Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
18 – Iluminação (parte 1)
LUZ
Desta forma, pode-se afirmar que luz é uma radiação ondulatória eletromagnética,
assim como as ondas do rádio, televisão, telefone celular, microondas ou calor radiante, diferindo
destes apenas pelas características geométricas de suas ondas (comprimento e frequência),
capaz de produzir uma sensação visual. A sensibilidade visual para a luz varia não só de acordo
com o comprimento de onda da radiação, mas também com a luminosidade. A curva de
sensibilidade do olho humano demonstra que radiações de menor comprimento de onda (violeta e
azul) geram maior intensidade de sensação luminosa quando há pouca luz (ex. crepúsculo, noite,
etc.), enquanto as radiações de maior comprimento de onda (laranja e vermelho) se comportam
ao contrário.
De todo o espectro eletromagnético, o olho humano é capaz de captar somente
uma pequena parte. Esta porção, chamada de ESPECTRO VISÍVEL (ou ESPECTRO ÓPTICO),
identifica-se como sendo a luz visível (ou simplesmente luz). Esta faixa do espectro situa-se entre
a radiação infravermelha e a ultravioleta. Para cada frequência da luz visível é associada uma cor.
O olho humano não tem a capacidade de captar as cores infravermelha e ultravioleta, e as demais
existentes após eles.
COR
Temperatura de Cor
A "temperatura" das cores faz com que se distingam cores frias e cores quentes,
mas os fundamentos para tal designação são psicológicos.
As cores frias, como o próprio nome indica, estão associadas à sensação de frio, e
são essencialmente todas as cores que derivam do Violeta, Azul e Verde. São consideradas
cores calmantes.
As cores quentes estão associadas a sensações completamente opostas àquelas
que as cores frias transmitem. Assim, as cores quentes associam-se às sensações de calor,
adrenalina. São consideradas cores excitantes. As cores quentes são todas aquelas que, no
circulo das cores primárias derivam das seguintes cores: Amarelo, Laranja e Vermelho.
Cores de tetos e forros: Na escolha da cor do teto deve-se optar por cores mais
claras. Quanto mais estas se aproximem do branco, melhor serão as condições de iluminação do
ambiente. A luz difusa refletida pelo teto proporcionará uma melhor uniformidade dos níveis de
iluminação do ambiente, reduzindo os problemas de sombras excessivas e de ofuscamentos
produzidos por reflexões dirigidas.
Cores de paredes: O fundo de qualquer ambiente é limitado por suas paredes, e
sobre este fundo se destaca tudo que nele existe. É para este fundo que a visão é direcionada
quando se afasta de sua atividade, portanto, deve-se evitar diferenças acentuadas entre a cor do
plano de trabalho e o fundo, pois isto exigirá do olho um grande esforço de adaptação a nova cor,
resultando em uma fadiga visual. A cor das paredes e do plano de trabalho deverá sempre que
possível possuir o mesmo tom.
Pisos: Recomenda-se que o piso tenha uma cor mais escura que as que foram
utilizadas para as paredes e o teto.
ADAPTAÇÃO VISUAL
CONCEITOS
Causas Efeitos
Baixa acuidade visual
Fadiga
Baixo nível de iluminamento
Reflexos/ofuscamento
Exposição a raios infravermelhos Catarata
Exposição a raios ultravioletas Úlcera de córnea
Existe uma série de fatores a serem considerados para que se tenha um local de
trabalho adequadamente iluminado:
– tipo de lâmpada e de luminária;
– quantidade de luminárias;
– distribuição e localização das luminárias;
– manutenção e limpeza das luminárias;
– cores adequadas ao ambiente.
Uma boa iluminação não significa níveis excessivos de aclaramento, embora a
legislação somente especifique os níveis mínimos, mas sim de uma distribuição uniforme,
evitando-se que a parte mais iluminada supere por um valor maior que 4 (quatro) vezes o local
mais obscuro, para que não ocorram ofuscamento e fadiga visual, geralmente ocasionada pela
adaptação constante, da retina as variações de aclaramento e penumbra.
Entretanto, a incidência de luz solar deve ser indireta, isto é, não deve penetrar
diretamente no “campo de trabalho”, o que poderia ocasionar outros inconvenientes, tais como a
adição do calor, aumentando-se o desconforto térmico. A reflexão de objetos metálicos são
causas de ofuscamento, sendo necessário estudos preliminares para o posicionamento de
clarabóia, áreas de ventilação, lanternim, janelas e telhas translúcidas, visando melhorar o
aclaramento. Porém, as aberturas poderão ser colocadas o mais alto que o pé direito permitir,
mantendo-se entradas de ar na parte inferior do galpão onde não haja incidência de carga solar.
1. Fluxo luminoso
2. Intensidade Luminosa
3. Iluminância ou iluminamento
4. Luminância
5. Eficiência Luminosa
6. Curva de distribuição luminosa
7. IRC (Índice de reprodução de cor)
8. Temperatura de cor
Exemplos:
Dia ensolarado de verão em local aberto » 100.000 lux
Dia encoberto de verão » 20.000 lux
Dia escuro de inverno » 3.000 lux
Boa iluminação de rua » 20 a 40 lux
Noite de lua cheia » 0,25 lux
Luz de estrelas » 0,01 lux.
O nível E pode e deve ser medido. O nível de Iluminância vai depender da atividade
visual (de menor ou maior acuidade),
Exemplo:
• lâmpada incandescente de 100W: 10 lm/W
• lâmpada fluorescente de 40 W: 42,5 lm/W a 81,5 lm/W.
• lâmpada vapor de mercúrio de 250W: 50 lm/W
• lâmpada multi-vapor metálico de 250W: 68 lm/W.
6. Curva de Distribuição Luminosa - trata-se de um diagrama polar no qual se
considera a lâmpada ou luminária reduzida a um ponto no centro do diagrama e se representa a
intensidade luminosa nas várias direções por vetores, cujos módulos são proporcionais a
velocidades, partindo do centro do diagrama. A curva obtida ligando-se as extremidades desses
vetores é a curva de distribuição luminosa.
Exemplos
OFUSCAMENTO
Suas causas podem ser direta (visão direta da fonte) e indireta (reflexão). Para
correção, pode-se reduzir a luminância da fonte, colocação de elementos de controle da fonte de
luz, posicionamento da fonte de luz fora do ângulo de visão, aumentar a luminância do entorno à
fonte (ex. Janelas)
Conforto Visual - Iluminâncias
Segundo a NBR-5413
Bancos (geral)........................................ 500 lux
Cervejaria............................................... 200 lux
Corredores e Escadas........................... 100 lux
Escritórios de Engenharia - Desenho.... 1000 lux
Salas de Aula......................................... 300 lux
Aspectos Legais
A Lei 6.514/77 da Consolidação das Lei do Trabalho – CLT, através da Portaria
3751/90 do Ministério do Trabalho, revoga o anexo 4 (quatro) da Norma Regulamentadora n.º 15 –
Atividades e Operações Insalubres, e corpora a iluminação na Norma Regulamentadora n.º 17
(Ergonomia).
Quadro de Análises
Tem a finalidade de fornecer critérios para priorizar as ações de controle, podendo
servir de orientação para montagem de cronograma de correções das deficiências detectadas.
Projeto de Iluminação
a) Um bom projeto de iluminação além do dimensionamento correto do sistema de
proteção do circuito, deve também levar em consideração o tipo de atividade desenvolvida no
ambiente a ser iluminado para que se tenha no “campo de trabalho” os níveis de iluminância
exigidos pela Norma, utilizando o fator de depreciação em função dos processos industriais
desenvolvidos no local, como por exemplo, materiais particulados em suspensão, fumaças, névoa,
etc., os quais acarretam queda no rendimento do sistema de iluminação, em virtude da sujidade
depositada nas calhas, lâmpadas, refletores, etc.
O projeto deve visar e atender a maioria das atividades exercidas, porém nos casos
especiais utilizar iluminação suplementar diretamente no ponto de operação do equipamento,
atendendo os casos específicos. Deve-se procurar manter a harmonia com o projeto global do
ambiente.
Manutenção
Os serviços de manutenção elétrica é responsável pela preservação dos níveis de
iluminância, substituindo as lâmpadas queimadas, executando a limpeza das calhas, refletores e
lâmpadas, solicitando a limpeza das áreas envidraçadas, telhas translúcidas e paredes que são
elementos que auxiliam na manutenção nos níveis de aclaramento projetados.
Rebaixamento de Luminárias
Quando as atividades exercidas no local e as condições operacionais o permitem,
esta é uma maneira de melhorar a iluminação sem aumentar o consumo.
Fatores de Reflexão
.
A ABNT possui normas especificas para iluminação. Entre elas:
• NBR 10898 - Sistema de Iluminação de Emergência
• NBR 5413 - Iluminância de Interiores - Procedimento
• NBR 5461 - Iluminação - Terminologia
• NBR 6854 - Aparelhos de Iluminação para Interiores - Especificação
• NBR 7195 - Cor na Segurança do Trabalho - Procedimento
• NBR 9077 - Saída de Emergência em Edifícios - Procedimento
• NBR 10637 - Bloco Autônomo de Iluminação de Segurança para
Balizamento e Aclaramento - Especificações
• NBR 5461 - Esta norma define termos relacionados com diversos assuntos,
a parte voltada para iluminação esta descrita a seguir:
h) componentes de lâmpadas e dispositivos auxiliares
i) luminotécnica: iluminação diurna
j) luminárias e suas componentes