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Técnico de Contabilidade SENAC - Contabilidade Gerencial

Profº. Ulisses R. Lupino


REGIME DE COMPETÊNCIA DE EXERCÍCIOS
Outros dois princípios importantes da Contabilidade são o Regime de Caixa e o Regime
de Competência de Exercícios, em decorrência da aplicação de um ou outro destes
princípios o registro das operações e o resultado do exercício serão completamente
diferentes.

Regime de Caixa
As receitas e despesas do exercício são registradas quando efetivamente recebidas e
pagas dentro desse período.

Regime de Competência
As receitas e despesas são registradas em função do Fato Gerador e não em função do
recebimento da receita ou do pagamento da despesa.
As receitas de um exercício são aquelas ganhas nesse período, não importando se
tenham sido recebidas ou não.
As despesas de um exercício são aquelas incorridas nesse período não importando se
tenham sido pagas ou não.

Fato Gerador: Na receita pode ser reconhecido como a entrega da mercadoria ou do


serviço ou cliente. Já na despesa o reconhecimento do fato gerador se dará pelo
consumo do produto ou serviço necessários para operação da empresa.

Exemplo 1: Compra de material de escritório em 10/01/X7 no valor de $ 1.000 que foi


paga ao Fornecedor ABC em 10/02/X7. Este material foi consumido da seguinte forma
20% no mês de janeiro/X7, 50% no mês de fevereiro/X7 e o restante que corresponde a
30% no mês de março/X7. Os lançamentos destas operações são:

REGIME DE CAIXA REGIME DE COMPETÊNCIA


10/01/X7 (compra de material)
Estoque
a Fornecedores..................................1.000

10/02/X7 (pagamento da compra) 10/02/X7 (pagamento da compra)


Despesa de Material de Escritório Fornecedores
a Caixa (Bancos)................................1.000 a Caixa (Bancos)................................1.000

31/01/X7 (consumo 20% do material)


Despesa de Material de Escritório
a Estoque..............................................200

28/02/X7 (consumo 50% do material)


Despesa de Material de Escritório
a Estoque..............................................500

31/03/X7 (consumo 30% do material)


Despesa de Material de Escritório
a Estoque..............................................300

A despesa somente é reconhecida A despesa é reconhecida quando ocorre


quando efetivamente paga. o seu fato gerador, neste caso, no
consumo dos materiais.
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Exemplo 2: Venda e entrega de mercadoria em 01/05/X7 no valor de $ 500 para o Cliente
XYZ que foi recebida em duas parcelas de $ 250 em 01/06/X7 e 01/07/X7. Os
lançamentos destas operações são:

REGIME DE CAIXA REGIME DE COMPETÊNCIA


01/05/X7 (entrega da mercadoria)
Clientes
a Receita de Venda de Mercadorias.....500

01/06/X7 (recebimento da 1ª parcela) 01/06/X7 (recebimento da 1ª parcela)


Caixa (Bancos) Caixa (Bancos)
a Receita de Venda de Mercadorias.....250 a Clientes..............................................250

01/07/X7 (recebimento da 2ª parcela) 01/07/X7 (recebimento da 2ª parcela)


Caixa (Bancos) Caixa (Bancos)
a Receita de Venda de Mercadorias.....250 a Clientes.............................................250

A receita somente é reconhecida A receita é reconhecida quando ocorre o


quando efetivamente recebida. seu fato gerador, neste caso, na entrega
da mercadoria que ocorreu na mesma
data da venda.

DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA – DFC – MÉTODO DIRETO


Tornou-se obrigatória a sua publicação a partir da Lei 11.638/07.
Existem dois modelos diferentes de apresentação desta declaração de acordo com o
método para sua elaboração, assim temos: método direto (a partir do recebimento de
vendas) e o método indireto (a partir do lucro líquido).
Para exemplificar a montagem pelos dois métodos vamos utilizar as seguintes
demonstrações financeiras da Cia ABC:

Balanços da Cia ABC

31.12.X3 31.12.X2
Caixa e Bancos 2.000 3.000
Clientes 18.000 16.000
Mercadorias 21.000 14.000
Despesas Antecipadas 1.000 2.000
Hipotecas a Receber 5.000 5.000
Terrenos 13.000 10.000
Ativo 60.000 50.000

Fornecedores 22.000 11.000


Empréstimos a Longo Prazo 5.000 12.000
Capital 20.000 20.000
Reservas 6.000 6.000
Lucros Acumulados 7.000 1.000
Passivo 60.000 50.000
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Demonstração do Resultado do Exercício


Cia ABC para X3
Vendas Líquidas 130.000
Custo das Mercadorias Vendidas (85.000)
Lucro Bruto 45.000
Despesas Administrativas (25.000)
Despesas com Vendas (10.000)
Lucro Líquido 10.000

Demonstração de Lucros Acumulados


Cia ABC para X3
Saldo em 31.12.X2 1.000
Lucro Líquido em X3 10.000
Dividendos Distribuídos (4.000)
Saldo em 31.12.X3 7.000

Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos


Cia ABC para X3

Origens:
Lucro Líquido em X3 10.000

Aplicações:
Aquisição de Terrenos 3.000
Redução de Empréstimos de Longo Prazo 7.000
Dividendos Pagos 4.000 (14.000)

Diminuição do CCL (4.000)

7.1. Método Direto


Uma das dificuldades de se entender e elaborar a Demonstração do Fluxo de Caixa –
DFC está no fato de que a contabilidade é realizada observando o princípio da
competência e a DFC obedece ao princípio de caixa. Assim é necessário ajustar as
contas que “guardam” informações à respeito dos pagamentos e recebimentos do
período.

Nos exemplos acima foram demonstramos que os recebimentos das vendas da


empresa estão diretamente relacionados com as contas: CLIENTES e RECEITA DE
VENDAS, bem como os pagamentos de compras com as contas FORNECEDORES e
COMPRA DE MERCADORIAS (obtida através do CMV – Custo da Mercadoria
Vendida).
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Assim para a elaboração da DFC – método direto devemos seguir os seguintes
passos:

1º passo: Cálculo do Recebimento de Vendas


Como já exposto acima, o conta CLIENTES “guarda” às informações referentes às
vendas realizadas a prazo.
Quando estamos elaborando a DFC – método direto de um determinado exercício, no
caso X3, devemos primeiramente buscar o valor do saldo da conta CLIENTES do
exercício imediatamente anterior, uma vez que neste saldo estão as vendas
realizadas no final do ano X2 que serão recebidas durante X3. Para este nosso
exemplo podemos melhor entender esta consideração utilizando-se do Livro Diário:

31/12/X2 (EXERCÍCIO ANTERIOR AO DE ELABORAÇÃO DA DFC)


Clientes
a Receita de Vendas
Vendas a receber em X3......................................,.............16.000

31/01/X3 (EXERCÍCIO DE ELABORAÇÃO DA DFC)


CAIXA
a Clientes
Recebimento das vendas realizadas em X2....................16.000

Então para conseguirmos calcular o valor total do recebimento de vendas temos que
começar com o saldo da conta CLIENTES de X2 $ 16.000. Este valor, no entanto
representa apenas as vendas realizadas no final de X2.
E qual o valor das vendas realizadas em X3, exercício que estamos elaborando a DFC
– método direto?
A resposta está da DRE de X3 na conta Vendas Líquidas de $ 130.000. Só não
podemos nos esquecer que deste total de vendas teremos valores que somente serão
recebidos no exercício seguinte ao de X3, sendo assim temos que ajustar o valor das
vendas de X3 excluindo o saldo da conta de CLIENTES no final de X3.

Resumindo temos:

Saldo inicial de clientes X2 16.000


Mais: Vendas em X3 130.000
Menos: Saldo Final de Clientes 18.000
= Recebimentos de Clientes em X3 128.000

Não se esqueça que estes ajustes são necessários porque temos que
demonstrar operações registradas no regime de competência, considerando
agora somente o de caixa (recebimento).

2º passo: Cálculo do Pagamento de Fornecedores


Assim como no passo anterior temos que calcular “ajustando” o valor de
pagamentos da conta fornecedor.
Só que agora vamos utilizar dos saldos da conta FORNECEDORES.
Da mesma maneira que fizemos anteriormente vamos partir do saldo do exercício
imediatamente anterior ao da elaboração da DFC pelo método direto, que agora é
de $ 11.000. Este valor representa as compras realizadas no final de X2 que serão
pagas em X3. Utilizando-se do Livro Diário teremos:
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31/12/X2 (EXERCÍCIO ANTERIOR AO DE ELABORAÇÃO DA DFC)
Mercadorias
a Fornecedores
Compra de mercadorias a pagar em X3............,.............11.000

31/01/X3 (EXERCÍCIO DE ELABORAÇÃO DA DFC)


Fornecedores
a CAIXA
Pagamento das compras realizadas em X2....................11.000

E o valor das compras realizadas em X3? Onde buscar?


Infelizmente não temos em nenhuma demonstração financeira o valor total das
compras de um exercício. Mas podemos obter este valor através do CMV (Custo
da Mercadoria Vendida) uma vez que o valor das compras do exercício está
implícito no seu cálculo.
Para tanto utilizaremos a equação: CMV = EI + C – EF

onde:
CMV: Custo da Mercadoria Vendida
EI: Estoque Inicial
C: Compras
EF: Estoque Final

Saldo inicial de mercadorias em X2 14.000


Mais: Compras ?
Menos: Estoque final de mercadorias em X3 21.000
= Custo das mercadorias vendidas 85.000

CMV = EI + C – EF
85.000 = 14.000 + C – 21.000
14.000 + C – 21.000 = 85.000
C = 85.000 – 14.000 + 21.000
C = 92.000

Desta forma chegamos que o valor das compras em X3 foi de R$ 92.000. Agora é
só calcular o valor paga aos fornecedores em X3 da seguinte forma

Saldo inicial de fornecedores em X2 11.000


Mais: Compras X3 (calculado acima através do 92.000
CMV)
Menos: Saldo final de fornecedores em X3 22.000
= Pagamentos de Fornecedores em X3 81.000

3º passo: Cálculo do Pagamento de Despesas


Agora que já temos os principais valores das operações da empresa (recebimento
de vendas e pagamento de compras), vamos prosseguir analisando as demais
contas de despesas para apurar o valor total de seus pagamentos.
Como não há despesas de depreciação e nem contas a pagar no passivo por
conta de despesas registradas, só temos que levar em conta a figura das
Despesas Antecipadas no Ativo.
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As contas de despesa antecipadas registram pagamentos de despesas que ainda
não foram reconhecidas, consumidas no exercício em curso. O saldo das despesa
antecipadas de $ 2.000 em X2, são um bom exemplo disto, guardam pagamentos
de despesas que serão reconhecidas durante o próximo exercício, X3. Para
melhor compreender isto, vamos utilizar o Livro Diário:

31/12/X2
Despesas Antecipadas
a CAIXA
Pagamento de despesas que serão
consumidas em X3...........................................2.000

01/01/X3
Despesas Administrativas
a Despesas Antecipadas
Consumo de despesas pagas em X2..............2.000

Como podemos ver no registro destas operações do total das despesas


administrativas registradas na DRE em X3 de $ 25.000, $ 2.000 na verdade foram
pagas em X2 e portanto devem ser excluídas na elaboração da DFC.
Já o saldo de $ 1.000 registrado na conta de despesas antecipadas no Balanço
Patrimonial de X3 deve ser adicionado ao valor total de despesas de X3, um vez
que também se caracteriza com pagamento de despesa neste exercício, embora
será consumido posteriormente ao exercício X3.
Mas uma vez lembramos que todos estes ajustes e considerações são
necessários porque todas as operações registradas na contabilidade obedeceram
ao regime de competência, e na elaboração da DFC precisamos olhar por outra
“ângulo”, o do regime de caixa.

Assim para apurar o valor total dos pagamentos de despesas temos:

Despesas totais (administrativas e de vendas) em 35.000


X3
Menos: despesas antecipadas de 31.12.X2 2.000
Subtotal 33.000
Mais: despesas antecipadas em 31.12.X3 1.000
= Pagamentos de despesas em X3 34.000

Demais passos
Os demais passos continuam na mesma linha de raciocínio, verificando nas
demonstrações financeiras se ocorreu outros pagamentos ou recebimentos
durante o exercício X3.
Na Demonstração de Lucros Acumulados temos o pagamento de dividendos
sendo $ 4.000 e supondo, como antes, que o aumento de Terrenos tenha sido por
aquisição de R$ 3.000 e que a redução das dívidas de longo prazo tenha sido por
amortização antecipada, temos às informações para montar o Fluxo de Caixa pelo
método direto que ficaria assim:
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Fluxo de Caixa da Cia ABC para X3

Origens:
Caixa Gerado Pelas Operações
Recebimento de Vendas 128.000
Menos: Pagamentos das Compras (81.000)
Menos: Pagamentos das Despesas (34.000) 13.000
Terrenos

Aplicações:
Pagamento de Dividendos 4.000
Compra de Terrenos 3.000
Pagamento Empréstimos de Longo Prazo 7.000 (14.000)
Redução das Disponibilidades em X3 (1.000)

Conciliação:
Saldo de Caixa e Bancos em 31.12.X2 3.000
Redução das Disponibilidades em X3 (1.000)
Saldo de Caixa e Bancos em 31.12.X3 2.000

7.2. Método Indireto

É o método mais comum utilizado no Brasil e fora dele. Neste método parte-se do
lucro líquido para após os ajustes necessários, chegar-se ao valor das
disponibilidades produzidas, no período, pelas operações registradas na
Demonstração de Resultado.
Por isso é muito semelhante á elaboração da DOAR, na verdade começamos por
ela a montagem do fluxo de caixa indireto, só que estendemos as comparações
dos Recursos não Correntes para os Correntes também.

1º passo: Começando pela DOAR


Iniciamos a montagem do fluxo de caixa pelo método indireto pelo Lucro
Líquido da DOAR e passamos em seguida para os ajustes necessários dos
Recursos Correntes (exceto as contas relativas às Disponibilidades) para
apurar o Caixa Gerado pelas Operações.

2º passo: Ajustando o “Caixa Gerado pelas Operações”

Diminuições em Despesas Antecipadas


Aumentos de Caixa Aumentos de Fornecedores
(liberar) Receitas Antecipadas

Aumentos de Clientes
Diminuições de Caixa Aumentos de Estoques
(aplicações de caixa) Aumento Despesas Antecipadas
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Assim, voltando para o exemplo temos:

EFEITOS SOBRE O CAIXA


31.12.X3 31.12.X2 Aumento Diminuição
Clientes 18.000 16.000 2.000
Mercadorias 21.000 14.000 7.000
Despesas Antecipadas 1.000 2.000 1.000
Fornecedores 22.000 11.000 11.000
12.000 9.000
Ajustes 3.000
12.000 12.000

Agora para se completar, adicionam-se esses itens ao valor do Lucro Líquido para
se ter o “Caixa Gerado pelas Operações”; tem-se então:

Caixa Gerado pelas Operações


Lucro Líquido 10.000
(+) Aumento de Fornecedores 11.000
(+) Diminuição em Desp. Antecip. 1.000
(-) Aumento em Clientes 2.000
(-) Aumento em Mercadorias 7.000
13.000

Para completar a Demonstração devemos incluir as aplicações listadas na DOAR:

Fluxo de Caixa da Cia ABC para X3


Método Indireto

Origens:
Caixa Gerado Pelas Operações
Lucro Líquido 10.000
(+) Aumento em Fornecedores 11.000
(+) Diminuição em Desp. Antecip. 1.000
(-) Aumento em Clientes (2.000)
(-) Aumento em Mercadorias (7.000) 13.000

Aplicações:
Pagamento de Dividendos 4.000
Compra de Terrenos 3.000
Pagamento Empréstimos de Longo Prazo 7.000 (14.000)
Redução das Disponibilidades em X3 (1.000)

Conciliação:
Saldo de Caixa e Bancos em 31.12.X2 3.000
Redução das Disponibilidades em X3 (1.000)
Saldo de Caixa e Bancos em 31.12.X3 2.000

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