Sie sind auf Seite 1von 21
Capitulo 2 REVISAO BIBLIOGRAFICA 24 Ferros fundidos 24.1 Definigao Com base no diagrama de equilibrio ferro carbono, pade-se definir ferro fundido come uma liga ferro-carbone, onde © carbon possui teores maiores que 2%, apresentando-se na forma de carbeno combinado € carbono grafftico. © ferro fundide & considerado como uma liga ternéria Fe-G-Si, uma vez que o silisio parece naturalmente junte com © careono muitas vezes em porcentagem simileres ou maiores que o proprio carbono [3]. 21.2 § g 2 Classificagao A) Ferro fundide cinzento — apresenta-sé microestruturalmente cam carbone na forma livre, grafita, em morfologia de lamelas @ earbono na forma combinada, cementita (Fe,C), Neste caso, os principals elementos de liga so 0 carbone € o sillcio, podendo haver outros, como o manganés, cromo € PUG-Rio- Gi cabré qué rao conferir aos fundidos outras caracteristicas exigidas. Sua superficie de fratura apresenta coloraede einza escura [3,4] B) Ferro fundido branco — apresenta-se micreestruturaimente com predominancia do carbone na forma combinada devido & baixa porcentagem de silisio © a adiggo de outros elementos como cromo, que ¢ estabilizador da cementita, 0 que confere ao material a caracteristica de maior resisténcia ao desgaste, Sua superficie de fratura apresenta coloragao clara € brilhante (3.4) Capitulo C) Ferro fundido mesclada - apresenta-se misroestruturalmente como uma combinagae des ferros fundides cinzento € branco, ou seja, com a grafita em morfologia lamelar € ume quantidade de cementita, cujas quantidades variam em fungéo do emprege do material. Sua superficie de fratura apresenta coloragdo brilhante acizentada [3.4] D) Ferro fundide maleavel - € um ferro fundido obtido por meio de tratmento térmico de maleabilizagéo do ferro fundide branco. A finalidade deste tratamento é transformar a cementita em grafita esferoidal, conferindo a0 material melhores propriedades mecdnicas como maior resistencia, limite de escoamento e ductilidade. Sua superficie de fratura apresents coloragso cinza claro [3.4], E) Ferro fundido nodular — apresenta-se na forma microestrutural como carbono livre ma morfologis de nédulos, o que confere = este tipo de ferro caracteristicas mecénnicas superiores aquelas do ferro fundida maleavel. E Np0249970A obtide por modificacées quimicas na composi¢io do material no estado liquido. Sua superticie de fratura apresenta coloracde prateada [3.4] F) Ferro fundido de grafita compactada, também chamade dé ferro fundide vermicutar- € um ferro fundido obtida pela adiefo do titanio na eompasicao do ferra fundida nodular, com a finalidade de degenerar o nédulo de grafita. & 2 & z Apresenta propriedades intermediérias entre os ferros fundides nodular € cinzento. E um material cuja aplicaede tem sido cada dia mais ampla, porém zinda € novo no mercado industrial. Sua fratura apresenta-se na forma mesclada [3.4]. 22 Fatores de influéncia na microestrutura do ferro fundido Alguns fatores influenciam a formagiio microestrutal do ferro fundide, entre 0s quais se destacam «© Velocidade de resfriamento © Composi¢8e quimica PUC-Rio- Certitcaggtigilal NBORBETCA Capitulo 2 19 2.2.1 — Velocidade de resfriamento Relaciona-se a velocidade de resfriamento de um fundido durante o 5. As dentritas tem seu proceso de solidificagao & formaco de estruturas dendriti crescimento lateral limitado pelo crescimento de dentritas vizinhas, o que provaca 0 aparecimento de pequenes vazins entre elas, Este defeito é multe comum nas ferres fundides, 0 que € uma desvantagem em relagdo ao ago, Estes vazios esto diretamente relacionados & precipitaco da grafita [5]. Depois da solidificacdo, fundido apresenta numerosos gros dentriticos quando o restriamento & rapid ‘rea tem pequena espessura ou foram usados restriadores no local. Desta maneira, 0S gros dentriticos ficam mais compactades, com textura fina e com menor possibilidade de apresentarem vazios, Porém, quando ocome o oposto, a oranulagdo & mais grosseira pais o resfriamente € mais lento. Neste caso, 6 fundido podera apresentar areas com gros mais finos, nas partes de pauca espessura € outras reas com gros mais grossos, em partes mais espessas ou que tenham entrado em contato com predutos exotérmicos, conforme pode ser verificado na Figura 2.4 Figura 2.1 — Velocidade de Resfriamento Np0249970A & 2 & z Capitulo Onde = A) Tundido em moide de areia; B ) fundido em moldes metalicos; C) fundido em moldes de areia com resfriadores localizados. Na Figura 2.1. abserva-se que quando um resfriamento ¢ homogeneo, como no caso de molde em areia, @ distribuiggo do calor oriunda do metal fundido distribuida de forma igual em toda a érea de moldagao fazendo com que as gréos apresentem uma fina zona de cristais orientados. Quando 6 molde é totalmente metalic, conforme apresentade na Figura 2.1-8, observa-se gue a area de cristais orientados se torna mais larga. Finalmente, quando é adicionado um resfriador, que sa0 pontos metélicos localizados estrategicamente dentro do molde. a zona de cristais orientados ¢ larga, porém locelizads, conforms apresentada na Figura 2.1-C (Sl Quando um ferro fundide apresente velocidade de restiamento muito alta, camo em segGes finas. areas adjacentes as paredes dos modes ou. quando foram usados resfriaderes, no ha tempo suficiente para a decomposi¢tio da cementita, podende acorrer pouca ou nenhuma grafiizacdo ¢ acarretando a formac3o do ferro branco, como resultado do efeito de coquithamento [4]. Neste caso, para que possa otoer a grafitizacdo do ferre fundida, eliminando o efeito de coquilhamento (que & Nocive ao fundido) ¢ necessdria a adie#o do silicio, elemento grafitizante, com objetivo de favorecer o aparecimento da ferrita resultando em um fundido de baixa ade [4] No caso oposto, isto é, quande a velocidade de resfriamento € baixa, acorre dureza € boa usinabi uma quantidade apreciavel de grafitizacdo com a presenca do silicio, além do aumento da quantidade de ferrita, o que confere ao fundida baixa resistencia mecénica € baixa dureza, além de boa usinabilidade. Neste caso, a porcentagem do silitia deve ser controlada. Avvelocidade de resfriamento também influencia na formac&a, tipo e tamanho da grafita o que é inclusive padronizado por normas intemacionais [6] Capitulo 2.22 Composicao quimica S80 elementos de base nos ferros fundidos: A) Cartono e silicia - $0 os elementos que mais influenciam na formacao dos constituintes microestruturals caracteristicos do ferro fundido, © carbono ¢ 0 principal elemento para o aparecimento da grafita; quanto mais elevado a porcentagem em peso de carbone, maior serd o numero de germes dé grafita precipitades. Por autro lade, 0 creseimente dos germes de grafita nde tem grande influéncia sobre as caracterfsticas mecdnicas do fundido, Porém, aumenta a fluidez do liquide metdlico e dificulta a formag8o dos vazios intemos. JA o silicio, que também & um elemento grafizante, taverece a decomposigaa de cementita © aumenta a resisténcia ao impacto do material 7). 3 g B) Manganés - é um elemento usual na composigao quimics do ferre fundido & tem como principal finglidade favorecer @ redugao do enxotre. Por outro Iedo, dificults @ formago de ferrita ©, portanto, sempre € requerido quando se necessita de um fundido com meior resisténcia mecénica ou elevagao dureza, preservando uma microestrutura peritica [3.7] C) Enxofre - € um elemento nocivo ao fundido poi causa precipitagéo de sulfetos, & imperfeigdes chamadas de “dross”, o que fragilize o fundido Portanto, 0 enxofre ¢ um elemento que deve apresentar o mais baixo teor possivel [3,7] D) Fésforo - assim como o enxofte € um elemento. nocivo ae fundide por causer fragiidade. Deve ser mantido a mais baixo possivel. a nd ser quando se necesita de um fundido com maior fluidez, que so em alguns casos isolados. Mesmo assim ndo deve ultrapassar de 1%, Quando o teor de fésforo & superior @ 0.15% pode-se encontrar rede de steadita (produto de natureza eutética, compreendendo particulas de Fe.P e Fe.C, com baixo ponto de fusdo) [8] 3 g Capitulo E) Carton equivalente - teores mais elevados de carbone equivalente estabelecem melhores condigdes grafitizantes nos banhos metélicos. Até um determinado valor, o cartono equivalente contribui significativamente para o aumento da quantidade de nédulos regulares (esferdides). no caso do ferro fundide nodular, assim come contribui para @ formagao de veios, no caso do ferro fundido cinzento [8]. O carbono equivalente € @ representagdo do elementos de liga do material na forma de uma quantidade de carbono. A formula bési¢a para determinagao da carbono equivalents (Ce) encontra-se ‘abaixo discriminads [9] Ces %C + 0.3% Si +0.33%P — (1) 23 Ferro fundido nodular © ferro-fundido nodular. ou ferro diictil, tem aplicagSes mulltiplas em pegas camponentes mecénicos devido as suas boas ceracteristicas de resistencia mecénice, ductiidade, tenacidade. Além disso, seu limite de escoamento, em alguns casos, € mais elevado do que 9 dos agos-carbeno comuns. Sua grafita apresente-se na forma esferoidal, dando-lhe um grau de importancia tecnolégica, porque este tato no interrompe @ continuidade da matriz, como acontece no ferro fundide cinzento. no qual a grafita apresenta-se em forma de veios [5.10] 2.34 Fabricacdo do ferro fundide nodular © ferro fundido no seu estado liquide recebe um tratamento quimico, que consiste na introdugdo de elementos no banho metalico, com a finalidade de aumentar a velocidade de restriamente do metal, consequentemente, esferoizar agrafita, Este tratamente é chamado “tratamento de esferoigizagae’. Ands este tratamento, se faz necesséria a introdugo de outros elementos quimicos para reduzir 0 “efeito de coquilhamento”. por dé um processo chamade “tratamento 3 g Capitulo de inoculagao". O magnésio, cério, calcio, bério, itrio © terras raras S80 os principals elementos que favorecem a esferoidizacao da gratfita. 2344 Tratamento de esferoidizacao No tratamento de esferoidizaco, as ligas mais comuns que permitem obter a grafita na forma esferoidal padem conter um ou mais dos elementos citados anteriormente [5,11] 4. Ligas de magnésio — 0 elemento de base € 0 magnésio. Este elemento permite obter a grafita na forma esferoidal, formande & nédulo dé mangira mais regular & diminuinde © custo de produeae do ferro fundide nodular. O elemente pode ser introduzido no metal da seguinte forma [5] + Magnésio metalico; «Liga de Cu-Mg — geraimente com 80% de cobre; «Liga de NieMg —geraimente com 14 a 17% de Mg; + Liga de Fe-Si-Mg —geralmente com 8 a 16% de Mg © 50% de 2. Cério - fol 9 primeiro elemento utlizado no tratamente de esferoidizagae. O elemento € introduzindo no metal liquido € imedistamente, por sua afinidade quimica, combine com o enxofre. formando um composto & base de sulfeto de cério (CeS), que flutua na superficie liquida do metal. Este efsite denomina-se “dessulfuragdo", Este processo continua até que o enxofte seja reduzido a teores inferiores 2 0.015%. Somente apds @ dessulfuraggo é que o cério inicia sua egdo sobre a grafita, transformando-a em nédulos. Devido a este fendmeno. @ ferro fundido, ao ser tratade com cério, deve apresentar um teor baixo de enxotre, 3. Calcio — € um elemento com excelente pader de desoxidagao € dessulfuragao. Entretante, a cbtengéo da grafita estercidal com tratamento somente a base de cAlcio ndo é satistatéria, levando a formagdo de lamelas de grafita, Portanto, este elemento é mais ufilizado no processo de inoculagdo. Np0249970A & 2 & z Gapitwlo2 0 4. Baria - & um elemento que dificilmente & adicionado sozinho ao banho geralmente ¢ associado ae magnésio. Na forma conjunta, 0 bario otimiza a ago do magnésio, auxilia a precipitaco de ferrita e proporciona um ferro fundido ferritico bruto de fundigéo, isto €, que néo necesita de tratamento térmico posterior pera aumentar a fracao volumétrica da ferrita 5. trio — @ adigao de 0,12 a 0,20 % deste elemento a liga fundide com baixa porcentagem de enxofte permite obter um ferro fundide nodular similar ao ferro fundido tratado @ base © magnésio. O teor residual de itria no ferro fundido deve ser superior @ 0.086%. 6. Terras rares — A introdugao de temas raras na forma de floretos ae banho metalico permite a obter ferra fundide nodular. Se a porcentagem de cério nos ‘fluoretas for pequena, 9 ferro noduller apresentara lamelas de grafita. 231.2 Tratamento com magnésio G processo mais comum e mais ecanémico usado para & fabricaggo do ferro fundide nodular é © tratamente com magnésio. E introduzide nas formas descritas no item 2.3.1.1. AS ligas mais comuns $80 as ligas de ferro silisie magnésio (Fe-Si- Mg), contendo as seguintes proporgdes [5] © 0.5 23.0% de cério — @ aco do cério na liga mencionada, minimiza o efeito dos elementos nocivos & nodulizagée como chumbo. antiménio, 1itdnio, bismuto e arsénico. * 2,02 6,0% de calcio — complementa a acdo do magnesia. 2.3.1.3 Quantidade da liga recomendada para o tratamento Depois de longa experiéncia na indUstria € varios testes em laboratérios, foi estabelecida uma formula impirica para calcular a quantidade de liga de magnésio indicada no tratamento de esferoidizacdo, o que € apresentada por [5] Np0249970A & 2 & z Capitulo Q=(P *[0,76 (%S - 0.01) +K+t* 10° (R* % May 100} * (T1450) (2) Onde: Q= quantidade em quilos da liga de magnési P = quantidade em quilos de metal liquido a ser tratado, S= teor de enxofte do metal liquide: Ke teor residual de Mg do metal liquido; " t= tempo em minutos entre o tratamento com magnésia © 0 vazamento da ultima pega: RE rendimento do Mg em % no tratamento: Mg= % de Mg na liga utilizads, Ts temperatura do metal liquide, em greus centi ads, no momento do tratamento 23.14 Método de tratamento com a liga de magnésio. G metodo mais usual € 0 proceso “sandwich” . Neste process, 6 liga de magnesie é instalada =m uma cavidade no funde da panels de tetamento e coberta com limalhas de ferro fun j0, que tem a finglidade de retardar @ reagdo do magnésio com o metal liquide. © metal € vazedo de mado a atingir o fundo da panel no lado aposto da colocagao da liga. evitande um ataque direto do metal liquide com a liga 2.3.2 Tratamentos térmicos ne ferro fundide nodular Amieroestrutura tipica do ferre fundide nodular apds a fundicao € constituida de matriz periitica com grafita esferoidal, podendo, apresentar cementita livre ou ferrita, dependendo da composiclo quimica. Muitas pecas € componentes mecénicos s4o empregados na condig¢&o dé coma fundido, enquante outros sofrem algum tipe de tratamento térmico pesterior. Os tratamentos térmicos mais comuns so aqueles que tém a finalidade de promover a decomposicdio da cementita. Para este tipa de modificago microestrutural é muito comum o uso de um tratamento chamado de recozimenta pleno. Também € usado 0 tratamento de normalizagéo, "0 fate ¢ fixado na faixa de 0,03 1 0,064, dependende de virios Zatores como: espessura da PHG4, quuntidade de elementos que dificulter @ esfuroidizagio 2 estrumara da reauerida IST via enetdica Np0249970A & 2 & z Capitulo que tem a finalidade de variar a fracdo volumétrica da ferrite © da perita. Pode-se. também, obter um ferro fundide nedular com dureza aumentada straves de tempera € revenido. Os tratamentos mais comuns no ferro nodular so: [4,11] 1. Allvio de tensées — Um tratamente de alivio de tenses tem a finalidade de eliminar as tensdes provocadas durante © precesso de fundi¢do. A temperatura usada neste tipo de tratamento € absixo da linha AC1 do diagrama ferro carbono, um dos pardmetros de tratamento térmicos dos metais ferrosos. O ‘tempo de tratamento recomendade € de 20 minutos para cada cm* médio de parede do fundido, 2. Recozimento ~ G recozimente tem a finelidade de variar a fragéo volumetrica da ferrite no fundide tornando-o mais macio ¢ usinavel. O fundide ¢ aquecido-a uma temperatura de aproximadamente 900°C ¢ resfriado até 700°C em uma hora, seguido de um resiriamento até 650°C @ razdo de 3°C por hora, resfriendo lentamente no forno. 3. Normalizacdo — © tratamento de normalizag3o tem a finalidade de homogeneizar a estrutura do fundido apés a desmoldagem. As pecas s80 aquecidas na temperatura de austenizacdo € resfriadas no fame até 700°C, seguindo-se resfriamente do fundido ao ar. 4. Témpera € revenido - © tratamento de tempera tem a finalidade de alterar as caracteristicas mecanicas de fundido, aumentando a resisténcia mecanica & principalmente, a resistencia ao desgaste. © fundido @ elevado a uma temperatura acima da zona critica & resfriado na agua, dleo ou ar comprimido Apés este proceso, a peca deve ser submetida a um revenido. Durante o progesso dé revenimento, © metal deve ser elevado a uma temperatura entre 150 © 600°C, dependende do resultado obtide na tempera ¢ © requeride pelo projeto 5. Austémpera - O processo sé d4 com o aquecimento de fundide na faiza de 850 a 980°C, com a finalidade de difundir carbono des nédulos de grafita para a ferita e auster Ao se resiriar © material na faixa de 230°C, aparece um § g 2 PUG-Rio- Gi Capitulo precipitado chamado de bainita, que confere alta dureza e resisténcia mecanica 0 material, com moderada tenacidade 6. Témpera superfi = tem a finalidade de aumentar a resisténcia superficial do fundido. © processo deve ser aplicado por chama direta ou indug&o na faixa de 900°C seguide de um imediato restriamento do fungide por aplicagae de jato gua [4] 24 Influéncia do nédulo de grafita na resisténcia mecanica do ferro fundido: A orafita esferaidal presente no ferra fundido nodular possui considerdvel influ€neia nas earacteristicas mecanicas deste material quando comparado ao terra fundide cinzento, que apresenta a grafita em forma lamelar ou vermicular. Estas caracteristicas conferem ao ferro nodular melhores propriedades mecénices. Pesquisas na area do ferro fundido noduler constataram que @ diminuig&o do temanhe de gr8o e, consequentemente, o aumento da quantidade de gros esta relacionada & adiggo de nodulizantes, 0 que tome m tense @ velocidade de resfriamento. sendo este um fator consideravel e marcente [7]. Uma influéncia do nlmero de nédulss de grafita € favorecer a presenga da ferrite: com uma maier quentidade de nodules, @ carbone ¢ transferide para a gratita empobrecendo @ matriz metdlica, fezendo com que os nédulos fiquem, geralmente. envoltos por regides de ferrite. Por autro lado. @ excessive formagao de gréios [11]. tende @ aumentar o risco de “vazios intemas” [7.11] A influencia de grau de esferoidizagao nas propriedades mecanicas do material representa a influéncia ds geometria do nédulo da grafita. Este, por sua vez, produz um efeito que pode ser compared com @ presenga de pequenos vazios em uma estrutura rigida [12.13]. conforme observado na Figura 2.2 PUC-Rio- Certitcaggtigilal NBORBETCA Capitulo 2 28 Figura 2.2 - Nodulos de grafita em uma superficie de fratura de ferro fundico Estes vazios, provocados pelos nédulos de grafita. geram verdadeiras éress de concentragao de tenses, que podem ser quantificados através de calculos para concentradores de tensBes de um furo eliptico conforme as férmulas abaixo [7] Ki=1+ (ab) (3) Kr= Gina Tuan (4) Onde + K:= valor do concentrador de tensdes a= maior dimens8o do defeito «b= menor dimensdo de defeite * Grae = tensao maxima nas proximidades do defeito © Grom = tens&0 nominal ou admissivel de projeto Lage, quanto mais. eliptica @ ferma da grafita, maior sera o valor de K. e, consequentemente, maior seré a tens&o maxima provocada pela descontinuidade no material fundido [5]. Portanto, quanto maior for @ quantidade de nédules tipo VI (vide Figura 2.11), que s€o os nodulos de formagéo geometrica mais esferoidal Np0249970A & 2 & z Capitulo possivel no ferra nodular, menor sera © valor dé K; €, portanto, maior serd a tensao admissivel do material, consequentemente, do projeto [7] 2.5 Fadiga A fadiga ¢ um fendmeno que ocorre em um material quando este ¢ sujeito a um carregamento ciclica & se caracteriza pelo rompimento da pega a uma tens&o Inferior Aquéla necessaria para que haja a fratura do material devido 4 aplicagao de uma carga menoténica, Portante, fadiga € um problema que afeta a qualquer componente estrutural mecdnico submetido & solicitag’o dindmica [44] Fadiga também ¢ considerada como sendo uma falha progressiva de um componente que sé encontra sujeite a cargas éfclicas dé amplitude constante ou variavel. A vida em fadiga de companentes submetides a carregamentes efelicos é consumida em aproximadamente $0% na fase de propagacdo estavel da trinca. Este fenémeno ocorre em fungao da nucleagao © propagarae de uma ou mais trinces [15] 2.5.1 — Orlgem da fadiga Como, teoricamente, a tense total é distribuide de maneira homogénes pela segGo. a pea deve resistir a qualquer tensao inferior & maxima perrritide. Muito embora as pegas Sejam projetadas de modo que a maxima tenséo, em qualquer Seg80, néo uitrapasse © limite de escoamento do material determinade pelo ensaio uniaxial de taco, falhas tém acorrido sob condi¢Ses dindmicas sem que a maxima tensdo cfolica em qualquer setdo tenha excedide o limite superior previsto. Tais fraturas, caracterizadas pela auséncia de deformagdo plastica excessive, mesmo nos materiais ducteis, s4o chamadas de falhas por fadiga € causadas por deformacdo lecalizada. Na verdade, existe a formacdo de trincas muito pequenas que, Sob a ado dé uma anormal concentracdo de tensdes ciclicas, crescem com o tempo e diminuem a vida util de material, que, nao resistindo as solicitagdes, se rompe bruscamente [16]. A fadiga, portanto, tem origem em qualquer ponto de concentragdo de tensdes e € sempre causada por uma fratura progressiva [17] ‘A nucleago da tinca ocome em pontos dé descontinuidade da massa metalica, que ne case de ferro fundide nodular pode eorresponder aos nédulos de Ngo24997 PUC-Rio- Gertiicageth Capitulo 2 orafita ou a0 deslizamente dos plans cristalogréficos. Estes escorregamentos, que formam os pianos de deslizamentes, sao propicios & nucleagdo de microtrincas. O surgimento destes planos esté associado & estrutura © movimentagdo de discordancias ocasionada pela solicitagéo altemada e por uma variedade de concentradores de tenses que podem ser intemas, como inclustes. microporosidades, macroporosidades, bolas e vazios ou externas, como filetes macro ¢ microporosidades, riscos de ferramentas, furos © chanfros [17] Estes descontinuidades séo focos de concentragdes de tensdes © como tém pequenas areas. no influenciam a resisténsia do material sob cargas estaticas Porem. sob a agao de cargas dinémicas tomam-se perigosas, porque a tensdo pode stuer em ume particular descontinuidade tomando-se superior & tens8o média da segéo. causando aumento na érea da descontinuidade com uma fratura progressiva. © acréscimo continuade desta area diminul a seqao resistente da pega ou componente, que se toma, depeis de decorride certo tempo, insuficiente para suportar @ carga splicads, provocando sus rupture [15] No caso de deslizamentos dos pianos cristalinos. considere-se o material isento de qualquer defeito, tanto externe quanta interno. Pertante, por hipdtese, naa h& nenhum foco de concentracdo de tenses. For efeito da acdo de forcas externas ocomem deslizamentos dos planos cristalinos do material, resultando no. seu encruamento, dificultande futuros deslizamentos [18]. As tensdes intemas atingem tal magnitude que tincas surgem como descontinuidade de altas tensdes localizadas. Depois de sua nucleacdo, as trincas crescem, conforme mostrade na Figura 2.3 reduzem a érea da segdo transversal a tal ponto que esta no resiste as solicitacdes € ocarre a tratura do componente. N&o hé apreciavel defermacdo plastica no instante da fratura, mesmo em materiais ducteis, em virtude de tensdes ciclicas de valores iguais opostos se neutralizarem, Os ciclos de tens&o apresentado na Figura 2.4 [15], sdo clasificados em: + Altemados — de forma senoidal — as tensdes maximas € minimas sao iguais. porém de sinais opostos: © Flutantes — tensdes méximas e minimas diferentes, podendo ambas ser de tragdo, compressc ou sinais opostos; « Aleatérias - sujeitas a cargas periddicas. PUC-Rio- Certitcaggtigilal NBORBETCA Capitulo igura 2.3 — Propagacio de trincas entre os nddulos de grafita em ferro fundido A fratura por fadiga ¢ caracterizada pele aspecio da area de fratura que presenta uma regio de superficie lisa, proveniente do atrito das faces da fratura inicial ¢ progressiva, e outra com superficie granular, resultant da fratura final brusca € sem atrto. Em funcéio de tempo para a falha, a tratura por fadiga se processa em trés fases distintas. A primeira fase ocarre com apreciavel lentidao, se caracteriza pela formacaa do nicieo de concentragSa de tenstes © conseqvente infcio de fratura. A sequnda fase ¢ mais répida e a fratura prossegue numa intensidade cada vez maier. Porém, a peca ou componente apresenta uma area resistente suficientemente adequada para suportar as tensGes atuantes. A tereeira fase é extremamente rapida caracteriza-se pela acentuada reduc3o da area resistente ¢ fratura fragil , conforme exemplificada na Figura 2.5 [16] Em escala microscépica, « numero dé modos de fratura é maior. Os micromecanismes geralmente sé classificados em clivagem, microcavidades (dimples), quase-clivagem, fratura intergranuler e fadiga [12]. A superficie de fratura dictil se caracterize pela presenga dos “dimples”, que representam essencialmente as dues metades de cavidades que foram nucleadas. ‘resceram @ quando cealesceram formaram a superficie da fratura PUC-Rio- Certitcaggtigilal NBORBETCA Capitulo 2 Figura 24 Ciclos de tenses da fadiga: (a) tensao sltemada: (b) tensdo flutuante: (c) tens8o aleatoria, [18] Figura 2.5 — Representagao esquematica da fratura por fadiga, [18] Np0249970A & 2 & z Capitulo Porém, & presenca de ‘dimples’ no exclul a possibilidade da tratura ter ocorrida sem deformagéo plastica macroscépica, isto ¢, ter sido uma fratura macroscopicamente fragil [12]. E 0 caso da formagao de "dimples" de baixa energia. ‘A nucleagao dos “dimples” € consequéncia da concentragao de tensdes na ponta de uma banda de cisalhamento bloqueada por uma particula de segunda fase. As particulas de segunda fase, que podem ser inclusdes ou precipitados, para slivier as tensdes, softem entéo trincamente ou decoes&o em sua interface com 4 matriz, fermando microcavidades. A nucleagéo das microcavidades € favorecida pelas tensdes & com 0 prosseguimenta da deformagéo, os “dimples” crescem por um mecanisme que envolve deformagao plastica. O grau de ligagdo entre as particulas de segunda fase © 2 matriz afeta os niveis de deformacao nos quais 0 crescimento da cavidade ira comegar. Apés @ deformagao localizada, os “dimples” entram na etapa de coalecimento. que significa a frature dos ligamentos entre as microcavidades vizinnas. Quand o crescimento dos “dimples” € controlado por intensa deformagao localizada € a coalescéncia des cavidades ¢ acompanhada de uma estricgéo dos ligamentes © pracesso é nermalmente conhecido come de alta ductilidade, Quando a deformaeao localizada € pequena, os ‘dimples’ apresentam pequena profundidade apés a fratura, sendo conhecidos como “dimples” rasos € 0 pracesso é dito de batka duotilidade [12]. Portanto, a porcentagem volumétrica, bem como a distribuie#o, a natureza, o tamanhe e a forma das partfeulas de segunda fase, além da temperatura de aplicacdo @ da taxa de deformacdo influenciam fortemente na ductilidade dos materiais. A superficie de fratura fragil & caracterizada pela presenca de facetas de clivagem, que € um micromecanismo que core per meio de fratura de plans a alografices especificos, conhecidos come planos de clivagem. As facetas de clivagem geraimente apresentam as ‘marcas de rics’, que séo indicios da propagacdo dé trincas simultaneas em diregdes paralelas aos planos cristalografices, fazendo com gue estas trincas sejam unidas pela formagdo de degraus. Estes s8o produzides por clivagens ao longo de um conjunto de planos secundarios de clivagem ou pela separaggo ao longo da uma regige de macla do cristal, ou ainda, pela deformaeao plastica (cisalhamento). terface entre a matriz do material entre trincas. Os rios de clivagens convergem ne sentido contrario a0 da 3 g Capitulo prepagagao da trinca, permitind assim a determinagdo do local onde a fratura iniciou. 2.5.2 Ensaio de fadiga Ensaio de fadiga é um ensaio dindmico que tem a finalidade de determinar a resisténcia dos materiais Sob cities dé tensdo, Cansiste em submeter um corpo de prova a estorges repetitives até a faiha, sendo esta usualmente caracterizada pelo némero de ciclos para a fratura © ensaio de flexdo rotativa € mais comum, quando 0 corpe de prova fica engastado em uma dé suas extremidade enquanto a outra extremidade suporta uma carga estatiea. Neste caso, as rotactes provocam tensées de tracdo © compressao nas fibras extemas do corpo de prova, alternando-se a cada ciclo, que um perfoda completo de carga e de descarga. podendo variar entre o zero e um valor méximo ou entre 08 dois valores do mesmo sentido. 2.5.3 Modelagem da curva S-N A modelagem da vida em fadiga € geralmente tratada em termos de deformacdo versus o nimero de ciclos para falha. Assim, tem-se [19] (ae 2) = (GIE}= (G/B 2N)" (5) onde! (Ate! 2) + € amplitude de detormagao elastica: E+ médulo de elasticidade do material G. € amplitude de tens&o verdadeire: O':+6 © Coeficiente de resisténcia a fadiga ( igual ao intercepto de tensdo para 2N = 1); N+ éondmero de ciclos para falna: b+ 60 expoente de resisténcia 4 fadiga. Capitulo Em escala logaritmica para 0s eixos de deformagao e numero de ciclos para falha. © componente plastico da deformagéo € mais bem descrite pela relardo Coffir-Manson [19] Ae, fee; (2NY (6) onde Acy2 —é a amplitude dé deformagas plastica: S1-€ 0 coeficiente de ductilidade ciclica ( igual a0 intercepto de deformagao em 2N=1): 2M —€ 0 numero de reversOes pare faina; c-€ o expoente de ductilidade em fadiga. 3 g Quando plotada em escala logaritmica. esta relagéo ¢ modelada como uma linha rete, @ 9 parametro ¢ corresponde entio, ae coeficiente angular [19]. Segundo pesquisa reslizedo por Meyers ¢ Chawia [19], Manson e Hirschberg mostraram qué, para um matenal sujéite a um fala de defermacdo total Ay (elastica mais plastica), pode-se determinar a resisténcia & fadiga por uma superpasic&o dos componentes de deformacdo eléstico pléstico. Desta forma, a equacdo (5) pode ser rescrita camo (Se) /2)= (Mt (2). (Mig /2 1 (7) (A812) = (OVE) (2N} * S+(2N)° (8) Assim. pelo modelo de Coffim-Manson apresentado na equagéo (8), espera- se que a curva & -N_ em termos de deformacao total fieara restrita & regido elastica para amplitudes de deformagao ( fadiga de alto ciclo) € atingiré a regido plastica para grandes amplitudes de deformacdo ( fadiga de baixo ciclo) [20] Np0249970A & 2 & z Capitulo 2.5.4 Limite de resisténcia a fadiga C limite de resisténcia & fadiga é a tens8o maxima qué um material pode supertar para um ndmero que tenda a infinito de sclicitagdes ciclicas, sem sefrer fratura ou tenso maxima, abaixo da qual a falha por fadiga ndo ocorrer8. Portanto, © material poderd trabalhar indefinidamente sob tais tensdes maxima altemadas [18]. 28 Tratamento digital de Imagens 26.4 Concelto G processamento digital de imagens consists em coletar uma determinada imagem, digitalzé-la e transfer-la para © computador, onde sera processada, Isto tém como objetivo principal a obtengéo de uma imagem com meior nitidez & também informacdes quantitativas que podem ser obtidas com maior ou menor automatizaeae de equioamento. Uma imagem digital pode ser considerada uma matriz, onde linhas & colunas representam 8 pontos da imagem € o valor dos elementos representam o brilho daqueles pontos. Estes elementos so chamados de “pitels'[S]. Neste trabalho, a tecnica de digitalizacao de imagem tol adotada principalmente na classificacae da grafita, que tradicionalmente € feita de forma visual através de comparac4o com auxilio de um microscépio éptico, é digitalizada e submetida a uma rotina classificatéria, tendo uma imagem de referencia. Durante o processo, cada particula € tratada como um poligono e caleulado o seu Angulo interno médio. A partir de uma imagem binaria, estas particulas so coloridas de um tom cinza com um fator de k°, entdo, aplica-se na imagem obtida um filtro passa-baixa média com Kemel de tamanho k x k. gerando assim uma imagem das bordas das particulas. Esta nova imagem € entao aplicada como uma mascara @ imagem gerada pelo filtro média. © § g 2 & 2 & z Capitulo preduto resultante resuttante desta operagéo € uma imagem das bordas das particulas, onde cada “pixe/" tem um tom cinza grosseiramente proporcional a0 &ngulo do poligeno particula naquele ponto, bastando entéo medir 0 tom cinza médio dos ebjetos neste imagem para ter um dngulo interna medio. G fato das amostras de ferro fundide ndo serem atacadas propicia uma boa distingo entre as particulas de grafita (preto) @ a matriz (cinza claro), facilitando 4 segmentagao por limiarizagao, de modo que uma rapida segmentagao automatica de Otsu seja suficiente. ‘Anés @ segmentagdo, 540 aplicadas duas operagdes corriqueiras de pos- precessamente, scrapping para eliminar particulas muito pequenas © poder object killing para eliminar particules que tocam as bordas da imagem. As particulas muito pequenas so. entéo, eliminadas por serem provavelmente artefatos oriundos da preparagso das amostras. Ja a5 particulas que tocam 8 bordas da imagem precisam ser eliminadas devide a impossibilidade da correta caracterizagdo de sua forma ¢ tmanho. Um conjunto de atributos, que designa o espago de caracteristicas. e que so analisadas durante 0 processamento de imagens é de fate a principal questao. Este conjunto de atributos precisa ser robusto para agrupar a grande variedade de formas apresentadas em cada classe € sensivel bastante para distinguir estas classes no espace de caracteristioas, Alem dos parametros deseritores de forma, 0 conjunto de atributos precisa conter pelo menos uma medida de tamanho, a fim de que, em pelo menos uma dimensa do espaco de caracteristicas, haja discriminagéo por tamanho. compensando a alta correlagdo tamanho-forma & a efeito da “pixelizagdo" Outro fator que corrabora a necessidade de pelo menos uma medida de tamanho no conjunto de atributos é o efeito de degradacdo na forma das partculas causado pela digitaliza¢do das imagens. Quanto maiar é a resolugdo da imagem de um objeto, mais fiel a realidade & a sua forma, de mode que a degradagao é inversamente proporcional ao tamanho. Qu seja, esta ¢ uma questéo de amostragem, quanto mais ‘pixels" s&0 utilizados para representar o abjeto, melhor € sua representacSo [24]

Das könnte Ihnen auch gefallen