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Elton Janchevis 110157 RI noturno Preparação Prévia (Modulo F)

Dois Gigantes e um Condomínio

6.1 A Ordem internacional da guerra fria (1947-1955)


A ordem internacional da guerra fria teve origem no seio da Segunda Guerra
Mundial.
A Aliança formada pelos EUA, Grã-Bretanha e URSS sustentada na luta contra
o Hitler escondia o antagonismo que iria conduzir a sociedade internacional.
Stalin não reconstruiria a econômica soviética na lógica da abertura comercial
com o Ocidente, existia um antagonismo nato entre o capitalismo e o
comunismo.
Stalin, com seus mais de 20 milhões de mortos na guerra, ensaiava a
reconstrução do país com a base na reparações de guerra e na política das
zonas de ocupação.

6.1.1 Doutrinas, planos e instituições norte-americanas da guerra fria.


Havia algo subjacente à efervescência política da guerra fria nos EUA nos
últimos anos da década de 1940. O multilateralismo econômico.
O Novo conceito de superpotência correspondia,assim, à conjugação da
capacidade econômica de exercer forte multilateralismo econômico com a
vontade de construção de uma grande área sob a influencia dos valores do
capitalismo.
O impulso desenvolvimentista norte-americano durante a Segunda Guerra
Mundial deveria continuar para manter os níveis produtivos anteriores.
A formulação de doutrinas políticas para a contenção dos soviéticos na esfera
global, os planos econômicos de reconstrução das áreas atingidas pela guerras
mundiais e consideradas vulneráveis a influencia soviética, assim, partes
constitutivas de um único objetivo dos EUA.
A Doutrina Truman foi a primeira clara formulação política com caráter
universalista dos EUA nos tempos de guerra fria.
O discurso de Truman no Congresso foi uma peça primorosa da dimensão
messiânica que os EUA dariam à guerra fria. O presidente insistiu que todas as
nações teriam que enfrentar uma escolha fundamental entre duas formas de
vida. A primeira, aquela que primava pelas instituições livres e governos
representativos. A segunda, a sustentada na vontade da minoria sobre a
maioria.
A mensagem de Truman virou doutrina e associou-se à ideia de uma
declaração informal de desafio à URSS.
O Plano Marshall, apresentado na aula inaugural da Universidade de Harvard
em 5 de junho de 1947, foi peça-chave a estratégia norte-americana da guerra
fria.
O Brasil, que se beneficiaria da política de barganha durante a Segunda Guerra
Mundial, viveu, na segunda metade da década, a frustração do declínio do
financiamento norte-americano para o projeto desenvolvimentista.
O desdobramento militar da liderança ocidental norte-americana na guerra fria
foi a criação da OTAN, em 4 de abril de 1949.
Criada para reagir a qualquer ataque armado contra os membros da aliança na
Europa e na América do Norte, a OTAN estabelecia como principio básico a
defesa coletiva das liberdades democráticas dos países capitalistas.
Quando Truman deixou a presidência, no começo de 1953, para cede-la a
Eisenhower, a guerra fria já havia assumido proporções globais.

6.1.2 O outro lado da guerra fria


As iniciativas discursivas e militares da guerra fria empreendidas pelos EUA
não foram imediatamente acompanhadas pelos soviéticos.
As reações da URSS foram lentas. A primeira foi resultante da rejeição aos
termos da ajuda norte-americana para a reabilitação da Alemanha Ocidental.
Os soviéticos viriam na reabilitação o termino da política de reparação de
danos que tinha sido acertada nos arranjos políticos do imediato pós-guerra.
Para Stalin, a presença dos EUA no leste europeu era uma dupla ameaça. Eles
impulsionavam, por um lado, as forças anticomunistas e articulavam, por outro,
o poderio estratégico-militar dos EUA em todo o continente europeu.
A segunda reação soviética à política de guerra fria iniciada pelos norte-
americanos foi o aceleramento da chamada sovietização da Europa Oriental.
Claro exemplo de liderança soviética sobre o movimento de organizações dos
comunistas europeus foi o nascimento, na Conferencia dos Nove Partidos, em
setembro de 1947, do Kominform, um bureau de informação políticas.
O avanço do projeto nuclear soviético, que culminou com o primeiro
experimento da bomba atômica em 1949, foi a terceira reação de Stalin aos
desafios da guerra fria.

6.1.3 Da Alemanha à Coreia


Uma sucessão de crises embalou as relações internacionais da guerra fria
entre 1947 e 1955. Iniciada por Berlim e estendida pela Guerra da Coreia, a
efervescência das disputas interimperiais norte-americanas e soviéticas se fez
presente em varias partes do mundo.
O bloqueia de Berlim, resultante da reação soviética à política de contenção
norte-americana.
Quando parecia inevitável o bloqueio, norte-americanos e britânicos iniciaram ,
em 28 de junho, o transporte aéreo maciço de alimentos, combustíveis e
materiais necessários à resistência de Berlim Ocidental.
O fracasso do bloqueio e a vitoria inquestionável dos EUA alimentaram a
divisão da Europa em duas. Políticas e militarmente, as duas Europas
passariam décadas sem dialogo.
Na América Latina, que recebera os efeitos da expansão do mundo liberal e da
sua crise de entreguerras e na Segunda Guerra Mundial, a guerra fria teve
efeitos menos duros que aqueles vividos pela Europa.
Na África, a guerra fria trouxe seus primeiros sinais a partir de 1947, mas seus
desdobramento só se tornaram mais evidentes ao longo da década de 1950 e,
particularmente, nos anos 1960 e 1970, no contexto da descolonização da
África portuguesa.
A África do Sul, que participou da Segunda Guerra ao lado dos Aliados,
participou da guerra fria ao lado dos interesses norte-americanos o continente.
No Oriente Próximo e no norte da África, os cenários da guerra fria foram
construídos junto ao renascimento do nacionalismo árabe.
Apesar das dificuldades na America Latina e na África, os palcos da crise da
guerra fria foram fundamentalmente europeus e asiáticos. Iniciada na Turquia
entre 1945 e 1947, e continuada na Grécia entre 1945 e 1949, a sucessão de
crises da guerra fria chegou a Finlândia em 1948, ao Irã em 1951 e em 1953 à
Iugoslávia entre 1948 e 1953, à Tchecoslováquia em 1948, e à Guatemala em
1954.
Na Ásia, o impacto da guerra fria foi fundamental para o sucesso de uma nova
experiência comunista na China.
Mao Tsé-Tung líder do partido comunista, apoiado, embora discretamente
pelos soviéticos, animaram a guerra fria na Ásia. Com a expansão do poder de
Mao, Stalin resolveu apoia-lo a partir de 1948. Os norte-americanos, diante da
perda da China, concentraram suas atenções na reconstrução japonesa.
Outras áreas na Ásia foram palco das disputas entre norte-americanos e
soviéticos. Nenhuma delas, entretanto, presenciou uma guerra tão típica ao
contexto da guerra fria como a Guerra da Coréia.
O Ponto de partido foi a proclamação da Republica Popular Democrática da
Coréia pelos revolucionários comunistas que haviam lutado contra os
japoneses. Os EUA desembarcaram tropas no sul do país e estabeleceram um
governo de notáveis, sob a direção do nacionalista pró-americano Syngman
Rhee. A divisão do país em dois pelo paralelo 38 foi reconhecida pelas Nações
Unidas.
Os resultados da guerra foram os escombros a que o país ficou reduzido. As
duas Coreias ficaram como um monumento dos anos da guerra fria. A do Norte
alcançou a reconstrução dentro dos quadros do socialismo, e a do Sul recebeu
forte injeção de capital para desenvolver o modelo dirigista de industrialização
liderado por militares pró-americanos.

6.2 A bipolaridade imperfeita na coexistência pacifica


A flexibilização da ordem bipolar foi a característica mais marcante das
relações internacionais no período que vai de 1955 a 1968. Apesar das
grandes crises internacionais presenciadas naqueles 13 anos, as duas
superpotências já não operavam com os princípios da guerra fria dos anos
1940 e da primeira metade dos anos 1950.
A coexistência pacifica, definida temporalmente entre 1955 e 1968, foi o
segundo momento da ordem internacional construída nos estertores da
Segunda Guerra Mundial.
Ao mesmo tempo, a morte de Stalin, em 1953, com mais de 73 anos, foi um
elemento a mais no desarmamento dos espíritos entre norte-americanos e
soviéticos. O velho líder estava associado à saga da construção da URSS em
anos difíceis e ao espírito guerreiro que alimentara sua política de espaços
mundiais e de poder domestico.
A coexistência pacifica foi, portanto, o resultado de uma re-acomodação das
forças profundas que vinham alimentando as mudanças da ordem bipolar típica
e do sistema de finalidades, dos novos cálculos e estratégicas, que tornaram a
vida internacional dos tardios anos 1950 e grande parte da década de 1960
menos inseguranças que os incertos anos de guerra fria.

6.2.1 A Europa reanimada


A reanimação da Europa nos anos 1950 foi a característica mais marcante no
contexto da diminuição do monolitismo do mundo ocidental no pós-guerra.
O cerne da reanimação, que transformou o curso das relações internacionais
como um todo, foi o crescimento econômico da Europa Ocidental. O
crescimento foi diferenciado de país para país e quase nunca alcançou a
Europa do Leste, excerto para algumas poucas regiões onde o investimento
soviético procurou mostrar para o Ocidente a capacidade de construção de
riqueza da economia.
O boom econômico europeu dos anos 1950 e 1960 foi assim, o responsável
por duas modificações no sistema de poder mundial. Em primeiro lugar, foi
responsável por significativa mutações nas forças profundas que alimentavam
a vida internacional. O poder bipolar, especialmente ao Ocidente, estava
sustentado na estreita vinculação do poderio econômico à capacidade de
desenvolvimento de uma política de interesses globais.
Em segundo lugar, o experimento do crescimento econômico acelerado,
apesar de guiado por interesses "egoístas" e nacionais, trouxe certa base
harmônica ao conjunto das relações intra-europeais.
Os EUA, que viam o ressurgimento da força europeia como um bom muro de
contenção ao comunismo, elogiaram a nova coesão regional dos seus
parceiros no "velho continente". O condomínio de poder flexibilizava-se para
ampliar os ganhos da expansão do capitalismo. E isso era bom para os EUA.

6.2.2 A África e a Ásia


O fenômeno mais espetacular das relações internacionais da segunda metade
dos anos 1950 e a primeira da década de 1960 foi o ocaso do capitalismo na
África e na Ásia. O mapa político mundial seria redesenhado em função da
nova realidade das independências formais de mais de 70 países em menos de
uma década.
Há uma gama de teorias acerca da descolonização. Algumas enfatizam na
transição do período colonial ao independente, o declínio do poder das
metrópoles, a debilidade econômica destas e as redefinições estratégicas de
seus intereses nacionais.
No final de 1960, os EUA já tinham cerca de 20 embaixadas na África. A
URSS, por sua vez manteve acesa sua política africana, que variou em seus
objetivos ao longo do tempo.

6.2.3 A America Latina busca seu espaço


A America Latina ensejou uma multiplicidade de formas de relacionamento com
o mundo exterior. A multiplicidade expressou a própria inadequação do modelo
bipolar para a região e a capacidade, de alguns países latino-americano, de
atuar no cenário internacional a seu favor e, muitas vezes, contra os interesses
do gigante americano.
A coexistência pacifica não foi tão pacifica para alguns países latino-
americanos.
Viveram o final da guerra fria, em parte, como ela fora vivida até então: sem
horizontes e ambições maiores nas relações internacionais continentais e
extracontinentais.

6.2.4 A cisão no bloco comunista e as novas crises internacionais


O arrefecimento da guerra fria não significou que suas características tenham
desaparecido do período da coexistência pacifica. Houve crises internacionais
ditadas pela permanência do forte embate ideológico entre os EUA e a URSS.
Existiam manobras de demonstração das conquistas militares, espaciais e
atômicas de ambas as superpotências.
A Europa do Leste iniciou a ebulição política contra o sistema imperial
soviético. A crise de lealdade dos partidos comunistas na região iniciou-se logo
depois da morte de Stalin.
A Alemanha Oriental, a Polônia e a Hungria passaram a viver, de 1950 em
diante um certo processo de abertura política. Incidentes no Polônia e na
Hungria tornaram o campo socialista fragilizado.
O conflito sino-soviético veio confirmar, na Ásia, o fim do monolitismo stalinista
e elevar uma nova potencia ao conjunto das relações internacionais. Pequim
mostrou para Moscou e para Tóquio que estava preparada para desempenhar
um papel de grande importância nos destinos da Ásia.
A China de Mao apresentava-se como centro autônomo de poder em meio à
ordem bipolar vigente, contestando o congelamento nuclear em mãos das duas
superpotenciais. Ao explodir sua primeira bomba atômica, em 16 de outubro de
1964, a China mudava a correlação de forças sobre o cenário internacional.

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