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J fazem 18 anos
Que no posso descansar
Tenho por profisso o crime
Lucro aquilo que tomar,
O governo s vezes dana-se
Porm que jeito h de dar?!
Telegrafei ao governo
E ele l recebeu,
Mandei-lhe dizer: doutor,
Cuide l no que for seu,
A capital lhe pertence
Porm o estado meu.
No Pilar da Paraba
Eu fui juiz de direito,
No povoado Sap,
Fui intendente e prefeito,
E o pessoal dali
Ficou todo satisfeito.
Ali no entroncamento
Eu fui Vigrio-Gral,
Em Santa Rita fui bispo,
Bem perto da capital,
S no fui nada em Monteiro,
Devido a ser federal.
Na vila de Batalho,
Eu servi de advogado,
L desmanchei um processo
Que estava bem enrascado,
Livrei trs ou quatro presos
Sem responderem jurado.
Eu j encontrei um padre,
Recomendado de papa,
Tinha o pescoo de um touro,
Bom cupim para uma tapa,
Fomos s unhas e dentes,
Foi ver aquela garapa.
Lance mo do cavador,
E vamos ver logo os cobres,
Esse dinheiro enterrado
Est fazendo falta aos pobres,
Usemos de caridade
Que so sentimentos nobres.
Dez contos de ris em ouro
Achemos l num surro,
Trs contos de ris em prata
Achou-se noutro caixo,
Eu disse: padre no chore,
Isso produto do co.
E o Antonio Silvino
No anda neste lugar,
Se ele andassem, aquela ona
Havia de se espantar,
Eu estava perto deles,
Ouvindo tudo falar.
Ali desceu toda a tropa,
No demoraram um momento,
Um soldado que trazia
Um saco de mantimento,
Por minha felicidade
Deixou-o por esquecimento.
Se no tiver natureza
De comer calango cru,
Passe um ms sem beber gua
Chupando mandacaru,
Dormir em furna de pedra
Onde s veja tatu.
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