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Richard Dawkings é o exemplo perfeito do homem do século XXI: é crítico, mas pouco
auto-crítico. Ele se opõe à religião, mas não faz crítica alguma à ciência. Em toda a história
da humanidade quando qualquer tipo de movimento social predomina surge algum tipo de
autoritarismo. Portanto, deixar a ciência sozinha no topo do mundo é tão perigoso quanto
foi deixar a igreja católica sozinha no topo da idade média ou o nazismo, no topo da
Europa de 1945.
Por isso, a melhor vida deve ser aquela em que exista uma pluralidade de
pensamentos. Aliás, há cientistas que creem em religião. O ponto a favor de Dawkings
residiria em que ele talvez se perceba cercado de um predomínio da religião sobre a
ciência. Talvez ele não deseje o fim, mas em seu livro e documentário (Gods ilusion) é
exatamente isso que parece.
Eu mesmo não defendo religião, mas reconheço que por mais descobertas que
façamos, sempre há novos mistérios. E não sei se um mundo sem mistérios será
agradável de se viver. Espero que sim. Mas, no meu mundo, o tempo não existe, o “eu”,
também não, a gravidade não é uma deformação do espaço (vazio) em torno de corpos
com muita massa. Haverá lugar para mim em um mundo que não aceita sequer debater
essas minhas teorias e diz que Einstein estava 100% certo e eu não devo questionar isso?
Amém para Einstein, um novo Deus?