Sie sind auf Seite 1von 8
Ponsece, at Guth hard - 0) bebemorie be poet dh Perv wa bod. Rind _ VPRS/T PRA), 09S aise ——CAPATULOT 0 PAIRINONIO: UMA QUESTAD DE VALOR Nao importa quai sea 0s dlls de propriedade, a destuigio ‘de um prédo histrco e monumental no deve ser pemitda & esses igndbeis especuladores, cao inleresee os cogs para & homva,{.) Hé dues coisas num edficio: sou uso @ sua Beleza ‘Seu uso porlence #0 propio, sua beleza a todo 0 mundo: desiniHo ¢, potent, exrapolar 0 que € dito Victor Hugo um dx porn tis eas cons cota sa ate PAE” dada tendo como fo0o 0 corjunto de objelos que os constue, ou, quando muito, ‘0 dscursos que os legiimam. Nesie Wabaho, 0 centto da investigagdo ser80 05 "HOCHSEOS @ a praticas de cansinicao desses palrimdnios. conduzidos por atores defiridos © em craunstindas especificas. Séo esas priticas © esses aicres que atriuem a determinados bens valor enquanto patiminio, 0 que justficaria sua prolegéo. Nesse sentido, @ a nogso de valor que servira de base a toda a reflexdo aqui dasenvolviday pois considero que $60 esses provessos de atribuigto de ra {que possiiliam ima melhor compreenséo do modo com so progiessivamente constuldos. 08 patimérios. Ne medida em que um dos tragos que dilerencia es sociedades simples das sociedades compleyas 6 a exisincia,nestas utimas, de um aparelho esttal, com regs propias e maior ov menor autonomia em relagSo aos diferentes grupos so- ais e, conseglentémente, & distingdo entre memérias coletivas diversiicadas e uma meméfa nacional, neste capitulo procura analsar © modo especifioo de cons- trugdo do universo simboico dos patiminios caltuais nacionais: a sua constitu ‘0, a pattir de um, estaluto juidico prtprio, a sua proposigéo, como uma forma de comunicagdo social, 2 sua insucionalizagSo, enquanto objeto de uma polt- @ publica, Me ep ae % e J No artigo “A historia de arts", Gluko Cero Argent parto de ume alsingso - contre coisa e valor ~ que servird de, base para e discussdo, neste capitulo, de ‘n0g80 de pattiménio: UUme vez que as obras de ate 680 coisas ds quis estérelacinado um vale, Na cduas anes detratéas, Pode set to pelas coisas: procures, identfed- las, assis, conserva, restaurdas, exes, compréas, vend os ou, endo, ‘poce-s ler em mente o valor: pesquisa em que ele conse, como se ger e transite, se reconherd € 6 usu. (19928, p. 13) Estas duas maneiras de abordar os fentmenos artistcos ooorem também no tratamento dos chamados bens patrimoniais. € proprio das politcas de preserva- fo estarom valladas para as coisas e mesmo serem absorvidas por elas. A ne- cessidade de resisir a presses no sentido da destuigdo (Lento por flores natu- rais como humanos), aliada @ responsabiidade, incusive penel, do Estado @ de ‘eventuals propietérios, em relagSo aos bens tombados, faz com que 0 objetivo dessas pollicas acabe se reduzindo & proteggo de bens, convertendo-se essim ‘as coisas no objeto principal da preocupagio dos atores envolvides, Conseqlentemente, © valor cultural que se atibui a esses bens tende ser naturaizado, sendo considerada sua propriedade intrinseca, cessive! apenas a tum olhar qualficado, Essa costuma ser a vis80 do técnico, do restaurador, dos responsivels, enfm, pela conservagio da integidade material dos bens, mas ter ‘mina por predominar também entre os formuiadores daqueles politcas. Entretanto, considero que uma politica de preservagdo do patiménio abrange necessariamente um mbito maior que © de um conjunto de atividades visando & protagio de bens. € imprescindivel ir além e questonar © processo de procuyao dese universo que constiui um pabimério, 0s citérios que regem a selegdo de bene @ justficam sua protecso; identifica’ os atores envolvidos nese prooesso 08 cbjetvos que alegam para ‘egiimar o seu trabalho; definir a posigdo do Este: o relativamente a essa pratica sociale invesigar o grau de envoNvmento da soce- dade, Trate-se de uma cimenséo menos visvel, mas nem por isso menos signi ficativa, des polticas de preservacdo. No caso dos patimnios histtricos e artistions nacionais, 0 valor que permeia © conjunto de bens, independentemente de seu valor histirico, atistco, etnogra- fico ete, 0 valor nacional, ou seja, aquele fundado em um sentmento de perten- cimento @ uma comunidade, no caso a nagdo. Como observa José Reginaldo Gon- ET ‘OPATRTADATO CR ECTS ‘gaivos (1990), ¢ssea bens viram objetivar, conferir realidade © também legitimer naa "comunidade Imaginace’ Essa relagdo social, mediada por bens, de base mais afetiva que racional ¢ rolacionada ao processo de construgdo de uma identidade coletiva - a identidade nacional ~ prossunde um certo grau de consenso quanto ao vait aliuldo a esses bons, que justiigue, inclusive, 0 i ito na sua 30. No caso dos patr mons, essa capacidade de evocar & idéia de nagdo decorreria da abibui¢do, 2 ‘esses bens, de valores da ordem da cultura - basicamente o histérico @ 0 antistico. trimonio 6, portanto, datada, produzide, assim como @ idéia de ne- jo, no final do séoulo XVII, dur a Revolugso Fr lida, na ocidental, autonomizagao cas. s de arte € ia. O his- toca @ 0 artistoo assumem, nesse caso, wma dmenséo instumenia, @ passam a ser uflizados na constugdo de uma representagao de nagao. Jé dizia Guizot, ‘no século XIX, que 0 solo da Franga é simbolizado por seus ‘monumentos* Enquanto pratica social, 8 constiuigao € @ protegdo do patimdnio esto ‘assentadas em um gslatuto jurdigo préprio, que toma viavel a gestéo pelo Estado, ‘em nome da sociedade, de determinados bens, selecionados com base em certos cftéos, yaravels no tampa e np.espapo. A norma juridica, nesse caso, funciona como linguagem performativa de um modo bastante peculiar. ,do apenas*defne dretos © deveres para o Estado © pare gs. cdados cor tertim incre ‘no es- ago social determinados ‘cones, fguragtes conorelas @ visiveis de valores que se quer transmitir € preserva A seguir, com base na jdéia_de patriménio tal como é formulada em textos jurt- ra vou procurar espesticar o modo com, no Brasi, se consuls ‘essa nogdo enguanto fato jurldioo e enquanto fato social. TATA wocio oe rasta coo caecoma suck Em termos jurdicos, a nogdo de patimdnio histrioo e artistic nacional 6 re- ferida pela primeira vez no Brasil (embora no exatamente com essa denomi- ago), como sendo objelo de protegéo obrigatéia por parte do poder piblico, na Constiicto de 1934, Diz 0 art. 10 das cisposigtes preliminares: ‘At. 10 - Compete concorentemente & Uniéo 6 20s Estados I, proteger 2s belezas naturals e os monuments de valor hsléico ov also, po- endo impedir a evasdo de obras de art. ; Toavnintnie: Gea Quistdo ot vor 7 opel : dere entanto, somente com o_dacratolel n® 25, de 30 de novertbro de 1997, ‘que $® regulamente-e orotecso dos bens cullursis no Bresl. Esso texto, além de ‘explictar os valores que justiicam a protegao, pelo Estado, de “bens méveis imoveis", fem como objetivo resolver 2 questéo da propriedade desses bens. Desde enilo, fodes as Constiuigdes brasieras tm ratifcado a nogdo de pati ménio em termos de direitos @ deveres, a serem observados tanto pelo Estado como pelos cidaddos.* [A primeira nha de reflexdo que desenvolvere cz respeto & questo do valor. Em todos os textos jursioos, ¢ 0 valor cutwrel stibvido 20 bem que justice seu ‘qconhecimento como patimonio e, consaquentemente, sua proteséo pelo Estado. 'A segunda linha de refexdo ~ vinculada & primeira ~ remete especifcamente 2 questo de propiedad, cucial nas impicagses prticas do instuto do tombar mento, sobretudo quando consideremas que a malor parte dos bens que compoem 0s patrimérics, @, oertamente, os mais sigifcatves, so bens arquileténics. Na medida em que so consideradas de interesse pico, os bens tombados se con- vertem, em certo sentido, em propiadade da nacée, embora néo percam sev cara ter de mercadorias apropriaves individualmente © instiuto do tombamenlo ~ dispesitvo por meio do qual, no decreto-ei n® 25, de 30.11.37, se efetva a protesto de bens 0 Brasil ~ icide sobre 0 sistema de valores dos bens por ele alingidos e sobre o estatuto da pro- os priedade desses bens de forma peculier, espectica, Pare entender essa espe- pa ificidade, 6 preciso retomar a cistingdo reterida por Argan entre coisa e valor.* Do ponto de vista luriico ~ e para fins de regulamentagdo do dielto de pro priedade -, tanto © Cédigo Civ como 0 Cécigo Penal brasleirs estinguem bens imateriis, ou colsas, de bens imaterais. 0 Direto das Coisas, no Cédigo Civil, “ra ta da coisa, enquanto valor econémico apropridvel incvidualmente, ¢ de suas rela- ‘es privadas" (Castro, 1991, p. 26). Distingue a coisa, aproprivel, das bens ima- tetiis, nBo econdmicos, que, no dizer do jurista Clevis Bevilacqua, “sao irradia- goes da personaldade que, por ndo serem susceliveis de mecida de valor, nfo fazem parte de nosso patiimbnio" (apud Casto, 1991, p. 34). Esses bens imateriais, ou valoies, S80 objeto especifico, por exemplo, do Titu- lo ll do Cédigo Penal de 1940. Do ponte de vista jurtico, s80 inapropriavels indi vidualmente ~ 2 dlferenga dos bens materais - ¢ a relagéo dos individuos com esos bens fe expestaluriizamente sob a foe de Gres: o dreto & Rhea.” de, & vida, @ instrugdo eto. Nessa linha se inscreveriam também os direitos cul Ko Fe DPANAIADHIG EA PROCESS or ® ve turals, mencionados no 215 de Constilulgdo_de 1968 & reconheddos pele Unesco, desde 1948, na Decleragdo ‘Universal dos Direitos do Homem. © Girelto, portanto, além de ter por objeto interesses que Se realizam dentro do circuio da economia, volta-se também para interesses outros, tanto do indivi- duo, quanto da famlia e da socedade, Séo os dielos meteindividuais, que tém ‘como titular no 0 individuo, mas uma coletividade mais ou menos abrangente. Ente esses interesses figure 0 interesse publica de que fala o art. 19 do decreto- ei n# 25, de 30.11.37. Pelas caracteristicas do ‘sujeito dessé tipo de interesse ~ indeterrrinado (a sociedade ‘nacional, @ humanidade etc.) - do seu objelo - fluido {a identidade nacional, a qualidade de vida, 0 meio ambiente etc.) e, também, pela inlensa ligiosidade de seus parimetos e pelo cardter mutével de seu contetido (cf. Mancuso, 1991, p. 67-80), 9 intesesse pibicn se insere ns calagatia dos mnle- ses difusos. ‘© prio direito & propredade - enquanto dircito do indivduo, consagrado pelo Direito romano, fonte pare 0 Direito brasileiro - ¢, no Cédigo Civil Brasiteiro, limited pelo que seria @ funedo social da proriedade, requamentada pela legis go. Nesse sentido, 0 exerciclo ‘do direito de propriedade sobre as coisas ndO se pode contapor outros valores, ndo-eoondmias, de inleresse gora, €, por iss0, (0 exercicio desse direito ¢ tutelado pele atministragéo publica . No caso especifico do bem tombado,-3 tlela ‘ecai_ sobre aqueles aspectos do bem. jiderados_de_interes yublico - valores cuiturais, refe- Toncas da nacionaidade. O valor patrimonial ¢ qualficado no texto legal: “quer por sua vinculagéo a fatos memorévels da_histori wer Seu_Ox-| jonal valor arqueclogico_ou_etnogréfico, bibliogratico ou at (art. 18 des ‘cretolei r# 25, de 30.11.27). De acordo com 0 mesmo texto, 0 agente encarregado da attibuigso desse valor, para fins de tutela publica, ¢ a auloridade estatal compe- tente ~ no caso, 0 Servigo do Patriménio Historioo e Aristico Nacional, ateves de seu Consetho Consulivo. Cabe 20 poder publica, portanto, exercer tutela no sentido de proteger “os valores culturais insitos no bem material, pdblico ou particular, a cujos precica~ menios, partcularidades ou pecuiariades ¢ sensivel a colevdade @ importa de- fender e oonservar em nome da educagéo, como elementos indicatvos da origem, da Givlizagdo € da cultura nacionais* (Rocha, 1967, p. 31) Esse 6, falo sensu, 0 objetivo das politicas de preservagao: garant © direito 4 cata dos cidaddos.enendiga a cule, nes98 cate, como aqueles valores ‘que indicam - © em que se reconhece - & ‘identidade da_nagao. ‘THTm Abo: Uns QuIsTEO BE YAIOe 3, dh J ivotanto, ombora @ proteg&io incida sobre es coisas, pols estas @ que cons: wnt 0 objoto da proteeSo juricica, o ablative da orotecso legal ¢ a a enn ores cultrais nels identicados. Esses valores 86 so alcan jy (Bl oteves des cosas, mas nem sempre coincidem exatamente comunidades hinylals, E9ee distingfo se toma mals clara quando consideremas 0 tombamesto ‘ev vanjuntos, seja de bens méveis (por exemplo, clegdes de museus) ov imevels {wwe oxomplo, centos histbicos). Nesses casos, 0 objeto do tombamento & um {uita) valor ~ 0 bem ccletivo (no sentido gramatcal do temo, de conjunto d2 unk tls), embora materilizado em uma mutiplcidade de coisas, geralmente hele- InyOnoes. . No caso do patiménio, 0s valores no econéiioos a serem protegiéos (val- row cultura’s) estéo inscitos na propria coisa, em fungdo de seu agenciamento floo-materal, © 96 podem ser captados através de seus atibutos. Mas, com 0 Tnmibamento, o bem néo perde © valor econtmico que the & préprio, enquanto cols, tsslvel da epropiagdo individual, Por esse motivo, @ preciso reguiar ms rgie- ‘morte ainda, nesse caso, 0 exercicio do direito de propried Sobre 0 mesmo bem, enguanto bem forbado, incdem, assim, dvas modalida- tos de propriedade: 2 propredade da ise, alenivel, determinada por seu valor econtrrico, e 2 propriedade dos valores eulurais nee Wenficados que, por meio do tombamento, passa a ser alfela 20 propitério da coisa: ¢ propredade da na- fo, ou seja,da sociadade sob a tulela do Estado, Esse duplo exericio de propredade sobre um mesmo bem gera, abviemente, uma série de problemas, pols 0 exercicio de um tpo de propriedade Ita naces- seriamento 0 exercico do outro. € evidente que os contitos de interesses ~ sobre- tudo entre 0 interesse pblico 0 privado - fcam, nesse caso, mals agudos, ‘mesmo porque 0 chamado valor cultural de um bem no & reguiado por um mer ado espection, mas se define no nivel da “economia das trocas simbélicas’. De tudo que fo dito, ca claro que o 4mbito de uma politica de preservagdo do patimonio val muito além da mere proteggo de bens méveis e Imévels em sua feigdo material, pois, se as coisas funcionam como mediagéo imprescndlve! dessa by atividade, n8o constitven, em principio, @ sua [ystiicativa, que € 0_interesse po hk __Bigo, nem seu obj lim, que sdo os valores cls, se 0s veers que $° Tretende pleserrer ~ contorme esté expicto na abordagem jurcica d2 questo ~ sfo apreendides na coisa e somente nela, ndo se pode deixar de levar em consi 7 DPaTHiadaIe oragBo 0 fato Govlo de que 08 signicados rela ndo sst#o confides, nam Ins S80 Inarantes: so veloras atfbuldos em fungéo de determinadas relagtes entre atores ‘sodels, sendo, portanto, indispensavel levar em consideragéo 0 processo de pro- uo, de reprodugso, de aproptiagso e de reelaboragdo desses valores enquanto processo de produgto skmbilica e enquanto pratica social. 1.2 0 rarewino coma Fok oe COMACKCHO SOCAL © universo dos pattiménios hisléricos e artists nacionais se coracteiza pela heterogeneidade dos bens que © jintegram, maior ov menor conforme a con- cepgdo de patrimonio e de cultura que sé adote: igrejas, palécios, fortes, chafa- fzes, pones, esculuas, pintras, vestgos arqueolegios, palsagens, produgdes do chamado artesanato, colegies etnograficas, equipamentos industiais, para nao falar do que @ Unesco denomina patriménio ndo-fisico ou imaterial - lendas, can- tos, festas populares, e, mais recentemente, fazeres @ saberes os mais diversos. Essa enumeragdo, propostalmente cablica, visa @ chamar a alengdo para 0 falo de que os bens enumerados acima pertencem, ‘enquanto signos, @_ sistemas de tngagen dss: 8 aquiota, as ates pistes, 2 mis, 2 shaves 7 arquedlgia eto. Cada’ im desses Sistemas fem, por sua veo, suas gspecc Gases @ seu modo prprio de funconamento enquantosobdigs. Aém disso; e8608 bens cumprem fungdes diferenciadas Ta"vida econdmica @ Social. Do que foi dito acima, pode-se deduzir que o que denominamos patrimdnio ‘constitui um discurso de segundo greu: 4s. fungdes € significados de determinados bens ¢ sorscentado um valor especiico enquanto parimbni, 0 qué acarela @ r= semaniizaggo do bem € leva a alteragies no seu sistema de valores, O proceso de selegBo desses bens é conduzido por agentes autorzados representantes do Esiado, com alrbiigbes Geiidas ~ @ GTO de calegoras thes, a prof dards relacionadas a determinadas disciplnas (are rite, erqueotogia, etnograia ett.) No caso brasileiro, essas categorias sdo os valores especificados no decreto- lei nt 26, de 20.11.72 A essas calegorias se superpbe uma categoria unfcadora, ‘a de valor nacional. (0s signos reterdos funcionam antes como simolos, no sentido saussurano do termo. Para Saussure (1989, p. 101), 0 simbolo nunca © inteiramente arbitrario, de nao ¢ vazio, pois @ construido com base em uma motivagao cultural. O simbolo do justiga no poderia ser uma carruager. mmaemenam SSC~CSs~‘“SsSCSCS a { cavo dos bone pabimeniai, 08 aroutos da colse 880 considerados valo- tee culurlmonte relovantes, exoepcionels. No caso do Brasil, determinados bens caio Igrolas dos séoulos XVII XVI, cases de cémara e cadeia, fortes, paldcis, sade8 0 fazendes ete. foram ergidos pelos agentes do Sphan em simbolos da rego por sua vinculagdo @ falos memoréveis mas, sobreludo, por suas qualdades canstutvas estéticas. Cabe, partanto, recorer & nogao de simbolo, pois haveria ‘une motivegso, baseada ne cultura, na constiuigdo desses simbolos Pode-se concluir que 05 patiménios funcionam como reperterios nos temas (a definigao de Umberto Eco: “um repertiio prevé ura lista de simbols, e even- tualmente fixe 2 equivaléncia entra eles e determinados signticados" (1987, p. 40). ¢ Neste ponto, quero chamar a atenodo para @.disincdo - alé 0 momento rao WH elctada - entte bem cultural e bem patimonial. A intermediagdo do Estado no segundo caso, através de agentes autorizados e de praticas socialmente: nidas yf v ios ebdigos utlzedos - no e280, 28 diferentes Inguagens -, como tambim que tenha ecoseo a um deterrinado universo cuturel. No caso do patriménio 180 bas 1a, portanto, selecionar e protege citeriosamente um conjunto de bens. E preciso ‘ue baja sujetos dspostos © capazes de funcionarem como interocsores desse forma de comunicaglo social, sea para aceite tal como € propos, S82 para contests, ele pare transforméla. ; co que quero cze ¢ que a regio da intgridade fica dos bes patimoreith vw, 180-6 por si sb sufcente par suslentar ue pallica pibiea de presenarto 1550 Je rte porque a Telura de bens enquanto bens pabimoriis pressupbe as concigSes ¢€ yea acesso a. sanifcagbes e valores que jusiiquem sua presenagio. Depende, poran- wi to, de outos falores além da mera presanga, num esparo puilco, de bens @ que agentes ostetcis atrbuiram valor Fist, atisten etc, devidamente protegidos em sua feigao material. ¢ juidicamente regulamentadas, contibui para fxar senicos e valores, priorzando Essa dimenséo da questio do patimonio ~ ou seja, a consideragao dos bens una determinada leitura: seja a atibwigso de valor historico, enquanto caamuto\al do ponto de vista de sue recepgéo - néo costuma ser abordada, a ndo ser ever 2 un determinado espagortempo vivido por determinados atores, seja_de_yelor tuamente, pelos agentes insiuconais. Normalmente, & do porto de vista da pro- “ris too, enquanto fonte de frigio esiétca, o que implea também uma modelidade dugdo dos patimnios que a quesiéo ¢ tatada, seja na afirnagto do valor nacion ‘@pectica de conhecimento, sefa de valor etnogréfico, enquanto documento de ral dos bens fombados = taica do discurso ofl -, seja ne ertca ao mato como Siovess0s e arganizagées socais _diferenciados. i fo selecionados esses bens, Entretanto, pouoos se volam para 2 anise do. ma: ‘Ao se consierar um bem como bem cukual, 29 ldo de seu valor utara oo das consighes ce recpgin desse urveso smbbico pcs drei seb e.eomdmico (valor de uso enquanto habllacdo, local de cullo, ornament ele; © ie ves da socedade nadonal ~ queslio que & parfcularmente importante no Brash, valor de jinado pelo mercado), enfatiza-se seu valor simbolico, en- onde 2 diversidade cual é imense, 2 escola cumpre mito precatla e limitedar mente uma de suas fungles pandpais, ue é @ de formar cdadéos com uma base coitural comum, e onde 0 hatito de consumo de bens culturais incrivelmente estilo, Por esse motivo, qualquer proposta de democratizagto da politica de preservagdo que nao leve em conta esse realidade core 0 00 de cal 10 va20, na medida em que 0s valores culturais que se quer preservar ~ fundedos, como warto referéncia a signiicagbes da ordem da culture, Na selegdo @ no uso des Traeriais, no seu agenciamento, nas técnicas de construgzo € de elaboracéo, nos moves, s60 apreendidas referéndas 20 mado © 8s condgles de produgao desses: bens, a um tempo, a um espago, a uma orgarizagéo social, a sistemas simbo- fos, Yo caso dos bens patrimonais seleionados por uma insiuigao estate cons Tr 66 fundamental 18 fol cbservado, nas nogdes de arte @ de histiria ~ s6 fazem sentido para Um Pe va, cuja_defnigdo tem em vista unidades pollcas (@ nacdo, 0 estado, queno grupo. Cuto problema, na mesma In mas em santo invers, @ @ fla municipio}. ‘que as classes cultas fazem da cutura popular, em geral a pati de uma pers pectiva fldorzente que efaiza o exotismo ou 2 discov! categorie da auton p__, tide 0! 1 por esse motivo, vale @ pena considerar esse especio da quesiéo, ov sei, we 0 srocesso de anroricao dos bens oatimoniais. Para Roger Chaser (1988), e todo rocoplor 6, na verdade, um produlor de sence, ¢ toda feltura ¢ um ato de w Assim como ocorre na tilertura, portanto, e nas artes em geral, para que delerminados bens funcionem enquanto patimdnio € preciso que se aceite uma cenvengdo: que esses bens conoiam determinadas significagées ~ ov seja, que se entre no jogo, acetando suas regras. isso significa que 0 inledoculor deve ter cendgBes de pariipar do jogo ndo so na medida em que tenha algum dominio @] tied ta CTE rant: vas UTD BEBE 4 _aproprlegéo. ‘As significag6es produzidas peles diferentes Ieituras podem, inciu- ‘ive, ‘bem distantes da Intengdo ou do interesse do autor da obra - ou, no caso dos bens patrimoniais, das significagbes e valores que os agentes estatais autorizados thes atribuiram enquanto patriménio. De um lado, 6 evidente que esses bens serdo tanto mais nacionais quanto maior for 0 niimero de pessoas que os identiique como patrimdnio, Por outro lado, ‘esse consenso no significara necessariamente que todos fazem a mesma leitura do bem. $6 para dar um exemplo bastante ‘ébvia, a igreja do Senhor do Bonfim, gm Salvador, sera valorizada por alguns por suas qualidades estéticas, por ou- ios, ico, por UFO aia, como paleo pera ral ¢e candomblé, e pelos turistas, muito provaveimente como um dos ‘simbolos da capi- Se © que quero dizer 6 que, por mais regulamentado e controlado que pretend ‘ser 0 processo de construgdo dos patriménios, ¢ por mais fixos que possam pare- ‘cer 0s efeitos de um tombamento, tanto materiais como simbélicos, a recepgdo dos bens tombados tem uma dinamica_ em dois sentidos: primeiro, no da momentos historicos - mudanga qué diz respeito inclusive & proprias concepgbes do que seja Tisiorico, attsico etc.; segundo, no da multiplcidade de significagbes de valores atrbuldes, em um mesmo momento ¢ urn mesmo contexte, a um mes- ‘mo bem, por gfupos econémica, social € ol Gierenciados. ‘A percepgio dessas dinamicas relativamente 20 pattimnio € fenémeno mais ‘ou menos recente, € decorre de circunstincias especiicas, que serdo abordadas no proximo capitulo. O que interessa ressaltar aqui & que & imprescindivel tevd- Jas em conta na formulap3o de uma politica de preservacao. (0 fato € que as andises crticas das policas de preservagao tm dado énfase 20 processo de construgdo dos paliménios, vsando @ chamar a atencao para sua utlizag30 como instrumento ideoldgica de legtimaco do poder estatal. Ao critica fem o seu cardter ellista, atribuem-no apenas ao processa de selegdo de bens, ‘excludente, e que priviegia os monumentos identifcados com 9 cultwe dominante - que, no caso do Brasil, € a cuilura luso-brasliia Conseqdentemente, as pro- postas visando a democratizar 0 patriménio se centram no vértice de sua cons- imutabiidade de signficagses e valores atribuldos @ um mesmo bem em Sev trugdo - of seia, na ampliagdo do concelto de patiménio © na partcipagdo da nN yw sociedade na constiuigdo © no gerenciamento desse palrménio. fica de tora @ questdo da democratizacso da apropriagéo simbdica desses bons. By ot, we TaTeabHy ea HCCI ‘A domocraizegto de epropdegso no deve, no entanto, ser entendiée como ‘mora difus8o des significagbes produzidas pelos agentes insttucionais. Como ‘coserva Roger Cherfer, uma abordagem que leve em conta a complexidade do processo de reoep¢a0 vai charar a etengdo pare os usos derenciatos ve S80 feiles dos mesmos bens, 0 que possibile, incusive, sua apropriagdo dierencieda pelos grupos soca, mesmo em sitvagdo de desigualdade econdmica ¢ sacl. Por outro lado, esse tipo de abordagem val evidenciar os limites que s@interpoem a essa apropriacdo, @ que decorrem da cffuidade de acess0, para grupos sods ‘auluralmente desfavorecidos (entendida aqui cultura como as informagbes € ex perbacias veicladas primordiamente pela educagéo formal), ao consumo © 205 cbdigos de leltura dos bens patrimoniais. Essa perspective ndo impede que as dierencas sejam identficadas (incusive as diferengas com raizes econdmices ¢ sociss), mas desloca a sua propria este: ra de identfcagdo, uma vez que a0 implica a qualticagdo social das obras como um todo Carquitetura Wusobrasieic’, ‘rtesanal’, “rte popular” etc). Em ver disso, caracteriza as praicas que s® apropram, dsinivemente, dos materials que Creu: Jam numa deterrinada sociedade (Charter, 1988, p. 233). AAs andlises centradag no processo de corstugSo dos patrimonios s80 impor ‘antes, na medida em que proauram desvendar o modo como determinadosintelec- tusis, em nome do Estado, concebem a “dentidade nacionéi’, Mas, uma vez que © interesse na questo do patimbrio sea 0 de entender o provesso especiico de circulagdo dos bens patiimoniais quma sociedade, a consideragéo do vérloe da recepgio 6 indispensével, tendo em vsta 0 carter dinémico e alvo de qual quer apropiagdo social. Apenas quando esse aspecio 6 devidamente inorperado 2 polica estatal € que se pode far em uma politica publica. 13-0 umato coma cmeto Oe UA oLcA PUBLICA Para Oscar Oziack e Gullermo O'Donnel, as poitcas estatas seria “alguns ‘aoardes de um proceso social tecido em temo de um tera ou questo (1976, p 47) Para Jobert @ Muller, as potas piblcas consiuem “Tonavas de gett ume relagdo enre um setore 8 sociodade gob (1987, p. 52). Em ambas as defies, pressupoe-se um “Estado em agic’,disinto da imagem de um Estado uno, que $2 apresenta como Wenticado 4 nagéo, de qve garanttia @ cpeséo. Nessa inagem ~ ' do Estado como um orgenismo que regia 0s movimentos da sociedade - Eslado, ‘ago e sociedade praticamente se fundem no imaginério social ee Trarmmbg, waa questo BE VALOR & oo vata do un "Evtado om age" implica, no entanto, e hotarogoneldada, a fua do p0dor © 0 contito do Intorasses, mesmo dantio da burocracla estate, Logo, enaisar 0 “Estado om apfo" signe fever em conta sue dinéma iner- no, & perl das agdes de diferentes sueites, torendo-se dif recorer, neses Nel, & modelos anaiicos que o reduzam 2 um instumento de dasse, a gestor da ordem social, a promotor do deservolvinento, ou a qualquer outa concepsto ‘que neutralize os inevitaveis antagonismos, tanto do Estado com a sociedade ‘quanto inleramente, na maquina estat ‘A imagem ue se tem da pollica federal de preservagéo no Bras contadz ‘essa afimagto. A idéia de uma ago pollica monolitca, concuzide praticaments sem contestagdes pelo Estado, em nome do interesse publico, foi, inclusive, refor- ada pela aura que, alé hoje, envove a fase herbica do Sphan. Entretanto, como 2 rajettria dessa police estatal velo demonstar, esse fol apenas uma entre dife- rentos ovientagées possiveis ~ e que, na época, se impés sem meires dicu dades, como 4 meis aproprieda ~ para se elaborer 2 questéo de Identdade ne- ional na consttuigao de um patimdnio histirico e artistco. Partido do pressuposto de que essa imagem @ formada com base em uma sitvagdo conjntural - 0 modo como essa police vem sendo conducida no Brest, © que uma andlise comparatva com outras poliicas pode comprovar -, propus- ‘me, neste trabalho, a abordar essa paliica estalal na sua relagdo oom a sociedad, procurando apreender, ainda que nos limites de uma pratica espectica - os tom- bamentos ~ a presenga de outros atores que néo apenas os agentes insttucionis. Pois & evidente que, se essa pollica fol insteureda e se mantém hé mais de ‘ingdenta anos, ¢ porque atende a algum po de demanda social mais ampla Na pesquisa, procure sagur 0s passos discrininados tanto por Oxlack © O'Donnel quanto por Jobert e Muller pare a andlise de poliicas pblicas: a defnigdo da questo e do modo como ela s2 tomou polticamente relevante, passando a ser abjeto de uma poltica piblica; a disciminagdo dos atores envo'vidos, estatais € ndorestasis, de sua insergdo social e das iderangas que assumem o setor, 5 reoursos @ que esses alores recorrem para legtimar essa politica, ov soja, a rela- ‘fo de um projeto setorial com um projeo global para @ nagSo; 08 instumentos utiizados na sua implementegao. No conjnto das polticas implementadas pelo Estado, as poiicas cultures se dfstinguem polo tema. Mas, assim como as demandas nessa area sto bem mais © ‘O FARIAB NI Em PROTSTO ‘tfuaos © eoetumam 60 concanter om grupes rests, também o8 objovoe dea: us polls runca sto cleramente apresentados, tanto nos dlscursos ofidais {quanto em defnigbes fomuledes em outas instancas®* Nesse sent, # mals proveloso veitcar como diferentes fnhas de pensamento police eaoorem uma prtica politica nesse campo Numa perspective bert, cabe @ socedade produzr culture. Ao Estado, cabe spenas garantr as condigbes para quo esse ceio possa ser exercido or todos os cidaddos. Para Norberto Badtio (1977), essas condigdes s8o, basicamente, 0 reconhecimento e 0 respeito a valores como a lberdade (enquanto auséncia de impediments flsicos ¢ mots), @ verdade (enquan espiro erlten, em opasio 20 dogmatism, & intlerncia e as falsificagtes) e a comfianga no ditlogo, Bobbio faz um distingSo ent polca cultural poliica da cultura. A primeira 4a plarificarao ca cultura fete pelos pls, em que & cut fiira como is: trumar-para alcangar fins polos. A Segunda ¢ 2 police dos homens de cut: Ta, vollada pare geranlr as condighes de desenvolvimento de cultura @ 0 exercico Se, na perspectva feral, cabe a0 Estado simplesmenta assegurar 0 esparo para 2 produgdo @ 0 consumo de bens cultures, numa perspective sociaista 0 Estado liberal consttura Um instrumento de dasse. Nesse sentido, © que Bobbio denominou police de cultura seria inviével numa sociedade de classes. Considero que @ posture Thera & inefutével do ponto de vista de seus prin- pics, mas, no caso breil, seus pressupostas coliem com uma realdade om que a cdadania ainda no € um bem odlativo. Nesse caso, a formsagdo de tuna pollca cultu‘at democratica (atbuto que tanto os liberals quanto 08 soca Tistas defendem em suas propostas) implica uma atuagéo necessariamente mals salva e abrangente do Estado, Trata-se nBo sO de defender determinados valores, como de ciiar condigdes para implementé-os numa sociedade onde os dirlios iminimos da cidadania, na praca, s4o exercides por poucos. Ou sea, considerer todos 08 cidaddos como homens de cultura, assim como propunia Gramsci, em condigses de exercer 0s dieitos cultrais, e auar no sentéo de cowerer esse princpio ~ que no caso do Brasl @ ainda um ial - em realidade Na verdade, a implementagdo de uma propasia como ess8 ~ desafio que vem sendo enfrentado sobretudo no Ambito das seoretarias municpais de cultura? — requer um esforgo prévo, uma alvagae didSca no sentido de sedimentar uma nova cultura politica aevaor a Trararabro: oat Ui : vs, ‘2380 orlontagdo tem se mostrado complexa no ambito municipal, que dire uma proposta de democralizagdo como a formulada pela politica federal de cultura ‘no inicio dos anos 80, ainda em plena vigéncia do regime militar. Naquele momen- to, alm da fragilidade dos mecanismos insttucionais de representago politica, que 86 enldo comecavam a ser reorganizados, e das formas de ‘artcipacao socal, especificamente na area da cultura (a ndo ser entre alguns produtores culturais, ‘como os cineastas), inaxistiam mecanismos de mediaggo ente Estado e socieda- de, @ era praticamente impossivel identificar atores socials constituidos em tomo de causas cultuais. Ficava no ar a pergunta (e, para alguns, a suspeita) sobre 0 sentido dessa proposta: idealismo de alguns agenles institucionais, instrumen- talizegdo da cultura por um gaverno em crise de legitimidade ou estratégia politica Ge resisténcia, possivel num setor 2 margem dos grandes interesses do capital? Independentemente da resposta que se dé a essas indagagdes, 0 fato & que, ‘como observa Chantal Mouffe (1988, p, 95), @ mera enunciagso, através de dis- ‘cursos, de determinados principios e direitos - como o direito & igualdade - cons- litui fator que viabiliza @ constitvigéo de novos sujeitos sociais {por exemplo, os ‘escravos como “homens”, a8 muiheres come “cidade” ela) e « translormagdo de relagbes de subordinagdo em sntagonismos. Nesse sentido, nos anos que se se ‘guitam 8 formulagdo da proposta da Secretaria da Cultura do MEC, em 1981, ficou ‘evidente que essa proposta veio atender a uma demanda social de valores demo- ‘craticos, na medida em que seu discurso foi incorporado pelas mais diversas ins- tncias, © foi absorvido pela Consttuicao de 1988, Entretanto, se partiu da rea federal uma primeira reivindicagdo pela democra- tizagao da polltica cultural, na pratica tém sido os érgéos municipais que vem implementando com maior visibilidade propostas nesse sentido. E, passados va- fios anos da elaboracdo do documento Diretrizes para operacions da tica cultural do MEC (1981), fica no ar a pergunta: q roposta hoje - em face de uma realidade poliicamente outra, embora social e economicamente ainda for- femente marcada pela desigualdade - da area federal para a cultura, em geral, © para 0 patiménio, em particular? Esse trabalho nao pretende ~ nem seria de sua attibuigdo ~ oferecer resposta @ essa pergunta, mas apenas contribuir com alguns subsidios para a formulaco de propostas que, afinadas com a realidade presente, no deixem de ievar em conta uma expatincia aoumulada, em mais de cingGenta anos, por uma politica que se tem diferenciado - tanto de um ponto de vista positiyo como negativo - ‘0 conjunto das politcas estatais brasieras. ff 2 Sobve a relagdo entre @ histria © o Nous = pees Ce a ae ote ros rm ‘ou fundamentalistas, da mesma manele como as Te eon aoe eae = orang ee ste a maf’ (0 ESR 6 So Pav, 18 jn. 14. Ege Bo singo, p. 06) = oe ee eamepemnmee Fe resco otc class sca ob zon replat Soe mien gts nacional +. Bartuy, 1989, sobre 26 menpSes, nas Constugaes brass, relatives @ culture + Lexa cue eas sino ~ eke xis oar = @ eld au apents re male fem que 6 all com recwso para _compreensdo 62 nin. Ho tim em Ienle dois lemos indopendenios e Sm Quas anes dee mesma caro 0 ar sigricanteseado, om Initia ° os bons tombs, deverse consderar 08 gst Los €0 Livro Histrico, Lio de Be: e cele na medi- © Para fins de inscrigdo Paisagistivo, Tombo: Livro Arquadlégio, Etnogrfica @ lar artes © Livro de Aes Apicades. Esse limo lio se acha om cesvso, conetam apenas quatro inscrigdes. Foi no sonido do restore ciamana esses pos de ltr que vis pls do CNRC ebordaram maniestagées de culura popular. A partir desse mesma vi foram consderadas as maniesiagdes das diferentes etias. Sobre essa questdo, sinielza Eunice Durham: “ée um lado, Diusmulined malaria da 9 ‘arctras educacionals e materais que impedem 3 d rests tons cuts, que s#o moncpaatos pete deses Sona deo tio lado, & importante preservar e dundr 2 procuyo cuts! que @ propia 1 ses populeres, garanindo seu acesso a insiwientos quo facitom e882 pr fe permitam sua conseragso @ transmissio'(apud Aranes, 1964, p. 34) janlo 2 de Néstor + Tanto a definigBo do poltca cultural formulada pela Unesco qu Garcia Cenckni s80 igualmente vagas e gonéricas: a

Das könnte Ihnen auch gefallen