Sie sind auf Seite 1von 70
Exemplar para uso exclusivo - Vega Engenharia Consultoria LTDA. - 77.728.343/0001-00 (Pedido 369574 impresso: 30/08/2012) NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 15661 ‘Segunda ediggio 26.07.2012 Valida a partir de 26.08.2012 Protegao contra incéndio em tuneis Fire protection in tunnels ICS 93.060; 13.220.01 ISBN 978-85-07-03560-2 Assocncio Numero de referencia BRASIL : Gi DE NORMAS ABNT NBR 15661:2012 TECNICAS 60 paginas © ABNT 2012 Exemplar para uso exclusiv - Vega Engenharia ¢ Consultoria LTDA. - 77.728.343/0001-00 (Pedido 369574 impresso: 30/08/2012) ABNT NBR 15661:2012 @ABNT 2012 ‘Todos 0s direltos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicagdo pode ser ‘eproduzida ou ulizada por qualquer melo, eletrénico ou mecénico, incluindo fotocdpia e microfllme, sem permisso por escrito da ABNT. ABNT ‘AvTreze de Maio, 13 -28° andar 2031-901 - Rio de Janeiro - Fu Tol: + 55 21 9974-2300 Fax: + 55 21 3974-2346 abnt@ abnt.org.br worwabni.org.br © ABNT 2012 - Todos 08 drat reservados Exemplar para uso exclusiva - Vega Engenharia e Consutoria LTDA, -77.728.343/0001-00 (Pedido 369574 impresso: 30/08/2012) ABNT NBR 15661:2012 Sumario Pagina 82 Referéncias normativa: Termos e definigoes Abreviaturas Operagao do tuinel.. Definig¢ao do modelo operacional e de manutengio ... Plano de gerenciamento. Modelo de manutengao Periodicidade/registro. Anélise de riscos ~ Identificagdo dos riscos e medidas de redugao Sistemas de seguranca Sinalizagao (circulagao, seguranga e emergéncia). istemas de seguranca contra incéndio. Sistema de ventilagao. Sistema de bombeamento de éguas pluviais, Para agua de infiltragao, Sistema de protegao contra incéndio .. Material rodante. Saidas e passagens de emergéncia (tineis com qualquer comprimento} Requisitos complementares para tuneis metroviérios.. Sistemas de protegao auxiliares (equipamentos e acessérios) Sinalizagées auxiliares.... Elementos de montagem. Suportes. ‘Suprimento de energi Pz luminagao operacional e de emergéncia Sistemas eletroeletrénicos. Dimensionamento para componentes estruturais e equipamentos de infraestrutur Abastecimento de agua. Sistema de coleta de liquidos. Sistema de circuito interno de TV. Sequéncia de desenvolvimento do empreendimento.. Geometria do tunel. Rodovias..... = Ensaios de equipamentos e sistemas em laboratério e no proprio tunel Comissionamento do tine! Ensaios de comissionamento. Ensaio simulado de incéndio. Para qualquer comprimento de tiinel e ‘@ABNT 2012 - Todos 08 dretos reservados iii Exemplar para uso excusivo - Vega Engenharia e Consultora LTDA. -77,728.343/0001-00 (Pedido 369574 Impresso, 30/08/2012) ABNT NBR 15661:2012 8.3 Ensaios de atualizagao das equipes de salvamento e manutengao dos sistemas 8.4 Operagao simulada .. 9 Entrada em servigos a 10 Gesto dos riscos de incéndio do tunel apés a | 10.1 Alteragées da estrutura do tinel a 102 —_Exercicios periédicos de emergéncia... 10.2.1 Exercicios peri 10.2.2 Elaboragao do relatério referente ao exercicio de emergéncia, 1" Documentagao de seguranca Wd Fase de projeto 11.2 Fase de entrada de servigo do tunel... 11.3 Tdneis em funcionamento 12 Controle das situagdes de emergén 13 Fiscalizagao do tunel . 14 Conscientizagéo 5 15 Gestao da satide, seguranga ocupacional e ambiental 36 Bibliografia. 58 Anexos Anexo A (informativo) Tépicos de andlise de riscos para tuneis. 5.1.1 Caracterizagao do empreendimento do tunel (CT) A.5.1.2 _ Identificagao de perigos em tuneis (IPT)... 5.1.3 Anélise de consequéncias e vulnerabilidade (ACV). A5.1.4 Estimativa de frequéncias (EF). 5.1.5 Avaliagdo de riscos (AR) .. A5.1.6 Aceitabilidade de riscos (ACR). 5.1.7 Gerenciamento de riscos (GR) A5.1.8 Resposta a emergéncias/contingéncias (REC) 5.1.9 Medidas mitigadoras de riscos (MMR) ASA110 AS AT Descrigao da técnica APP As Descrigao da técnica What-if (E se). Ag Descrigdo da técnica FMEA (“fail mode & effect analysis”) A190 _Descrigao da técnica de arvore de eventos.. A.11_ Descrigdo da técnica de arvore de falhas. Anz ponibilidade dos sistemas de protecdo e de seguranca AA3 ——Aceitabilidade de risco: ‘Anexo B (normative) Requisitos para instalacao de sistemas de seguranga em tuineis. Anexo C (informative) Unidades... cA Sistema SI. c2 Valor equivalente iv © ABNT 2012 - Todos os dritos reservados Exemplar para uso exclusive - Vega Engenharia e Consultoria LTDA. - 77.728.343/0001-00 (Pedido 369574 impresso: 30/08/2012) ABNT NBR 15661:2012 Anexo D (informativo) Geragao de fumaga em tunel Anexo E (informativo) Figuras Figura 1 - Sistema global de seguranga contra incéndio. Figura A.1 - Estudo de anilises de riscos. Figura A.2 - Etapas da metodologia de anélise de riscos para tuinels — MART. Figura A.3 ~ Esquema da técnica de drvore de eventos Figura A.4 ~ Arvore de falhas ~ Incéndio no interior do tun Figura A.5 — Grafico da aceltabilidade de riscos em tunels Tabelas Tabela 1 — Relacao entre a carga térmica de velculos e o tempo para atingir 0 pico de queima. 17 Tabela 2 — Valores-limites de concentragao para CO/NOx e de visibilidade em tunel 25 Tabela A.1 — Aplicagao da metodologia de andllise de riscos para tunels em relagdo as fase: de projeto do tunel a4 Tabela A.2 ~ Categorias de sev 43 Tabela A.3 - Matriz de risco. Tabela A.4 — Modelo de planilha usada na técnica AP! ‘Tabela A.5 — Modelo de planitha usada na técnica What-if (E se) ‘Tabela A.6 - Modelo de planitha usada na técnica FMEA .. Tabela A.7 — Critério de Frequéncia Tabela B.1 — Requisitos para instalagao de sistemas de seguranca em tuneis urbanos, subaquéticos e rodo Tabela B.2 - Requisitos para inst Tabela C.1 - Fatores de conversi Tabela D.1 - Geragao de fumaga relacionada a poténcia de incéndio de veiculos rodovidrios em tunel Tabela E.1- Recomendagées de seguranga para usudrios de ttineis. edo de sistemas de seguranca em tuneis metrovidrios © ABNT 2012 - Todos 08 diritos reservados ¥ Exemplar para uso exclusivo - Vega Engenharia e Consultoria LTDA. - 77.728.343/0001-00 (Pedido 969574 impresso: 30/08/2012) ABNT NBR 15661:2012 Prefacio A Associag&o Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) 6 0 Foro Nacional de Normalizagao. As Normas Brasileiras, cujo contetido 6 de responsabilidade dos Comités Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalizagao Setorial (ABNT/ONS) @ das Comissées de Estudo Especiais (ABNT/CEE), so elaboradas por Comissdes de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores @ neutros (universidades, laboratérios e outros). ‘Qs Documentos Técnicos ABNT sao elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2. A Associago Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atengdio para a possibilidade de que alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT no deve ser considerada responsével pela identificagao de quaisquer direitos de patente, AABNT NBR 15661 foi elaborada no Comité Brasileiro de Seguranga Contra Inc&ndio (ABNT/CB-24), Pela Comissao de Estudo de Proteg&o Contra Incéndio em Tunels (CE-24:301.13). O Projeto circulou ‘em Consulta Nacional conforme Edital n® 03, de 23.03.2012 a 21.05.2012, com 0 nlimero de Projeto ABNT NBR 15661. Esta segunda edigao cancela e substitui a edic&o anterior (ABNT NBR 15661:2009), a qual foi tecni- camente revisada. © Escopo desta Norma Brasileira em inglés é o seguinte: Scope The Standard specifies the safety requirements to fire prevention and protection in tunnels, where are passengers and or cargo transportation. vi @ABNT 2012 - Todos 08 dcitos reservados Exemplar para uso exclusivo - Vega Engenharia e Consulloria LTDA. - 77.728,343/0001-00 (Pedido 369574 Impresso: 30/08/2012) ABNT NBR 15661:2012 Introdugéo. Esta Norma é aplicdvel a todo tunel destinado acs transportes urbanos, subaquaticos, rodoviérios, metroviarios ¢ ferrovidrios, Esta Norma estabelece os requisitos minimos para: @) proteger a vida humana; b) controlar a propagag&io do inc&ndio; ¢) controlar a propagag&o da fumaga; d) reduzir danos ao meio ambiente; ©) proporcionar meios de controle, exting&o do inc8ndio e atendimento a emergéncias; f) _oferacer condigdes de acesso s operagdes das brigadas de salvamento @ combate a incéndio, através dos procedimentos operacionais implantados; 9) reduzir danos ao patriménio e viabilizar 0 retorno do sistema as condigdes normais de operago ‘0 mais breve possivel. As disposigdes estabelecidas nesta Norma néo se aplicam as instalagdes, equipamentos ou estruturas existentes ou cuja construgao ou implantacdo tenha sido aprovada antes da data em que esta Norma entrou em vigor. Porém, quando da substituigao de sistemas e equipamentos, estes devem atender a esta Norma. Esta Norma néo impede a utilizagao de sistemas, métodos ou dispositives que possuam qualidade, poder de resisténcia ao fogo, eficiéncia, durabilidade e seguranga equivalentes ou superiores aos itens por ela recomendados. ‘ABNT 2012 - Todos 08 diratos reservados vii (ZLozieoiog :ossexdw yzeé9¢ opiped) 00-LoOoIeyE'8Zz'LL - "YALL euoUNsUDD @ evEyUEBUZ BBE) - OAlsNjox0 osn xed seIAWIOX3, Exemplar para uso exclusvo - Vega Engenharia e Consultoria LTDA. - 77.728.34310001-00 (Pedido 369574 Impresso: 30/08/2012) NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 15661:2012 mK ____ Prote¢ao contra incéndio em tuneis 1 Escopo Esta Norma especifica os requisitos de seguranga para prevengao e protegao contra incéndio em tUneis destinados ao transporte de passageiros e ou cargas. 2 Referéncias normativas Os documentos relacionados a seguir so indispensdveis a aplicag&io deste documento. Para referén- cias datadas, aplicam-se somente as edigdes citadas. Para referéncias nao datadas, aplicam-se as ediges mais recentes do referido documento (incluindo emendas). ABNT NBR 5181, /luminagdo em tuneis ABNT NBR 7500, /dentificagao para o transporte terrestre, manuseio, movimentagdo e armazenamento de produtos ABNT NBR 9050, Acessibilidade a edificagdes, mobilidrio, espagos e equipamentos urbanos ABNT NBR $077, Saidas de emergéncia em editicios ABNT NBR 10898, Sistema de iluminagao de emergéncia ABNT NBR 11836, Detectores aulomaticos de fumaca para protegao contra incéndio ABNT NBR 13434-1, Sinalizagao de seguranga contra incéndio e panico — Parte 1: Principios de projeto ABNT NBR 13434-2, Sinalizago de seguranga contra incéndio e panico ~ Parte 2: Simbolos e suas formas, dimensdes e cores ABNT NBR 13434-3, Sinalizagdo de seguranga contra incéndio e panico ~ Parte 3: Requisitos e métodos de ensaio ABNT NBR 13714, Sistema de hidrantes e de mangotinhos para combate a incéndio ABNT NBR 14021, Transporte - Acessibilidade no sistema de trem urbano ou metropolitano ABNT NBR 14064, Atendimento a emergéncia no transporte de produtos perigosos ABNT NBR 15480, Transporte rodovidrio de produtos perigosos — Plano de emergéncia (PAE) no atendimento a acidentes ABNT NBR 15775, Sistemas de seguranca contra incéndio em tuneis ~ Ensaios, comissionamento e inspecées ABNT NBR 15808, Extintores de incéndio portateis ABNT NBR 15809, Extintores de incéndio sobre-rodas (© ABNT 2012 - Todos os dieios reservados 1 Exemplar para uso exclusivo - Vega Engenharia e Consultora LTDA. - 77.728 343/0001-00 (Pedido 369574 Impresso: 30/08/2012) ABNT NBR 15661:2012 ABNT NBR 15981, Sistemas de seguranga contra ineénaio em tuneis Sistemas de sinalizagao e de comunicagao de emergéncia em tuneis ABNT NBR 17240, Sistemas de detecedo e alarme de incéndio - Projeto, instalagao, comissionamento ‘@ manutengdo de sistemas de detecedo @ alarme de incéndio — Requisitos ABNT NBR 17505-2, Armazenamento de liquidos inflamaveis ¢ combustiveis — Parte 2: Armazenamento em tanques @ em vasos ABNT NBR 17505-3, Armazenamento de liquidos inflamédveis e combustiveis — Parte 3: Sistemas de tubulagdes ABNT NBR 17505-5, Armazenamento de liquidos inflamaveis e combustiveis — Parte 5: Operagdes ABNT NBR 17505-6, Armazenamento de Iiquidos inflamaveis e combustiveis — Parte 6: Instalagdes e ‘equipamentos elétricos ABNT NBR 17505-7, Armazenamento de liquidos inflamaveis e combustiveis — Parte 7: Protegao contra incéndio para parque de armazenamento com tanques extaciondrios ABNT NBR 18801, Sistema de gestdo da satide e seguranca ocupacional ABNT NBR ISO 14001, Sistema de gestéo ambiental - Requisitos para o uso NFPA 502, Standard for road tunnels, bridges and other limited access highways 3 Termos e definigdes Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definigdes. 34 abrigo de emergéncia rea confinada, sinalizada, iluminada, dentro de tinel, condicionada a abrigar pessoas em condigdes ‘seguras, durante tempo limitado, na ocorréncia de incidente ou incéndio. E proibida a adogo de abri- gos de emergéncia, portanto, as saidas de emergéncia devem sempre conduzir os usuarios do tune! ao seu exterior. 3.2 interligagao abertura entre taneis, sinalizada e provida de porta de emergéncia que em caso de incidente possa ser utilizada como rota de safda 3.3 passarela de emergéncia Passagem estreita para pedestres, que corre ao longo da pista ou dos trilhos do tunel, servindo exclusivamente para rota de saida, manutengao ou resgate, sendo iluminada, sinalizada e monitorada, nao possuindo obstaculos a circulagao de pessoas 3.4 precipitador eletrostatico ‘equipamento industrial utilizado na coleta de material particulado de gases de exaustao, carregando eletrostaticamente estas particulas para depois as capturar por atragdo eletromagnética 2 © ABNT 2012 - Todos os ciretos reservados Exemplar para uso oxcusivo - Vega Engenharia © Consultoria LTDA. -77.728.343/0001-00 (Pedido 369674 Impresso: 30/08/2012) ABNT NBR 15661:2012 35 reverso de fumaca (backlayering) movimento reverso do fluxo de fumaga e dos gases quentes em relaco a direcio do fluxo de ar de ventilagaio 36 rota de saida Passagem para pessoas devidamente sinalizada e monitorada dentro do tUnel, que conduz @ salda ‘Segura em caso de incidente, com ou sem inc&ndio 37 saida de emergéncia Construgo que interliga © ambiente interno do tiinel com 0 ambiente externo, sinalizada, iluminada © condicionada ao abandono seguro do tunel, principalmente em caso de incéndio, néo possuindo ‘obstdculos a circulagdo de pessoas 3.8 transposigfo abertura ou tunel de interligagao entre tineis g&meos, sinalizada, com pavimentagao rodovidria ou trilhos ferrovidrios servindo e desvio do tréfego de veiculos ou de trens 3.9 tiineis gémeos tuneis singelos interligados por transposigées, para tréfego de veiculos ou trens cujo acesso seja delimitado por emboques 3.10 tunel bidirecional ttinel singelo com tréfego nos dois sentidos 3.11 tunel ferrovidrio estrutura pavimentada com trilhos, abaixo do nivel do solo, com superficie protegida por estrutura de fecha, concreto e/ou ago, destinada a passagem de trens ferrovidrios para transporte de passageiros efou cargas 2 tunel metroviério estrutura pavimentada com trilhos, abaixo do nivel do solo, com superficie protegida por estrutura de rocha, concreto e/ou ago, destinada a passagem de trens metrovidrios para transporte de passageiros 3.13 ‘tunel rodovidrio estrutura pavimentada, abaixo do nivel do solo, com superficie protegida por estrutura de rocha, Concreto e/ou ago, destinada a passage de veiculos de passageiros e/ou transporte de carga, localizada em estradas e/ou rodovias 3.14 tunel de servigo {tunel de menor porte, interligado ao principal, destinada a manutengao, rota de fuga e acesso de socorro © ABNT 2012 - Todos 0s aretos reservados 3 Exemplar para uso exclusiva - Vega Engenharia e Consultoria LTDA. - 77.728,343/0001-00 (Pedido 369574 Impresso: 30/08/2012) ABNT NBR 15661:2012 3.18 tdnel singelo Passagem subterranea com tubo tinico para tréfego de veiculos ou trens, cujo acesso é dalimitado por emboques 3.16 tine! subaquético estrutura pavimentada, abaixo do nivel do solo, com superficie protegida por estrutura de rocha, conoreto e/ou aco, destinada a passagem de veiculos de passageiros e/ou transporte de carga, localizada sob cursos d’égua 3.17 ‘tunel unidirecional tunel gémeo com tréfego em sentido unico 3.18 ténel urbano estrutura pavimentada, abaixo do nivel do solo, com superficie protegida por estrutura de rocha, con- creto e/ou aco, destinada a passagem de veiculos de passageiros e/ou transporte de carga, localizada em perimetro urbano 4 Abreviaturas Para os efeitos deste documento, aplicam-se as seguintes abreviaturas 44 crD computational fluid dynamics 42 crv circuito fechado de televiséo 43 CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente 44 DAI detector automatico de incidentes 45 FIT European Thematic Network - “Fire in Tunnels’ (CE) 46 NFPA National Fire Protection Association (EUA) 47 PE precipitador eletrostatico 4 @ABNT 2012 - Todos 06 direitos reservados xemplar para uso exclusive - Vega Engenharia © Consultori LTDA, - 77.728. 343/0001-00 (Pedido 389874 Impresso 30/08/2012) ABNT NBR 15661:2012 48 PMV painel de mensagem variével 4. TAV trem de alta velocidade 4.10 TRRF tempo requerido de resisténcia ao fogo 4a1 vor Verein Deutscher Ingenieure (Alemanha) 5 Operacao do tunel A operacao do tunel é a atividade-fim da estrutura construida e, portanto, deve-se iniciar o estudo de Sua implantagao pela definigao da sua utiiza¢do, ou seja, que tipo de servico ird realizar, para qual Parcela da populagao. Os tines tém problemas particulares em situagdes de emergéncia. Ocorréncias ja registradas desta- ‘cam as consequéncias da falta de procedimentos operacionais do tunel. © conjunto de procedimentos operacionais (modelo operacional), aplicados em uma operagio rodo- ferroviaria e metroferrovidria, constitui o instrumento essencial para o correto gerenciamento técnico € operacional dos tuneis. O elemento fundamental para a seguranga do usudrrio que trafega pelos tineis 6 sempre a capacidade do(s) operador(es) do centro de controle operacional e, por este fato a sua existéncia 6 obrigatoria, Seja para observar em tempo habil cada evento anémalo ocorrido no tunel, ou seja para: — _diminuigao de velocidade e bloqueio do trafego, colisdes, incéndios; — fApida informagao aos usudrios/condutores sobre as condigdes da circulagao de veiculos/ composigées; — _adogao, no menor tempo possivel, das medidas previstas para cada situacao especifica. 5.1 Definigao do modelo operacional e de manutengao A rapidez de atendimento em caso de risco de incéndio efetivo, por meio do envio dos recursos necessarios, 6 condigao essencial para o controle do evento e, portanto, para a seguranga do usuario © protecao das estruturas e dos equipamentos nos tineis. O melhor dispositive na luta contra o incéndio esté baseado na rapidez do atendimento inicial, mediante os procedimentos operacionais adotados. Tudo deve ser feito para evitar que a situagao torne-se critica, controlando o incidente, antes de assumir proporgées catastroficas. Assim, sera inutil dispor de sofisticados sistemas de detecedo, controle e extingdo de incidentes, quaisquer que sejam, sem a aplicagao correta de minimos procedimentos operacionais, previamente Gefinidos, para as situagdes anormais que possam ocorrer, em um trecho rodoferrovidrio e metroferroviario atendido por tuneis. @ABNT 2012.- Todos os direitos reservados 5 g $ = : 8 8 3 é 3 g 5 i 5 ABNT NBR 15661:2012 Dentro desta filosofia, a seguranga atingiré niveis mais altos se: a) 08 usudrios/condutores forem informados das condigdes e das caracteristicas do tunel; b) 08 usudrios/condutores forem informados do comportamento adequado a ser observado durante a travessia do trech: c) houver presenga constante de fiscalizagdo pelo érgao competente a ser exercida no inicio do trecho, buscando cargas mal acondicionadas, ou dimensionadas, bem como desrespeitos as normas e procedimentos em vigor. Como recomendagées para elaboragao de procedimentos operacionais, devem-se estabelecer procedimentos minimos para operagdes do tiinel, provendo o tréfego de condigdes de seguranga ‘compativeis. Estes procedimentos devem ser estruturados em fungao do objetivo de cada medida ou dispositivo adotado: se para prevengdo, atenuagao das consequéncias (abandono de local) de efetiva atuago sobre as consequéncias ou se medidas para o restabelecimento das condigdes normais de trafego. 5.1.1 Plano de gerenciamento © gestor do tunel deve elaborar e desenvolver os procedimentos de gerenciamento especificos para as agdes operacional e emergencial. Recomenda-se que as entidades reguladoras auxiliem na prepa- ragao dos procedimentos operacionais requeridos para o gerenciamento do tunel. 5.1.1.1 Situagdes de emergéncia As ocorréncias e situagdes a seguir devem ser consideradas e apresentadas durante o desenvolvimento dos procedimentos operacionais: — foco de fogo ou fumaga em um ou mais vefculos ou nas instalagées; — foco de fogo ou fumaga em regides adjacentes as instalages — colisdo envolvendo um ou mais veiculos; — queda da energia elétrica, resultando em perda da iluminagao, ventilagao ou outros sistemas de protegao a vida humana; — resgate/abandono de local pelos usuarios sob condigdes adversas, mantendo a continuidade operacional mesmo que degradada; — _veiculos parados na pista; —_alagamento das pistas ou das rotas de saida; — infiltragdo e derramamento de produtos derivados de petréleo, vapores inflamaveis, t6xicos ou intitantes, e materiais perigosos; —_acidentes com vitima: — danos as estruturas causados por impacto e exposicao ao calor, — vandalismo ou outros atos criminosos; 6 @ABNT 2012 - Todos 0s direitos reservados Exemplar para uso exclusivo - Vaga Engenharia ¢ Consultoria LTDA. - 77.728.343/0001-00 (Pedido 369574 Impresso: 30/08/2012) ABNT NBR 15661:2012 —_ atendimento médico e de primeiros-socorros aos usuarios; — _condigées meteorolégicas extremas, que causem interrupgdes na operagao; — pedestres/ciclistas na via; — operagao do sistema de ventilagao em caso de emergéncia; — volume de carga por passageiro (coletivos, metrd, trem). 5.1.1.2 Plano de resposta a emergéncia Devido a grande variagao de fatores locais e caracteristicas de cada tunel, os procedimentos de resposta a emergéncia devem ser elaborados conforme as necessidades especificas e se encontram detalhados a seguir. Estes procedimentos sao de responsabilidade do gestor do tunel ¢ devem ser elaborados antes do inicio de operagao do tunel. Os procedimentos de resposta a emergéncia devem ser concisos e to breves quanto possivel, identificando de forma clara os papéis e responsabilidades de cada um, bem como deve apontar se hd necessidade de treinamento especial a alguma equipe. Devem conter no minimo: — nome do plano; — nome dos técnicos responsaveis; — datas de adogao e revisao; — diretrizes, objetivos, ambito de aplicagao e definig&e — _agéncias participantes, autoridades responsdveis e as assinaturas dos diretores ou gerentes autorizados a responder por cada agéncia; — medidas de seguranga durante as operagdes de emergéncia; — _ objetivos, operacao e supervisdo do centro de controle; — objetivos, operago e supervisao do posto de comando auxiliar, quando necesséria a ativago deste; — _ meios de comunicagdo disponiveis no centro de controle e no posto de comando auxiliar, bem como a descrigao da operagdo efetiva dessas instalagdes; — infraestruturas de acesso e fuga e de ventilagao disponiveis; detalhes sobre o tipo, tamanho, localizagao e método de ventilagao; — procedimentos, conduta para as emergéncias e suas ocorréncias; — mapas do sistema viario, incluindo outros sistemas adjacentes; —_iinformagées e dados adicionais que as agéncias participantes julgarem ser necessario incluir no plano. © ABNT 2012 - Todos 05 diritos reservados 7 para uso exclusivo - Vega Engenharia ¢ Consultoria LTDA. -77.728.343/0001-00 (Pedido 369574 Improsso: 30/08/2012) Exemy ABNT NBR 15661:2012 Os tépicos minimos para a elaboragao de um tipico Plano de Resposta a Emergéncia sdo apresentados a seguir: — 1.1 Visdo geral. — 1.2 Elementos do plano. — 1.2.1 Centro de supervisio e controle. — 1.2.2 Centro de supervisdo e controle alternativo. — 1.2.3 Sistemas de identificagao de ocorréncias/atividades. — 1.2.4 Postos de comando emergenciais. — 1.3 Consideragdes operacionais e procedimentos de emergéncia. — 1.4 Tipos de ocorréncias. — 1.5 Localizagées possiveis das ocorréncias. — 1.6 Ocorréncias em vias de acesso (para rodovias, ferrovias e metré). — 1.7 Ocorréncias dentro de tiineis e instalagées. — 2. Coordenagao do trabalho com outras agéncias responsaveis. — 2.1 Procedimentos operacionais de combate ao fogo. — 2.2 Gerenciamento do tréfego. — 2.3 Plano para evacuagao de feridos e atendimento médico. — 2.4 Plano para notificagao e alerta emergencial. — Consideragdes especiticas sobre os topicos do Plano estao descritas em 5.1.1.2.1 a 5.1.1.2.11 1.2.1 Agéncias participantes ‘Os procedimentos operacionais devem incluir, dependendo da natureza da emergéncia, as seguintes agéncias e organizagées, consideradas apoladoras: — Corpo de Bombeiros; — _ Servigo de atendimento médico de urgénci — Hospitais; — Policia Militar; —_ Defesa Civil; — Departamento de obras piiblicas; — Companhia de saneamento ambiental; — Companhias prestadoras de servigos publicos (distribuidoras de gas e de eletricidade, empresas de telefonia fixa e mével); 8 (© ABNT 2012 - Todos 08 dritos reservados Exemplar para uso exclusivo - Vega Engenharia ¢ Consultoria LTDA. - 77.728.343/0001-00 (Pedido 369574 Impresso: 30/08/2012) ABNT NBR 15661:2012 — Servigo de abastecimento de agua; — Empresas de transporte pubblico; — _Industrias privadas que possuam equipamento de construgao pesada disponivel; — Departamento de controle do solo; — Servigos de guincho; — Operadores de rodovias/metrO/terrovias. 2. Centros de controle a) Centro de controle operacional: © centro de controle operacional deve estar equipado para atender e apoiar as equipes em situagdes de emergéncia Quando necessario, uma agéncia participante que nao esteja no comando pode estabelecer um Posto de comando auxiliar para apoiar a supervisao e a coordenagao de suas equipes de trabalho e de seus equipamentos, b) Erecomendavel que as agéncias participantes, como 0 corpo de bombeiros, a policia e os servi¢os médicos e de ambulancia, possuam linhas telefonicas diretas ou nuimeros de telefone designados que devem ser utilizados nas emergéncias envolvendo as instalagdes. ©) Centro de controle auxiliar: Quando 0 centro de controle operacional estiver localizado muito distante do tunel, pode ser instalado um centro de controle auxiliar conectado ao centro de controle operacional, possuindo as mesmas caracteristicas técnicas do centro de controle operacional. §.1.1.2.3 Equipe operacional ‘A equipe do centro de controle deve estar totalmente fami {reinada para implementd-los efetivamente. izada com os planos operacionais 5.1.1.2.4 Listas de contato O operador do tiinel deve manter uma lista atualizada de todos 0s membros das equipes de contato das agéncias participantes, que deve ser incluida no procedimento operacional. Alista das equipes de contato deve incluir o nome completo, cargo, associagao & agéncia, numeros de telefone comercial e residencial dos contatos principais, bem como uma lista de contatos secundarios. AA lista das equipes de contato deve ser revisada pelo menos uma vez a cada trés meses para se garantir a atualizacdo das informagoes. 5.1.1.2.5 Posto de comando Em caso de emergéncia, deve ser estabelecido um posto de comando localizado em local conveniente para as equipes emergenciais, sendo facilmente identificével e adequado as operagdes de supervisao, coordenagao e comunicagao das agéncias participantes. ‘Cada agéncia participante deve designar por escrito uma pessoa de contato para 0 posto de comando. @ABNT 2012 - Todos 08 artes reservados 9 Exemplar para uso exclusivo - Vega Engenhara Consultoria LTDA. -77.728.343/0001-00 (Pedido 369574 impresso: 30/08/2012) ABNT NBR 15661:2012 5. 6 Treinamento, exercicios e instrugées © operador do tdnel, bem como as equipes das agéncias participantes, devem receber treinamento com 0 intuito de agirem eficientemente durante as emergéncias. As equipes de trabalho devem estar totalmente familiarizadas com todos os aspectos dos planos operacionais. A tim de otimizar a execugao dos planos operacionais, devem ser conduzidos programas completos de treinamento para todos os membros das equipes e das agéncias que trabalharao nas emergéncias pelo menos duas vezes ao ano, sendo que apés os exercicios, treinamentos e situagdes reais deve-se reavaliar a conduta de trabalho. 5.1.1.2.7 Vias de acesso restrito Em caso de vias de acesso restrito (por exemplo, rodovias), deve-se manter contato com as empresas: localizadas a beira da rodovia e outros sistemas adjacentes com as pessoas responsaveis pelos moradores ao longo dessas vias, a fim de obter sua colaboragdo na comunicago de incéndios e outras emergéncias. objetivo desses contatos ¢ estabelecer um sistema positivo de comunicagdo de emergéncias, informagdes especificas sobre os procedimentos de comunicago e meios para a determinagao e a informagao do local da emergéncia o mais preciso possivel. 5.1.1.2.8 Registros Devem-se manter, no centro de controle, registros escritos e/ou eletronicos, gravagoes de comunicagées via telefone, radio e circuito fechado de televisdo (CFTV). Exercicios e treinamentos também devem ser mantidos no posto de comando auxiliar durante as emergénciPlanejamento de emergéncias. 5.1.1.2.9 Planejamento de emergéncia Os tuneis apresentam problemas especificos de combate as situagdes de incéndio. Desta form: menda-se a incorpora¢o apropriada do gerenciamento das situagdes de incéndi procedimentos operacionais dos ttineis, bem como a sua continua revisao e atu: A participagao de operadores de tneis e das equipes de combate a incéndio no projeto das caracte- risticas de seguranga do trafego e seus usuarios deve assegurar ao projeto e ao planejamento final que as exigéncias dessas reas sejam incorporadas & seguranga operacional do tunel. Nos tneis que comecam e acabam em Estados distintos da unio, deve existir um plano de emergén- cia Unico que envolva ambos os Estados, bem como um tinico centro de controle operacional. O planejamento de emergéncia deve ser elaborado contendo todos os dados principais que permitam identificar os responsdveis, diretrizes, entidades participantes, medidas de seguranga, meios de comu- nicagao, equipamentos de detecgao, protegdo e extincdo do incéndio, procedimentos operacionais e demais informagoes julgadas necessarias pelos participantes da elaboracao do plano de emergéncia, bem como deve estar centrado no destacamento da autoridade competente. Deve ser adotada uma estreita colaboragao com a autoridade competente para disponibilizar meios e planos de intervengao nas situagdes de incéndios. Para tuneis com elevado risco de incéndio, recomenda-se a criagao de uma brigada de incéndio prépria (de pronta ago), formada pelas equipes de operaco do tUnel, disponivel durante as 24 h do dia. Esta equipe deve dispor de meios velozes e equipamentos adequados para efetuar os primeiros- socorros em poucos minutos aps 0 inicio do incidente. 40 © ABNT 2012 Todos os drs reservados Exemplar para uso exclusive - Vega Engenharia e Consultoria LTOA. - 77.728.343/0001-00 (Pedido 369574 Impresso: 30/08/2012) ABNT NBR 15661:2012 Esta primeira atuagao ¢ indispensavel quando o destacamento da autoridade competente situar-se a mais de 15 min do emboque do tunel. Deve-se dar atengao ao tempo de chegada do destacamento da autoridade competente, quanto a possivel paralisagao ou bloqueio do trafego. Nestes casos a aplicagao dos procedimentos operacionais ¢ indispensavel para a rapida desobstrugao das vias, reduzindo o risco de engavetamentos, até a chegada do destacamento competente para o combate ao incidente. A intervencao do destacamento da autoridade competente 6 necessaria, independentemente da acao da brigada de incéndio. Para os eventos de particular gravidade, a brigada de incéndio deve agir de forma auténoma, conforme treinamento recebido das autoridades competentes, até a chegada do destacamento. Apés a chegada da autoridade competente, a brigada de incéndio fica subordinada ao comando desta autoridade. 5.4.1. .10 Equipes de primeiros-socorros e salvamento Equipes de primeiros-socorros @ salvamento devem ser constituidas de forma a estarem preparadas equipadas para oferecerem aos usuarios, a qualquer instante, os primeiros-socorros e salvamento nas situagdes de emergéncia. O projeto dos tuneis deve prever espacos e meios suficientes que Permitam o deslocamento da equipe de primeiros-socorros e salvamento até o local do acidente no ‘menor tempo possivel. As equipes de combate a incéndio, primeiros-socorros e salvamento devem ser providas de equipamentos para emergéncias especificos das areas. 5.1.1.2.11 Transporte de produtos perigosos © tunel constitui um desafio aos sistemas de seguranga contra incéndio, devido ao acesso e saidas limitadas, bem como ao seu confinamento. O transporte pelo ttinel de produtos perigosos, devidamente identificados conforme ABNT NBR 7500, aumenta consideravelmente os riscos e condigdes requeridas de combate a incéndio. Procedimentos para minimizar estes riscos devem ser elaborados e adotados. No entanto determinados tipos de produtos perigosos inviabilizam a adogao de qualquer sistema de protegao contra incéndio. Devem, portanto, ser proibidos de serem transportados pelo tunel. Deve-se observar as leis e regulamentagao de transporte de produtos perigosos existentes e, se determinados tipos de produtos forem permitidos, uma nova andlise criteriosa de riscos deve ser desenvolvida, para que medidas preventivas e sistemas adequados sejam instalados no tunel. O transporte destes produtos através do tunel somente deve ser admitido se nao existirem alternativas de seu transporte por outro meio ou percurso. Neste caso, procedimentos especificos e a avaliagao dos riscos envolvides na operagéo devem ser elaborados para o transporte de produtos considerados perigosos. © atendimento em caso de acidentes com transporte de produtos perigosos deve também seguir as ABNT NBR 14064 e ABNT NBR 15480. 5. 3. Plano de contingéncia Deve ser elaborado 0 plano de contingéncia visando a garantia da seguranga fisica e patrimonial das instalagdes do tunel, como, por exemplo, a subsstagao elétrica e o centro de controle operacional, contra atividades ilicitas (furto, roubo, vandalismo, terrorismo, etc) que venham ocasionar danos aos sistemas operacionais dos tlneis. Recomenda-se que as entidades reguladoras especificas auxiliem @ apoiem na preparacéo dos procedimentos operacionais requeridos para este plano. Este plano ¢ de responsabilidade do gestor do tiinel e deve ser elaborado e ensaiado antes do inicio de operagao do tunel @ABNT 2012 - Tados 06 direitos reservados " Exemplar para uso exclusivo - Vega Engenharia e Consultoria LTDA. - 77.728,343/0001-00 (Pedido 369574 Impresso: 30/08/2012) ABNT NBR 15661:2012 5.1.2 Modelo de manutengao Os procedimentos de manutengo devem ser elaborados por meio da definicao de sistemas essen- ciais (manuteng&o corretiva emergencial), equipamentos de apoio (manutengao corretiva normal) € equipamentos nao essenciais (reparo junto com a manutengao preventiva), A manutengao dos equipamentos inclui a atualizagao do software e hardware dos sistemas. centro de controle da manuten¢ao (CCM) deve ser integrado ao centro de controle operacional (CCO), de modo que no momento em que o sistema apresente algum problema o CCO (que opera ininterruptamente) faga a triagem dos eventos e defina a sua prioridade, inclusive realizando o primeiro atendimento quando a falha ocorre no CCO. 5.1.3 Periodicidade/registro Em fungao das normas existentes e manuais de manutengao dos fornecedores, deve ser estabelecido © plano de manutengéo. A periodicidade das intervengdes deve atender a estes documentos. ‘As manutengées efetuadas em conformidade com o plano de manutengao devem ser registradas pelo operador do tine. 5.2. Andlise de riscos ~ Identificagao dos riscos e medidas de redugao Asanidlises de risco devem ser efetuadas, na fase de projeto, como elemento de orientagao e concepca em todos os tuineis, sendo elaboradas por um organismo funcionaimente independente do gestor do tunel. Antes do inicio de operagio do ttinel deve ser efetuada a andlise de conformidade para verificar a instalagdo dos dispositivos e/ou equipamentos de seguranga recomendados pela analise de riscos. O contetido e os resultados das andlises de risco devem ser incluidos na documentagao de seguranga apresentada, conforme citado na Segao 11, inclusive as medidas mitigadoras realizadas. A analise de risco deve ser especifica ao tinel em estudo e naturalmente detalhada em fungao da ‘complexidade do tunel em questo. A andlise de risco deve considerar todos os fatores de concepcao @ as condigses de circulagao que afetam a seguranca, principaimente as caracteristicas do trafego, pessoas, cargas @ veiculos, a extensdo do ttinel, o tipo de tréfego e a geometria do tunel, bem como © nlimero de veiculos pesados de carga previstos por dia. A.utilizagaio da metodologia de andlise de risco esta detalhada no Anexo A, A andlise de risco deve ser renovada anualmente, de modo que seja comprovada a permanéncia do estado operacional do tunel. Caso sejam encontradas alteragdes na operagao ou nos riscos, para estes devem ser implantadas medidas mitigadoras e, se for 0 caso, deve-se efetuar a revisio da andlise de riscos realizada anteriormente. 5.3. Sistemas de seguranca Os requisitos para a instalago de sistemas de seguranga em ttinels urbanos, subaquatcos, rodoviarios metro-ferrovidrios estao indicados nas Tabelas B.1 e B.2. 5.3.1 Sinalizagao (circulagao, seguranga e emergéncia) O projeto de sinalizagao para fins de circulagao deve ser seguido rigorosamente, conforme diretrizes técnicas contidas nas legislagdes ¢ normas vigentes, como ABNT NBR 15981. 12 GABNT 2012 - Todos os direites reservades Exemplar para uso exciusivo - Vega Engenharia e Consultoria LTDA. - 77.728,343/0001-00 (Pedido 369574 Impresso: 30/08/2012) ABNT NBR 15661:2012 Recomenda-se a utilizagao de sinalizacao vertical de seguranga adicional aquela comumente utilizada, tendo como objetivo informar aos usuérios quanto aos dispositivos e procedimentos relacionados com a seguranga do tréfego no trecho em tuneis. A sinalizagao constitui-se, principalmente, dos seguintes avisos (aplicéveis a sistemas urbanos, subaquaticos, rodovidrios, metroviarios e ferrovidrios, conforme o caso): a) trecho sob controle rigido de velocidade e distancia de seguranga entre veiculos; b) _proibido veiculos transportando produtos perigosos; ¢) _fiscalizagao de todos os veiculos comerciais adiante; d) _trafego com os fardis acesos; e) pare somente fora da pista; f) _ mantenha distancia entre os veiculos se o tréfego parar nos tuneis; 9) no obstrua a faixa para veiculos de emergéncia, quando da existéncia de faixa exclusiva para veiculos de emergéncia; h) desligue o motor se o tréfego parar nos tuneis; i) tengo: cancela fechada em caso de interrupgao de trafego nos tuneis; i) informe deciividade e extensao do dective; k) _verifique os treios; 1) trafegue com 0 farol baixo aceso; m) distancia até a préxima baia de estacionamento nos tuneis, bem como saidas de emergéncia; n)_extensao de cada tunel; ©) sistema de protegao e combate ao incéndio. © projeto também deve seguir a orientagdo de sinalizagéo de emergéncia, conforme as ABNT NBR 13434-1, ABNT NBR 13434-2, ABNT NBR 13434-3 e ABNT NBR 15981. 5.3.2 Sistemas de seguranga contra incéndio A estrutura do tdnel e seus sistemas devem ser projetados para resistir, controlar, remover o calor, gases t6xicos e a fumaga gerada durante o inc&ndio. Sao considerados importantes a escolha do Projeto de incéndio e os cendrios que podem ocorrer nos tiineis. Na elaboragao dos projetos, as consideragdes devem ser feitas com parametros minimos incluidos nesta Norma. Os acidentes com a ocorréncia de inc&ndios no interior de ttineis s4o raros. No entanto, os efeitos podem ser devastadores, ocasionando elevado numero de vitimas fatais, danos materiais e interrupgao do trafego por longos periodos, com prejuizos nacionais e internacionais. A estrutura do tunel, os sistemas de combate a incéndio, controle, remogao dos gases téxicos e fumaga devem ser projetados considerando: — tipos de veiculos e cargas associadas; @ABNT 2012 Todos 08 dios reservados 13 Exemplar para uso exclusivo - Vega Engenharia e Consultoria LTDA. - 77.728.343/0001-00 (Pedido 369574 Impresso: 30/08/2012) ABNT NBR 15661:2012 — volume de trafego; —_ comprimento do tuinel; — quantidade de tuneis — simples ou gémeos; — sentido do trafego ~ unidirecional ou bidirecional; — material de construgao do tunel; — operagao do tunel; — disponibilidade de equipamentos de combate a incéndio; — disponibilidade de equipamentos de deteceao de incéndio; — disponibilidade de equipamentos de controle e eliminagao de fumaga; —_ tempo estimado para chegada da brigada de incéndio ao local do incidente; — disponibilidade de saidas; — _capacidade do sistema de ventilagao; — _disponibilidade de pista de acesso de viaturas de primeiros-socorros; — gradiente do tunel; — poténcia do incéndio (MW). Deve-se ressaltar que 0 comprimento do tnel ¢ o fator determinante para a definigao dos sistemas de combate a incéndio, bem como as condigdes do tunel durante a sua ocorréncia E proibida a adogao de abrigos de emergéncia, portanto, as saidas de emergéncia devem conduzir 08 usuarios ao exterior do tunel. 5.3.3. Sistema de ventilagao O sistema de ventilago deve ser projetado exclusivamente para cada tunel, atendendo as suas caracteristicas operacionais, inclusive ao descrito em 5.3.3.1 a 5.3.3.6. 5.3.3.1 Poténcia e volume de fumaca gerada em um incéndio A poténcia de incéndio de 30 MW é definida para 0 calculo do sistema de ventilacdo contra incéndio de tUnel. Este incéndio atinge a sua poténcia maxima (30 MW) em aproximadamente 10 min e gera uma vazo de fumaga de aproximadamente 80 m/s, com duragao aproximada de 60 min. A velocidade do ar no tlnel nao pode ser inferior a 1,5 m/s e superior a 10 mis. Quando a poténcia de incéndio for superior a 30 MW, a circulagao desse veiculo pelo tne! deve ser realizada apés a andlise de risco especifica ¢ com circulagao isolada dos demais veiculos. 5.3.3.2 Ventilagdo natural (para ttneis com comprimento < 500 m) Utilizada para tineis de pequenos comprimentos, dependendo, no entanto, do tipo de trafego unidirecional/bidirecional, da inclinago e do volume de trafego, a ventilacao natural pode ser adotada para a renovagao do ar. 14 © ABNT 2012 - Todos 08 ciritos reservados Exemplar para uso exclusivo - Vega Engenharia e Consultoria LTDA. - 77.728.343/0001-00 (Pedido 369574 Impresso: 30/08/2012) ABNT NBR 15661:2012 5.3.3.3 Ventitago longitudinal (por jatos ventiladores) até 3 000 m A ventilagao longitudinal mecanizada produz um fluxo de ar uniforme ao longo de toda a extens&o do tunel, sempre na mesma diregao, Este tipo ventilagao 6 obtido utilizando-se em geral jatos ventiladores. Este sistema € adequado para tUnel com fluxo de veiculos unidirecionais, podendo ser utilizado em situagdes especiais em tunel bidirecional. Neste tipo de sistema usado em tUneis unidirecionais, apds 0 inicio de incéndio, deve ser evitada a formagao do backlayering da fumaga do incéndio, produzindo velocidade de ar longitudinal maior que @ velocidade critica de ar na diregao do fluxo de veiculos. 5.3.3.4 Ventilacao longitudinal (por jatos ventiladores e precipitadores eletrostaticos) A ventilagao longitudinal mecanizada obtida pela utilizagao em geral de jatos ventiladores em conjunto com precipitadores eletrostaticos pode ser uma alternativa aos sistemas forgado semilongitudinal ¢ transversal para tuneis com comprimentos superiores a3 000 m. Entretanto, este sistema pode ser utilizado em tuneis urbanos ou subaquaticos, rodovidrios, metrovidrios € ferroviarios usados no transporte de passageiros, sendo estes de qualquer comprimento. Em casos de congestionamento ou acidentes, com ou sem incéndio em seu interior, estes tuneis devem permitir a eliminagao de gases de exaustao, material particulado e da fumaga do incéndio. 5.3.3.5 Ventilagao forgada, semilongitudinal (por ventiladores axiais), horizontais ou verticais Na ventilagao forcada tipo semilongitudinal, existe um pogo ou aberturas intermedidrias, providas de equipamentos de ventilacdo, por onde o ar é exaurido ou insuflado no interior do tunel. ‘As embocaduras ou aberturas nas extremidades do tunel sdo as tomadas ou saidas do ar, conforme © tipo de ventilagao adotada. Este tipo de ventilagao é aplicavel a qualquer extensdo de tunel. Para este sistema, em situagao de emergéncia, devem ser considerados: —_ ventiladores reversiveis (fluxo); —_ velocidade do ar em emergéncia; —_ tempo necessdrio para operagao em emergéncia; — tempo e temperatura minima para operagao sem falhas em emergéncia; — _ sistema de comando (automatico, manual local e/ou remoto) de facil acess — _procedimentos operacionais; —_ sistema de fixagao e protegao contra queda; — sistema de alimentagao e controle; — sistema de captagdo e saida do ar (tipo/local); — sinalizagao de incéndio. ‘© ABNT 2012 -Todos 0s dios reservados 15 Exemplar para uso exclusivo - Vega Engenharia ¢ Consultoria LTDA. - 77.728.343/0001-00 (Pedido 369574 Impresso: 30/08/2012) ABNT NBR 15661:2012 5.3.3.6 Ventilagao transversal A ventilagdo transversal 6 a mais recomendada para tinels. A insuflagdo @ a exaustdo atuam parale- lamente juntas, nfo havendo, portanto, perourso de ar viciado ao longo do tunel, Em condig6es ideais 0 ar 6 insuflado na parte inferior e extraido na parte superior do tunel. Em condigdes operacionais de emergéncia, considerar: — ventiladores com fluxo reversivel; —_inlbigéio dos sensores bloqueadores da operagao; — sistema de comando local ou remoto de fécil acesso; —_ tempo e temperatura minimos para operagao sem falhas em emergéncia; — velocidade do ar. 5.3.4 Sistema de bombeamento de éguas pluviais, para qualquer comprimento de tiinel e para gua de infiltragao Este sistema néio pode ser utilizado para combate a incéndio, sendo composto no minimo de: — _bombas de recalque, tipo imerséo com bomba de reserva ou auxil — _ acionamento automatico (manual somente em manutengao); —_reservatério; —_ alimentagao e controle das bombas; — sinalizago de controle do sistema (nivel do reservatério de agua). 5.3.5 Sistema de protegao contra incéndio Para_uma construgéo segura contra incéndio quando em uma situagdo de incéndio, ha grande probabilidade dos ocupantes sobreviverem sem softer ferimentos e os danos & localidade se limitarem as cercanias imediatas do fogo. O projeto de protegao contra incéndio em tuineis deve considerar a geragdo maxima de energia decorrente de incéndio de veiculos, conforme o tipo de veiculo em circulagao pelo tunel. Para o planejamento e projeto seguro de ttineis rodovidrios, urbanos, subaquaticos, metro e/ou ferrovidrio, deve-se considerar a geragao de energia de 30 MW em caso de incéndio dentro do tunel. Esse valor também 6 valido para os casos de restricoes de circulago de produtos perigosos em tGnels, atendendo a analise de risco especifica Quando o projeto executivo do tunel tender a RF = 1, conforme Figura 1, a estrutura civil, a infraestrutura, a operagdo e a manutengao devem atender ao projeto basico e também estar comprovadas no projeto executivo. A efetividade final do sistema pode ser expressa pela equacao’ Pre = 1 —[(1 — 14) x (1 = ra) x (1 = £3) x (1 — 14) 16 © ABNT 2012 Todos 08 arotos reservados

Das könnte Ihnen auch gefallen