreensão das propostas acadêmicas pelos alunos. Dos três cursos
investigados, foi a UniCarioca que obteve dos seus alunos os indicadores de qualidade
mais positivos. Esta foi seguida pela PUC-Rio e depois pela ESDI/UERJ.
Quando iniciei esta pesquisa e defini o meu universo de análise nas três
esta visão estava calcada em preconceitos adquiridos ao longo de alguns anos como
pelos diversos processos seletivos, não apenas na busca da “melhor”, mas também da
que lhes seja melhor conforme seus interesses e necessidades. Aquele que deseja
seguir carreira acadêmica, por exemplo, irá se dirigir a uma instituição qualificada para
tal, normalmente uma pública ou uma de referência em sua área. Da mesma forma, os
universidades que lhes possibilitem esta formação, mas também conforme seus
interesses e possibilidades.
86
As universidades mais disputadas têm suas vagas preenchidas pelos alunos com
aqueles que desejam uma formação de melhor qualidade, cujo diploma seja
têm condições para tal. As “universidades de mercado” suprem esta demanda. Elas
oferecem um acesso cada vez mais facilitado e uma capacitação profissional que
superior. São instituições distintas, com papéis distintos, atreladas a modelos distintos
de universidade.
vestibular. Ela oferece também cursos politécnicos de nível superior com duração
para o mercado e revelaram satisfação com o curso. A PUC-Rio apresenta seu corpo
positivo. Apesar disto, este curso de Desenho Industrial é referência na área, seja pela
tradição, seja pela qualidade de seu corpo docente. Existe um enfoque na pesquisa e
na colaboração professor-aluno. Todavia isto não parece ter sido suficiente para os
alunos.
87
preconizam uma formação intelectual, seja ela voltada para um saber especializado ou
um saber universal. Tal formação parte do princípio, ou alcança como objetivo final,
o seu aluno à opção pelo mais fácil, e não pelo melhor. Esta crítica ganha corpo na
percepção de que os alunos mais dotados acabam por sucumbir ante a possibilidade
gôndolas, onde o aluno tem grande liberdade de escolha, é usual nos meios
acadêmicos.
comunicacional.
Desta forma, numa visão geral, posso afirmar que, dentro do contexto em que
discente crítico. Não estou afirmando que não existam carências ou mesmo críticas das
pelos respondentes.
triângulo são constituídos por: atendente, cliente e o objeto da troca, sendo este último
relação entre aluno e UniCarioca, onde o primeiro contrata o segundo para que lhe
forneça uma formação superior de boa qualidade, o que significa um diploma aceito
papel social, no seu gênero (BAKHTIN, 1997b), para poder dar andamento ao objeto
89
que foi contratado. Não há grande preocupação com a avaliação institucional - como
interlocutores que se constitui a carência sinalizada pelo aluno. Por exemplo, a falta de
institucional que deve ser suprida ao aluno para a manutenção de uma relação
acadêmica satisfatória.
por uma melhor e mais adequada solução, o aluno é formado para avaliar hipóteses e
de Artes & Design da PUC-Rio foram: falta de uniformidade entre as práticas de ensino
realidade; falta de recursos institucionais para a prática do ensino. Além disso, o aluno
prática, ele toma a iniciativa e busca soluções alternativas, mesmo ciente de não ser
com o segundo. Ficou claro também que os alunos são capazes de perceber a
90
alunos da PUC-Rio.
distintos que convivem num mesmo espaço e se expressam por práticas de ensino
ensino para o saber preconiza uma prática mais teórica, voltada para uma visão mais
ainda a presença de duas concepções distintas: a primeira com uma visão social de
técnico-estéticas.
de práticas de ensino. Ao que tudo indica, contudo, estas práticas, que se inserem nas
multifuncional, como a possibilidade de abarcar mais opções, mas sim como uma falta
de definição do papel a ser cumprido pelo seu interlocutor. Na medida em que não há
uma percepção adequada do gênero em que o outro se insere, a relação sofre uma
ruptura.
questão de produção, no contato com gráficas, agências etc. Não há como avaliar,
91
espaço acadêmico. Qualquer investida fora destes limites é uma concessão do aluno
institucional a que se propõe o curso. O mais grave, no entanto, não é a ausência dos
recursos, mas a idéia de sua ausência, que está atrelada não a um fato que pode ser
fora do curso a solução para as deficiências por ele destacadas. Esta valorização
negativa vai contra a proposta acadêmica do Departamento de Artes & Design que tem
efetivamente numa carência de ensino, como sinalizado pelos alunos nos resultados
apontados.
92
Nenhum dos indicadores de qualidade foi positivo. Pelo contrário, muito negativos.
prática. Segundo as declarações dos alunos, esta proposta do curso é bastante clara e,
inicial da pesquisa, esteve presente no discurso dos alunos das três instituições
pesquisadas. Todavia, foi na ESDI que encontrou maior eco, certamente devido à
maior percepção de carência pelos alunos. Relembro que a consecução prática dos
para si o uso de ferramentas modernas que lhes propiciem mais agilidade, capacidade
nos meios eletrônicos, que são a base de referência para tais exigências.
Assim, não se trata de discutir a necessidade ou não destes recursos, mas sim a
oferecida pelo curso. Sendo ambas formadoras da proposta institucional da ESDI, que
Novos rumos
pesquisa poderia vir a contribuir com sugestões específicas acerca da síntese entre a
propostas acadêmicas estão sendo transmitidas aos alunos nas disciplinas e como isto
vem ocorrendo. Para tanto seria necessário então formar novas categorias de análise
Práticas de Ensino
Prática Experimental, com Prática Subjetiva, com enfoque Prática Metodológica, com
enfoque na auto-construção da na não-construção, na enfoque na pré-construção da
prática, privilégio da criatividade e constituição de uma prática pela prática, preocupação com técnicas
da crítica, uso da experimentação experiência pessoal, calcada na eficazes e modernas, pré-
e da pesquisa e integração desta relação pessoal e emotiva ou, no constituição do saber e
com o ensino assim como da pólo oposto, calcada na não- distanciamento do aluno.
teoria com a prática. relação, no total distanciamento,
na concepção de ‘torre de
marfim’.
Tabela 5: Proposta de categorias voltadas para a prática de ensino.
fundamentadas, ou seja, aquelas que são declaradas, mas que não encontram respaldo
na proposta institucional.
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Anexo 1.1
A universidade
102
Anexo 1.1.1
A palavra do reitor
103
Anexo 1.1.1.1
PUC-Rio
Mensagem do Reitor
Anexo 1.1.1.2
UERJ
Palavra da Reitora
O lançamento do novo site da UERJ é mais um dos fatos que marcam as
comemorações dos 50 anos da Universidade. E, mais do que um site, é um novo canal
aproximando Academia e Sociedade. Este projeto é um esforço no sentido de potencializar o
que o novo mundo da Internet oferece de melhor, que é a democratização da Informação.
Desta maneira, a Universidade integra no site alunos, professores, servidores e comunidade
em tempo real através de serviços como o aluno on-line e protocolo on-line, entre oito
serviços disponíveis 24hs. Da mesma forma, o Espaço do Servidor é mais um canal criado para
manter um fluxo constante e sempre atualizado de informações para o servidor. O novo site é
a reafirmação concreta da proposta desta Reitoria de contribuir para o fortalecimento da
Universidade Pública Gratuita e de Qualidade cada vez mais acessível e sempre presente.
Nilcéa Freire
http://www.uerj.br/administracao/reitoria/rei.html, 02/06/2002
Senhora Governadora17,
É uma honra estarmos aqui hoje, reunidos para recebê-la como Chanceler de nossa
Universidade - cargo que cabe a Vossa Excelência pela lei maior de nosso Estado e pelo
estatuto da UERJ.
Esta Universidade, da qual Vossa Excelência passou a fazer parte ao assumir o mais
alto posto do Executivo do Estado do Rio de Janeiro, tem uma história que a partir de hoje
devemos compartilhar com Vossa Excelência através dos compromissos que assumimos
mutuamente neste ato solene.
Nossa história não difere daquela de qualquer outra universidade pública de nosso
país; tampouco diferem suas glórias e suas mazelas. Mas há, como sempre, uma parte que é
inteiramente singular. Singular porque escrita por indivíduos que interagem de maneira
própria com esta instituição, que se situa neste espaço geográfico e político determinado.
Nossa trajetória guarda estreita relação com a de nosso Estado. Se observarmos nossos
avanços e recuos, poderemos traçar inúmeros paralelos com o que também aconteceu nos
últimos 50 anos, no Rio de Janeiro.
Nascemos como UDF, posteriormente fomos UEG e a partir da fusão nos
transformamos em UERJ. A cada uma dessas mudanças de denominação corresponderam
lutas, derrotas e vitórias.
17
Discurso pronunciado em 8 de maio de 2002 na cerimônia de investidura da Governadora do Estado
do Rio de Janeiro, Benedita da Silva, como Chanceler da UERJ.
106
Anexo 1.1.1.3
UniCarioca
Palavra do Reitor
TALENTO CARIOCA
O lançamento do segundo número da revista on-line CUCA, elaborada por professores
e alunos dos cursos de Comunicação e Design da UniCarioca, demonstra o talento natural da
instituição para a produção de iniciativas que integrem as novas mídias digitais. Visualmente
bem-elaborada e com conteúdo interessante, a CUCA veio para ficar. É uma demonstração
clara de que os profissionais que trabalham com a Comunicação do futuro deverão saber lidar
com a informação multimídia como instrumento corriqueiro de trabalho. É para esses
profissionais que a UniCarioca dirige seus cursos, todos eles com ênfase nas novas
Tecnologias da Informação. Somos partidários da visão de que as carreiras estão se
combinando, e que saber usar a tecnologia é um diferencial importante. Formamos agentes de
transformação, cidadãos de um mundo em que só quem possui o conhecimento pode
prosperar. Crianças, cuidado: aqui na UniCarioca a CUCA já pegou...
Celso Niskier
(http://www.carioca.br/, 02/06/2002)
109
Anexo 1.1.2
Missão e objetivos institucionais
110
Anexo 1.1.2.1
PUC-Rio
Missão
A Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro é uma instituição de direito
privado sem fins lucrativos que prima pela produção e transmissão do saber, baseando-se no
respeito aos valores humanos e na ética cristã, visando acima de tudo o benefício da
sociedade.
A PUC-RIO busca a excelência na pesquisa, no ensino e na extensão para a formação
de profissionais competentes, habilitados ao pleno desempenho de suas funções.
Esses profissionais são inseridos na realidade brasileira e formados para colocar a
ciência e a técnica sempre a serviço do homem, colaborando através dos conhecimentos
adquiridos na Universidade para a construção de um mundo melhor, de acordo com as
exigências da justiça e do amor cristão.
A PUC também se compromete com a verdade, com o pluralismo cultural, o diálogo, a
simplicidade no agir, a primazia do bem comum sobre os interesses individuais e o
desenvolvimento do espírito de solidariedade.
(http://www.puc-rio.br/sobrepuc/historia/index.html, 02/06/2002)
111
Anexo 1.1.2.2
UERJ
SRG - Sub reitoria de graduação
Sub-reitor: Prof. Isac João de Vasconcellos
Missão: Administar o ensino de graduação, promovendo a educação plena
continuada.
(http://www.uerj.br/sr1/sr1.html, 02/06/2002)
Programas e Projetos
Programa de Interiorização do Ensino de Graduação
Objetivo: analisar as demandas da comunidade fluminense, afim de implantar cursos
de graduação nas modalidades presencial, semi-presencial e à distância, contribuindo de forma
ativa para a execução da política de desenvolvimento do interior do estado.
Programa de Aprimoramento do Ensino de Graduação
Objetivo: promover estudos e pesquisas que visem ao aprimoramento do desempenho
institucional e à qualificação dos recursos humanos para a melhoria do ensino de graduação.
(http://www2.uerj.br/~deg/programas/index.html, 02/06/2002)
Anexo 1.1.2.3
UniCarioca
Não foi localizada nenhuma página intitulada “Missão e objetivos institucionais”.
114
Anexo 1.1.3
História da instituição
115
Anexo 1.1.3.1
PUC-Rio
História da PUC-Rio
I. Antecedentes Históricos
1540 - A Companhia de Jesus
Santo Inácio de Loyola funda, com 9 Companheiros, em Roma, a Companhia de Jesus.
O objetivo era, principalmente, a difusão do catolicismo e, logo depois também, a formação
cultural dos indivíduos.
1549 - Chegada dos Jesuítas ao Brasil
Menos de 9 anos após a criação da Companhia de Jesus, em 29 de março de 1549, os
jesuítas chegaram ao Brasil junto com o 1º Governador Geral do Brasil, Tomé de Sousa.
Vieram aproximadamente 1500 pessoas, incluindo 6 jesuítas, liderados pelo Pe. Manoel da
Nóbrega.
1553 e depois... - Expulsão dos Jesuítas. Escolas católicas
Quatro anos depois chegaria o também jesuíta José de Anchieta, "O Apóstolo do
Brasil". Os jesuítas fundaram várias escolas no Brasil, que muito prosperaram, inclusive no Rio
de Janeiro, no antigo Morro do Castelo. Em 1759 os Jesuítas foram expulsos de Portugal e de
todas as suas colônias, inclusive do Brasil, pelo Marquês de Pombal, então Primeiro Ministro
de Portugal. Eles só voltariam ao nosso país em meados do século XIX, tendo fundado o
Colégio Santo Inácio, no Rio de Janeiro, em 1903.
II. A PUC-RIO
1938 - Criação da Universidade Católica do Brasil
O Concílio Plenário (de Bispos) do Brasil se reúne e decide criar a Universidade
Católica do Brasil. O Cardeal D. Leme foi o responsável pela criação da nova universidade. Pe.
Leonel Franca S.J. foi o grande idealizador da obra e seu primeiro Reitor.
1940 - Surgem as Faculdades Católicas
Em 30 de outubro de 1940, o Presidente da República, Getúlio Vargas, assina o
Decreto nº 6.409 autorizando a instalação da Faculdade de Direito, com o curso de
Bacharelado e da Faculdade de Filosofia com cursos de Bacharelado e Licenciatura em várias
disciplinas. As Faculdades funcionariam nas instalações do colégio Santo Inácio.
1941 - Missa Inaugural
No dia 15 de março de 1941, foi realizada a inauguração solene dos cursos das
"Faculdades Católicas", com instalações no Colégio Santo Inácio, na rua São Clemente, em
Botafogo.
1943 - Primeira turma de formandos
116
Em 1943 as Faculdades Católicas já contavam com 337 matrículas. Nesse mesmo ano, a
Faculdade de Filosofia realizava sua primeira colação de grau.
1946 - Formação da Universidade Católica do Rio de Janeiro
A "Escola de Serviço Social", instituição católica e que já existia, se integra às
"Faculdades Católicas". Com três unidades, de acordo com a lei em vigor no Brasil, ela se
transforma em Universidade: a Universidade Católica, a primeira do país.
1947 - A elevação à Pontifícia
Por decreto da Santa Sé, a Universidade Católica do Rio de Janeiro passa a ser
Pontifícia, adquirindo então o seu nome atual: Pontifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro.
1948 - Criação da Escola Politécnica
Com o crescente desenvolvimento da indústria no país, a necessidade de cursos na
área de engenharia era imprescindível. Dessa forma foi criada a Escola Politécnica da PUC, a
EPPUC. Um dos líderes na criação foi o Pe. Pedro Velloso Rebello S.J., jesuíta e engenheiro, e
que seria o terceiro Reitor da PUC a partir de 1951. Esse ano também é fortemente marcado
pelo falecimento do Pe. Leonel Franca S.J. Ele foi chamado, com justiça, de "o pai espiritual da
inteligência católica do Brasil". Substitui-o como Reitor o Pe. Paulo Bannwarth S.J.
1951 - Lançamento da Pedra Fundamental - novo campus
No início da década de 50, a PUC adquire o seu atual terreno na Gávea. É lançada a
pedra fundamental da construção do campus. Neste ano é também fundada a Associação dos
Antigos Alunos da PUC.
1952 a 1954 - Abertura de novos cursos
Buscando explorar novos campos do conhecimento, a faculdade de Filosofia cria o
curso de Jornalismo em 1952. Em 1954 iniciaram-se as aulas do curso de Psicologia Aplicada, a
Escola de Sociologia e Política, a Escola Médica de Pós-Graduação e os cursos de
Aperfeiçoamento Odontológico, que mais tarde constituiriam o IOPUC.
1955 - Inauguração do novo campus
O dia 17 de julho de 1955, foi o da inauguração da nova sede da PUC com a presença
e bênção do Cardeal Legado Papal, que aqui viera para o Congresso Eucarístico Internacional
que então se realizava no Rio de Janeiro. O campus da Gávea, na Rua Marquês de São
Vicente, dispunha então de uma área de cerca de 70mil m². (Hoje são mais de 100 mil m² no
campus I). Com essa área, vários projetos para novas instalações puderam ser consolidados,
como o Instituto de Física, o Centro de Geografia, a Agência de Serviço Social da Família e o
Departamento de Assistência Jurídica. Toda a Universidade funcionava no Ed. Cardeal Leme,
muito ampliado posteriormente.
1958 - Inauguração do IOPUC e do IAG
117
as matrículas adquirem uma grande flexibilidade, propiciando forte interação entre os diversos
cursos. Em 1968 é criado o Departamento de Teologia, que não poderia faltar numa
Universidade Católica. Ao início, matriculam-se seminaristas, mas poucos anos depois o curso
de teologia atrairia vários leigos, principalmente mulheres.
1972 - Fundação do RDC e ampliação do Cardeal Leme
O Rio Data Centro, que na época centralizava todo o trabalho de computação da PUC,
criado em 1970, recebe em 1972 sua sede atual em estilo elegante e moderno.
O Edifício Cardeal Leme, que já fora expandido 6 e 4 anos antes, com as instalações dos
Institutos de Física e Química, recebe nova expansão em 1972, abrigando vários
Departamentos.
1973 - Construção do Edifício Padre Leonel Franca
Ao início de 1973, os Jesuítas, aos quais está confiada a Direção da Universidade,
mudam de moradia no campus da Universidade, passando do 5º andar do Ed. Cardeal Leme
para o Ed. Pe. Leonel Franca, que acabara de ser construído.
1973 a 1976 - Crise financeira
A PUC passa por uma crise financeira séria, comprometendo sua capacidade de
investimento, mas não sua qualidade, considerada uma das melhores universidades do país. É
convocado para reger novamente a Universidade, como seu 7º Reitor, naqueles tempos
difíceis, o Pe. Pedro Velloso Rebello.
1980 - Centro Cultural da PUC
Em 1980 é criado o Centro Cultural da PUC, cuja sede é o "Solar Grandjean de
Montigny", uma casa no campus da PUC, construída pelo arquiteto francês Grandjean de
Montigny na primeira metade do século XIX e que fora tombado pelo Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional em 1938.
1980 a 1990 - Tempos Difíceis
As dificuldades financeiras da década anterior se prolongam pelos anos 80, em grande
parte devidas à instabilidade do país, com alta inflação, refletindo-se nos atrasos dos
desembolsos por parte das agências governamentais de apoio à pós-graduação e pesquisa. Os
investimentos na estrutura física da Universidade diminuem dramaticamente, mas a qualidade
do ensino e pesquisa se mantêm. Quem regeu a Universidade de 1976 a 1982, como seu 8º
Reitor, foi o Pe. João Amazonas MacDowell S.J., liderando a Universidade numa crise de
identidade perigosa e complexa. Ao final do anos 80 a maioria dos Departamentos da PUC já
têm programas de Mestrado e Doutorado. Em 1982, foi convocado para reger de novo a
Universidade, como seu 9º Reitor, o Pe. Laércio Dias de Moura S.J., que ficaria no cargo até
1995.
1990 a 1995 - Tempos ainda mais difíceis, início do ajuste
119
Anexo 1.1.3.2
UERJ
Não foi localizada nenhuma página contendo a história da UERJ.
123
Anexo 1.1.3.3
UniCarioca
História da UniCarioca
Anexo 1.2
O curso
125
Anexo 1.2.1
Missão e objetivos institucionais
126
Anexo 1.2.1.1
Departamento de Artes & Design da PUC-Rio
Departamento de Artes & Design
O Departamento de Artes & Design, desde a sua criação, tem se guiado pelos ideais da
PUC-RIO. Seu Curso de Graduação em Desenho Industrial tem propiciado aos alunos o estudo
e a pesquisa em relação à forma bem como a discussão em torno da prática de projeto,
buscando incentivar sua capacidade de reflexão, além de cuidar da fundamentação teórica e
de promover o exercício prático. Já se tornou marca registrada desse curso a orientação no
sentido de que o aluno trabalhe em um contexto real, favorecendo assim a identificação de
problemas inusitados e soluções formais originais.
O curso tem como objetivo formar profissionais na área de Design, habilitando-os a
atuar com competência, senso crítico e reflexão apurada nas habilitações de Comunicação
Visual e Projeto de Produto, tanto nos setores privado e público, com profissionais liberais ou
contratados; e também nos setores empresarial, de consultoria e de pesquisa.
O bacharelado em Desenho Industrial, em ambas as habilitações, tem carga horária
mínima de 2865 horas, que correspondem a 191 créditos, entre disciplinas eletivas e
obrigatórias.
O Departamento de Artes & Design está situado em prédio próprio, onde estão
instaladas as salas de trabalho e estudo de professores do Quadro Principal, além da
secretaria, sala de orientação acadêmica e sala da direção.
(http://www.puc-rio.br/sobrepuc/depto/dad/inf/index.html, 02/06/2002)
Apresentação
No nosso cotidiano, estamos rodeados de inúmeros objetos e sistemas de uso e de
informação: cartazes; livros, logomarcas; sinalização de ruas; painéis eletrônicos; bicicletas;
aparelhos e utensílios de uso profissional e doméstico; computadores; embalagens; cadeiras;
maçanetas; canetas; luminárias e muitos outros objetos, equipamentos e sistemas criados pelo
homem e para o homem. A atividade do Desenho Industrial ocupa-se justamente da criação,
avaliação ou seleção de soluções para atender o indivíduo, que se materializam sob a forma
desses objetos, imagens e sistemas de uso e informação presentes no nosso dia a dia. O
Departamento de Artes da PUC-RIO prepara os seus alunos para profissionalizarem-se na área
de Desenho Industrial, oferecendo as habilitações de Comunícação Visual e Projeto de
Produto e proporcíonando uma formação interdisciplinar e humanista voltada para a realidade
da nossa sociedade. O ensino de Desenho Industrial da PUC-RIO tem como característica
principal o contato do aluno, desde o início de sua vida universitária, com situações reais de
projeto, contribuindo, assim, para o desenvolvimento de sua autonomia e ampliação de seu
conhecimento sobre a realidade do País e seu povo. Para o desenvolvimento de suas
127
Cursos de graduação
O Departamento de Artes & Design oferece dois cursos de graduação: o bacharelado
em Design com habilitações em Comunicação Visual e em Projeto de Produto e, em parceria
com o Departamento de Engenharia Civil, oferece também o Bacharelado em Arquitetura e
Urbanismo.
(http://www.puc-rio.br/sobrepuc/depto/dad/gra/gra_habil.html, 02/06/2002)
Comunicação visual
O curso
O curso de Graduação em Desenho Industrial da PUC-RIO tem como objetivo formar
profissionais na área de Design, habilitando-os a atuar com competência, senso crítico e
reflexão apurada nas habilidades de Comunicação Visual e Projeto de Produto, tanto nos
setores privado e público, como profissionais liberais ou contratados; e também nos setores
empresarial, de consultoria e de pesquisa.
(http://www.puc-rio.br/sobrepuc/depto/dad/gra/gra_habil_cv.html, 02/06/2002)
128
Anexo 1.2.1.2
ESDI – Escola Superior de Desenho Industrial
Objetivos
Proporcionar ao estudante um amplo conhecimento acerca dos meios, dos materiais e
da linguagem do design é o principal objetivo da graduação da ESDI.
Paralelamente a essa vertente instrumentadora, a Escola Superior de Desenho Industrial
desenvolve e incentiva, de forma intensa, a reflexão sobre a atividade.
Metodologia e expressão pessoal se conjugam em binômio fundamental de sua prática
pedagógica.
Investigação e análise, conhecimento histórico, possibilidades lingüísticas e
tecnológicas vêm constituir a base referencial a partir da qual o estudante poderá se arriscar
em suas formulações conceituais e formais.
O regime adotado pelo curso é o seriado anual, sendo que nas duas primeiras séries as
aulas ocupam período integral, e nas demais séries o período da manhã.
(http://www.esdi.uerj.br/graduacao/p_grad.shtml, 02/06/2002)
129
Anexo 1.2.1.3
Curso de Desenho Industrial da UniCarioca
Desenho Industrial
O curso de Desenho Industrial da UniCarioca possui duas habilitações (Designer
Gráfico e Designer de Produto) ambas com ênfase no uso da computação gráfica como meio
de expressão e configuração de idéias e projeto, além das suas ênfase específicas: a
Programação Visual (Design Gráfico) foca os projetos de multimídia e design de telas para a
web; o Projeto de Produto (Design de Produto) foca os projetos de mobiliário doméstico e
institucional devido ao grande mercado existente no Rio e no Brasil.
Design Gráfico
Tem por objetivo formar o programador visual ou designer gráfico que projeta sistemas
e suportes para a informação visual que podem ser bi ou tridimensionais como cartazes,
sinalização, urbana ou predial, logomarcas, embalagens, interface gráfica para sites na web,
projetos gráficos de livros etc.
Design de Produto
Tem por objetivo formar o desenhista de produto ou designer de produto que projeta
produtos ou sistemas de produtos industrializados para o uso humano como eletrodomésticos,
móveis, luminárias, suportes para feiras e exposições, embalagens, interiores de veículos de
transportes etc.
(http://www.carioca.br/, 02/06/2002)
130
Anexo 1.2.2
História do curso
131
Anexo 1.2.2.1
Departamento de Artes & Design da PUC-Rio
História do Departamento de Artes & Design
1972
O Departamento de Artes da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro originou-se
no Departamento de Letras, a partir de um núcleo de disciplinas teóricas de Arte, Manifestações
Artísticas e História da Arte, oferecidas como eletivas na complementação da formação básica dos
alunos dos diversos Departamentos do Centro de Teologia e Ciências Humanas.
1973
Após uma avaliação da capacidade instalada dos laboratórios e oficinas disponíveis e
das disciplinas oferecidas pelos diversos cursos dos três centros da PUC-RIO, Centro de
Teologia e Ciências Humanas, Centro de Ciências Sociais e Centro Tecnológico e Científico,
identificou-se a viabilidade de oferecer os Cursos de Desenho Industrial, de Comunicação
Visual e de Licenciatura em Educação Artística. Para este fim, criou-se uma Coordenação de
Artes no âmbito do Departamento de Letras.
1978
Ao final de quatro anos, em vista dos resultados alcançados na graduação, a PUC-RIO
teve reconhecida, oficialmente, as formações em Artes que vinha oferecendo. Através da
resolução de 31 de julho de 1978, o então Reitor, Pe. João A. McDowell, S.J., oficializou a
criação da unidade constitutiva do Departamento de Artes.
1988
Mais tarde o curso de Licenciatura em Educação Artística foi descontinuado e os dois
outros cursos foram unidos num único curso de Desenho Industrial, que passou a oferecer
habilitações em Projeto de Produto e Comunicação Visual.
1994
O Departamento de Artes deu início ao seu programa de Mestrado em Design, que
representa o desdobramento natural do trabalho que vem sendo realizado neste departamento,
ao longo de mais de vinte anos de ensino de graduação em Design.
(http://www.puc-rio.br/sobrepuc/depto/dad/inf/info_hist.html, 02/06/2002)
132
Anexo 1.2.2.2
ESDI – Escola Superior de Desenho Industrial
História da ESDI
A ESDI é um centro de educação superior em Design vinculado à Universidade do
Estado do Rio de Janeiro.
O Design, ou desenho industrial, é a área do conhecimento que trata do planejamento,
da programação e do projeto dos objetos com os quais o homem lida em seu cotidiano, assim
como dos ambientes em que mantém seu espaço de vida.
A atividade de Design pode ser desenvolvida em vários níveis e especialidades, e é no
sentido de proporcionar uma formação ampla, onde seu sentido básico venha a ser
compreendido sob forma aprofundada, que a ESDI vem operando em seus 38 anos de
existência.
O curso de graduação se desenvolve em cinco anos, oferecendo habilitação integral
em design (desenho de produto e comunicação visual). O ingresso é feito anualmente através
de concurso vestibular promovido pela UERJ.
A ESDI está instalada em um conjunto de prédios na Lapa, centro do Rio, onde possui,
além de salas de aula, oficinas de madeira, metal, gráfica, laboratórios de fotografia e
informática, biblioteca especializada e salas de pesquisa.
(http://www.esdi.uerj.br/p_intr.shtml, 02/06/2002)
133
Anexo 1.2.2.3
Curso de Desenho Industrial da UniCarioca
Não foi localizada nenhuma página contendo a história do Curso de Desenho
Industrial da UniCarioca.
134
Anexo 1.2.3
Outras informações
135
Anexo 1.2.3.1
Departamento de Artes & Design da PUC-Rio
Pós-Graduação em Design
Introdução
No Brasil, apesar do grande número de cursos de graduação em Desenho Industrial,
tardou a criação do primeiro mestrado nesta área. Este iniciou-se na PUC, em 1993. Ao longo
de mais de 30 anos de ensino institucionalizado no País, os cursos de Design vêm formando,
além de bacharéis que atuam preferencialmente na área de desenvolvimento de projetos, um
contingente de profissionais que se dedica ao ensino. Este último grupo é motivado a realizar
estudos avançados, uma vez que seus membros atuam em universidades e escolas ou em
institutos e núcleos de pesquisa. Mais ainda, estas entidades demandam e privilegiam, com
mais empenho, a capacitação de seus recursos humanos. Para cumprir programas de educação
avançada no país, os designers visitavam - e ainda hoje procuram - diversas áreas de
conhecimento, tais como Educação, Estética, Filosofia, Comunicação Social, Semiologia,
Engenharia de Produção, Ergonomia, Antropologia. Outra solução: cursar mestrado ou
doutorado no exterior. Possibilidade que se torna mais restrita a cada ano, seja pelo CNPq ou
pela CAPES. Na falta desta possibilidade só restava o exterior. Nesse cenário, foi criado, em
1993, no Departamento de Artes & Design, da PUC-RIO, o Programa de Mestrado em Design,
com a seleção da primeira turma. Este iniciou curso para obtenção do grau de mestre, em
março de 1994. O curso conta, atualmente, com onze professores doutores e dois professores
em fase final de doutoramento. O programa de Mestrado em Design da PUC recebe
profissionais graduados em Design, em ambas as habilitações da profissão, Projeto de Produto
e Comunicação Visual, bem como profissionais oriundos de áreas correlatas ou afins como
Comunicação, Arquitetura, Engenharia, Filosofia, etc. Desde a entrada da primeira turma de
oito candidatos, em 1994, o curso contou com 115 alunos. Deste total, cerca de 70% atuam no
magistério, majoritariamente em universidades. Atualmente, acham-se regularmente
matriculados no curso 67 alunos. O que dá uma relação de menos de 6 alunos por professor.
Os pesquisadores e alunos do programa de Pós-graduação em Design da PUC-Rio destacam-se
por sua colaboração no desenvolvimento de pesquisas na área, através da publicação de
artigos e apresentações em congressos no Brasil e no Exterior. Participam ainda, de modo
substantivo, nas discussões sobre currículo e pós-graduação, o que comprova a importância
do corpo de professores do mestrado no cenário do Design brasileiro.
Objetivos
Propiciar a formação de docentes pesquisadores para a esfera acadêmica, concorrendo,
assim, para a formação de recursos humanos com vistas ao desenvolvimento tecnológico,
científico e cultural do País. Proporcionar ao aluno uma experiência interdisciplinar e
abrangente, de acordo com a necessidade específica de sua pesquisa. Para facilitar parcerias
136
são oferecidas disciplinas eletivas, cursadas tanto no âmbito do curso, quanto em outros
cursos e departamentos da PUC-Rio ou de outras instituições de ensino. Capacitar e dar
treinamento a pesquisadores e profissionais interessados em aumentar seu potencial de
geração, difusão e otimização de conhecimentos estéticos e tecnológicos, relacionados com o
processo produtivo de bens e serviços.
Integração com a graduação
Os professores pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Design coordenam
linhas de pesquisa com projetos que envolvem alunos da Graduação em conjunto com alunos
da Pós-Graduação. Todos os professores do Programa lecionam disciplinas relacionadas às
suas linhas de pesquisa na Pós-Graduação e na Graduação em Design. A produção do
Mestrado em Design apresenta-se como referência bibliográfica para várias disciplinas da
Graduação.
(http://www.puc-rio.br/sobrepuc/depto/dad/pos/index.html, 02/06/2002)
Linhas de Pesquisa
O Departamento de Artes & Design tem suas pesquisas concentradas na área do
Design, dividas em 3 linhas de pesquisa. Para maiores informações sobre estas linhas, procure
a seção Pesquisa deste site ou clique sobre o título de cada linha de pesquisa.
Design: Comunicação, Cultura e Artes
Design: Tecnologia, Educação e Sociedade
Design: Ergonomia, Usabilidade e Interação Homem-Computador
(http://www.puc-rio.br/sobrepuc/depto/dad/pos/pos_linp.html, 02/06/2002)
137
Anexo 1.2.3.2
ESDI – Escola Superior de Desenho Industrial
Programa de Pós-graduação
O Programa de Pós-graduação da ESDI, em fase final de elaboração, prevê três etapas
para a sua implantação:
Inicialmente seriam oferecidos cursos de Pós-graduação "latu-sensu" (Especialização),
com carga horária de 400 horas e duração de 14 meses. Estão sendo analisados as propostas
elaboradas para um curso de Design Editorial e outro de Design de Mobiliário. Prevê-se o
início das atividades destes cursos no primeiro semestre de 2003.
Em seguida, seria implantado o curso de Mestrado em Design, "sticto-sensu", para o
qual existe uma proposta em fase final de elaboração, que deverá ser analisada durante o
segundo semestre de 2002, com previsão de implantação a partir do segundo semestre de
2003.
Finalmente, após a sedimentação inicial do programa, deverá ser implantado um
Doutorado em Design.
Para a concretização destas propostas, vêm somar esforços com a ESDI os seus novos
parceiros internacionais na formulação e mesmo na realização conjunta destes cursos.
Já há alguns anos, desde a criação do Programa de Pós-graduação, vem sendo mantida
pela escola uma revista acadêmica, ARCOS, como parte dos esforços para a renovação e a
sedimentação da pesquisa e do saber acadêmico, e do contínuo diálogo entre o design e
outras áreas do conhecimento.
A comissão atualmente encarregada do projeto do Programa de Pós-graduação da ESDI
é constituída pelos professores doutores Wandyr Hagge Siqueira (coordenador), João Bezerra
de Menezes, Guilherme Cunha Lima e Washington Dias Lessa. O projeto de extensão da
revista ARCOS está atualmente sob a coordenação do professor doutor Lauro Cavalcanti.
Novidades e atualizações sobre o andamento destes projetos serão acrescentadas a esta
página tão logo sejam disponibilizadas.
(http://www.esdi.uerj.br/p_psgr.shtml, 02/06/2002)
Extensão
Aquelas atividades voltadas para o público externo à Universidade, como exposições,
seminários, cursos livres, ou a prestação de serviços, compõe a área chamada extensão
universitária.
Tradicionalmente, a atuação da ESDI nesta área têm sido na oferta de eventos como
seminários, palestras, exposições e workshops. Mas a prestação de serviços também tem se
mostrado uma atividade significativa nos últimos anos.
138
Anexo 2.1
Questionário de início de curso
3 - Que informações você dispõe sobre esta disciplina ? Como as obteve ? .................................................
......................................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................................
Anexo 2.2
Questionário de meio de curso
UFF –IACS-GCO Planejamento Visual e Produção Gráfica - GCO 03165 Prof. Alexandre Farbiarz
1 - Tendo em vista os assuntos discutidos em aula até o presente momento e a sua experiência pessoal,
assinale qual dos modelos abaixo apresentados você considera mais adequado para descrever o assunto
"Esquema de Comunicação" para um Público-Alvo de estudantes Universitários de Jornalismo ?
(A) (B)
3 - Quais conceitos, atributos ou adjetivos você poderia atribuir a cada um dos modelos acima?
Assinale A ou B dentro dos parêntesis, podendo assinalar quantos quiser para cada modelo, ou
escreva os que você achar mais adequados nas linhas abaixo:
4 - Quais conceitos, atributos ou adjetivos você poderia atribuir ao Público-Alvo em questão (estudantes
Universitários de Jornalismo da UFF)? Assinale com um x dentro dos parêntesis, podendo assinalar
142
quantos quiser ou escreva os que você achar mais adequados nas linhas abaixo:
5 - Quais conceitos, atributos ou adjetivos você poderia atribuir à Mensagem em questão (aula sobre
“Esquema de Comunicação”)? Assinale com um x dentro dos parêntesis, podendo assinalar quantos
quiser ou escreva os que você achar mais adequados nas linhas abaixo:
Anexo 2.3
Questionário de fim de curso
III. Projetos 1 2 3 4 5
1. Você participou da elaboração de Projetos?
2. A elaboração dos Projetos foi necessária para o aprendizado?
3. A execução dos Projetos cobriu toda a matéria dada em aula?
4. O professor prestou contribuição durante a organização dos Projetos?
5. O peso dos Projetos no cálculo da média foi adequado?
VII. Antes de se inscrever nesta disciplina você dispunha de informações sobre ela? Em caso
afirmativo, suas expectativas foram atingidas?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
X. Espaço Livre
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________