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Ácido Fólico

Não importa a denominação : B9, folato, ácido fólico. Essa vitamina do complexo B desperta cada
vez mais a atenção dos cientistas.

Só no MEDLINE, biblioteca virtual que reúne estudos de todos os cantos do mundo, há registro
de 11 071 citações sobre o nutriente.

O fólio ocorre naturalmente em alguns alimentos, enquanto o ácido fólico é a versão sintética que é
adicionada a alimentos enriquecidos e suplementos.

O fólio ajuda a produzir e manter células novas. Isso é principalmente importante nos períodos de
rápida divisão celular como a fase de crescimento ou o período de gestação. Fólio é necessário na
produção de DNA e RNA e também ajuda a prevenir mudanças no DNA que podem resultar em
câncer. Tanto jovens como adultos necessitam de fólio para produzir células vermelhas do sangue e
também para prevenir a anemia.

Alimentos ricos em fólio

Folhas verdes como espinafre e folhas de nabo, frutas cítricas e alguns grãos como ervilhas são
fontes naturais de fólio. Outros alimentos que contém fólio são:

• aspargos
• arroz branco, parbolizado, tipo longo
• brócolis
• abacate
• amendoim
• fígado

Potenciais riscos que a falta de fólio pode trazer

• crescimento lento em crianças


• mulheres grávidas com deficiência em ácido fólico podem dar à luz prematuramente, o bebê
pode nascer com peso abaixo do normal
• em adultos pode causar um certo tipo de anemia se a deficiência de fólio ocorrer por longos
períodos

Excesso de fólio

Fólio dos alimentos não oferece risco de intoxicação. O ácido fólico encontrado em suplementos e
outros alimentos enriquecidos também oferece baixo nível de intoxicação em caso de excesso,
porém não deve ultrapassar 1000 microgramas por dia, pois pode dificultar a detecção de
deficiência de Vitamina B12.

O nutriente também está na mira de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas, a


Unicamp, que fica no interior paulista. A equipe da farmacêutica bioquímica Helena Godoy vem
analisando há oito anos os teores de folato de uma série de alimentos. O objetivo é determinar as
melhores fontes da vitamina, que afasta até a depressão. SAÚDE! revela com exclusividade os
primeiros resultados dessa lista. E surpresas não faltam.

Além dos 1) COGUMELOS, que encabeçam o rol, os estudiosos se espantaram com a quantidade
de folato encontrada no tomate e em seus derivados. "Os frutos mais ácidos são os que têm
maiores teores da vitamina", revela Helena. Pode ser mais um truque da natureza: a acidez ajuda a
proteger o nutriente, evitando sua degradação. Aliás, por isso mesmo não se trata de mera
coincidência o ranking de folato conter alimentos ricos em vitamina C, outra substância ácida.
Se a natureza cuida muito bem de sua parte, temos que fazer a nossa também. Isso porque o ácido
fólico é frágil e num piscar de olhos pode desaparecer do alimento, principalmente se a comida não
for manipulada direito. Assim, não importa se o espinafre está lotado da vitamina. Se ficar tempo
demais na panela, lá se vai boa parte de sua riqueza. "Há perdas de 70% de folato", calcula Helena.
Para a cientista, o melhor seria comer quase tudo cru. Mas, convenhamos, não dá para encarar um
brócolis que não foi cozido. "Preparar no vapor e rapidamente é a melhor saída para segurar o
nutriente", ensina.

Outra dica de Helena Godoy é dar preferência aos vegetais orgânicos. "Verificamos que eles
concentram mais ácido fólico", afirma. Existem suspeitas de que os agrotóxicos alteram a produção
de substâncias nas plantas, que, por essa razão, acabam menos nutritivas. E ninguém quer perder
nenhuma pitada da vitamina, não é mesmo?

CERVEJA, A NÚMERO 1?

Em apenas um copo da bebida há mais de 900 microgramas de folato, ou seja, mais que o dobro do
que é recomendado diariamente pelos especialistas. Você deve estar perguntando a razão pela qual
ela não está no topo do ranking. "É que a presença de álcool atrapalha a absorção da vitamina",
lamenta a farmacêutica bioquímica Helena Godoy, da Unicamp. Desse modo, é impossível precisar
quanto dela é aproveitada pelo nosso organismo depois de sorver um loira bem gelada. O que torna
a receita da cerveja tão rica no nutriente é a mistura de ingredientes ricos em folato, como a cevada
e o lúpulo. Para completar, o processo de fermentação aumenta o número de microorganismos
produtores de vitaminas do complexo B.

Dos 11 071 artigos citados no MEDLINE, diversos trabalhos tratam relação entre o folato e a
anemia. Aliás, foi por isso que o nutriente já se chamou BM. Explicando: o B se refere complexo B,
que é um grupo de vitaminas, e o M vem de macaco. A designação se deu quando cientistas
americanos, lá pelos idos de 1931, observaram que um grupo de símios andava sem pique.
Estavam anêmicos. Os pesquisadores sanaram o problema ao incrementar o cardápio dos animais
com fontes de folato. Entre outras funções, o nutriente participa da formação hemácias, os glóbulos
vermelhos. falta dele o oxigênio não circula como deveria", diz o nutrólogo Celso Cukier, do Instituto
de Metabolismo e Nutrição, em São Paulo.

As gestantes, fortes candidatas a se tornarem anêmicas, têm que redobrar a atenção. "Na gravidez
é como se o sangue ficasse mais diluído, por isso aumenta a tendência ao problema", diz o médico
Rubens Gonçalves Filho, coordenador da equipe de ginecologia e obstetrícia do Hospital e
Maternidade São Luiz, na capital paulista.

CÉLULAS MULTIPLICADAS

Por falar em grávidas, sempre que o assunto é ácido fólico o primeiro benefício que vem à cabeça
de muita gente é a prevenção de malformação fetal. "Sua mais importante atuação é, sem dúvida,
no desenvolvimento do feto", declara o nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da Associação
Brasileira de Nutrologia, Abran. A vitamina é capaz de barrar danos ao sistema nervoso que podem
causar paralisia e problemas mentais. Estima-se que uma em cada 700 crianças brasileiras
apresente doenças relacionadas à falta de ácido fólico durante a gestação. O ideal seria toda mulher
em idade fértil consumir doses generosas de suas fontes, em vez de se entupir da vitamina só ao
descobrir que está grávida. "É importante que os níveis de folato sejam satisfatórios desde a
fecundação, quando as células do embrião começam a se multiplicar", observa Rubens Gonçalves.
Afinal, o ácido fólico tem papel fundamental na divisão celular.

Aliás, isso também esclarece em parte sua atuação na prevenção do câncer, principalmente o de
cólon, o de bexiga e o de pulmões. Sem contar que o folato ajuda a baixar os níveis de
homocisteína. Essa substância está por trás de inflamações que podem lesar a parede de órgãos
como o intestino, segundo um trabalho da Universidade de Grenoble, na França. A homocisteína
também é culpada por infartos, derrames e males degenerativos como o Alzheimer, como mostra
um estudo da Universidade Orsola- Malpighi, em Bolonha, na Itália. "O ácido fólico se liga à
homocisteína e a transforma em uma outra molécula que é incapaz de trazer danos", explica Helena
Godoy, da Unicamp.
QUEM PRECISA DE DOSES EXTRAS

"Pílulas de folato só devem ser consumidas depois de uma rigorosa avaliação", opina a nutricionista
Márcia Vítolo, da Universidade Vale do Sinos, no Rio Grande do Sul. Mas um grupo que precisa de
suplementação é o das gestantes. "A recomendação é de 600 microgamas por dia", diz a
nutricionista Denise Mafra, da Universidade Federal Fluminense no Rio de Janeiro. Muitos médicos
começam a suplementar as pacientes quando elas relatam a intenção de engravidar. Porque hoje se
sabe que o ideal seria manter excelentes níveis dessa vitamina uns três meses antes da
fecundação.

UÉ, CADÊ O FEIJÃO?

Embora ainda não esteja no ranking da Unicamp, a turma das leguminosas não pode faltar no seu
prato. No seleto grupo temos a ervilha, o feijão, a lentilha e o grão-de-bico. Já está comprovado que
eles são importantes fontes de ácido fólico. Para ter uma idéia, em uma concha de feijão-preto
somam-se 119 microgramas da vitamina. "Em breve chegaremos ao valor exato", adianta a
farmacêutica bioquímica Helena Godoy. Outros alimentos que contêm o nutriente são os pães e os
biscoitos. Isso porque, desde 2002, há uma lei que determina que as farinhas de trigo e de milho
sejam enriquecidas com a vitamina. Repare no rótulo.

Fonte: http://saude.abril.com.br/edicoes/0270/nutricao/conteudo_118690.shtml

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