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Módulo II

STH - SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO

18 – Iluminação (parte 1)

LUZ

Para iniciar o estudo da iluminação, é necessário conhecer a natureza da luz. Ao


passar do tempo, foram desenvolvidas várias teorias sobre a natureza física da luz; do que se
sabe, é possível estabelecer o seguinte:

– A luz é constituída de vários comprimentos de onda ou de partículas,


denominadas fótons;
– É uma forma de energia radiante, que se manifesta pela sua capacidade de
produzir a sensação da visão.
– Sua velocidade, no vácuo, é de 299.792.458 m/s; geralmente, arredonda-se para
300.000.000 m/s ou 300.000 km/s

As propriedades da luz são:


– propaga-se no vácuo;
– propaga-se em todas as direções no espaço;
– transmite-se à distância.

Desta forma, pode-se afirmar que luz é uma radiação ondulatória eletromagnética,
assim como as ondas do rádio, televisão, telefone celular, microondas ou calor radiante, diferindo
destes apenas pelas características geométricas de suas ondas (comprimento e frequência),
capaz de produzir uma sensação visual. A sensibilidade visual para a luz varia não só de acordo
com o comprimento de onda da radiação, mas também com a luminosidade. A curva de
sensibilidade do olho humano demonstra que radiações de menor comprimento de onda (violeta e
azul) geram maior intensidade de sensação luminosa quando há pouca luz (ex. crepúsculo, noite,
etc.), enquanto as radiações de maior comprimento de onda (laranja e vermelho) se comportam
ao contrário.
De todo o espectro eletromagnético, o olho humano é capaz de captar somente
uma pequena parte. Esta porção, chamada de ESPECTRO VISÍVEL (ou ESPECTRO ÓPTICO),
identifica-se como sendo a luz visível (ou simplesmente luz). Esta faixa do espectro situa-se entre
a radiação infravermelha e a ultravioleta. Para cada frequência da luz visível é associada uma cor.
O olho humano não tem a capacidade de captar as cores infravermelha e ultravioleta, e as demais
existentes após eles.
COR

Cor é uma importante consideração no projeto de iluminação; é possível que uma


instalação de iluminação seja tecnicamente correta quanto a garantir luz suficiente e, ainda assim,
causar insatisfação pelo efeito incorreto das cores.
A maioria das superfícies mostra propriedades de reflexão seletivas. Elas absorvem
certos comprimentos de onda da luz incidente e, consequentemente, a composição espectral da
luz refletida é diferente. Esta luz refletida determina a aparência da cor da superfície. Sob uma luz
branca, a maçã aparenta ser de cor vermelha pois ela tende a refletir a porção do vermelho do
espectro de radiação absorvendo a luz nos outros comprimentos de onda. Se utilizássemos um
filtro para remover a porção do vermelho da fonte de luz, a maçã refletiria muito pouca luz
parecendo totalmente negra.
A luz é composta por três cores primárias. A combinação das cores vermelho, verde
e azul permite obtermos o branco. A combinação de duas cores primárias produz as cores
secundárias – magenta, amarelo e ciano. As três cores primárias dosadas em diferentes
quantidades permite obtermos outras cores de luz. Da mesma forma que surgem diferenças na
visualização das cores ao longo do dia (diferenças da luz do sol ao meio-dia e no crepúsculo), as
fontes de luz artificiais também apresentam diferentes resultados. As lâmpadas incandescentes,
por exemplo, tendem a reproduzir com maior fidelidade as cores vermelha e amarela do que as
cores verde e azul, aparentando ter uma luz mais “quente”.
Estudos e experiências têm demonstrado que a cor tem influência sobre a saúde, o
bom humor e o rendimento das tarefas.

Temperatura de Cor

A "temperatura" das cores faz com que se distingam cores frias e cores quentes,
mas os fundamentos para tal designação são psicológicos.
As cores frias, como o próprio nome indica, estão associadas à sensação de frio, e
são essencialmente todas as cores que derivam do Violeta, Azul e Verde. São consideradas
cores calmantes.
As cores quentes estão associadas a sensações completamente opostas àquelas
que as cores frias transmitem. Assim, as cores quentes associam-se às sensações de calor,
adrenalina. São consideradas cores excitantes. As cores quentes são todas aquelas que, no
circulo das cores primárias derivam das seguintes cores: Amarelo, Laranja e Vermelho.

Uso das cores em ambientes de trabalho

Um ambiente de trabalho que apresente uma utilização adequada das cores


proporcionará aos seus usuários uma atmosfera agradável, segura e com menos propensão de
danos a sua saúde. Este ambiente agradável diminuirá os riscos de fadiga visual evitando assim
falhas na execução das tarefas, logo, resultará em um aumento de produtividade.
Ao escolher a cor dos ambientes de trabalho, deve-se dar preferência a tons
suaves, pois embora as cores vivas sejam mais interessantes, elas se tornaram cansativas para
aqueles que terão que passar uma jornada de trabalho de 8 horas ou mais neste ambiente. Isto
não quer dizer que o uso de cores vivas deve ser descartado, muito pelo contrário, existem certos
ambientes que elas proporcionarão um efeito psicológico muito mais eficaz, tais como: halls de
entrada, salas de espera, salas de lazer, etc.
O fator climático é um dos determinantes na hora do planejamento cromáticos dos
ambientes de trabalho. Em locais de clima quente, deve-se dar preferência aos tons azuis e verde
claro, que estão associados a frescura das águas, da relva e das folhagens, evitando-se sempre o
uso do amarelo, que lembra o fogo e o sol. Embora a utilização das cores frias traga uma
sensação de frescor e tranqüilidade, elas poderão tornar o ambiente monótono e ao mesmo
tempo depressivo. Quando o clima é mais frio deve-se optar por cores que dêem a sensação de
calor, como o amarelo, laranja e o vermelho.
Além dos aspectos psicológicos e decorativos que as cores possuem, o que
realmente interessa para iluminação do ambiente de trabalho são as suas propriedades de
reflexão da luz. A utilização de cores com altos índices de reflexão poderá melhorar
significativamente o rendimento do sistema de iluminação, podendo-se aumentar o nível de
iluminamento geral do ambiente sem que seja necessário aumentar o fluxo luminoso das fontes
de luz.
O planejamento cromático de um determinado local de trabalho depende de vários
fatores, tais como: atividade a ser desenvolvida no local, as dimensões do espaço, o tipo de
iluminação a ser utilizado, o perfil do usuário (sexo, idade e cultura), etc. Neste planejamento o
teto, as paredes e o piso deverão receber um tratamento diferenciado.

Cores de tetos e forros: Na escolha da cor do teto deve-se optar por cores mais
claras. Quanto mais estas se aproximem do branco, melhor serão as condições de iluminação do
ambiente. A luz difusa refletida pelo teto proporcionará uma melhor uniformidade dos níveis de
iluminação do ambiente, reduzindo os problemas de sombras excessivas e de ofuscamentos
produzidos por reflexões dirigidas.
Cores de paredes: O fundo de qualquer ambiente é limitado por suas paredes, e
sobre este fundo se destaca tudo que nele existe. É para este fundo que a visão é direcionada
quando se afasta de sua atividade, portanto, deve-se evitar diferenças acentuadas entre a cor do
plano de trabalho e o fundo, pois isto exigirá do olho um grande esforço de adaptação a nova cor,
resultando em uma fadiga visual. A cor das paredes e do plano de trabalho deverá sempre que
possível possuir o mesmo tom.
Pisos: Recomenda-se que o piso tenha uma cor mais escura que as que foram
utilizadas para as paredes e o teto.

ADAPTAÇÃO VISUAL

O olho humano tem uma grande capacidade de adaptação a condições variáveis de


iluminação. O processo pelo qual os olhos se ajustam a estas condições é chamado de adaptação
visual. Adaptação é a característica dominante na visão humana; de outra forma não se poderia
ver em ambientes tão distintos como os produzidos pelo dia, noite, luz solar, nuvens, interiores e
exteriores. É por causa desta capacidade de ajustamento do olho humano que a luminância, ou
brilho, é relativa e não absoluta; a luz do dia que parecia ser satisfatória ao entrarmos no cinema
parece excessivamente brilhante quando deixamos o cinema. Faróis de veículos que incomodam
à noite quase não são percebidos durante o dia.

O processo de adaptação possui três componentes:


● uma resposta neural rápida quando ocorre uma mudança na iluminação;
● uma resposta média do olho com a dilatação ou contração da pupila para
regular a quantidade de luz admitida no interior do olho;
● uma resposta retinal lenta com a produção ou remoção de substâncias
fotos-químicas para aumentar ou diminuir a sensitividade à luz.

A resposta do olho pela pupila é mais um efeito secundário; uma proporção de


luminâncias em torno de 8 para 1 pode ser adaptada desta forma. O processo de adaptação
principal é a lenta resposta retinal/substâncias fotos-químicas que é capaz de lidar com diferenças
de até 1.000 para 1. Como esta resposta é lenta são necessários alguns minutos para a
adaptação completa. Geralmente, a adaptação do claro para o escuro é mais lenta
(aproximadamente 30 minutos) que a do escuro para o claro (2 a 3 minutos), pois é mais fácil
remover as substâncias fotos-químicas dos cones do que produzi-las nos bastonetes.
Ao focalizar um novo cenário, o olho se adapta a luminância média deste. Portanto,
existe uma faixa de variação de luminância para ambos os lados na qual o olho pode funcionar.
Existem duas considerações de projeto importantes que são uma conseqüência da habilidade de
adaptação do olho:

● margem de adaptação: ao adaptar-se a luminância média da cena, a


margem de visibilidade para ambos os lados é grande, mas não infinita. Diferenças muito
grandes podem gerar perda de visibilidade e ocorrência de ofuscamento;
● velocidade de adaptação: como já foi mencionado, a velocidade de
adaptação é bastante lenta comparada com os movimentos humanos normais. Caso haja
um aumento muito rápido nos níveis de luz pode ocorrer ofuscamento. Se for um
decréscimo muito rápido pode haver perda de visibilidade (ex., entrada e saída de túneis).

CONCEITOS

Reflexão: É o fenômeno que consiste na mudança de direção de um raio luminoso


ao incidir em determinadas superfícies de separação de dois meios homogêneos, sendo devolvido
ao meio originário.
Refração: É o fenômeno segundo o qual a direção dos raios luminosos sofrem
modificação ao passar de um meio para outro da diferente densidade.

Os dois fenômenos ocorrem concomitantemente. Pode haver predominância de um


fenômeno sobre o outro. Que fenômeno predominará vai depender das condições da incidência e
da natureza dos dois meios.

Absorção: É o fenômeno que se dá quando uma parte de um raio luminoso que


incide sobre uma superfície é absorvido em maior ou menor grau.
Transmissão: É uma característica de deixar passar a luz dos corpos
transparentes ou translúcidos.

ILUMINAÇÃO DOS AMBIENTES DE TRABALHO

Determinar a iluminação necessária a um ambiente significa estabelecer a


intensidade e distribuição da radiação visível adequadas aos tipos de atividades e às
características do local.
O aparelho visual pode sofrer vários danos devido à uma má iluminação, conforme
abaixo:

Causas Efeitos
Baixa acuidade visual
Fadiga
Baixo nível de iluminamento
Reflexos/ofuscamento
Exposição a raios infravermelhos Catarata
Exposição a raios ultravioletas Úlcera de córnea

As conseqüências de uma iluminação inadequada são notadas:


➔ na segurança - implicando no aumento do número de acidentes;
➔ na produtividade - maior desperdício de material, pior qualidade do produto final;
➔ no bem-estar - maior fadiga visual e geral, ambiente desagradável baixando o
moral dos trabalhadores.

Existe uma série de fatores a serem considerados para que se tenha um local de
trabalho adequadamente iluminado:
– tipo de lâmpada e de luminária;
– quantidade de luminárias;
– distribuição e localização das luminárias;
– manutenção e limpeza das luminárias;
– cores adequadas ao ambiente.
Uma boa iluminação não significa níveis excessivos de aclaramento, embora a
legislação somente especifique os níveis mínimos, mas sim de uma distribuição uniforme,
evitando-se que a parte mais iluminada supere por um valor maior que 4 (quatro) vezes o local
mais obscuro, para que não ocorram ofuscamento e fadiga visual, geralmente ocasionada pela
adaptação constante, da retina as variações de aclaramento e penumbra.

Sempre que possível, a iluminação natural deve ser utilizado só ou em conjunto


com a artificial, resultando em economia de energia.

Entretanto, a incidência de luz solar deve ser indireta, isto é, não deve penetrar
diretamente no “campo de trabalho”, o que poderia ocasionar outros inconvenientes, tais como a
adição do calor, aumentando-se o desconforto térmico. A reflexão de objetos metálicos são
causas de ofuscamento, sendo necessário estudos preliminares para o posicionamento de
clarabóia, áreas de ventilação, lanternim, janelas e telhas translúcidas, visando melhorar o
aclaramento. Porém, as aberturas poderão ser colocadas o mais alto que o pé direito permitir,
mantendo-se entradas de ar na parte inferior do galpão onde não haja incidência de carga solar.

A iluminação industrial pode geral ou suplementar. A geral deve ser projetada


para atender a maioria das atividades desenvolvidas no ambiente, a suplementar atende as
atividades específicas quando estas exigem maiores níveis de aclaramento, observada as
recomendações quanto ao ofuscamento.

É portanto fundamental uma iluminação que permita manter os equipamentos


devidamente limpos, visualizar com clareza as sinalizações de segurança e faixas, permitir a
prevenção da qualidade dos produtos e da saúde ocupacional do que concerne aos órgãos da
visão.

GRANDEZAS FUNDAMENTAIS EM LUMINOTÉCNICA

Em Luminotécnica consideram-se basicamente as grandezas:

1. Fluxo luminoso
2. Intensidade Luminosa
3. Iluminância ou iluminamento
4. Luminância
5. Eficiência Luminosa
6. Curva de distribuição luminosa
7. IRC (Índice de reprodução de cor)
8. Temperatura de cor

1 – Fluxo Luminoso (F ou Ф) – representa uma potência luminosa emitida por


uma fonte luminosa, por segundo, em todas as direções, sob a forma de luz (abreviando: luz
emitida ou observada em um segundo, ou quantidade de luz emitida por uma fonte na tensão
nominal de funcionamento). Sua unidade é o lúmen (lm).
Quantidade de Luz: Q = F.t
Unidade: lm.s ou lm.h ou klm.h

2 – Intensidade Luminosa (I) – é o fluxo luminoso irradiado na direção de um


determinado ponto. Sua unidade é a Candela (cd)

3 – Iluminância ou iluminamento (E) - é a relação entre o fluxo luminoso incidente


numa superfície e a superfície sobre a qual este incide; ou seja é a densidade de fluxo luminoso
na superfície sobre a qual este incide. Também chamada de aclaramento, nível de iluminação ou
nível de iluminamento, é a grandeza fotométrica mais importante da iluminação (fluxo luminoso
recebido por uma superfície = luz que chega). A unidade é o Lux (lm/m2).
Fórmula: E = Ф/A = lm/m2 = Lux

Exemplos:
Dia ensolarado de verão em local aberto » 100.000 lux
Dia encoberto de verão » 20.000 lux
Dia escuro de inverno » 3.000 lux
Boa iluminação de rua » 20 a 40 lux
Noite de lua cheia » 0,25 lux
Luz de estrelas » 0,01 lux.

O nível E pode e deve ser medido. O nível de Iluminância vai depender da atividade
visual (de menor ou maior acuidade),

4. Luminância (L) - Medida em candela por metro quadrado [cd/m2], é a relação


entre a intensidade luminosa de uma superfície e sua área aparente. Está associada a constrates
excessivos (ofuscamento).

5. Eficiência Luminosa (ε - η ) - Também denominada Eficácia ou Rendimento. É a


relação entre o fluxo luminoso (em lúmen) emitido por uma fonte e seu fluxo energético (potência)
consumido para produzi-lo. Unidade= lúmen/watt

Exemplo:
• lâmpada incandescente de 100W: 10 lm/W
• lâmpada fluorescente de 40 W: 42,5 lm/W a 81,5 lm/W.
• lâmpada vapor de mercúrio de 250W: 50 lm/W
• lâmpada multi-vapor metálico de 250W: 68 lm/W.
6. Curva de Distribuição Luminosa - trata-se de um diagrama polar no qual se
considera a lâmpada ou luminária reduzida a um ponto no centro do diagrama e se representa a
intensidade luminosa nas várias direções por vetores, cujos módulos são proporcionais a
velocidades, partindo do centro do diagrama. A curva obtida ligando-se as extremidades desses
vetores é a curva de distribuição luminosa.

7. IRC (Índice de Reprodução de Cor) - O índice de reprodução de cor é baseado


em uma tentativa de mensurar a percepção da cor avaliada pelo cérebro. O IRC é o valor
percentual médio relativo à sensação de reprodução de cor, baseado em uma série de cores
padrões. Para indicar de forma consistente as propriedades de reprodução de cor de uma fonte
de luz, idealizou-se um índice de reprodução de cores padrões (no caso 8) sob diferentes
iluminantes. O método de avaliação, numa explicação bem simplificada, consiste na avaliação das
cores padrões, quando submetidas à luz da fonte a ser analisada e sob a luz de uma fonte de
referência que deveria ser um corpo negro (radiador integral), que apresenta um valo de 100%.
Costuma-se, então, afirmar que está relacionado com a lâmpada incandescente, pois esta tem um
comportamento próximo ao do radiador integral. Então se uma fonte luminosa apresenta um
índice de 60%, este está relacionado como radiador integral que é de 100%. Isto é verdade em
parte. Como a percepção varia segundo o indivíduo e suas experiências anteriores, nem sempre
esta avaliação corresponde à realidade. Para facilitar o esclarecimento, é costume, entre os
fabricantes, a apresentação de uma tabela que informe comparativamente o índice de reprodução
de cores, a temperatura de cor e a eficácia ou eficiência luminosa.

Um IRC em torno de 60 pode ser considerado razoável, 80 é bom e 90 é excelente.


Claro que tudo irá depender da exigência da aplicação que uma lâmpada deve atender. Um IRC
de 60 mostra-se inadequado para uma iluminação de loja, porém, é mais que suficiente para a
iluminação de vias públicas.

Exemplos

Lâmpada IRC Lâmpada IRC


Incandescente 100 Fluorescente 60
Vapor de mercúrio 55 Vapor metálico 70
Vapor de sódio a.p. 30 Vapor de sódio b.p. 0

8. Temperatura de Cor - Medido em graus Kelvin (ºK) está associada à aparência


de cor das lâmpadas, ou seja, as incandescentes com temperaturas de cor mais baixa com
aparência mais quente-amarelada e as fluorescentes normalmente com aparências mais frias-
azuladas .
Um aspecto importante é que a temperatura da cor não pode ser empregada
isoladamente e sim em conjunto com o IRC, mas independentemente deste aspecto, aceita-se
que cores quentes vão até 3.000K, as cores neutras situam-se entre 3.000 e 4.000K e as cores
frias acima deste último valor.

SENSIBILIDADE DA VISTA HUMANA

A retina humana tem um máximo de sensibilidade para a faixa de 0,58 μm (verde-


amarelado), em níveis de intensidade luminosa elevados, ou seja, para o dia. É a chamada visão
fotópica.
Em contrapartida, para níveis de intensidade luminosa mais baixos, a maior
sensibilidade cai sobre a faixa correspondente aos azuis. É a chamada visão escotópica, ou visão
noturna.
Acuidade Visual e Sensibilidade ao Contraste
A capacidade de reconhecer pequenos detalhes é designada por acuidade visual.
Esta acuidade visual depende das condições físicas dos olhos do indivíduo e da "inteligência" do
cérebro em interpretar a imagem, e, portanto, varia entre os indivíduos.
A acuidade visual depende também do brilho físico do objeto analisado, de modo
que qualquer indivíduo obtém melhor acuidade visual sobre condições favoráveis de iluminação.
Outra capacidade inerente ao sistema visual do indivíduo é a capacidade dos olhos
distinguirem diferenças de contrastes.

OFUSCAMENTO

O ofuscamento é uma sensação desagradável que pode ocasionar cefaléia,


cansaço visual e astenopia, sendo causando por luz excessiva, superfícies polidas e refletoras,
acarretando mau estar e desconforto no ambiente de trabalho, devendo portanto ser evitado.

Significa contraste excessivo de luminâncias. Pode ser perturbador


(deslumbramento) e inibilitador. Diferenciam-se pelo grau de perturbação que provocam. O
ofuscamento é uma sensação e, portanto, não pode ser medido, exceto em termos de outra
sensação.
Ele ocorre em função:
– luminância da fonte
– luminância do fundo
– tamanho aparente (área do campo visual causador)
– número de fontes presente no campo visual
– posição relativa da fonte em relação à direção de visão

Suas causas podem ser direta (visão direta da fonte) e indireta (reflexão). Para
correção, pode-se reduzir a luminância da fonte, colocação de elementos de controle da fonte de
luz, posicionamento da fonte de luz fora do ângulo de visão, aumentar a luminância do entorno à
fonte (ex. Janelas)
Conforto Visual - Iluminâncias

Segundo a NBR-5413
Bancos (geral)........................................ 500 lux
Cervejaria............................................... 200 lux
Corredores e Escadas........................... 100 lux
Escritórios de Engenharia - Desenho.... 1000 lux
Salas de Aula......................................... 300 lux

Aspectos Legais
A Lei 6.514/77 da Consolidação das Lei do Trabalho – CLT, através da Portaria
3751/90 do Ministério do Trabalho, revoga o anexo 4 (quatro) da Norma Regulamentadora n.º 15 –
Atividades e Operações Insalubres, e corpora a iluminação na Norma Regulamentadora n.º 17
(Ergonomia).

Os níveis mínimos de iluminância a serem observados nos locais de trabalho são


aqueles estabelecidos na NBR 5413, da ABNT registrada no INMETRO.

Conforme a Norma Regulamentadora n.º 17 :


17.5.3. Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou
artificial, geral ou suplementar, apropriada à natureza da Atividade.
17.5.3.1. A iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa.
17.5.3.2.A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma
a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.
17.5.3.3. Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de
trabalho são os valores de iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira registrada
no INMETRO.
17.5.3.4. A medição dos níveis de iluminamento previstos no subítem 17.5.3.3 deve
ser feita no campo de trabalho onde se realiza a tarefa visual, utilizando-se de luxímetro com
fotocélula corrigida para a sensibilidade do olho humano e em função do ângulo de incidência.
17.5.3.5. Quando não puder ser definido o campo de trabalho previsto no subitem
17.5.3.4 este será um plano horizontal a 0,75 m do piso.

Quadro de Análises
Tem a finalidade de fornecer critérios para priorizar as ações de controle, podendo
servir de orientação para montagem de cronograma de correções das deficiências detectadas.

Valor Medido em Lux Situação da Exposição Providências


Igual ou maior que o IML Normal Manutenção de rotina
Menor que o IML e maior que a Manutenção corretiva
Abaixo do normal
metade deste Melhoria do sistema atual
Manutenção corretiva
Menor que a metade do IML Crítica Melhoria do sistema atual
Projeto de iluminação

É importante ressaltar que os níveis de iluminação constantes da NBR 5413,


constituem valores mínimos necessários ao desempenho visual normal. Portanto, ao se fazer um
projeto de iluminação deve-se sempre que possível gerar níveis de iluminância superiores aos
estabelecidos na referida Norma.

Projeto de Iluminação
a) Um bom projeto de iluminação além do dimensionamento correto do sistema de
proteção do circuito, deve também levar em consideração o tipo de atividade desenvolvida no
ambiente a ser iluminado para que se tenha no “campo de trabalho” os níveis de iluminância
exigidos pela Norma, utilizando o fator de depreciação em função dos processos industriais
desenvolvidos no local, como por exemplo, materiais particulados em suspensão, fumaças, névoa,
etc., os quais acarretam queda no rendimento do sistema de iluminação, em virtude da sujidade
depositada nas calhas, lâmpadas, refletores, etc.

b) Um dos fatores determinantes para seleção do tipo de lâmpada adequada, é a


altura do pé direito, porém é fundamental a observância do tipo de atividade desenvolvida no
local, buscando-se atender as necessidades no aspecto fisiológico e funcional. O uso de
lâmpadas fluorescentes deve se limitar a altura de 4,5 m, e deverão ser montadas no mínimo 2
por luminárias, utilizando-se reatores duplos com alto fator de potência, evitando-se o efeito
estroboscópio, que consiste em visualizar parados os objetos que estejam em movimento rotativo
ou alternativo cuja freqüência coincida com as pulsações da rede elétrica, podendo este
fenômeno causar acidentes graves.

O projeto deve visar e atender a maioria das atividades exercidas, porém nos casos
especiais utilizar iluminação suplementar diretamente no ponto de operação do equipamento,
atendendo os casos específicos. Deve-se procurar manter a harmonia com o projeto global do
ambiente.

Manutenção
Os serviços de manutenção elétrica é responsável pela preservação dos níveis de
iluminância, substituindo as lâmpadas queimadas, executando a limpeza das calhas, refletores e
lâmpadas, solicitando a limpeza das áreas envidraçadas, telhas translúcidas e paredes que são
elementos que auxiliam na manutenção nos níveis de aclaramento projetados.

Rebaixamento de Luminárias
Quando as atividades exercidas no local e as condições operacionais o permitem,
esta é uma maneira de melhorar a iluminação sem aumentar o consumo.

Características das Lâmpadas

Lâmpadas Características Emprego


Incandescentes Baixo rendimento luminoso, Locais onde os níveis de
pequena vida útil, existe em iluminância é inferior a 200 lux,
diversas potência, baixo custo e o número é inferior 2000
de aquisição e instalação. horas anuais.
Fluorescente Elevada eficiência luminosa, Iluminação interna, comercial
vida útil prolongada, custo ou industrial, onde se deseja
inicial maior que a da lâmpada auto rendimento ou longa vida,
incandescente, emite luz indicada para locais de pouca
próxima do branco, baixa altura onde seja necessária
iluminância, por isso oferece grande iluminância.
pouca possibilidade de
ofuscamento, apresenta o
inconveniente do efeito
estroboscópio
Vapor de Mercúrio Bom rendimento luminoso e Normalmente não é usada em
boa duração, apresenta luz iluminação de interiores, usada
monocromática de tom em pátios, depósitos e
amarelado fundições
Refletância

Superfície Refletância recomendada


Teto 80%
Parede 60%
Mesa ou bancada 35%
Máquinas e equipamentos 25% a 30%
Pisos 15%

Fatores de Reflexão

Tonalidades Claras Tonalidades Médias Tonalidades Escuras


Branco 85% Amarelo 65% Cinza 30%
Creme 75% Bege 63% Vermelho 13%
Amarelo 75% Cinza 55% Havânia 10%
Bege 70% Camurça 52% Azul 08%
Verde 65% Verde 52% Verde 07%
Azul 55% Alumínio 41% Preto 02%
Rosa 50% Azul 35% Preto Absoluto 00%

.
A ABNT possui normas especificas para iluminação. Entre elas:
• NBR 10898 - Sistema de Iluminação de Emergência
• NBR 5413 - Iluminância de Interiores - Procedimento
• NBR 5461 - Iluminação - Terminologia
• NBR 6854 - Aparelhos de Iluminação para Interiores - Especificação
• NBR 7195 - Cor na Segurança do Trabalho - Procedimento
• NBR 9077 - Saída de Emergência em Edifícios - Procedimento
• NBR 10637 - Bloco Autônomo de Iluminação de Segurança para
Balizamento e Aclaramento - Especificações
• NBR 5461 - Esta norma define termos relacionados com diversos assuntos,
a parte voltada para iluminação esta descrita a seguir:
h) componentes de lâmpadas e dispositivos auxiliares
i) luminotécnica: iluminação diurna
j) luminárias e suas componentes

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